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Planejamento Financeiro Professor Cel Villarinho, M.Sc. UNIDADE IV – Gestão orçamentária, demonstrações financeiras e avaliação de investimentos (Videoaula 12 a 19) Vídeo aula 12 Uma empresa sem planejamento é como um barco à deriva no meio do oceano. Orçamento Empresarial O Orçamento Empresarial é uma das ferramentas mais simples e ao mesmo tempo mais poderosas para auxiliar na tomada de decisão. Tudo de forma estruturada e para garantir as melhores opções para o futuro da empresa. Tem como função realizar o planejamento das Receitas, Custos, Despesas e Investimentos que a organização terá em um período futuro. Geralmente é realizado para um período de 1 a 3 anos. Composição do Orçamento Empresarial ▪ Orçamento de Vendas: quanto a empresa espera faturar com cada um de seus produtos e em cada um de seus canais de vendas; ▪ Orçamento de Deduções sobre Vendas: fretes, comissões, impostos, devoluções, abatimentos e outras taxas que serão pagas sobre o faturamento ▪ Orçamento de Custos Variáveis: também conhecido com Orçamento de produção, são os gastos com matéria-prima, insumos e mão de obra para fabricação dos produtos que serão comercializados ▪ Orçamento de Gastos com Pessoal: gastos para pagar as pessoas envolvidas nos processos da empresa, desde as áreas produtivas até a administração ▪ Orçamento de Despesas Operacionais: recursos para manter a empresa operando, como aluguel, água, luz e telefone ▪ Orçamento de Investimentos: para que a empresa possa crescer, é preciso que ela invista em máquinas, equipamentos e também na capacitação das pessoas que fazem parte de sua estrutura Modelos e Metodologias de Gestão Orçamentária ✓ Orçamento Estático ✓ Orçamento Flexível ✓ Orçamento Contínuo ✓ Orçamento Baseado em Atividades ✓ Orçamento Revisado (Forecast) ✓ Orçamento Base Zero (OBZ) ✓ Orçamento Base Histórico (OBH) ✓ Orçamento Matricial ✓ Orçamento Colaborativo (Descentralizado) Elementos base para o Plano Orçamentário: ❑ Diretrizes ❑ Premissas ❑ Objetivos ❑ Metas ORÇAMENTO BASE ZERO O orçamento Base Zero define que todos os gastos sejam detalhadamente justificados e avaliados. Para isso a sua estrutura considera três níveis: Pacote de base zero (PBZ): Representado por um documento de identificação e avaliação de cada uma das atividades. O seu objetivo é permitir que possam ser priorizadas e se decida sobre a sua aprovação ou recusa Núcleo base zero (NBZ): É o agrupamento de várias VBZ por semelhança, visando melhorar o processo de controle Variável base zero (VBZ): Item mais baixo de registro de gastos, podendo ser considerado como sendo a conta contábil Elaboração em 7 fases Vídeo aula 13 FLUXO DE CAIXA Quando o assunto é o recurso da instituição, não se pode confiar em suposições: é preciso ter controle e precisão dos dados, ou seja, saber exatamente o quanto é gasto e recebido para evitar desfalques e surpresas. O fluxo de caixa nada mais é do que um registro detalhado de toda a movimentação de dinheiro de uma empresa, ou seja, todas as quantias que entram e saem dentro de um determinado período. A IMPORTÂNCIA E O PAPEL DO FLUXO DE CAIXA PARA AS EMPRESAS ▪ Contribui para a redução de custos: Ao verificar seus gastos continuamente, é bem provável que um empresário encontre despesas desnecessárias ou oportunidades de economia. Ex: Um contrato antigo que compromete boa parte do orçamento pode ser renegociado, enquanto contas semelhantes (como dois pacotes diferentes de dados para telefone) podem apontar um desperdício ▪ Favorece o planejamento: Comparar os históricos dos fluxos de caixa passados e com o orçamento projetado. Se, em um determinado mês, a saída de um produto é menor, os motivos dessa mudança podem ser estudados (crise econômica, sazonalidades, queda na demanda) e seus impactos minimizados. Ex: caso uma empresa comercialize produtos que apresentam boas vendas no verão, ela pode se planejar melhor financeiramente para o restante do ano. ▪ Apoia as tomadas de decisão: Tanto as informações do passado quanto as do presente financeiro da empresa auxiliam o gestor na hora de pensar sobre suas metas e estratégias. O volume de dados extraído do fluxo de caixa é muito valioso para o direcionamento da empresa e todas as decisões que serão tomadas. AS 6 ETAPAS DE UM FLUXO DE CAIXA 1. Receitas: Trata-se do dinheiro recebido pela empresa por conta da venda de serviços ou produtos. Nesse momento, é preciso anotar precisamente as quantias e o período desses pagamentos. Os valores devem ser registrados de acordo com as datas em que serão efetuados. 2. Gestão de recebíveis: Deve-se planejar a quantia que será destinada para o pagamento das contas e avaliar se o negócio obteve lucro em um determinado período. Deve ser gerenciado o saldo excedente, isto é, o que sobrou em conta. O ideal é sempre aplicá-lo de uma forma estratégica para assegurar ainda mais rentabilidade para a instituição. AS 6 ETAPAS DE UM FLUXO DE CAIXA 3. Despesas: Todos os empreendimentos têm despesas, que podem ser fixas e variáveis. O controle rígido dessas contas garante que todos os pagamentos sejam feitos na data certa (evitando juros e multas) e que os valores são constantemente analisados, mês a mês, a fim de avaliar se ocorreu um aumento expressivo nos custos e o que pode ser enxugado para reverter essa situação. 4. Compras financiadas: Assim como o que acontece com os recebíveis a prazo, compras financiadas pela empresa devem ser muito bem ordenadas para que a situação não se torne uma bola de neve. Controle as parcelas de empréstimos e requisições, e calcule juros para não perder os pagamentos de vista. AS 6 ETAPAS DE UM FLUXO DE CAIXA 5. Controle do estoque: Estoque acumulado representa dinheiro parado, que não pode ser usado para pagar contas ou investir. Além disso, um possível encalhe de produtos, itens que se tornam obsoletos ou que se estragam; gera um grande desperdício financeiro para a organização. Registrar as quantidades de materiais disponíveis continuamente no fluxo de caixa é imprescindível. 6. Análise de resultados: Passadas as etapas de preenchimento de dados, um passo fundamental do fluxo de caixa é a avaliação dos resultados consolidados. Assim, no fim de um determinado período, o gestor deve observar o saldo da empresa, e o total de custos e recebíveis para entender o panorama real do negócio e pensar em melhorias. DESENVOLVENDO UM FLUXO DE CAIXA DESENVOLVENDO UM FLUXO DE CAIXA Vídeo aula 14 Balanço Patrimonial É uma das principais ferramentas para avaliar a posição contábil e financeira da empresa, já que leva em conta não apenas o caixa, mas também propriedades, dívidas e pagamentos a receber. Documento obrigatório para qualquer tipo de empresa no Brasil (menos o MEI). Os principais elementos são o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido. Os 3 obedecem essa fórmula: Ativo – Passivo = Patrimônio Líquido Balanço Patrimonial Ativos Os ativos correspondem à parte positiva do patrimônio e também são chamado de “bens e direitos” ou “bens + direitos”. Ativo circulante Ativos circulantes são os valores que sua empresa tem disponível para operação no curto prazo (valores que são recebíveis em até 1 ano). Por exemplo: caixa, pagamentos sobre notas fiscais já emitidas, estoque ou adiantamento para fornecedores. Ativo não-circulante São os ativos que não serão recebidos dentro do ano seguinte (caráter permanente). Nessa categoria entram bens utilizados para a realização da atividade da empresa, por exemplo: cotas societárias, máquinas, computadores, imóveis ou carros. Balanço Patrimonial Passivos Os passivos correspondem à parte negativa do patrimônio e também são chamados de “obrigações”. Passivo circulante É composto pelas dívidas que serão liquidadas dentro do prazo de 1 ano, por exemplo: salários, impostos (sobre notas emitidas e sobre o pagamento de salários no mês anterior) Passivo não-circulanteSão as dívidas de longo prazo, que serão quitadas depois de 1 ano. Nesse caso, os mais comuns são financiamentos de máquinas, carros ou imóveis. Patrimônio Líquido É composto pelo capital investido pelos sócios no começo da empresa e pelos lucros que foram reinvestidos na empresa. Tecnicamente, ele é uma dívida não-exigível da empresa com os sócios – ou seja, é uma dívida que não pode ser executada. Balanço Patrimonial O objetivo da análise do Balanço Patrimonial é ver o resultado econômico da empresa, de fato enxergar como está naquela determinada data. O Balanço Patrimonial é a forma de representar, de forma qualitativa e quantitativa, tudo que uma empresa possui. Por isso, com o Balanço Patrimonial é possível: ▪ Saber a posição patrimonial da empresa, conhecendo quais são seus bens, direitos e obrigações em determinada época ▪ Avaliar as necessidades operacionais e financeiras do negócio ▪ Entender as fontes de recursos e despesas da empresa ▪ Determinar o desempenho da empresa, através da sua evolução histórica do seu patrimônio ▪ Auxiliar o planejamento fiscal e tributário da empresa ▪ Estimar o valor da empresa, seja através dos seus ativos ou do patrimônio líquido ▪ Possibilitar o pagamento de dividendos aos sócios e acionistas da empresa ▪ Fornecer informações úteis para investidores e demais interessados (stakeholders) Vídeo aula 15 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) É um instrumento que complementa o balanço patrimonial. A diferença entre eles é que o segundo apresenta somente os saldos das contas contábeis de direitos e bens, enquanto o primeiro assinala os gastos e ganhos realizados em determinado período. Indica se a empresa teve lucro ou prejuízo. A ideia da DRE é fornecer um resumo financeiro dos resultados operacionais e não operacionais em um intervalo de tempo específico. Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) De modo geral, um formato simples cumpre as seguintes recomendações: o primeira linha apresenta a receita bruta de vendas. Desse número são deduzidas as devoluções relativas a vendas, descontos comerciais cedidos, abatimentos e impostos. Assim, obtém-se a receita líquida de vendas; o do total de receita líquida é deduzido o custo das mercadorias e dos serviços vendidos, atingindo o lucro bruto; o desse valor alcançado são subtraídas as despesas operacionais, gerais, financeiras e administrativas. De modo inverso são adicionadas as receitas operacionais para chegar ao lucro ou prejuízo operacional líquido; o desse último valor são adicionados ou deduzidos os resultados não operacionais, por exemplo, participações de debenturistas, administradores, empregados, partes beneficiárias, entre outros. Com isso, chega-se ao lucro líquido do exercício (LLE), que é o objetivo da DRE. Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) (–) Outras despesas operacionais (+) Outras receitas operacionais (=) Resultado antes de despesas e receitas financeiras (–) Despesas financeiras (+) Receitas financeiras (=) Resultado antes do imposto de renda e contribuição social (–) Imposto de renda (–) Contribuição social (Despesas) / Receitas não operacionais (–) Despesas não operacionais (+) Receitas não operacionais (=) Resultado líquido Faturamento bruto (–) Deduções de impostos sobre as vendas (=) Receita líquida (–) Custo dos produtos vendidos/serviços prestados (=) Lucro bruto (Despesas) / Receitas operacionais (–) Despesa com vendas (–) Despesas administrativas (–) Despesas tributárias (–) Despesas gerais A estrutura utilizada pode ser a seguinte: Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) Margem de lucro líquida É o percentual alcançado pela divisão do resultado líquido pela receita líquida. Quanto mais alta for o índice, melhor o número. Margem operacional Indica o percentual de cada real de venda que sobra depois de as despesas operacionais serem deduzidas, como gastos administrativos, com vendas e tributários. As análises ainda podem agregar indicadores de resultados: Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA) Expressa o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA). É o indicador que expressa a relação entre o resultado e o rendimento decorrente das atividades da empresa em determinado período. Vídeo aula 16 INDICADORES A análise econômico-financeira utiliza dados e informações contábeis para diagnosticar a exata situação em que se encontra a empresa. Os resultados da análise econômico- financeira fornecem ao administrador uma orientação de grande importância para as decisões a serem tomadas. Através dos índices, o administrador tem a possibilidade de verificar a evolução de seus resultados em determinados períodos e também de compará-los com os resultados de empresas do mesmo ramo, a fim de evidenciar se seus resultados estão dentro da normalidade. Índices de Liquidez Os índices de liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, demonstram se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Esta capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando longo prazo, curto prazo e prazo imediato. É a capacidade financeira que a empresa tem para pagar os compromissos assumidos com terceiros em dia. Podem ser: imediata, seca, corrente. Índices de Liquidez ▪ Liquidez Imediata: Esse indicador informa o quanto de dívidas em curto prazo da empresa pode ser saldado de imediato, ou seja, utilizando-se somente as suas disponibilidades (caixa, bancos e aplicações financeiras de pronto resgate) existente no momento. Índices de Liquidez ▪ Liquidez seca: A liquidez seca informa a capacidade financeira da empresa em pagar suas obrigações de curto prazo, valendo-se dos seus ativos mais líquidos no período considerando, ou seja, as disponibilidades e os valores a receber líquidos de vendas (os recebíveis). Índices de Liquidez ▪ Liquidez corrente: O índice mais utilizado para avaliar a exposição à dívida representada no balanço patrimonial é o índice de liquidez corrente. Ela relaciona os ativos circulantes com os passivos circulantes e é uma tentativa de demonstrar a segurança dos direitos dos possuidores da dívida atual no caso de inadimplência. Índices de Endividamento ▪ Composição do Endividamento (CE): Demonstra quanto da dívida da empresa deverá ser pago no curto e longo prazo. O índice de composição do endividamento mostra as características do endividamento da empresa quanto ao vencimento das suas obrigações. Quanto mais dívidas para pagar em curto prazo, maior será a necessidade de a empresa gerar recursos para honrar seus compromissos. Vídeo aula 17 Índices de Rentabilidade Os índices de rentabilidade demonstram os resultados financeiros de determinada empresa, medindo, dessa forma, o retorno alcançado. A análise desses índices é muito importante, pois a rentabilidade é vista amplamente como o principal objetivo de uma empresa. Procuram relacionar medidas que demonstrem a formação do resultado da empresa, no intuito de facilitar a tomada de decisão sobre o desempenho da organização. Índices de Rentabilidade ▪ Giro do ativo ▪ Margem líquida ▪ Rentabilidade do ativo ▪ Rentabilidade do patrimônio líquido Índices de Rentabilidade Giro do ativo: O índice de giro do ativo demonstra uma proporção entre as vendas de determinada empresa e os investimentos que nela foram feitos, que são representados pelo valor do seu ativo total. Indica uma relação de quantas vezes o faturamento líquido da empresa é maior que o total do seu ativo. Índices de Rentabilidade Margem líquida: O índice de margem líquida demonstra a lucratividade das vendas. Indica o quanto, em média, determinada empresa obtém de lucro na venda de suas mercadorias, sendo uma medida de desempenho de grande valia e que também varia muito de setor para setor. Índices de Rentabilidade Rentabilidade do Ativo: O índice de rentabilidade do ativo demonstrauma proporção entre o lucro obtido por determinada empresa e os investimentos que nela foram feitos, que são representados pelo valor do seu ativo total. É uma medida de retorno de todo o capital investido (ROI). Índices de Rentabilidade Rentabilidade do Patrimônio Líquido: O índice de rentabilidade do patrimônio líquido demonstra uma proporção entre o lucro que determinada empresa obteve e o valor do seu capital próprio (patrimônio líquido). é uma excelente forma de análise do negócio, por facilitar a visualização do retorno (ROI), e comparar essa rentabilidade com outras opções de investimento no mercado. Vídeo aula 18 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS A missão da administração de uma empresa é criar valor para os acionistas/cotistas. As empresas têm um valor, medido pela sua capacidade de pagar dividendos. Para elevar os dividendos, os administradores buscarão melhorar o desempenho dos negócios atuais e introduzir novos negócios/projetos. O mais difícil não é aplicar as ferramentas na análise de investimentos, ao contrário, é o mais simples. Os aspectos mais difíceis da análise de investimento são: ▪ Formatar (entender) o problema da maneira correta ▪ Definir premissas consistentes. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS Um investimento, para a empresa, é um desembolso que é feito visando gerar um fluxo de benefícios futuros, usualmente superior a um ano. Hoje, em função da própria dinâmica dos negócios, as técnicas de análise de investimentos estão sendo usadas tanto para investimentos de porte, associados a longos horizontes de planejamento, como também para operações de curto prazo. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS Atualmente as técnicas de análise de investimentos estão sendo também utilizadas para avaliação do valor de empresas, de unidades de negócios e até mesmo para decisão sobre a realização de investimentos de aporte de capital. Para isso é necessário apropriar-se de algum método ou fases para avaliação. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS ETAPAS PARA AVALIAÇÃO: Etapa 1: Definição da extensão do fluxo de caixa estimado ▪ Consiste na definição do ciclo de vida do investimento, geralmente expresso em intervalos de período anuais. ▪ É dentro deste ciclo de vida que todo o capital investido deverá ser recuperado. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS ETAPAS PARA AVALIAÇÃO: Etapa 2: Estimativa dos investimentos ▪ Investimento é tudo aquilo que precisará ser gasto para colher o benefício esperado. ▪ São 4 os tipos de investimento demandados: fixos, pré- operacionais, capital de giro líquido e gastos operacionais comuns. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS ETAPAS PARA AVALIAÇÃO: Etapa 3: Estimativa das entradas e saídas operacionais do projeto ▪ São os benefícios esperados do novo investimento, geralmente associados a um aumento dos lucros ou a uma redução dos custos. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS ETAPAS PARA AVALIAÇÃO: Etapa 4: Valor residual ▪ O Valor Residual é um valor considerado na data de encerramento do fluxo de caixa projetado. ▪ Se o ciclo de vida do investimento for curto ou mediano, o valor residual será importante. Se o ciclo de vida estimado for longo, o valor residual será irrelevante. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS ETAPAS PARA AVALIAÇÃO: Etapa 5: Definição do custo do capital ▪ Se um novo projeto demanda um valor de investimento, obviamente também demanda o mesmo valor de capital. ▪ Este valor demandado de capital será financiado por recursos de bancos e assemelhados e capital do acionista/cotista (dinheiro novo aportado na empresa, ou dinheiro que já está no caixa da empresa). ▪ Para calcular o custo deste capital, deverá ser levado em consideração a participação do capital de bancos e do capital do acionista no montante total. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS ETAPAS PARA AVALIAÇÃO: Etapa 6: Aplicação dos métodos de avaliação do investimento e “Parecer “ ▪ Os principais métodos para avaliação de um novo investimento são: TIR (Taxa Interna de Retorno), ROI (Retorno sobre investimento), VPL (Valor Presente Líquido) e Payback. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS ETAPAS PARA AVALIAÇÃO: Etapa 7: Acompanhamento do investimento ▪ Devemos acompanhar o fluxo de caixa do projeto aprovado, desde a sua fase de investimento até, pelos menos, os primeiros anos de benefício do novo investimento. Vídeo aula 19 Métodos Tradicionais de Análise de Projetos Indicadores Financeiros para Análise de Investimentos ✓ Valor Presente Líquido (VPL) ✓ Taxa Interna de Retorno (TIR) ✓ Retorno Sobre o Investimento (ROI) ✓ Tempo de Recuperação do Investimento (Payback) Métodos Tradicionais de Análise de Projetos Valor Presente Líquido (VPL) É a diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto, devidamente descontadas à taxa mínima de atratividade (TMA), e o investimento inicial. $200,00 $200,00 $150,00 $100,00 0 1 2 3 4 -$500,00 TMA = 6% a.a. 200 (1+0,06)1 200 (1+0,06)2 150 (1+0,06)3 100 (1+0,06)4 + + + - 500VLP = VLP = 188,7 + 178,0 + 125,9 + 79,2 - 500 = 71,8 Exemplo $4.500,00 $5.000,00 $2.000,00 $3.000,00 0 1 2 3 4 -$10.000,00 Métodos Tradicionais de Análise de Projetos Taxa Interna de Retorno (TIR) É a taxa de desconto que torna o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto igual ao investimento inicial. Em outras palavras, é a TMA que torna o VPL do projeto igual a zero. Métodos Tradicionais de Análise de Projetos Retorno sobre o investimento (ROI) É a melhor estimativa da rentabilidade que um projeto de investimento pode oferecer. Ele representa em termos percentuais a riqueza gerada pelo projeto. Exemplo: Imagine que você pretende adquirir um novo software de CRM que vai agilizar todo seu processo de vendas, fidelização e retenção de clientes, trazendo um aumento de receitas que corresponderá a R$ 88.000,00 por ano. O software custa R$ 30.000 (licença de uso), mas outras despesas acontecerão durante este ano em função desta aquisição: ▪ Manutenção e suporte: 2.500,00 por mês ▪ Treinamento dos funcionários: R$ 10.000,00 ▪ Troca de computadores e do servidor para suportar o novo sistema: R$ 15.000,00 Métodos Tradicionais de Análise de Projetos Payback Simples (PBS) É o método de avaliação que mede o prazo de retorno do investimento realizado. Exemplo: Aquisição de uma Copiadora moderna - Estimativa de economia Período (ano) Fluxo de Caixa (R$) Saldo (R$ Payback 0 (35.000) (35.000) 1 10.000 (25.000) 2 10.000 (15.000) 3 10.000 ( 5.000) 4 10.000 5.000 5 10.000 15.000 Calcula-se o PBS por interpolação: 5.000 - (-5.000) 4 - 3 = 10.000 1 = 12 meses = 833,33 - 5.000 = 6 meses 833,33 3,6 meses Métodos Tradicionais de Análise de Projetos Payback Simples (PBS) Vantagens: - Fácil de ser aplicado e entendido - Apresenta um resultado de fácil mensuração: Quanto menor o prazo de recuperação, melhor - O PBS é uma medida de risco: Quanto maior prazo de retorno mais arriscado é o investimento - O PBS é uma medida de liquidez: Quanto menor prazo de recuperação, maior será a liquidez - O PBS é bom como método complementar: Indicado como complemento de outros métodos Desvantagens: - Não considera o valor do dinheiro no tempo: Custo de capital de zero. - Não é medida de rentabilidade do investimento: Não existe nenhuma relação entre PBS e rentabilidade. O método apenas mede o prazo necessário para recuperar o valor do investimento. Métodos Tradicionais de Análise de Projetos Payback Descontado (PBD) É o método de avaliação que mede o prazo de retorno do investimento realizado. Considera o custo de capital da empresa. O fluxo de caixa de cada período trazido a valor presente, ou seja, calculado o valor de cada fluxo na data zero. Exemplo: Aquisição de uma Copiadora moderna - Estimativa de economia Custode capital 10% a.a. Período (ano) Fluxo de Caixa (R$) Valor Presente Saldo (R$) 0 (35.000) (35.000) (35.000) 1 10.000 9.091 (25.909) 2 10.000 8.264 (17.645) 3 10.000 7.513 (10.132) 4 10.000 6.830 ( 3.302) 5 10.000 6.209 2.907 10.000 (1+0,1)1 10.000 (1+0,1)2 10.000 (1+0,1)3 10.000 (1+0,1)4 10.000 (1+0,1)5 PBD = 2.907 - (-3.302) = 517,42 = 3.302 12 517,42 = 4 anos e 6 meses
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