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Prática de Ensino de Biologia no Ensino Médio Alun@: Rafael Alves Neiva da Silva RGM: 24566055 Polo: Vitória da Conquista Tutora: Andrea Charquesi Como deve ser a prática docente frente aos novos desafios da educação? Introdução Com o passar dos anos, os métodos de ensino foram se alterando, se modificando, se adequando ao momento da sociedade. Mas qual a melhor metodologia a ser aplicada em “sala de aula”? O professor continua como a única fonte detentora do saber? Os métodos utilizados atualmente são mais eficazes que os utilizados à décadas atrás? Essas são questões a serem debatidas ao decorrer deste texto, que visa demonstrar como a educação tem um papel na formação social do cidadão e a importância do docente neste processo. Desenvolvimento De acordo com Cruz e colaboradores (2015) os professores devem aplicar de forma mais clara e direta as suas metodologias afim de “fornecer uma aprendizagem que leve o aluno a construir o conhecimento, no lugar de receber conceitos prontos, inquestionáveis e de difícil compreensão”. A frase “que leve o aluno a construir o conhecimento” abre uma gama de possibilidades, uma vez que, cada aluno passa a ser um ser pensante capaz de expressar opiniões a respeito do tema, o que leva a debates e debates geram conhecimento. Ao observamos os clip e letra da música THE WALL, vemos que esses debates em sala de aula eram algo inimaginável, uma vez que, os professores eram considerados soberanos, detentores do saber e estes, costumavam passar um conteúdo direto, com conceitos já definidos, não possibilitando brechas para o debates, gerando conteúdos inquestionáveis, onde qualquer um que tentasse quebrar a hierarquia era reprimido pelo e forçado a voltar para a bolha de ensino, provocando uma espécie doutrinação. Explicito na frase do refrão “Não precisamos de educação, não precisamos que nos controle” e logo em seguida mostrando uma espécie de linha de produção, fazendo uma analogia das escolas as fabricas de produção em massa, onde os alunos estão sendo moldados todos iguais, formando sempre o mesmo padrão de pessoas, “apenas outro tijolo no muro”. Atualmente, vemos que o aluno deixou de ser apenas um espectador e passou a ser altamente participativo e autônomo, capaz de expressar seus próprios pensamentos e chegar a suas próprias conclusões sobre um determinado tema, diferentemente de décadas atrás no qual essa possibilidade era inexistente. Sabemos que o sistema de ensino brasileiro ainda está longe do ideal, sofrendo inclusive fortes críticas de pesquisadores e dos próprios docentes que o consideram ineficiente em relação à qualidade das aulas e à eficácia do processo de aprendizagem. Tais críticas se devem em grande parte a estrutura escolar, que em sua maioria sem mantem idênticas a do século XIX, fazendo com que a mesma não consiga atender completamente as novas demandas sociais de aprendizagem (Carreira, 2020). Mas e o docente, Como deve ser a prática deste frente a esses novos desafios? Segundo Nóvoa (1992) docente deve ter a sua perspectiva crítico-reflexiva estimulada, possibilitando um maior pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas de auto formação. Que implica em um maior investimento pessoal, estimulando o trabalho criativo visando construção da sua identidade profissional. Mesmo com uma identidade definhada o educador deve ser capaz de possuir algumas características (pró-atividade; onipresença; Simultaneidade; Continuidade; Pique; Cobrança; Variedade) para lidar melhor com algumas situações corriqueiras do dia a dia, o permitindo assim, passar o conteúdo de forma lúcida de fácil compreensão (Pinheiro, 2020). Em uma sociedade que está constantemente mudando e com o maior acesso a informações por parte do discente, principalmente por meio da internet, tornasse imprescindível a atualização frequente do conteúdo por parte do docente, o mantendo o mais atualizado possível. Lacerda (2011, on-line) corrobora esse cenário quando diz que: Considerações Finais Como pudemos observar, as práticas metodológicas aplicadas a décadas atrás são obsoletas e não são aplicáveis atualmente, isso se dá por dalguns fatores como o professor não sendo mais o detentor absoluto e irrefutável do conhecimento, embora as estruturas escolares permaneçam semelhantes às de décadas passadas o ambiente é completamente diferente, com acesso a informação mais facilitada e alunos com maior participação em aulas contribuindo para a geração de aulas mais interativas e dinâmicas. “Os novos desafios vêm instigando os profissionais da educação a buscar novos saberes, conhecimentos, metodologias e estratégias de ensino. [...] As mudanças no contexto escolar e social requerem profissionais atualizados e competentes, que estejam preparados para atuar com diferentes problemas”. Em um cenário ideal no contexto de mudanças no qual o ambiente escolar está inserida, é necessário que o docente seja proativo, investigativo, capaz de lidar com as adversidades que se apresentam no dia a dia. Uma vez que nos dias atuais necessitamos de profissionais com perfis bem diferentes dos apresentados em décadas passadas. Como afirmado por Tardif (2002), É possível dizer que o professor enfrenta muitas dificuldades ao longo da sua jornada de formação de cidadãos críticos e conscientes, mas ao vê-los lutando de forma incansável por melhorias da sociedade, fazem valer a pena, pois fazem o docente ter certa que os discentes diferentemente dos representados na música não serão “apenas outro tijolo no muro”. Referências CARREIRA, C. C. Projeto de Iniciação à Docência em Biologia no Ensino Médio. I unidade- Panorama da Profissão Docente e as Orientações Pedagógicas para o Ensino Médio. Faculdade Cruzeiro do Sul, 2020. CRUZ, E. A. L.; SILVA, J. W. S.; SILVA, C. G.; SOUZA, H.M.L.; NUNES, J. R. S. O ensino de biologia no ensino médio em uma escola periférica no município de Tangará da Serra – MT. Educere - Revista da Educação, v. 15, n. 2, p. 355-368, jul./dez. 2015. LACERDA, C. C. Problemas de aprendizagem no contexto escolar: dúvidas ou desafios? Disponível:http://www.psicopedagogia.com.br/index.php/941-problemas-deaprendizagem- no-contexto-escolar-duvidas-ou-desafios. Acesso em: 26 jun. 2017. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. Goiânia, GO: Alternativa, 2004. NÓVOA, A. Formação de professores. In: Nóvoa. A. (org.). Vidas de professores. Lisboa: Dom Quixote, 1992. “O professor ideal é alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina, seu programa, além de possuir conhecimentos relativos às ciências da educação e à pedagogia e desenvolver um saber prático baseado em sua experiência cotidiano com os alunos. ”. PINHEIRO, J. P. S. Como ser Professor de Biologia no Ensino Médio? I unidade- Como ser Professor de Biologia. Faculdade Cruzeiro do Sul, 2020. PINK FLOYD – Another Brick In The Wall. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=I0fgxSei0xE&ab_channel=MusicHallBR. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
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