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VITAMINAS B5 B6 E B8

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VITAMINAS DO COMPLEXO B: B5 B6 E
B8
Aluna: Maria Inês Santos da Silva
Disciplina: Nutrição e Metabolismo
Professor: Fabrício
Curso: Nut2n1
Brasília DF-Setembro/2020
Maria Inês Santos da Silva
VITAMINAS DO COMPLEXO B: B5 B6 E
B8
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Brasília DF-Setembro/2020
SUMÁRIO
• Introdução ________________________________________________ 4
• Vitamina B5 – Ácido Pantotênico ______________________________ 5
• Vitamina B6 – Piridoxina _____________________________________ 6
• Vitamina B8 - Biotina ________________________________________ 7
• Conclusão _________________________________________________ 10
• Referências Bibliográfica ______________________________________ 11
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INTRODUÇÃO
Vitaminas B5, B6 E B8
As vitaminas são essenciais para o crescimento e a reparação dos tecidos, vitais
para o funcionamento dos órgãos e a produção das reações metabólicas específicas no
meio celular.
As vitaminas B5, B6 E B8 do complexo B têm como pontos em comum o fato
de serem solúveis em água e participarem de sistemas enzimáticos essenciais para o
metabolismo energético de carboidrato, proteínas, lipídeos e ácidos nucléicos.
Por serem hidrossolúveis não são armazenadas no organismo de forma considerável, de
forma que um suprimento diário através da alimentação é fundamental para a prevenção
de suas deficiências. As principais fontes destas vitaminas são as carnes vermelhas e o
fígado.
Como está bastante inter-relacionada em seus processos metabólicos, a
deficiência de apenas uma vitamina do complexo B é rara. Da mesma forma, a ingestão
inadequada de uma pode prejudicar a utilização das outras.
Uma característica nutricional marcante das vitaminas vem do fato de elas não
serem fontes de calorias e também de não contribuírem de modo apreciável para o
aumento da massa corpórea.
Além de pertencerem a um grupo de nutrientes orgânicos que promovem o
bem-estar físico e mental, as vitaminas são fundamentais para que as pessoas possam
manter o funcionamento normal e adequado do seu corpo por meio de uma alimentação
balanceada. E, assim, suprir o organismo de todas as vitaminas necessárias para a saúde,
de acordo com a forma de vida de cada um.
A seguir, será descrito detalhadamente a função das vitaminas B5, B6 E B8, bem
como seu metabolismo, sinais clínicos de deficiência e principais fontes alimentícias e
recomendações nutricionias diárias.
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Vitamina B5 – ÁCIDO PANTOTÊNICO
Muito fundamental no metabolismo intermediário de carboidratos, gorduras e
proteínas. A vitamina B5, é umas das vitaminas mais importantes do complexo B, é
uma substância hidrossolúvel, ou seja, solúvel em água. Isso faz com que ela seja
facilmente absorvida pelas células e possa chegar basicamente em todos os órgãos do
organismo, onde cumpre papel fundamental.
Substância amplamente distribuída entre os alimentos, à vitamina B5 aparece
como fator constituinte da coenzima A, essencial para várias etapas do metabolismo
celular e para obtenção de energia.
Estão envolvidos na síntese de colesterol, fosfolipídeos, hormônios esteróides e
eporfirina para hemoglobina.
É bastante utilizada em produtos cosméticos por sua propriedade hidratante e de
reparação tecidual. Pode ser aplicado de maneira tópica e auxilia na cicatrização de
feridas, úlceras, inflamações e escaras.
É estável ao cozimento e em soluções neutras, porém é perdido em processos de
refinamento e processamento.
A Coenzima A é hidrolisada e absorvida através da veia porta, sendo
armazenada no fígado, onde ocorre a ressíntese a coenzima A. A excreção é urinária (60
– 70%) ou fecal (30 – 40%).
O álcool diminui sua absorção e o ácido acetilsalicílico é uma droga de ação
antagonista. A vitamina B5 tem ação de sinergismo na conversão do ácido pantotênico
livre em coenzima A. Sinais de deficiência são raros, devido à sua farta apresentação
na natureza, mas formigamento em mãos e pés pode indicar falta desta vitamina.
A mensuração da vitamina B5 é feita pelo seu nível sanguíneo total, sendo que
os valores de referência variam de acordo com a situação: adultos - 183µg / dl;
gestação- 103µg / dl e lactação - 112µg / dl.
Não existe toxicidade relatada, porém, doses maiores que 10g ao dia podem
levar à diarréia.
A suplementação de ácido pantotênico é feita pela suas formas alcoólica (usado
em preparações multivitamínicas) ou em sais de cálcio, o pantotenol (utilizado para
monopreparações) que estão disponíveis nas formas de soluções para injeção local,
aerossóis, comprimidos e cremes.
O tratamento para deficiência de vitamina B5 em situações em que a absorção
está comprometida é feito com injeções intramusculares ou endovenosas de 500mg ao
dia.
Existe uma tendência a considerar o uso de vitamina B5 em doenças hepáticas,
na constipação em idosos e contra calvície.
Principais fontes alimentares - podemos citar a carne vermelha magra, rins,
fígado, batata, tomate, leveduras, gérme de trigo, vísceras, gema de ovo, brócolis, aveia
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e outros cereais integrais. O processo de cocção destrói 15% a 50% do ácido
pantotênico das carnes e 37% a 78% da vitamina presente nos vegetais.
O consumo adequado de vitamina B5 traz os seguintes benefícios para a saúde
funções no organismo
� Formação da coenzima A;
� Função hidratante e de reparação tecidual;
� Síntese de colesterol, fosfolipídeos, hormônios esteroides e porfiria;
� Produz energia e manter o bom funcionamento do metabolismo;
� Manter a produção adequada de hormônios e de vitamina D;
� Favorecer a cicatrização de feridas e cirurgias;
� Auxilia na formação de células vermelhas do sangue e na desintoxicação
química. Previne degeneração de cartilagens e ajuda na construção de
anticorpos.
O excesso de vitamina B5 é raro, pois ela é facilmente eliminada pela urina,
ocorrendo apenas em pessoas que usam suplementos vitamínicos, podendo aparecer
sintomas como diarréia e aumento do risco de sangramentos.
Vitamina B6 – PIRIDOXINA
Muito importante para o crescimento normal. Têm participação em numerosas
reações metabólicas indispensável para a síntese normal de DNA.
É um micronutriente essencial, hidrossolúvel, que compõem o grupo de
vitaminas do complexo B, atua como coenzima em mais de 100 reações enzimáticas no
metabolismo de aminoácidos e também de glicose e lipídeos.
A piridoxina é o nome comum dado a três substâncias interconversíveis entre si,
a piridoxina (um álcool), o piridoxal (um aldeído) e a piridoxamina (uma amina). Todas
têm como composto ativo a coenzima piridoxal 5- fosfato (PLP).
A PLP participa ativamente do metabolismo das proteínas, principalmente pelas
reações de transaminação, dissulfidração e descarboxilação dos aminoácidos.
A PLP também é fundamental para ativação das enzimas responsáveis pela
síntese de neurotransmissores (dopamina, histamina, serotonina e epinefrina), sendo,
portanto, fundamental para a manutenção da integridade funcional do cérebro.
A piridoxina também é catalisadora das reações de transformação do triptofano
em niacina e participa da formação do heme das moléculas de hemoglobina.
Nas reações metabólicas dos carboidratos auxilia na liberação do glicogênio
hepático e muscular para utilização periférica.
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A absorção se dá em duodeno e intestino delgado por difusão passiva. Na
circulação sanguínea é fosforilada em sua forma ativa e circula ligada às proteínas
plasmáticas, principalmente a albumina. Sua excreção é renal.
Algumas drogas têm ação antagonista à vitamina B6, formando complexos com
o PLP, desativando - o. Os principais medicamentos que tem essa ação são a isoniazida,
a hidralazida, a cicloserina e penicilamina. O álcool diminui o armazenamento hepático
e aumenta a excreção urinária de piridoxina.
Algumas outras situações predispõem à deficiência de piridoxina, nas quais
devemos estar atentos para sua dosagem: gestantes e em período de lactação (pelos
requisitos adicionais da criança); mulheres em uso de anticoncepcionais orais com alto
teor de estrogênio e em situações de elevada ingestão protéica.
Não existe nenhuma doença, de semiologia específica, quedetermine a
deficiência de piridoxina, mas, em casos de depleção crônica podemos observar
irritabilidade, depressão, convulsões, neuropatia periférica e alterações dermatológicas.
A mensuração da piridoxina pode ser feita pelos níveis séricos de PLP (valores
de referência: 37 – 60 pmol/ml) ou pela atividade da aminotransferase eritrocitária,
enzima que depende da PLP para sua ativação.
Não é relatada toxicidade e mesmo em doses de até 40mg/ dia não se
observaram efeitos colaterais.
A suplementação de piridoxina é feita pela reposição do hidrocloreto de
piridoxina, utilizado em preparados orais, cápsulas, comprimidos e ampolas.
Em situações em que há deficiência genética de piridoxina (algumas anemias e
anormalidades no metabolismo de aminoácidos), devem ser utilizadas doses diárias de
40 – 200 mg. Ainda na dose de 40 mg / dia, pode ser usada para o tratamento da
hipermese gravídica e para alivia da depressão, principalmente em mulheres que tomam
anticoncepcionais orais.
PRINCIPAIS FONTES ALIMENTARES
Os principais alimentos ricos em vitamina B6 são: carnes vermelhas, o fígado e
outras vísceras, carne de galinha, cereais integrais, soja e castanhas. Leite, ovos e frutas
são fontes com concentrações relativamente baixas. A piridoxina é sensível à oxidação,
à radiação ultravioleta, ao aquecimento e ao cozimento. O congelamento de vegetais
causa uma redução de até 35%, e a moagem de cereais reduz em 70% a 90% a
biodisponibilidade da vitamina. As perdas decorrentes do cozimento e processamento
de alimentos podem alcançar os 40% no teor da vitamina B6 nos alimentos.
Benefícios da vitamina B6 para o organismo
� Participação ativa no metabolismo das proteínas;
� Síntese de neurotransmissores;
� Participa da transformação do triptofano em niacina;
� Formação da heme das moléculas de Hb;
� Protege o sistema cardiovascular
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� Combate as inflamações articulares
� Mantém a vitalidade de cabelos, unhas e saúde da pele;
� Combate a compulsão alimentar
Uma vez que a vitamina B6 é necessária para a formação dos glóbulos vermelhos do
sangue, a deficiência pode causar anemia.
VITAMINA B8 – BIOTINA
Também conhecida como vitamina B7 e vitamina H, a biotina tem a D – biotina
como isômero ativo e componente das formulações farmacológicas.
Participa como coenzima das reações de carboxilação catalisadas pelas enzimas
carboxilases, envolvidas em reações de gliconeogênese, síntese de ácidos graxos e do
metabolismo dos aminoácidos, principalmente a leucina.
É solúvel em água e álcool, estável ao calor e instável à oxidação, luz e radiação.
A absorção é feita por transporte ativo no intestino delgado e na circulação
sanguínea é transportada por proteínas plasmáticas. A excreção é principalmente fecal e
uma pequena porção é feita por via urinária.
Pode ser sintetizada por bactérias intestinais e é de difícil mensuração em
sangue e urina.
Algumas situações predispõem ao aparecimento de deficiência de biotina, a
principal relaciona-se ao consumo de ovos crus que contêm avidina, uma glicoproteína
que impede a absorção de biotina. Outras situações incluem: cirrose hepática; gestação;
antibioticoterapia prolongada, por diminuição da microflora intestinal e consequente
diminuição da síntese de biotina e nutrição parenteral prolongada por mais de oito
semanas.
A carbamazepina inibe o transporte de biotina pelo trato gastrointestinal. Apesar
de serem raros, os sinais de deficiência relacionam – se às situações clínicas descritas
acima e incluem manifestações dermatológicas (alopecia, dermatites); neurológicas
(perda de memória, depressão) e gastrointestinais (glossite, náuseas, anorexia). Podem
aparecer algumas alterações não específicas no eletrocardiograma desses pacientes.
A mensuração da biotina é feita através de seus níveis plasmático (215 – 750pg
/ ml), eritrocitário (55 – 170pg/ ml) ou sanguíneo total (200 – 500pg / ml). Não existe
toxicidade relatada, nem efeitos colaterais mesmo em doses de até 40mg ao dia.
PRINCIPAIS FONTES ALIMENTARES
Cereais, fígado, gema de ovo, carnes vermelhas e entre outros alimentos. Mas a
nossa flora intestinal (bactérias que vivem no intestino) também é capaz de fabricá-la.
VITAMINA B8 - BIOTINA Benefícios à saúde
Vitamina B8 quando ingerida adequadamente no dia a dia, confere diversos
benefícios e vantagens para saúde. Independente se a ingestão é feita por alimentos ou
suplementos, os benefícios são os mesmos.
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Considerando que a ingestão é feita nos níveis corretos. Ou seja, evitando excessos
ou uma ingestão insuficiente da vitamina.
� Melhora a saúde óssea
� Essencial para o bom funcionamento do cérebro
� Promove uma desintoxicação no organismo para que funcione melhor
� Ajuda a fornecer mais oxigênio para os músculos
� Melhora o fluxo de sangue para os músculos, por seu efeito vasodilatador
� Previne doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e também a
epilepsia
� Reduz o depósito de gordura do fígado, convertendo a mesma em energia para o
organismo
E entre suas funções destaca-se a ação na metabolização dos macronutrientes,
principalmente dos carboidratos. Ela é uma grande aliada na coenzima das reações de
descarboxilação nos processos de gliconeogênese, lipogênese, síntese de ácidos graxos
e metabolismo protéico.
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CONCLUSÃO
No presente trabalho cheguei à conclusão que as vitaminas hidrossolúveis (B5,
B6 e B8) são substâncias indispensáveis no funcionamento do organismo e de um modo
geral possuem um importante papel no desenvolvimento do organismo humano e que
estão presentes em diversos alimentos, como carnes vermelhas, ovos, leite e entre outros
alimentos e são dissolvidas em água. O armazenamento no organismo é umas das
principais características dessas vitaminas. E, entretanto vale ressaltar que carência
delas pode causar prejuízos na saúde. O estudo permitiu ainda verificar a importância
das vitaminas para a nutrição saudável. Assim recomendam-se outros estudos mais
avançados sobre as vitaminas, uma vez que, essas substâncias são essenciais no
desenvolvimento e de funções biológicas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cukier, C.; Magnoni, D.; Rodríguez, A., B. Micronutrientes, Vitaminas e Minerais. In:
Magnoni, D., Cukier, C., Perguntas e Respostas em Nutrição Clínica, Cap. 6. São Paulo:
Roca, 2001. pp 37 – 44
https://www.cpt.com.br/saude/vitamina-b8-importancia-fontes-de-alimentos-valores-nut
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COSTA, Neuza Maria Brunoro; COSTA, Neuza Maria Brunoro; PELUZIO, Maria do
Carmo Gouveia. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa, MG: UFV, 2008. 400 p., il.
Inclui bibliografia. ISBN 9788572693400.
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