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REVISÃO ANATÔMICA Os quatro músculos presentes na figura foram a parede muscular ventral do abdome. As aponeuroses dos Mm. Oblíquos e Transversos formam, juntos, a bainha do M. Reto do abdome. A bainha é dividida de duas formas, de acordo com a linha arqueada de Douglas tomamos um referencial. Acima da linha arqueada temos que o M. Obliquo externo tem trajeto descendente e medial, ao aproximar-se do M. reto do abdome, torna-se tendíneo e passa anteriormente a ele. O M. Obliquo interno tem trajeto ascendente e medial, ao aproximar-se do M. reto do abdome, torna-se tendíneo e seu ventre anterior funde-se com o a bainha do M. Oblíquo externo, e seu ventre posterior passa posteriormente ao M. reto do abdome. O M. Transverso do abdome tem trajeto horizontal e ao aproximar-se do M. reto do abdome, torna-se tendíneo e passa posteriormente a ele, unindo-se ao ventre posterior do M. Oblíquo interno. Abaixo da linha arqueada temos que todos os músculos e sua projeção tendínea dirigem-se anteriormente ao M. reto do abdome. Linha de Spiegel é a linha em que os músculos deixam de ser carnosos e passam a ser tendíneos, tendo interseção com a linha arqueada de Douglas, sendo o local de maior probabilidade de hérnia. A linha alba é a união das aponeuroses na linha mediana. Região inguinal é a porção que vai desde a espinha ilíaca ântero-superior até até o tubérculo púbico, delimitado superiormente pelo ligamento inguinal (extensão da aponeurose do M. Oblíquo externo) e medialmente pelo ligamento pectíneo. Passam o NAV femoral (de lateral para medial) e canal femoral – passagem de linfáticos e linfonodos, M. Ilíaco (lateral), M. Psoas maior (médio), M. Pectíneo (medial). O ligamento pectíneo vai do tubérculo púbico até o púbis e o lacunar está entre o ligamento inguinal e o pectíneo, assemelhando-se a um leque. Lateral ao ligamento lacunar, posterior ao inguinal, anterior ao pectíneo e medial a V. femoral, passa o canal femoral, com vasos linfáticos e linfonodos. Esse anel, com o envelhecimento e após lesões, é dilatado e favorece a formação hernial femoral. Na região inguinal existe um canal de 4cm, o canal inguinal ou de Poupart (inicia no anel inguinal interno e termina no externo), que está paralelo ao ligamento inguinal e mais anterior, é por onde o testículo atravessa a parede abdominal para chegar ao seu local anatômico através da fáscia cremastérica (aponeurose dos músculos da parede anterior, com exceção do M. Reto femoral), trazendo com ele estruturas como o peritônio parietal, A. do ducto deferente, A. testicular, plexo pampiniforme, M. Cremastérico e o ducto deferente – funículo espermático. No canal inguinal também passa o N. Ilioinguinal, mas ele não está dentro do funículo. As hérnias que estão dentro do canal inguinal são denominadas de hérnias Hérnias da parede abdominal ventral Bases Técnicas de Cirurgia e Anestesiologia – aula 7 Nicole Sarmento Queiroga indiretas. O conteúdo do canal inguinal no homem é o funículo espermático e na mulher, o ligamento redondo. Além do canal inguinal, uma delimitação muito importante na região inguinal deve ser citada: o triangulo de hasselbach. Esse triângulo de Hesselbach é uma área de fragilidade fisiológica abdominal (anormalidades do TC ou por deficiência da musculatura pelo excesso de alongamento ou por lesão crônica), delimitada pelos vasos epigástricos inferiores profundos (lateralmente), porção medial do ligamento inguinal (inferior) e borda lateral do M. Reto do abdome (medialmente). É o local de origem das hérnias inguinais diretas. Se houver dilatação excessiva do anel inguinal interno, as vísceras podem ocupar também o triangulo de Hesselbach’s e promover a formação de hérnias inguinais diretas e indiretas. HÉRNIAS DA PAREDE ANTERIOR 1. Conceito É a protusão de órgão ou tecido interno através da parede abdominal em que a porção exteriorizada se encontra recoberta por um saco peritoneal. As hérnias se formam por aumento da pressão intra-peritoneal (gravidez, obesidade) e/ou por redução do poder de sustentação muscular. 2. Epidemiologia Aproximadamente 5 milhões de americanos apresentam hérnia abdominal, sendo a mais comum de localização na virilha. O reparo de hérnia ventral compreende 1/3 dos reparos de hérnia nos Estados Unidos, e entre as ventrais reparadas, 2/3 são primárias e 1/3 é incisional. O tipo mais frequente é a indireta, tem incidência de 100 a 300 casos por ano para cada 1.000 habitantes, sendo 5x mais frequentes em homens, sendo a direita a mais comum (testículo direito descer posteriormente e pele feminina assimétrica), a maioria em adultos é congênita, mesmo não tendo sido aparentes na infância. As femorais são mais frequentes em mulheres. As hérnias umbilicais são de maioria congênita para crianças e adquirida para adultos, 8x mais frequentes em negros, a maioria se fecha com 2 anos, após 5 anos há indicação de fechar. 3. Patogênese A maioria das hérnias se forma quando há perda da integridade mecânica dos músculos e tendões da parede abdominal, que são necessários para conter vísceras e apoiar o tronco. Distúrbios genéticos da matriz extracelular ou sistêmicos podem predispor paciente à formação de hérnia primária, já a cicatrização defeituosa de feridas após laparotomias e reparos de hérnias podem levar a hérnias incisionais. 4. Classificação • Localização ✓ Hérnias ventrais são aquelas que se desenvolvem na parede anterior. Podem ser primárias: epigástrica, umbilical, espigeliana. Ou podem ser secundárias: parastomais (próximas às ostomias, como colostomias|) ou incisionais (desenvolvidas após procedimentos cirúrgicos, ainda que a cicatrização ocorra normalmente, a força de tensão abdominal está menor após cirurgia, não aguentando o aumento da pressão intra- abdominal e/ou a redução de força muscular da parede) ✓ Hérnias da virilha são as que se desenvolvem na margem inferior do abdome, local de encontro da coxa com o quadril. São subclassificadas em hérnias inguinais diretas, que se projetam lateralmente aos vasos epigástricos inferiores profundos, dentro do canal inguinal e indiretas, que se formam medialemente aos vasos epigástricos inferiores profundos, no triângulo de Hasselbach. Existem também as femorais, projetam-se pelo canal femoral, abaixo do ligamento inguinal. ✓ Hérnias pélvicas são aquelas que se projetam através de um dos forames pélvicos ou do assoalho pélvico. Existe a hérnia ciática, cuja projeção ocorre pelo forame do N. Ciático, existe a obturadora, cuja projeção ocorre pelo forame obturatório, também existe a perineal que é projetada pelo assoalho pélvico. ✓ Hérmia de Spiguel – na linha de Spiguel ✓ Periestomais ✓ Hérnias do flanco são as que se desenvolvem em áreas enfraquecidas da musculatura das costas. Incluem as do triângulo lombar superior ou Grynfeltt- Lessahaft (delimitada pela margem posterior do M. Oblíquo interno, pela margem anterior do M. eretor da espinha e pelo rebordo costal inferior da 12ª costela) e inferior ou Petit (delimitado pela margem posterior do M. Oblíquo externo, margem superior da crista ilíaca e pela margem anterior do M. Latíssimo do dorso). 12ª costela, no rebordo inferior). • Etiologia ✓ Congênita é a hérnia que já está presente desde o nascimento, os mais comuns a onfalocele e gastrosquise. ✓ Adquirida é a secundária ao enfraquecimento ou rompimento dos tecidos fibromusculares. Hérnias sem incisão cirúrgica prévia (aumento da pressão – primária) e hérnia incisional (enfraquecimento muscular e da parede na rehgião da incisão). • Conteúdo ✓ Redutível é a que o conteúdo do saco retorna ao abdome de forma espontânea ou por pressão manual Figura 1. Localização das hérnias na parede abdominal. ✓ Encarcerada é a que está delimitadapor uma estreita abertura ✓ Estrangulada é aquela que ocorre isquemia, já que está havendo compressão dos vasos sanguíneos ✓ Por deslizamento ✓ Interparietal ✓ Littré é a que o conteúdo contém o divertículo de Merckel (divertículo do íleo terminal em que a ponta contém tecido gástrico funcionante) ✓ Ritcher é a que pinça borda mesentérica da alça faz parte do conteúdo 5. Formação da hérnia Ocorre no local de maior fragilidade da parede abdominal, sem haver incisão prévia, a cicatriz umbilical é o lugar de maior fraqueza na parede abdominal anterior, logo é o de mais fácil protusão. O primeiro tecido empurrado é o peritônio parietal. A protusão ocorre de forma insidiosa, formando o anel – local de protusão, o saco com o conteúdo herniado e colo do saco. 6. Introdução na prática cirúrgica A cirurgia de hérnia é a redução do conteúdo herniado para dentro da cavidade abdominal caso não haja isquemia ou necrose, situações em que deve haver ressecção. Em casos de redução, a protusão deve ser fechada no anel (linha de origem da protusão), colocando-se material protético (tela) e fecha a pele por cima da tela. Essa tele promove um processo inflamatório e gera um tecido cicatricial fibroso denso – promove maior resistência e endurecimento da região para evitar uma hérnia recidiva. Sem a colocação da tela, a chance de recidiva é maior. Caso o defeito ou anel herniado seja maior que 1cm, já ocorre a indicação de tela. Em caso de redução da hérnia ocorrer manualmente, o paciente deve ser encaminhado para o ambulatório e, em seguida, realização de cirurgia. Orientação para em casos de espirro e levantamento de peso, haver a realização da pressão manual, a fim que ela não protusa novamente. Em caso de pacientes obesos, o indicado é o emagrecimento para depois dimensionar o tamanho e realizar a cirurgia. Se a redução manual não é possível, o paciente deve ser encaminhado para a emergência, sendo uma encarcerada. O colo herniário é muito pequeno em relação ao conteúdo, o que pode evoluir para hérnia estrangulada, já que o pequeno orifício de protusão começa a comprimir os vasos sanguíneos e o fluxo sanguíneo para a hérnia se reduz, podendo gerar a necrose. Nesse caso, a cirurgia é obrigatória por meio de ressecção. Sinais flogísticos de uma hérnia encarcerada ou estrangulada são eritema, dores, além de leucocitose no hemograma, indicando a inflamação. Para identificar se a hérnia já possui classificação de estrangulada pode ser feito uma ultrassonografia com doppler (verificar presença de fluxo sanguíneo). Sendo as hérnias encarcerada e estranguladas de urgência. Após a retirada da hérnia deve haver o acompanhamento da peristalse do segmento, por compressão manual. Se não tiver peristalse, para tentar identificar sua presença, é realizada a colocação de compressas mornas e até realização de ultrassonografia com doppler, em caso de dúvidas sobre o fluxo, pode ressecar um segmento pequeno ou se o segmento for grande, termina a cirurgia e acompanha o paciente. Se o paciente apresentar algum sintoma peritoneal ou de peritonite deve passar por uma nova cirurgia. • Hérnias inguinais ✓ Indiretas Em hérnias inguinais indiretas, deve-se chegar até a fáscia cremastérica, procurar o “saquinho branco”, realizar a incisão e identificar seu conteúdo, podendo ele ser reduzido sofrer ressecção. Faz análise do conteúdo no saco herniado e, muitas vezes, pelo pequeno volume e estado do paciente (anestesiado) ocorre retorno espontâneo ou faz a redução, se não acontecer isso e a hérnia não tiver conteúdo, dá um ponto em sua base, e em caso de ser isquêmico faz a ressecção, colocando-se a tela. Em adultos, o caso é cirúrgico, em crianças espera-se até os 2 anos para opera e ao fazer 5 anos realiza o monitoramento. ✓ Diretas Nas hérnias diretas, deve ser colocada a tela. ✓ Femoral Se a hérnia for femoral e puder ser reduzida, utiliza-se a técnica de McVay, em há fechamento do canal femoral por meio de pontos que ligam o ligamento pectíneo ao inguinal, sendo preferível fazer com tela dupla, em que o ventre mais profundo da tela passa pelo anel inguinal interno, abrindo-se como guarda-chuva, ocluindo o canal e colocando outra tela. ✓ Mista Ocorre, inicialmente, o procedimento relacionado à inguinal indireta. Agora deve ser iniciado o procedimento da direta, podendo ser reduzida ou sofrer ressecção, de modo a fechar a área de Hasselbach. Existe um ligamento que vai do anel inguinal interno até a crista púbica, o tendão conjunto (quase na altura do M. Reto abdominal e paralelo ao M. Oblíquo interno), para o procedimento – técnica de Bassini, deve-se ligar esse tendão ao ligamento inguinal, fechando o triângulo e colocando a tela – o que ocorre em crianças. Nos adultos é colocado a tela no tendão conjunto, no tubérculo púbico e ligamento inguinal para fechar a área, além de refazer a entrada do anel inguinal interno que estava dilatado, deixando o canal inguinal por cima da tela – técnica de Lichtenstein. Figura 2. lustração da formação da hérnia e de seus postos-chaves. HÉRNIA INGUINAL DIRETA Mesmo que haja apenas a direta, é obrigatório a incisão cremastérica para descartar possibilidade de indireta. • Hérnias epigástricas Rafia simples sem tensão. Horizontal ou vertical, recidiva de 7 a 10% • Hérnias umbilicais Rafia simples, vertical ou horizontal, para achar a aponeurose sadia de ambos os lados e uni-las. Incisão relaxadora – “tension free”. Técnica de Mayo, em que une as aponeuroses uma em cima da outra nas suas partes distais. Tela pré- peritoneal sem tensão. • Hérnias incisionais Rafia simples (orifício sem tensão). Existem alguns tipos de colocação de tela, entre eles reparo + reforço protético (1 camada supra-aponeurótica – Onlay), reparo + reforço prostético (1 camada extra-peritoneal Sublay), reparo + reforço prostético (2 camadas - extra-peritoneal e supra- aponeurótica). A técnica Onlay é realizada acima da aponeurose do M. reto do abdome. A técnica Sublay é feita pela colocação de tela abaixo dos ventres do M. Reto abdominal e acima do ventre posterior da bainha do M. Oblíquo interno. A técnica Unlay é feita colocando-se a tela abaixo da musculatura, junto com a alça intestinal, por isso deve ser ressecado o tecido fibrótico e a tele deve absorvível, realizada laroscopicamente. A técnica Inlay é quando não há possibilidade de aproximar as bordas do músculo e a correção do defeito herniado será apenas com a fibrose da tela, o que gera altas recidivas – pior escolha. • Hérnia domiciliada Perdeu o direito domiciliar. Quando o volume da hérnia for superior a 25% do volume da cavidade ou maiores que 10cm, podemos optar pelo pneumopertônio progressivo com finalidade de expandir o volume da cavidade peritoneal. Ela não pode ser encarcerada. Introdução de um cateter e colocação de ar, para expandir o volume da cavidade peritoneal, para tentar reduzir a hérnia. Acompanhamento de 2 a 3 semanas para haver a expansão. Esse tempo deve ser esperado, já que a redução rápida pode, junto com o ar colocado, promover síndrome compartimental (aumento da pressão vascular que irriga as vísceras, podem haver isquemia intestinal ou aumento da perfusão esplênica). Caso a técnica anterior não consiga ser realizada, pode-se fazer a secção do tendão do M. Oblíquo externo, secção do ventre posterior do M. Reto Abdominal, com isso, há deslize de uns 10cm dos ventres do M. reto abdominal, fechando as aponeuroses e colocando uma tela na posição Onlay. • Técnicas covencionais ✓ Bassini – recidivs de 8,7% Kux ✓ Shouldice – 1,46% Shouldice Hosp. ✓ McVay – 3,2% autor, 2% Rutledge ✓ Lichtenstein – “tensionfree” – 0,1 a 0,77% Possuem vantagens como resultados reproduzíveis, anestesia local dependendo do tamanho, custo menor, alta no mesmo dia, não invade a cavidade, mas possui como desvantagens a incisão maior, 2 incisões nas bilaterais, + difícil na recidiva, inspeção superficial e não repara todos os orifícios. Figura 3. Técnica de Lichtenstein. Figura 4. Técnica de Mayo Figura 5. Técnicas Onlay, Sublay, Underlay e Inlay Figura 6. Hérnia domiciliada. Figura 7. Técnica de deslizamento + Onlay • Técnicas laparoscópicas ✓ TAPP – acesso transabdominal com tela pré- peritoneal ✓ TEP – acesso total extraperitoneal, sem tensão Apresenta vantagens como incisão mínima, retorno precoce às atividades normais, pouca dor, inspeção ampla, reparo de todos os orifícios, melhor na recidiva e nas bilaterais, mas apresentam desvantagens por ser mais cara, técnica complexa, invasão da cavidade abdominal, anestesia geral + CO2. 7. Fatores precipitantes • Aumento da pressão intra-abdominal ✓ Hipertrofia prostática ✓ CA de cólon descendente ✓ Cirrose com ascite (redução de proteínas enfraquece a musculatura) ✓ Esplenomegalia maciça ✓ Gravidez Alguns fatores aumentam o risco da hérnia incisional, em especial, são eles: idade avançada, desnutrição, ascite, hematoma, esteroides, quimioterapia, diálise peritoneal, infecção, DM e hepatopatia. 8. Manifestações clínicas • Inguinais geralmente assintomáticas • Aumento do volume da região que aumenta ainda mais com a manobra de Valsalva (exalar ar forçadamente contra lábios fechados e nariz tampados) e desaparece quando o paciente se deita • Achado casual ao exame físico • Hérnias de pequeno volume surgem principalmente em mulheres obesas e pode fazer parte do DD de dor pélvica • Dor é geralmente de pequena intensidade, em peso, associada à posição ortostática ou esforços físicos • Dor intensa quando encarceradas ou estranguladas, associadas a náuseas e vômitos, com obstrução intestinal 9. Exame físico Análise da hérnia inguinal em decúbito dorsal, Palpação do anel inguinal interno e externo. A palpação do anel inguinal externo é feita inicialmente localizando o tubérculo púbico e lateralizando o dedo até achar o alvo, nesse momento é pedido para que o paciente realize Valsalva, caso o examinador sinta uma pressão que empurre o corpo do dedo para fora, é sinal de presença de herniação direta (já que o canal inguinal está anteriormente ao triângulo de Hasselbach), caso sinta no corpo e na ponta do dedo a hérnia é mista, se apenas na ponta, hérnia indireta. 10. Classificação de Nyhus Tipo I – inguinal indireta (pediátrica) Hérnia pequena, anel inguinal interno normal, saco no canal inguinal Tipo II – inguinal indireta Hérnia media, anel inguinal interno alagado, parede posterior intacta, vasos epig. inf. prof. não visualizados Tipo III – defeito na parede posterior A – inguinal direta, apenas assoalho B – combinada, indireta grande com comprometimento da parede posterior, anel inguinal interno dilatado, invadindo ou destruindo a fáscia transversal (inguino-escrotal volumosa) Tipo IV – recidiva A – direta B – indireta C – femoral *Parede inguinal posterior = triângulo de Hasselbach 11. Diagnóstico diferencial • Hidrocele • Criptorquidia • Lipoma de funículo • Epididimite • Linfadenite • Torção de testículo 12. Exames Geralmente o exame físico diagnostica, mas para realização de cirurgia é importante o exame de imagem. • Ultrassonografia • Tomografia computadorizada • Laparoscopias 13. Complicações cirúrgicas • Infecção • Hemorragia • Secção do cordão espermático ou de algumas estruturas • Lesão de nervos • Lesão da irrigação testicular • Lesão intestinal • Lesão da bexiga – retenção urinária (geralmente pacientes com 50 anos ou mais) • Constrição da V. femoral • Equimose escrotal, edema de testículo • Atrofia testicular 14. Metas da herniorrafias • Redução na dor pós-operatória • Retorno precoce das atividades profissionais • Baixa taxa de recidiva • Redução das complicações
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