Buscar

Câncer de Pulmão

Prévia do material em texto

FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
CLÍNICA MÉDICA III | PNEUMOLOGIA
GABRIELA PICCHIONI BAÊTA - 68A
Câncer de Pulmão
Epidemiologia: o câncer de pulmão é a principal causa de mortalidade por
neoplasias e no Brasil o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou em
596000 o número de novos casos em 2016. É o segundo de maior incidência
em homens e o quarto em mulheres.
- Gráfico: o ca de pulmão é o de maior mortalidade na mulher
atualmente, assim como o do homem
Quadro Clínico: geralmente silencioso, os sintomas não ocorrem até que o
câncer esteja avançado, mas algumas pessoas em estágio inicial apresentam
sintomas. Os mais comuns são: tosse persistente (50-75% - e ocorre mais cedo em tumores centrais como o de
pequenas células e cec), escarro sanguíneo, dor torácica, piora da dispneia, sensação de chiado, perda de peso e de
apetite, pneumonia recorrente, baqueteamento digital (pode ser bronquiectasia também), fraqueza e nos fumantes, o
ritmo habitual da tosse é alterado. Atualmente é considerado que não existem sinais e sintomas específicos.
Principais tipos histológicos:
Câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC): dividido em três subtipos →
- Adenocarcinoma: ocorre principalmente em fumantes e é mais frequente em
mulheres. É normalmente encontrado nas áreas periféricas do pulmão. Mais
frequente.
- Carcinoma espinocelular (CEC): está relacionado com o tabagismo e tende a ser
encontrado na região central dos pulmões. Segundo mais frequente
- Carcinoma de grandes células (indiferenciado): esse tipo de tumor pode aparecer
em qualquer parte do pulmão, sendo mais comum na periferia, e tende a crescer e
se disseminar rapidamente, o que torna seu tratamento mais difícil. Frequência
mais baixa.
Câncer de Pulmão de Pequenas Células (CPPC/Oat Cell): esse tipo de câncer cresce e se dissemina rapidamente,
sendo considerado um tumor central. Cerca de 70% dos pacientes terão metástase no momento do diagnóstico e
como esse câncer cresce rapidamente, tende a responder a quimio e radioterapia, no entanto, a maioria dos
pacientes terá recidiva da doença.
Tumores centrais: obstruem brônquios
levando a atelectasias (ou de todo o pulmão
ou de lobos). Dão sintomas com mais
frequência: tosse e escarro sanguíneo,
infecções repetidas.
Tumores periféricos: crescem no
parênquima e sem resistência, formando
imagens nodulares (3cm) ou massas
(>3cm). Comprime poucas estruturas, logo
é silencioso.
FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
CLÍNICA MÉDICA III | PNEUMOLOGIA
GABRIELA PICCHIONI BAÊTA - 68A
Diagnóstico: alia-se a sintomatologia com
antecedentes sociais (tabagismo, por
exemplo) + radiografia, tomografia de tórax,
e eventualmente realiza-se o PET Scan.
Exames citológicos como de escarro ou
líquido pleural lavado broncoscópico,
biópsias (broncoscopias, transbrônquica ou
aspiração transtorácica com agulha fina
guiada por TC).
Procedimentos invasivos realizados →
Estadiamento: O câncer pode estar limitado ao pulmão ou terça e disseminado para outros órgãos, como cérebro,
ossos, fígado e adrenais. Uma série de exames é feita para verificar se o câncer atingiu esses órgãos e esse dado é
importante para determinar a forma de tratamento.
Câncer de pulmão de pequenas células (CPPC/Oat Cell):
- Estágio limitado → o câncer está em um pulmão e provavelmente em gânglios linfáticos do mesmo lado
do tórax.
- Estágio extenso → o câncer atinge o outro pulmão, os gânglios linfáticos do outro lado do tórax, o fluido
em torno dos pulmões ou órgãos distantes (mais frequente ao diagnóstico)
Câncer de pulmão de não pequenas células: o estadiamento vai de 0 a 4, sendo este último o mais avançado, com
metástases.
Estágio Oculto
(Tx):
Quando células cancerosas são encontradas na saliva ou amostra do muco obtido através de
broncoscopia, mas não é possível visualizar o tumor por meio de broncoscopia ou exame de
imagem ou então o tumor é tão pequeno que ainda não pode ser submetido a biópsia.
Estágio 0 (Tis): As células anormais são encontradas apenas na camada mais superficial do revestimento do
pulmão e não se infiltrou nesse tecido. É o chamado carcinoma in situ, que não é invasivo.
FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS
CLÍNICA MÉDICA III | PNEUMOLOGIA
GABRIELA PICCHIONI BAÊTA - 68A
O estadio determina o prognóstico de sobrevida do
paciente na maioria das vezes e de acordo com o seu
"TNM" ele será agrupado, como no gráfico ao lado →
- Estadio I → A (até 2cm) e B (até 5cm):
prognóstico cirúrgico excelente com sobrevida
acima de 6 anos acima de 95%.
- Estadio II →
- A (T1 ou T2a + N1 ou T2b + N0):
prognóstico cirúrgico bom com sobrevida acima de 6 anos acima de 80%.
- B (T3 ou T2b + N1): prognóstico um pouco pior
- Estadio III →
- A (T3 N1 ou T4 N0 ou T1 a T3 N2)
- B (T1 a T3 N3 ou T4 N2)
- Estadio IV → metástase a distância (osso, cérebro, fígado): péssimo prognóstico (taxa de sobrevida geral
em 5 anos < 1%)
OBS: Tumor de Pancoast → invade o núcleo estrelado da cadeia ganglionar paravertebral, gerando dor torácica e
acometimento oftálmico unilateral: ptose palpebral, miose pupilar e olho enoftalmo (síndrome de clodebernar
horner).
Nódulos solitários: como avaliar?
- Sólido:
- pequenos (menos de 6mm) + paciente de risco
pequeno = conduta expectante
- pequenos (menos de 6mm) + paciente de risco
maior = TC em 12 meses para avaliar crescimento
- maior (>8mm): investigação para excluir
malignidade → provável biópsia ou PET Scan.
- entre 6-8mm: nova TC em 6 meses SE baixo
risco; SE alto risco nova TC em 6 meses e outra
em 1 ano
- Sub Sólido:
- pequenos (menos de 6mm) = conduta
expectante
- médio (mais de 6mm) = acompanhamento
prolongado
DIRETRIZ RESUMIDA AO LADO →

Continue navegando