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ENSAIO DIREITO DAS COISAS

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DISCIPLINA: DIREITO DAS COISAS
PROF. ALESSANDRA DE MENEZES GOMES
Turma 5NNA
José da Silveira Dourado 01315633
Willians Calos da Silva 01314656
Raimundo Nonato Marques Pereira 01314616
André Ricardo de Alencar Dantas 01314619
Patrícia Alves do Valle Vitoriano Dantas 01314620
Ueliton Nascimento Torres 01314847
RIO BRANCO, AC 20/03/2021
DISTINÇÃO ENTRE DIREITO DAS COISAS/DIREITOS REAIS E DIREITOS PESSOAIS
Resumo: Este estudo aborda um breve ensaio acerca do chamado Direito das Coisas, buscando estabelecer uma diferenciação geral entre Direito Real e Direito Pessoal, pautado pelas disposições do Código Civil de 2002, em vigor desde o início de 2003, com algumas considerações do que nos parece proeminente na atualização do diploma civil brasileiro. Ao se falar em Direito Pessoal e sua diferenciação do Direito Real, é necessário destacar que ambos são espécies do gênero direito subjetivo. Por direito subjetivo entende-se o poder que a lei confere ao indivíduo para exigir determinada prestação de outrem. A teoria adotada pelo Código Civil concebe o direito real como o poder da pessoa sobre uma coisa sem intermediários e o direito pessoal como a relação entre pessoas com obrigações. Coisa é tudo o que existe objetivamente, exceto o ser humano, sendo gênero. E o bem, que são aquelas coisas úteis e raras, de valor econômico, é espécie. Desse modo, o Direito das Coisas é o conjunto de relações jurídicas concernentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem.
Palavras-chave: Direito das Coisas. Direito Real. Direitos Pessoais. Propriedade.
1 INTRODUÇÃO
Compreende-se como Direito das Coisas o conjunto normativo destinado às relações jurídicas envolvendo bens que podem ser apropriados pelo homem, isto é, aos quais se atribuem um valor econômico, podendo ser bens de qualquer natureza e que assim se descrevam, tanto materiais quanto imateriais, em que, segundo Fachin (2002), sua própria denominação, direito das coisas, já nos traz a ideia representativa dos direitos sobre as coisas, da posse.
No Direitos das Coisas, ocorre a relação entre a pessoa e a coisa, sendo que a coisa é o objeto, sua violação se dá por um ato positivo, a prestação é determinada e a sua eficácia é absoluta, contemplando a possibilidade de reclamação da violação contra todos, com efeito erga omnes. De modo geral, abrange os bens materiais, no que concerne à propriedade e seus desmembramentos.
O Direito das Coisas implica, assim em um poder jurídico que uma pessoa, titular do bem, exerce sobre ele. Desse modo, há um polo ativo, titular do direito, e a coisa, que é o objeto do direito, havendo aí o poder jurídico que o sujeito ativo exerce mediante o bem que possuí. Verifica-se, assim que, apesar de não haver um polo passivo determinado, esse direito, como mencionado, é oponível contra todos, considerando que toda sociedade deve manter a observância do respeito à propriedade de terceiros.
Em conformidade com as disposições do art. 1.225, do Código Civil (BRASIL, 2002), tem-se que 
são direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese; XI - a concessão de uso especial para fins de moraria; XII - a concessão de direito real de uso. (Os dois últimos institutos foram acolhidos no ordenamento jurídico pátrio em 2007, através da Lei nº 11.481/07.) grifo nosso.
Necessário destacar que o Código Civil em vigor repete as demais classificações de bens encontradas no Código anterior. Desse modo, admitidos em si mesmos, os bens podem ser classificados em fungíveis e infungíveis, consumíveis e inconsumíveis, divisíveis e indivisíveis, singulares e coletivos, e, ainda, em função da titularidade do domínio, em públicos e privados (BRASIL, 2002).
No bojo dos direitos acima mencionados, é possível determinar uma classificação, para fins de melhor compreender sua aplicabilidade. Tendo, neste elenco, o Direito real sobre coisa própria ou propriedade, e o Direito real sobre coisa alheia, que se subdivide-se em: Direito de gozo ou fruição, em que titular poderá usufruir do bem embora não possua a condição de proprietário, como na servidão, uso, usufruto, entre outras circunstâncias, Direito de garantia, assegurando o cumprimento de uma obrigação, como o penhor, a hipoteca e propriedade fiduciária e Direito de aquisição, possibilita a expectação na aquisição da propriedade do bem após a condição suspensiva, como no compromisso de compra e venda (BRASIL, 2002).
 É importante ressaltar que, mediante o advento da Constituição Federal de 1988, (BRASIL, 1988) a propriedade passa a cumprir uma função social, em que é condenável o abuso do direito aqui discutido. Deste modo, o titular pode exercer seu direito, mas deve estar em conformidade com os direitos dos demais cidadãos, impossibilitando, assim sua utilização nociva ou indiscriminada. Ademais, a propriedade deve cumprir a função de gerar riquezas, trabalho e emprego, auxiliando, nesse sentido, o bem-estar comum e progresso social.
2 COMPREENDENDO O DIREITO DAS COISAS NA ATUALIDADE
A conceituação do Direito das Coisas traz uma gama de comparações e indagações ante sua relação com o Direito Pessoal. A doutrina se divide em duas concepções: a teoria realista e a teoria monista. Sem embargo da aceitação dessa polarização, não há consenso doutrinário para estabelecer de em caráter terminativo os traços distintivos do direito real e pessoal. Não obstante, o Código Civil adota a teoria realista.
Segundo Leite (2008), o debate sobre a terminologia do Direito das coisas sempre trouxe muitos contrassensos, ao se confrontar com a expressão “direitos reais”, entendendo-se o Direito das coisas como o ramo de Direito Civil cuja matéria dispõe sobre as relações jurídicas entre pessoas e coisas determinadas ou determináveis. O Código Civil atual permanece dispondo acerca da propriedade sobre bens corpóreos tidos como coisas, sendo, nesse sentido, coisa o gênero que abarca tudo aquilo que não é humano, sendo que os bens são coisas com interesse jurídico ou econômico, constituindo, aí a espécie.
2.1 Distinção entre Direitos Reais e Direitos Pessoais
O direito real implica no poder jurídico, direto e imediato, do titular sobre a coisa, ou seja, propriedade sobre a própria coisa, de forma exclusiva e contra todos, ou, com permissão do proprietário para usá-la ou tê-las, como se fossem suas, em situações determinadas, ou mediante condicionalidade, conforme a lei e com o que foi posto, em contrato válido. O direito real oferece ao titular o direito de retirar o uso e gozo da coisa, de modo exclusivo ou contra todos, a utilidade que ela é capaz de produzir (DINIZ, 2011).
No direito pessoal, figuram dois sujeitos, em polos opostos, já no direito real somente um. No direito pessoal, transgredido o direito, tem lugar ação de natureza pessoal contra o sujeito que violou o direito. No direito real, havendo violação, o seu titular possui direito a ação real contra quem indistintamente detiver a coisa. O objeto do direito pessoal é sempre uma prestação de dar, fazer ou não fazer do devedor, enquanto que, o direito real, pode ser coisas corpóreas ou incorpóreas, pois tem por objetivo a apropriação de riquezas.
Os direitos reais não geram obrigações para terceiros, ressalvadas as obrigações propter rem. O direito pessoal é ilimitado, suscetível à autonomia da vontade, ao passo que o direito real não pode ser objeto de livre convenção, está circunscrito e normatizado expressamente pela regra jurídica. O direito pessoal requer sempre intermediação, valendo a certo prazo e exaurindo-se após o cumprimento da obrigação, enquanto que o direito real concede ao titular um gozo permanente. O direito pessoal não pode ser usucapido, sendo este instituto, modo de aquisiçãooriginária de direito real.
Prosseguindo na ampliação de nossa compreensão das diferenças entre direito real e pessoal, Colussi (2015) destaca que o direito real constitui um complexo de normas regulamentadoras das relações jurídicas relativas a coisas que o homem pode possuir, como um apartamento. O jurista destaca que essas coisas são, ordinariamente, tangíveis, para que se possa exercer domínio sobre as mesmas, ou seja, o direito real é aquele que cai sobre as posses.
Outrossim, o direito pessoal concerne ao Direito das Obrigações de modo que alcança as relações dos sujeitos passivos e ativos. Resumidamente, o direito pessoal atua necessariamente sobre uma pessoa, doutro modo, inexistiria uma relação obrigacional, o devedor, em contraposição ao direito real, que atua sobre as posses, que faz a prestação monetariamente (COLUSSI, 2015).
Embora não haja critério pacífico para distinguir os direitos reais dos pessoais, Gomes (2006) segue as teorias realista e personalista para cumprir esta tarefa. Para o autor, a primeira teoria reconhece o direito real como aquele cumprido de forma erga omnes, contrariamente ao direito pessoal, que é oponível apenas a uma pessoa, podendo dela ser requisitado um comportamento específico. Já a segunda teoria diferencia os dois tipos de direito através do sujeito passivo das respectivas relações jurídicas, no direito real, o sujeito passivo é pessoa indeterminada, havendo uma obrigação passiva universal de respeitar o direito; no direito pessoal, o sujeito passivo é pessoa certa e determinada.
Gomes (2006) prossegue destacando ainda outras características que colaboram no processo de discriminação. Desse modo, o objeto do direito real sempre será uma coisa determinada, à medida em que no do direito pessoal pode ser coisa genérica, desde que determinável, a violação de um direito real sempre será um fato positivo, o que não ocorre em todas as transgressões de um direito pessoa, o direito real dá ao seu titular um gozo permanente, inclinando-se à perpetuidade, sendo que o direito pessoal possui caráter transitório, exaurindo logo que a obrigação é cumprida.
3 CONCLUSÃO 
É possível, assim entender algumas distinções mais evidentes que alcançam o direito real e o pessoal, como no caso do objeto, em que no direito pessoal será sempre uma prestação do devedor, enquanto o direito real se refere, como mencionado, à propriedade, ao direito sobre um bem alheio. Acerca dos danos que o réu pode ter que arcar, o direito real segue seu objeto em qualquer lugar, próprio de sua eficácia absoluta.
Apesar de largamente discutido, a temática dos direitos reais não alcançou pacificação, ainda sendo marcada por diversas controvérsias. Efetivamente, segundo debatido neste breve estudo, há aspectos sobre os quais os doutrinadores brasileiros ainda estabelecem debate. 
Como nas discrepâncias entre os partidários da teoria personalista e os da teoria realista, vivificado pela concepção de contratualização do direito privado. Entretanto, estes pontos divergentes não são capazes de atrapalhar a obtenção do conhecimento geral sobre os direitos reais, principalmente quanto à sua individualização diante de outros grupos de direitos. Destaque-se que as características aqui abordadas decorrem da junção de apontamentos feitos por diferentes juristas, considerando que aspectos mencionados por um, podem não sê-lo por outros.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002.
COLUSSI, F. A. M. Conceitos e diferenças do Direito Real, Direito Pessoal e Obrigação "propter rem". JusBrasil. 2015.
DINIZ, M. H. Direito das Coisas – Curso de Direito Civil Brasileiro - vl. 4 - 26. ed., São Paulo: Saraiva, 2011.
FACHIN, E. L. E. Direito das Coisas. Anais do “EMERJ Debate o Novo Código Civil”. Rio de Janeiro: TJRJ, 2002. p. 140-144.
GOMES, O. Direitos reais. 19. ed., rev., atual. e aum. Rio de Janeiro: Forense, 2006.
LEITE, G. A diferença entre os direitos reais e direitos pessoais, obrigacionais ou de crédito. Revista Âmbito Jurídico. São Paulo, 30 de setembro de 2008.

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