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A coroa clínica Consiste na porção da coroa que é visível clinicamente e não recoberta por gengiva, ao passo que a Coroa anatômica é representada pela porção recoberta por esmalte, ou seja, da face oclusal/incisal, até região de junção amelocementária. O espaço biológico, também chamado de espaço supracrestal, é um espaço que compreende a distância entre a crista marginal e a margem óssea, sendo composto por: Sulco gengival (0,69mm) Epitélio juncional (0,97mm) Inserção conjuntiva (1,07mm) Juntas essas estruturas conferem totalizam um espaço com 2,73mm de comprimento e essencial para manutenção da saúde periodontal. A sua existência e integridade são fundamentais para a aderência do epitélio juncional e da inserção conjuntiva à estrutura dentária. O espaço biológico ou supracrestal pode ser violado por fatores como: . Fraturas Cáries Reabsorções Iatrogenias (Perfurações) Restaurações inadequadas Respostas dos tecidos à invasão do espaço supracrestal: Dificuldade de técnica restauradora Impossibilidade de inserção de fibras conjuntivas no material restaurador Inflamação persistente Perda óssea o Vertical ou localizada Coroa Clínica vs Coroa Anatômica Espaço supracrestal Objetivos, reestabelecer o espaço biológico que foi que foi violado e favorecimento da estética dental Indicações Existem casos específicos onde vamos indicar o aumento de coroa clínica, como por exemplo: Preparos dentais invadindo o espaço biológico Destruição do elemento dental invade espaço biológico Coroa Clínica curta dificultando retenção de preparos protéticas Perfurações subgengivais durante o tratamento endodôntico Reabsorções radiculares no terço cervical Melhoria estética Contra-Indicações Existem casos específicos onde vamos contra-indicar o aumento de coroa clínica, como por exemplo: Dentes que não podem ser restaurados Quando os procedimentos utilizados comprometem estética ou funcionalmente o dente adjacente Proporção coroa-raiz desfavorável Como indicar o aumento de coroa primeiramente é necessário que se faça um diagnóstico concreto da violação dos tecidos periodontais supracrestais, podendo este ser feito por meio de: Radiografias o Sobreposição de ângulos o Bite-Wing – dentes posteriores o Periapicais- dentes anteriores Sondagem transucular ou transgengival o Margem gengival- Crista óssea o Distância menor que 2mm = invasão dos tecidos periodontais supracrestais o Pode ser doloroso ao paciente, portanto, realizar com anestesia PROCEDIMENTOS PREPARATÓRIOS PARA O AUMENTO DE COROA CLÍNICA •Remoção de tecido cariado •Tratamento endodôntico •Controle da inflamação dos tecidos periodontais 1 ANESTESIA Infiltrativa e interpapilar Anestésico de escolha: mepivacaína 2 EXAME PERIODONTAL Uso de um espelho clínico Uso de uma sonda milietrada Aumento de coroa clínica Técnica de aumento de coroa clínica Após a confecção do retalho de Widman modificado, deverá ser feito um descolamento dos tecidos, um descolamento mucoperiosteal, que poderá ser feito com o descolar de Molt ou Freer Em seguida deverá ser feita uma remodelação óssea para o restabelecimento do espaço biológico, para isso serão usados Cinzeis Limas Brocas cirúrgicas 3 PONTOS SANGRANTES Marcação Uso de uma sonda milietrada 4 RETALHO DE WIDMAN Widman MODIFICADO 5 DESCOLAMENTO MUCOPERIOSTEAL Descolador de Molt 2-4 Descolador de Freer 6 DEBRIDAMENTO DA GRANULAÇÃO E condicionamento radicular feitos com cureta gracey ou Crane Kaplan Paralela ou em 45° em relação ao longo eixo do dente. Em direção à crista óssea/ processo alveolar 1- Incisão em bisel interno Deve circunscrever a porção que contém excesso gengival para ACC 2-Incisão intrasucular- Deve separar o colar tecidual da superfície radicular 3- Incisão interdental- Após elevação do retalho, no sentido horizontal, servindo para liberar o colarinho DE SC OL AD OR D E M OL T 2- 4 DE SC OL AD OR D E FR EE R CURETA GRACEY CURETA CRANE KAPLAN O que deve ser levado em consideração durante a osteotomia? Proporção coroa-raiz Comprometimento da raiz e quantidade de tecido ósseo presente na área Fratura entre terço médio e apical Área de Furca Não há possibilidade de reposicionar apicalmente o retalho palatino Os instrumentais necessários para sutura são os seguintes: Porta agulha Castroviejo Tesoura para sutura Pinça para sutura Fio agulhado Cuidados pós-operatórios- Faz-se a prescrição de analgésicos ou AINES e digluconato de clorexidina 0,12% por 7 dias. (Antibióticos apenas quando necessário e deve-se passar instruções pós operatórias) 7 OSTEOTOMIA E OSTEOPLASTIA Cinzéis de Ochsenbein e Fedi- Faces livres Limas de Schluger e Buck- interproximais Brocas cirúrgicas também podem ser usadas 8 VERIFICAÇÃO DA RECUPERAÇÃO DO ESPAÇO Deve ser realizado com uso de uma sonda milimetrada Aprox. 3mm 9 LIMPEZA DA FERIDA Feita com soro fisiológico Uso de gaze 10 SUTURA SIMPLES OU EM 8 Feita nas áreas interproximais 11 FECHAMENTO O cimento cirúrgico deve ser colocado e usado por até 7 dias Em seguida faz-se o fechamento da cavidade cárie ou recolocação do provisório SU TU RA S IM PL ES SUTURA EM 8 Indicações Existem casos específicos onde vamos indicar o acesso para raspagem é indicado, como por exemplo: Áreas com persistência de doença o Profundidade de sondagem aumentada o Sangramento à sondagem Áreas de difícil acesso para instrumentação não- cirúrgica o Bolsas profundas o Áreas de concavidade o Convexidades o Defeitos ósseos o Áreas de furca Acesso cirúrgico para raspagem Incisões suculares até fundo de bolsa Descolamento do retalho (Molt 2-4 ou Freer) Raspagem e alisamento radicular Reposicionamento do retalho e sutura
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