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Câncer de Pulmão

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Câncer De Pulmão 1
Câncer De Pulmão
Epidemiologia: 
Neoplasia visceral mais frequente - 31% dos óbitos por câncer em homens e 26% em mulhres. 30% de todos os 
óbitos por câncer. A maior parte dos casos aparece entre os 50 e 70 anos. 
Etiologia: 
Tabagismo (ativo e passivo - 90% em fumantes e 3% em passivos), radiações ionizantes (poeira de urânio), 
asbestos, metais pesados (níquel, cromo, arsênico), carcinógenos industriais. 
Tipos histológicos: 
Carcinoma escamoso (epidermóide): 25 - 35%. Origem central (grandes vias aéreas - visível na 
broncoscopia). Duplicação de 90 - 100 dias (tumores de 2cm tem 9 anos de surgimento).
Adenocarcinoma: incidência vem aumentando- 25 - 35%. Origem periférica (estruturas brônquicas menores 
- não é visível na broncoscopia). Duplicação de 180 dias (2cm - 15 anos de surgimento). Pode ser brônquio-
alveolar (não cresce como massa, mas reveste bronquíolos e alvéolos). 
Carcinoma indiferenciado de grandes células: 10%. Origem geralmente periférica. Duplicação de 90 - 100 
dias.
Carcinoma indiferenciado de pequenas células: 20 - 35%. Mais agressivo, gera metástases precoces. 
Origem geralmente é central, com taxa de duplicação de 30 dias (crescimento rápido). O mais comum é o 
oat-cell.
Manifestações clínicas: 
Decorrentes da localização do tumor:
Central: tosse (persistente ou mudança na característica da tosse em tabagistas), hemoptise (1/3 dos 
casos), dispneia (oclusão de algum brônquio calibroso ou da traqueia), pneumonias de repetição (quando o 
tumore provoca estenose/sub-oclusão e isso acumula muco e secreção)
Periférico: demora para provocar sintomas, mas o principal sintoma é a dor quando invade tecidos 
adjacentes
Decorrentes da extensão direta do tumor:
Mediastino: disfonia (acometimento do nervo laríngeo recorrente leva a paralisia das cordas vocais), 
dispneia (acometimento do nervo frênico leva a paralisia diafragmática), arritmia cardíaca (invasão do 
coração), síndrome da veia cava superior (compressão ou invasão - drenagem da cabeça, pescoço e 
porção superior do tórax fica comprometida, é uma urgência oncológica. Sinais: estase jugular, circulação 
colateral e olhos saltados).
Parede torácica: dor (lesões ósseas), ápice pulmonar (Tumor de Pancoast), síndrome de Claude-Bernard-
Horner (lesão do nervo simpático cervical - fera enoftalmia, ptose palpebral e miose), síndrome de Dejetine-
Klumpke (lesão do pleso braquial gera dor, impotência funcional e alterações vasoativas no MS do mesmo 
lado)
Diafragma: dor referida nos ombros e soluços.
Decorrentes de metástases:
Ganglionares (aumento ganglionar): 
Mediastinais: síndrome da veia cava superior, disfonia, disfagia (esôfago é empurrado para trás, o que 
dificulta a deglutição)
Supraclaviculares: massa palpável
Câncer De Pulmão 2
Hemáticas:
Ósseas: 25%. Dor local, fratura patológica (coluna, bacia, fêmur e costelas)
Hepáticas: icterícia, dor epigástrica e hepatomegalia (fases finais)
Cerebrais: 20 - 50%. Cefaléia, perda motora, convulsões, etc. 
Adrenais: 2 - 20%. geralmente assintomático.
Derrame pericárdico: 15%. Arritmias e ICC
Manifestações sistêmicas: astenia, anorexia, febre e emagrecimento
Manifestações paraneoplásicas: hipocratismo digital (dedo em baqueta de tambor e unha em vidro de 
relógio), osteoartropatia hipertrófica, secreção inapropriada de ADH, hipercalcemia, síndrome de Cushing, 
ginecomastia, tromboses venosas de repetição, trombocitose
DIAGNÓSTICO
Radiológico:
Primeiro se faz RX de tórax, depois pode fazer TC.
Tumor com nódulos de contornos irregulares, bronco-estenose (quando não se vê o tumor, mas sua 
consequência, como atelectasia, pneumonias de repetição, hiperinsuflação, pneumotórax, abscesso 
pulmonar), massa junto à parede costal, massa junto ao mediastino, massa escavada (escavação 
excêntrica - área de necrose no tumor), crescimento infiltrativo
Invasões diretas: consequência do tumor.
Mediastino: elevação da cúpula diafragmática - acomete nervo frênico (ipsilateral)
Parede torácica: destruição de arcos costais e vértebras
Metástases: 
Linfáticas: linfonodomegalias uni/bilaterais, deslocamento posterior do esôfago
Hemáticas: ósseas (lesões líticas), hepáticas (hepatomegalia), pulmonares (nódulos ou infiltração 
difusa), pleura (derrame pleural), metástases pulmonares (de outro tipo de câncer)
Histológico:
Escarro: 40 - 85% de eficiência se o exame for bem feito. Em tumores centrais, há mais positividade (por 
descamarem mais). O escarro não consegue dizer o tipo, mas se tem células atípicas ou não.
Fibrobroncoscopia: biópsia brônquica ou transbrônquica, análise de lavado bronco-alveolar ou escovado 
brônquico. 90% de eficiência em tumores centrais e 60% nos periféricos. Melhor ferramenta de obtenção de 
material para biópsia. 
Punção transparietal: indicação em lesões periféricas (broncoscópio não chega). Pode ter complicações 
como pneumotórax (7 - 35%) ou pequenos sangramentos. 90% de eficiência, mas depende muito da 
qualidade do médico.
VTS ou toracotomia
Se há metástases: mediastinoscopia, mediastinostomia, pleuroscopia, biópsia pleural com agulha, biópsia 
de gânglios, biópsia de massas tumorais extra-pulmonares
ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS:
T: tumor primário
T0: ausência de tumor
TX: citologia positiva sem evidência de tumor
N: linfonodos comprometidos 
NX: linfonodos não abordados
N0: ausência de envolvimento nodal 
Câncer De Pulmão 3
Tis: carcinoma in situ
T1: < 3cm, sem envolvimento de pleura ou 
brônquio principal
T1a: ≤ 2cm
T1b: > 2cm
T2: entre 3 e 7cm de diâmetro, envolvendo pleura 
visceral ou brônquica a mais de 2cmd a carina 
(sem envolvê-la), atelectasia de lobos mas não 
de todo o pulmão
T3: > 7cm de diâmetro ou com invasão direta à 
parede do tórax, diafragma, pleura mediastinal, 
envolvimento do brônquio principal a menos de 
2cm da carina (sem comprometê-la), atelectasia 
de um pulmão inteiro.
T4: tumor invadindo o coração, grandes vasos, 
esôfago, traqueia, carina, derrame pleural ou 
pericárdico malignos, nódulos neoplásicos 
satélites no mesmo lobo pulmonar do tumor 
primário. Não é possível fazer cirurgia com 
intenção curativa em T4.
N1: metástases para os linfonodos 
peribrônquicos ou hilares do mesmo lado ou 
ambos, incluindo extensão direta
N2: metástases para linfonodos mediastinais do 
mesmo lado e para linfonodos subcarinais
N3: metástases para linfonodos mediastinais 
contralaterais, supraclaviculares ou pré-
escalênicos do mesmo lado ou contralaterais. 
Não é possível fazer cirurgia com intenção 
curativa em N2.
M: Metástases
M0: metástases não detectadas
M1: presença de metástases
M1a: nódulo tumoral em lobo contralateral, 
tumor com nódulos pleurais ou derrame 
pleural ou pericárdicos positivos
M1b: metástases à distância. 
TRATAMENTO DO CÂNCER DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS
Cirúrgico: único capaz de curar o câncer de pulmão
Radioterapia pré-operatória, pós-operatória (N2, T3 com invasão da parede ou pericárdio e em doença 
resitual) exclusiva (tumores irressecáeis e inoperáveis), paliativa (metástase à distância, recidivas 
locorregionais após cirurgia), condições especiais (derrame pleural neoplásico após toracocentese, 
metástases cerebrais, atelectasias pulmonares, síndrome da veia cava superior)
Quimioterapia: associada à cirurgia e/ou radioterapia neoadjuvante para doença disseminada
Terapia alvo: bloqueia proteínas específicas (alvos moleculares) importantes para o funcionamento da célula 
cancerosa, minando suas possibilidades de expansão e reduzindo os danos causados por elas. 
Câncer De Pulmão 4
Imunoterapia: alguns tumores produzem proteínas que conseguem fazer com que as células de defesa não 
reconheçam o tumor como inimigo e o câncer avança. Os medicamentos vieram para bloquear os 
"checkpoints". 
ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE PEQUENAS CÉLULAS:
Doença limitada: 30% dos casos. Linfonodo hilar do mesmo lado, linfonodo supraclavicular do mesmo lado 
ou contralateral, linfonodo mediastinal do mesmo lado ou contra lateral
Doença extensa:70% dos casos. Metástase no outro pulmão, metástase à distância, derrame pleural 
neoplásico
TRATAMENTO: quimioterapia (pode se associar radioterapia nas limitadas).

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