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1 Emanuelly Lopes Cardoso | Emergências SCA Sem Elevação do Segmento ST Angina instável • Dor ou desconforto torácico (ou equivalente isquêmico) e/ou • Alterações eletrocardiográficas compatíveis • Sem elevação de marcadores de necrose miocárdica lAM sem elevação do segmento ST • Dor ou desconforto torácico (ou equivalente isquêmico) e/ou • Alterações eletrocardiográficas compatíveis • ↑ marcadores de necrose miocárdica Infarto agudo do Miocárdio com Supra de ST • Evidência de necrose miocárdica • Contexto clínico de isquemia • Elevação de marcadores de necrose miocárdica • Ondas Q patológicas no ECG • Alterações no ECG indicativas de sofrimento miocárdico • Exame de imagem de perda de miocárdio viável ou nova alteração segmentar de contratilidade ventricular Ruptura da Placa - Gatilhos: Exercício físico + stress mecânico devido ao ↑ da contratilidade cardíaca e FC + PA + vasoconstrição Fatores de Risco Diabetes + HAS + tabagismo + idade > 40 anos + hereditariedade IAM com Supra de ST Quadro clínico Apresentação típica – Dor torácica: • Retroesternal aperto ou queimação • Piora aos exercícios ou estresse emocional • Duração > 20 minutos • Melhora ao repouso ou nitrato Apresentação atípica – Dor torácica: • Pontada • Dígito pressão • Duração < 1 minuto • Piora à mudança postural ou ventilatória-dependente • Duração contínua de vários dias Desconforto torácico • Início no centro ou à esquerda do tórax • Irradiação: braço/ lado ulnar do braço esquerdo + dedo mínimo + punho + mandíbula + epigástrio + ombro esquerdo + região interescapular • Duração > 20 minutos • Difuso + acompanhado de: diaforese + dispneia + náusea + dor abdominal + síncope IAM com Supra de ST Quadro clínico Equivalentes anginosos: • Dor epigástrica + dispepsia + dispneia + náuseas e vômitos + sudorese + hipotensão + síncope • Pacientes idosos (> 75 anos de idade) + mulheres + portadores de diabetes com doença renal crônica ou demência: equivalentes anginosos + queixas atípicas (dor epigástrica + dispepsia + dispneia + síncope) Considerações • Dor torácica pleurítica ou aguda e localizada não costuma ocorrer nas SCA • Alívio da dor torácica com o nitrato sublingual não confirma uma SCA • Alívio da dor com medicamentos para dispepsia ou sintomas gastrointestinais não descartam uma SCA Exame Físico • Geral: palidez + sudorese + ansiedade + cianose + turgência jugular • PA nos dois braços: avaliar assimetria + diagnosticar hipotensão • Palpação de pulsos em membros superiores e inferiores • Ausculta cardíaca: B4 + B3 ou um novo sopro de regurgitação da valva mitral • Ausculta pulmonar: estertores crepitantes + sibilos • Extremidades: insuficiência vascular + edema ou sinais de má perfusão periférica IAM com Supra de ST Exames complementares Eletrocardiograma • Realização em até 10 minutos do início do atendimento • “Normal” na maioria dos pacientes (5% - SCA) • ECG seriados (0-3-6h) rotina ou se nova dor torácica / instabilidade hemodinâmica • Solicitar um ECG prévio (antigo) • Alterações dinâmicas: ATENÇÃO!!! • Elevação do segmento ST > 1 mm em duas ou mais derivações contíguas SCASSST − Normal − Alterações transitórias de ST > 0,5 mm − Depressão de segmento ST − Inversão simétrica de onda T em derivações precordiais (> 2 mm) − Razão R/S > 1 − Onda Q patológica Raio-x de tórax • Diagnósticos diferenciais 2 Emanuelly Lopes Cardoso | Emergências IAM com Supra de ST Exames complementares Marcadores de necrose miocárdica Troponinas • Sensíveis (96%) e específicas (99%) para o diagnóstico de IAM • Diagnóstico + prognóstico • Dosagem seriada (0 - 3 - 6) + ULTRASSENSÍVEL (0-1h) • Troponina C é a especifica do marcador cardíaco • Vantagens em relação a CK-MB: maior especificidade para lesão miocárdica + detecta pequenas quantidades de lesão miocárdica + permanecem elevadas por mais tempo • Elevação a partir de 4-6h após o IAM • Pico: 14-24h • Normalizam em 5-10 dias (troponina I) + 10-14 dias (troponina T) CK-MB • Menos sensível e específica que as troponinas (maior influência de causas não-cardíacas) • Eleva-se após 4-6h • Pico: 12-24h • Normaliza em 48h • Necessário mesurar CPK total Mioglobina • Marcador muito precoce • Precede a liberação da CK-MB em 2- 5 horas • Não é cardioespecifico • Principal vantagem: detecção de IAM nas primeiras horas IAM com Supra de ST Diagnóstico Diferencial – Dor torácica 1. SCA / pericardite 2. Dissecção de Aorta 3. Embolia pulmonar / pneumotórax hipertensivo 4. Ruptura de Esôfago 5. “Pseudo-emergência” Abordagem no Setor de Emergência 1. Monitor + Oxigênio + Veia • Monitorizar os sinais vitais (cardioscópio, oximetria, pressão arterial) • Atenção: IAM mata subitamente (FV / TV) • Oxigênio se saturação <90% • Veia periférica calibrosa • Repouso (reduzir o consumo de oxigênio) 2. AAS • Dose inicial de ataque: 200-350 mg • Mastigar 300mg (3 comprimidos de 100mg) • Manutenção diária de 75-100mg VO em dose única • Checar alergia (choque anafilático) 3. Antagonista de ADP • Clopidogrel: uso junto com AAS em pacientes com IAM tratados com fibrinolíticos ou angioplastia → paciente > 75 anos: dose de 75mg/dl, sem dose de ataque • Ticagrelor: início de ação mais rápido + sem provocar ↑ na taxa de sangramento maiores • Prasugrel: pacientes com anatomia coronária conhecida + que serão submetidos imediatamente a reperfusão coronariana percutânea + dose deve ser corrigida em pacientes de baixo peso <60 kg 4. Anticoagulantes – Heparina 5. Outros medicamentos Nitratos: ↓ pré-carga e tensão na parede do VE → ↓ consumo miocárdico de O2 + vasodilatação coronária Nitroglicerina iniciada em vazão lenta: 5- 10mcg/minuto + incrementos de 5-10 mcg a cada 5min, até alivio da dor ou PAS <100 mmHg ou ↓ 30% na PAS inicial em hipertensos ou 10% em normotensos Betabloqueador: pacientes com sintomas isquêmicos persistentes após uso de nitrato e morfina + importante ↑ pressórico + arritmias vasculares recorrentes − Esmolol EV contínuo 50-300 mcg/kg/min − Metoprolol em bolus de 5mg + doses suplementares a cada 5 min até no máximo 15 mg se necessário − VO: propranolol de 20-80 mg a cada 6- 8 horas Morfina: sulfato de morfina IV de 2-4 mg, diluídas → pode ser repetido em intervalos de 5-15 min 3 Emanuelly Lopes Cardoso | Emergências 6. Terapia de Reperfusão Terapia de reperfusão (“abrir o vaso”): mecânica (Stent) x química (trombolítico) Angioplastia primária com Stent (mecânica) • Maior taxa de recanalização da artéria ocluída. • Melhor fluxo sanguíneo (fluxo TIMI 3). • Menor incidência de complicações − Hemorrágicas − Isquêmicas − Mecânicas • Redução da mortalidade • PRIMEIRA OPÇÃO QUANDO ESTIVER DISPONÍVEL Reperfusão Química – Trombolíticos/trombólise • Monitorar por 60-180 minutos o segmento ST + ritmo cardíaco + sintomas • Maior disponibilidade. • Efetivo nas primeiras 12 horas do início dos sintomas (especialmente nas primeiras 3 horas) • Redução de mortalidade e as complicações isquêmicas • Na dúvida: trombólise Trombólise com sucessão (houve reperfusão) • Alívio dos sintomas • Manutenção ou restauração do equilíbrio elétrico e hemodinâmico • ECG após 60-90 minutos do início da trombólise → ↓ > 50% do tamanho da elevação do segmento ST Trombólise não eficaz • Persistência dos sintomas isquêmicos • ECG após 60-90 min do início da trombólise: não houve ↓ > 50% do tamanho da elevação do segmento ST Contraindicações absolutas: • AVEH prévio; • AVCI < 3 meses → exceto se concomitante ao IAM e com início do AVC < 4,5 - 6 horas • Presença de lesão estrutural do SNC (malformação vascular,câncer primário ou metastático) • Cirurgia do SNC ou medular < 2 meses • Suspeita de dissecção de aorta • Diátese hemorrágica ou sangramento ativo (exceto menstruação) • Trauma facial ou TCE grave nos últimos 3 meses • Hipertensão arterial grave e não controlada no departamento de emergência
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