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Pulsos ❖ Tipos ➢ Periféricos ➢ Radial ➢ Capilar ➢ Venosos ❖ Considerações gerais ➢ Amplitude ➢ Frequência ➢ Ritmo ■ Uniformidade do intervalo de tempo entre um pulso e outro ➢ Regularidade ■ Estabilidade ➢ Como examinar: ■ Inspeção e Palpação ■ Deve-se utilizar na palpação dois ou três dedos (indicador, médio e anelar). ■ Não se usa o polegar por conter pulso próprio ❖ Pulsos Periféricos -MMSS ➢ Pulsos carotídeo ■ Banda medial do esternocleidomastoideo ➢ Pulso subclávio ■ Fossa supraclavicular com dedos em garras ■ Paciente deve estar relaxado ➢ Pulso axilar ■ Braço relaxado e mais abduzido ■ Palpa em direção a articulação fazendo pressão ➢ Pulso braquial ■ Linha média axilar na face medial do braço ■ Próximo ao cotovelo é mais fácil de palpar. ➢ Pulso ulnar ■ Mão direita com a mão direita como se fosse apertar a mão do paciente e com a esquerda palpa o pulso abraçando o punho ➢ Pulso radial ■ Deve estar relaxado ■ Segure a mão direita com a mão direita como se fosse cumprimentar o paciente e com o indicador e médio da mão esquerda palpar a artéria radial ❖ Pulsos Periféricos -MMII ➢ Pulso femoral ■ Pressão abaixo do ligamento inguinal ➢ Pulso poplíteo ■ Paciente deitado e com semiflexão do joelho e pressiona para cima na linha média do joelho (atrás) ➢ Tibial posterior ■ É mais fácil palpar depois do maléolo. ➢ Tibial anterior ■ Mais fácil palpar próximo ao tornozelo, na face anterior da articulação ➢ Artéria dorsal do pé (pedioso) ■ No dorso do pé ■ 10% dos pessoas tem hipoplasia da artéria do pé ❖ Pulsos Radial ➢ Características semiológicas ■ Estado da parede arterial ● Manobra de Osler e pseudo-hipertensão arterial ◆ Palpar a artéria radial após insuflação do manguito acima da pressão sistólica ◆ Manobra positiva: Artéria permanece palpável, mas sem pulsação -> Pseudo hipertensão arterial -> sensibilidade e especificidade baixas ■ Frequência ● Número de pulsações durante um minuto inteiro, comparando-se este com o número de batimentos cardíacos. ● Valor de Referência normal: 60 a 100 bpm. ● > 100 bpm: taquisfigmia ou taquicardia ◆ Exercício, febre, hipertireoidismo… ● < 60 bpm: bradisfigmia ou bradicardia ◆ Bloqueio atrioventricular, bradicardia sinusal ● Déficit de pulso ◆ N° de batimentos cardíacos > N° de pulsações na art. radial ◆ Ocorre quando a contração ventricular não impulsiona sangue para a aorta. ➢ Extra-sístole ventricular ➢ Fibrilação atrial ■ Ritmo ● Sequência de pulsações ● Ritmo regular: ◆ A sequência de pulsações ocorre em intervalos iguais. ● Ritmo irregular: ◆ A sequência de pulsações ocorre em intervalos variáveis, ora mais longos, ora mais curtos. ● Irregularidade do pulso ◆ Alteração do ritmo cardíaco ➢ Arritmia. ◆ Principais arritmias ➢ Arritmia sinusal ➢ Extrassistolia ➢ Fibrilação atrial ➢ Bloqueio cardíaco ■ Amplitude ou magnitude ● Sensação captada em cada pulsação e está diretamente relacionada com o grau de enchimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole ◆ Classificação ➢ Amplo (Insuficiência aórtica) ➢ Mediano (normal) ➢ Pequeno ou fino (Estenose aórtica) ■ Tensão ou dureza ● Avalia-se pela compressão progressiva da artéria ● Pulso-mole: Quando a pressão necessária para interromper as pulsações é pequena. ● Pulso-duro: Quando a pressão necessária para interromper é forte. ● Pulso de tensão mediana: Quando a pressão necessária para interromper as pulsações é intermediária. ■ Tipos de onda ● Ondas de pulso normal ◆ Pacientes saudáveis ● Pulso célere ou em martelo d’água ◆ Aparece e some rapidamente, secundário ao aumento da pressão diferencial, observada na insuficiência aórtica, nas FAV, anemias graves e hipertireoidismo ● Pulso pequeno ou parvus ◆ Pulso com tensão diminuída, parecendo fraco e pequeno, observado na estenose aórtica grave, na ICC e na hipovolemia ● Pulso filiforme ◆ Pulso de pequena amplitude e mole ◆ Indica desidratação e colapso circulatório periférico ● Pulso alternante ◆ Percepção de onda ampla seguida de onda mais fraca ● Pulso paradoxal ◆ Acentuada redução da amplitude do pulso, secundário à diminuição do retorno venoso e do débito cardíaca durante a inspiração ◆ Pericardite constritiva, tamponamento cardíaco ■ Manobras especiais ● O normal é não alterar os pulsos, caso haja diminuição ou ausência do pulso radial é patológico. ● Manobra de Allen ◆ Utilizada para comparar a amplitude de pulso e a dominância ou oclusão das artérias radial e ulnar ◆ Revela o enchimento arterial do arco palmar e dos ramos profundos palmares ◆ É importante para tomada de decisão para confecção de FAV para hemodiálise ou cateterismo da radial ◆ Pede ao paciente para abrir e fechar a mão rapidamente, logo após comprime as artérias ulnar e radial. observa a palidez , libera uma artéria e observa o enchimento, repete o movimento e libera a outra artéria. Depois compara o enchimento das duas. ● Manobra de Adson ◆ Utilizada para o diagnóstico de compressão da artéria subclávia e do plexo braquial pelo músculo escaleno anterior, pela costela cervical ou pelas fibras fibróticas ◆ É realizada em dois tempos ◆ Com paciente sentado palpa o pulso radial e hiper estender o braço e o pescoço para o lado que está examinando, peça para inspirar profundamente e observar se houve mudança na amplitude. ● Manobra costoclavicular ◆ Utilizada para detectar compressão da artéria subclávia em nível da passagem pelo espaço costoclavicular. ◆ É realizada em dois tempos. ◆ Hiper estende o braço do paciente e aperta o ombro para baixo, depois deve-se palpar a artéria subclávia e observar a alteração na amplitude. ● Manobra de hiperabdução ◆ Utilizada para detectar compressão da artéria subclávia pelo tendão do músculo pequeno peitoral. ◆ É realizada em dois tempos ◆ Palpar o pulso em repouso, depois elevar o braço em 90°, e eleva-se o braço até a cabeça, palpando a artéria subclávia nos dois momentos observando a alteração na amplitude. ● Manobras utilizadas para avaliar as síndromes do desfiladeiro toraco-cervical ◆ Arterial - avaliada clinicamente ◆ Venosa - ultrassom , compressão -> Trombose ◆ Neurológica - + comum, dormência de membro. ■ Comparação com o lado homólogo ❖ Síndrome isquêmica aguda dos MM ➢ Ausência de pulso ➢ Palidez ➢ Cianose móvel ➢ Cianose fixa ➢ Colapso das veias superficiais ❖ Síndrome isquêmica crônica dos MM ➢ Ausência /diminuição de pulso ➢ Dor / claudicação ➢ Coloração vermelho-cianótica ➢ Áreas necróticas ➢ Impotência sexual ➢ Circulação colateral ❖ Pulso venoso ou turgência jugular ➢ Definição: ■ São pulsações observadas na base do pescoço dependentes das modificações de volume que ocorrem nas veias jugulares internas ➢ Reflete a dinâmica do coração direito ➢ Avaliar o estado de turgência da veia jugular externa ➢ Presença de frêmito ou sopro nos vasos do pescoço ➢ Turgência a 45°: hipertensão venosa no sistema cava superior ■ Causas: ● Compressão de VCS ● IVD ● pericardite constritiva ❖ Pulso venoso X Pulso carotídeo Circulação Colateral ❖ Definição ➢ Presença de circuito venoso anormal visível ao exame da pele, secundário à dificuldade ou impedimento fluxo venoso através dos troncos venoso principais: ■ Veia cava inferior ■ Veia cava superior ■ Tronco venoso braquiocefálicos ■ Veias ilíacas ❖ Circulação colateral X Desenho venoso na pele ➢ Circulação colateral ■ Visível ■ Topografia anormal ■ Assimétrica ■ Intensa ■ Dificuldade ou impedimento do fluxo venoso através dos troncos principais: ● Veia cava inferior ● Veia cava superior ● Tronco venoso braquiocefálicos ● Veias ilíacas ➢ Desenho venoso na pele ■ Visível ■ Topografia normal ■ Simétrica ■ Não é intensa ■ Não são sintomas ❖ Semiotécnica para exame da circulação colateral ➢ Inspeção e Palpação ➢ O que analisar? ■ Localização ● Tórax ● Abdome ● MMSS ● Cefálico ■ Direção do fluxo sanguíneo ● 1° tempo - Pressionar a veia com os dedos juntos ● 2° tempo - Afastar os dedos pressionando ● 3° tempo - Tire um dedo e observe o enchimento ou não ● Repita novamente trocando o dedono 3° tempo. ■ Direção - tipos de fluxo venoso ● Abdome -> Tórax ● Ombro -> Tórax ● Pelve -> Abdome ■ Presença de frêmito e/ou sopro ❖ Tipos de circulação colateral ➢ Braquicefálica ■ Veias superficiais engurgitadas em ambos os lados da parte superior da face anterior do tórax ■ O sangue flui de fora para dentro (em direção às veias mamárias, toraco auxiliares e jugular externas). ➢ Cava superior ■ Veias superficiais engurgitadas na metade superior da face anterior do tórax. Às vezes na parte posterior, nos braços e no pescoço. ■ A direção do fluxo é toracoabdominal, indicando que o sangue procura alcançar a VCI através das veias xifoideanas e torácicas laterais superficiais. ■ Geralmente costuma ocorrer também estase de jugular bilateral não pulsátil, cianose e edema, localizado na porção superior do tronco, pescoço e face ➢ Porta ■ O obstáculo pode estar situado nas veias supra-hepáticas (síndrome de Budd-Chiari), no fígado (cirrose hepática) ou na veia porta (pileflebite). ■ A rede venosa variante se localiza na face anterior do tronco, principalmente nas regiões peri-umbilical, epigástrica e face anterior do tórax. ■ A direção do fluxo se dá de baixo para cima, do abdome para o tórax, à procura da veia cava superior, através das veias xifoideanas e torácicas laterais. ■ Podem-se observar veias nos flancos e fossas ilíacas quando a circulação venosa colateral é mais intensa. Neste caso, a direção do fluxo é de cima para baixo, do abdome para os membros inferiores, à procura da veia cava inferior. ■ Às vezes a circulação colateral se concentra na região umbilical, de onde se irradia em todas as direções, lembrando os raios de uma roda ou de umas pernas de aranha recebendo o nome de “cabeça de medusa”. ➢ Cava inferior ■ O obstáculo se situa na VCI. ■ A circulação colateral se localiza na parte inferior do abdome, região umbilical, flancos e face anterior do tórax. ■ O sangue fluirá no sentido abdome-tórax à procura da VCS. ■ A causa mais frequente é a compressão extrínseca por neoplasias intra-abdominais. Casos Clínico ❖ M.K.A.S., 32 anos, feminina, solteira, natural de Solidão -PE, procedente de Recife-PE, enfermeira. ➢ Paciente com história de trombose venosa em MID (segmento fêmoro-poplíteo) há 8 anos (2008), após uso de anticoncepcional para tratamento de ovário policístico. ➢ Foi submetida a tratamento anticoagulante, inicialmente com enoxaparina 1mg/Kg de 12/12h e posteriormente, com warfarin controlado com INR entre 2 e 3. ➢ 15 dias após, na vigência de anticoagulação e INR 2,8 -> TVP MIE. ➢ Recebeu alta em uso de warfarin, com acompanhamento ambulatorial. ➢ Evoluiu assintomática por 3 anos (2008 a 2011). ➢ 2011 - suspendeu a anticoagulação por conta própria -> TVP no MID ➢ Diagnosticada trombofilia - fator V de Leiden (heterozigótico) ➢ Nega EP ou qualquer fator de risco para TVP, DM, HAS, dislipidemia. ➢ Sem história familiar de TEP, trombofilia. ➢ Outubro 2011 -> 2016 ■ Em uso de warfarin controlado com INR (entre 2 e 3) ■ Acompanhamento ambulatorial com angiologista / hematologista durante 3 anos (TVP recorrente + trombofilia) ■ Evoluiu sem intercorrências neste período. ■ Há 2 anos, com dor, peso e edema nos MMII e aparecimento de varizes. ➢ julho 2016 -> Doppler colorido venoso de MMII e de VCI e veias ilíacas ■ MID: ● Trombose antiga, recanalizada, em segmento fem-pop. ● Tromboflebite antiga de SM parcialmente recanalizada. ➢ Julho 2016 -> Angio Tomografia do abdome 1) De acordo com o caso clínico apresentado, a paciente apresenta circulação colateral do tipo: a) ( ) Braquiocefálica b) ( ) Veia cava superior c) ( ) Porta d) ( ) Veia cava inferior 2) Neste caso, a direção do fluxo se faz: a) ( ) De baixo para cima, do umbigo para os flancos e tórax, à procura de veia cava inferior supra-hepática b) ( ) Do tórax para o abdome, à procura da veia cava superior c) ( ) De fora para dentro, em direção às veias mamárias, ázigos e hemiázigos. d) ( ) Do abdome para o tórax, a procura da veia cava superior.
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