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ModeloNPJ03-Paternidade

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ 
VARA CÍVEL DA COMARCA DE _________ DO ESTADO DE 
____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WILLIAM DIAS DE SOUZA, brasileiro, estado civil, profissão, 
CPF nº XXXXXXXXXXXXXX e RG nº XXXXXXXXXXXXX, residente 
e domiciliada em XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, nº XXX, apto 
XXXX, CEP: XXXXXXXX, cidade/UF, endereço eletrônico XXX, e 
GEOVANNA MARTINS, brasileira, estado civil, profissão, CPF nº 
XXXXXXXXXXXXXX e RG nº XXXXXXXXXXXXX, residente e 
domiciliada em XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, nº XXX, apto 
XXXX, CEP: XXXXXXXX, cidade/UF, endereço eletrônico XXX, vêm, 
respeitosamente perante Vossa Excelência, com espeque no artigo 
1.601 do Código Civil, devidamente representada por seu procurador 
infra-assinada, com endereço profissional em 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, nº XXX, apto XXXX, CEP: 
XXXXXXXX, Cidade/UF, e endereço eletrônico onde receberá 
intimações XXX, propor a presente 
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE C/C ANULAÇÃO DE 
REGISTRO CIVIL 
em face de (NOME DA CRIANÇA), menor impúbere, representando 
por sua genitora, ora correquerente, pelos fatos e fundamentos 
jurídicos que passam a expor. 
 
I – DOS FATOS 
 
O correquerente manteve relacionamento amoroso com a 
genitora de sua suposta filha por 04 (quatro) meses e após esse 
período os dois continuaram a se encontrar, porém, ocasionalmente. 
Após algum tempo foi procurado pela mãe da criança, ora 
correquerente, que lhe informou que estava grávida. A criança, ora 
requerida, nasceu no mês de junho de 2016. 
A genitora da criança se negou a deixar que o assistido 
acompanhasse a gestação, auxiliando este a criança apenas após o 
nascimento, comprando produtos (fraldas e roupas) e colocando-a 
no plano de saúde de seu suposto pai. 
Em janeiro de 2017 o correquerente foi procurado pela genitora 
da criança e lhe disse que teria de fazer o exame de DNA. Após a 
realização do exame foi comprovado que o autor não era o pai da 
criança, pois o resultado do exame EXCLUI A PATERNIDADE do 
corequerente sobre a requerida (exame em anexo), razão pela qual 
vem amparar-se no Judiciário para que todas as providências legais 
sejam tomadas a fim de que se resolva a questão que ora se 
apresenta. 
 
II – DO DIREITO 
 
a) DA LEGITIMIDADE DO AUTOR 
Importante salientar que a prova material que excluiu a 
paternidade do correquerente sobre a requerida, além de inconteste, 
só veio concretizar o que já era um fato para os mesmos: A completa 
ausência de relação afetiva entre, o até então pai, e sua filha. 
No mesmo sentido decidiu o STJ: 
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO NEGATÓRIA DE 
PATERNIDADE. EXAME DE DNA. Tem-se como perfeitamente 
demonstrado o vício de consentimento a que foi levado a 
incorrer o suposto pai, quando induzido a erro ao proceder ao 
registro da criança, acreditando se tratar de filho biológico. A 
realização do exame pelo método DNA a comprovar 
cientificamente a inexistência do vínculo genético, confere ao 
marido a possibilidade de obter, por meio de ação negatória de 
paternidade, a anulação do registro ocorrido com 
vício de consentimento. 
Não pode prevalecer a verdade fictícia quando maculada 
pela verdade real e incontestável, calcada em prova de robusta 
certeza, como o é o exame genético pelo método DNA. E mesmo 
 
considerando a prevalência dos interesses da criança que deve 
nortear a condução do processo em que se discute de um lado 
o direito do pai de negar a paternidade em razão do 
estabelecimento da verdade biológica e, de outro, o direito da 
criança de ter preservado seu estado de filiação, verifica-se que 
não há prejuízo para esta, porquanto à menor socorre o 
direito de perseguir a verdade real em ação investigatória de 
paternidade, para valer-se, aí sim, do direito 
indisponível de reconhecimento do estado de filiação e das 
conseqüências, inclusive materiais, daí advindas. Recurso 
especial conhecido e provido.( REsp 878954 / RS RECURSO 
ESPECIAL 2006/0182349-0, Terceira Turma, RELATORA 
Ministra NANCY ANDRIGHI.) 
Motivo pelo qual, aliás, requer a liberação de todas as 
obrigações a que vem se submetendo até o presente e que são 
inerentes da paternidade, qual seja, a de continuar prestando 
alimentos à requerida, que, como já comprovado de forma 
inquestionável não é sua descendente. 
Sendo assim não existe nenhum vínculo que justifique a 
manutenção das obrigações alimentares. 
 É válido também, ressaltar a necessidade da presente 
demanda para que o direito da requerida de obter a verdade de sua 
real filiação seja respeitado por todas as partes envolvidas no caso. 
O Estado já se posiciona no sentido de que não há qualquer 
benefício para a criança na manutenção de uma paternidade apenas 
jurídica, in verbis: 
AÇÃO NEGATORIA DE PATERNIDADE. ANULACAO DE 
REGISTRO DE NASCIMENTO. PRESUNCAO PATER EST. 
PRINCIPIO DA VERDADE REAL. PREVALENCIA DA 
PATERNIDADE BIOLOGICA. Apelação Cível. Direito de 
Família. Ação negatória de paternidade c/c anulação de registro 
de nascimento. Dois exames de DNA que afastam, em definitivo, 
a paternidade. Autor que registrou a menor em seu nome, sob o 
manto da presunção "pater est". Inexiste 
qualquer benefício para a criança a manutenção de uma 
paternidade exclusivamente jurídica, permeada por sentimentos 
de rejeição, traição e mágoa. O autor, embora tenha criado a 
menor como se fosse sua filha, desde que descobriu a traição, a 
vê como a materialização do adultério, com todos os 
sentimentos negativos que a situação envolve. Direito da criança 
de perseguir a verdade real acerca de sua filiação, através de 
ação investigatória de paternidade. Prevalência da paternidade 
biológica sobre a afetiva. Sentença que se mantém, 
desprovendo-se o recurso. (TJRJ. APELAÇÃO CÍVEL - 
2007.001.15172. JULGADO EM 21/08/2007. DECIMA 
SEGUNDA CÂMARA CIVEL - Unanime. 
RELATORA: DESEMBARGADORA DENISE LEVY TREDLER). 
 
Quanto à desconstituição do Registro Público, além de jurídico, 
o pedido é justo diante da necessidade de que os registros públicos 
reflitam a verdade real, como é a do presente caso. 
Nessa vertente, após as diligências e provas, requer-se ainda 
a retificação do Registro Público para que este seja compatível com 
a realidade atual, com a declaração de nulidade do assento de 
nascimento da Rrequerida, bem como a exclusão do nome do 
correquerente e dos avós paternos. 
b) DA NECESSIDADE DO PROCEDIMENTO CONTRADITÓRIO 
Muito embora o autor e a genitora da criança estejam de acordo 
quando à inexistência de qualquer vínculo genético e afetivo entre o 
pai registral e o bebê, é cediço que não basta a concordância das 
partes para homologação de pedido de anulação de paternidade. 
Em conformidade com os princípios do Código Civil de 2002 e 
a Constituição Federal de 1988, o êxito em ação negatória de 
paternidade depende da demonstração, a um só tempo, da 
inexistência de origem biológica e também de que não tenha sido 
constituído o estado de filiação, fortemente marcado pelas relações 
socioafetivas e edificado na convivência familiar. 
Entende grande parte da doutrina que a pretensão voltada à 
impugnação da paternidade não pode prosperar quando fundada 
apenas na origem genética, mas em aberto conflito com a 
paternidade socioafetiva. 
Esse é, inclusive, o entendimento dominante na jurisprudência 
atual: 
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE – SENTENÇA 
DE IMPROCEDÊNCIA – INSURGÊNCIA DO AUTOR – 
DESCABIMENTO – EM QUE PESE TER SIDO REALIZADO 
EXAME DE DNA QUE CONCLUIU PELA EXCLUSÃO DA 
PATERNIDADE BIOLÓGICA DO AUTOR, NÃO HOUVE 
COMPROVAÇÃO DE ERRO OU VÍCIO DE CONSENTIMENTO 
NO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE EM QUESTÃO – 
OBSERVÂNCIA DOS ARTS. 1.604 E SEGUINTES DO CÓDIGO 
CIVIL – ADEMAIS, AS PROVAS TÉCNICO-PERICIAIS 
REALIZADAS FORAM INCONTROVERSAS NO SENTIDO DE 
QUE HÁ VÍNCULO SÓCIO-AFETIVO ENTRE AS PARTES – 
RECURSO NÃO PROVIDO – SENTENÇA MANTIDA. (TJ-SP - 
AC: 10039178520168260604 SP 1003917-85.2016.8.26.0604, 
Relator: HERTHA HELENA DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 
10/09/2020, 2ª Câmara de Direito Privado,Data de Publicação: 
10/09/2020) 
 
NEGATÓRIA DE PATERNIDADE C.C. RETIFICAÇÃO 
DE REGISTRO CIVIL E EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. 
SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. RECURSO PROVIDO. 
Negatória de paternidade c.c retificação de registro civil e 
exoneração de alimentos. Insurgência contra sentença de 
procedência dos pedidos. Resultado negativo do exame de DNA 
insuficiente para o julgamento. Necessária produção de outras 
provas, a fim de verificar eventual existência de vínculo de 
afetividade entre as partes, a configurar a paternidade 
socioafetiva, invocada pelo requerido. Observância do melhor 
interesse do menor. Jurisprudência do C. STJ. Sentença 
anulada, determinando-se a realização de estudo psicossocial e 
eventual oitiva de testemunhas. Recurso provido. (TJ-SP - AC: 
10035004320188260126 SP 1003500-43.2018.8.26.0126, 
Relator: J.B. Paula Lima, Data de Julgamento: 24/09/2019, 10ª 
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 24/09/2019) – 
grifos nossos 
Assim, diante da necessidade de verificação da existência de 
liame afetivo entre as partes, necessário se faz o processamento da 
presente ação sob o crivo do contraditório, embora estejam autor e 
genitora do requerido em acordo, mediante realização de prova 
técnica psicossocial em adição à prova de DNA já trazida aos autos 
pelas partes. 
 
III – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
Diante do exposto, requer-se que Vossa Excelência se digne a: 
A) Concessão do direito de serem os patronos dos 
autores intimados pessoalmente de todos os atos processuais, 
e de prazo em dobro para todas as manifestações dos patronos 
da autora, nos exatos termos do artigo 186, §3º, do Código de 
Processo Civil/2015; 
B) A nomeação de Curador Especial à requerida, nos 
termos do artigo 72, I, do Código de Processo Civil, e a citação 
da requerida na pessoa deste, para apresentar defesa, sob 
pena dos efeitos da revelia e confissão quanto à matéria de 
fato; 
C) A realização de estudo psicossocial com as partes, e 
ao final a PROCEDÊNCIA da ação, com a consequente 
declaração de que o correquerente não é o pai biológico da 
requerida; 
 
D) Que, da mesma forma, seja declarada a nulidade do 
assento de nascimento da requerida, determinando-se a 
retificação do assento de nascimento para retirada do nome do 
correquerente, bem como a exclusão do nome dos avós 
paternos da requerida. 
E) Intimação do ilustre parquet, Ministério Público, para 
intervir no feito; 
F) Ao final, a condenação da ré, caso haja contestação 
específica, a arcar com o ônus da sucumbência atinente a 
custas, despesas e honorários advocatícios. 
G) Requer provar o alegado por todos os meios em direito 
admitidos, pugnando-se desde já pela distribuição dinâmica do 
ônus da prova (CPC/2015, art. 373, § 1º), deixando de optar 
pela realização de conciliação diante da natureza da causa. 
 
IV – DO VALOR DA CAUSA 
 
Uma vez que inestimável o pedido, dá-se à causa o valor de R$ 
XXX.XXX (XXX mil e XXX reais). 
 
Termos em que pede e espera deferimento. 
 
Local e data. 
 
ADVOGADO 
OAB/UF xxx.xxx

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