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ACONSELHAMENTO CENTRADO NO CLIENTE -

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34-784 
13 
LIV 
Textos de Psicologia 
LEWIS E. PATTERSON 
S. EISENBERG 
O processo de 
aconselhamento 
O· l NFASES TEÓRICAS 175 Fl 11t1MENT . 
(O"~ 
" stringiam à psicoterapia. O trabalho de Sigmund Freud nte se re · d lh iedormc f • ·ncorporado à hteratura o aconse amento, ocupando 
nn cus adeptos ºt 
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1 
05 pontos de vista racional e afetivo. Subseqüentemen-e s •ção en r . . . 
rna p0s
1 
volvidas outras teonas, que se situam numa escala cu1os 
u rn desen · · · · d lh d' · te, fora _ definidos pelas posturas m1c1ais e aconse amento iret1vo e~trernos s~o 
- direuvo. . . . d . d 
e nao- H Patterson ( 1980), após examinar uma sene e sistemas e clas-
C: d s teorias de aconselhamento, concluiu que as abordagens con-
sificaça? ; s poderiam ser dispostas numa escala cujos extremos seriam 
ternp0ra~o cognitivo e a preocupação afetiva. (Ver quadro 11 -1.) 
0 
pr~e;f erimos apresentar, de forma resumida, as seis posições teóricas 
, (reqüentemente citadas como pensamento germinal em que seba-
m~is a prática de aconselhamento, as quais dão origem a outras variações 
seta d d d l 1 . . . 'ricas. A posição e ca a uma e as na esca a nao e precisa, mas mten-
te~nal. o aconselhamento gestáltico foi colocado à direita do aconselha-
:ento centrado no cliente, porque o conselheiro tem maior tendência 
a manipular condições a fim de possibilitar a exploração pelo cliente. As 
três abordagens racionais encontram-se à direita porque se baseiam consi-
deravelmente no processo cognitivo, para provocar mudança no cliente: 
0 aconselhamento racional..emotivo reconhece a importância da emoção, 
ainda que o pensamento racional seja enfatizado no tratamento; o acon-
selhamento baseado em traços e fatores trabalha esporadicamente com 
a emoção, dando maior ênfase ã cognição; a corrente behaviorista mais 
rígida considera a emoção irrelevante, uma vez que não é um comporta-
mento diretamente observável. Ainda assim, as três posições podem ser 
consideradas diretivas, cognitivas, intelectuais e controladas pelo conse-
lheiro, quando comparadas a outras abordagens da escala. 
Aconselhamento centrado no cliente" 
Carl Rogers (1942, 1951, 1961; Meador & Rogers, 1979) é conhecido 
como o fundador do aconselhamento centrado no cliente. Formou-se em 
psicologia, e sua abordagem ao processo de ajuda foi apresentada como 
alternativa à psicoterapia tradicional orientada psicanaliticamente. Pelo 
fato de sua concepção da natureza humana atrair os educadores e seu mé----
• Em seus mais recentes escritos, Rogers deu novo nome a seu sistema: " terapia cen-
trada na pessoa" . Preferimos continuar usando a antiga denominação encontrada na maior 
Parte da literatura sobre o assunto. 
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ACONSELHAMENTO: iNFASES TEÓRICAS 177 
od de aconselhamento não exigir um vasto conhecimento de psicologia 
t 
O 
pi·a centrada no cliente foi rapidamente adotada por muitos conse: a tera . 
)h •ros. Com o tempo, o aconselhamento centrado no chente passou a in-et d . . d lh . fluenciar o trabalho a ma1ona os conse euos. 
A natureza dos seres humanos 
No aconselhamento centrado no cliente, considera-se que os seres huma-
nos têm valor positivo e o desejo de vir a "atuar integralmente", isto é, 
viver o mais efetivamente possível. Essa visão da natureza humana opõe-
se à concepção freudiana de que as pessoas possuem impulsos negativos 
que, se não forem socializados adequadamente, dão origem a comporta-
mento destrutivo para o próprio eu e para os outros. De acordo com 
Rogers, se se permitir a uma pessoa desenvolver-se livremente, ela pros-
perará e irá se tornar um indivíduo positivo, realizador. De acordo com 
a posição freudiana, o impulso negativo irá se manifestar, a menos que 
se exerçam certos controles. 
O aconselhamento centrado no cliente baseia-se numa teoria da per-
so_nalidade chamada teoria do eu (self theory). A visão que a pessoa tem 
do próprio eu no contexto de seu meio determina seu comportamento e 
sua satisfação pessoal. Se for oferecido um ambiente estimulador, o indi-
víduo terá confiança para a auto-realização, utilizando-se de todas as suas 
capacidades. Se não receber amor e apoio de pessoas significativas, pro-
vavelmente irá se considerar sem valor e aos outros, como não dignos de 
confi_ança. Seu comportamento tor~ar-se-á defensivo (autoprotetor) e seu 
crescimento em direção à auto-realização será dificultado. 
cep Ym elemento importante da teoria do eu é o princípio de qu: ~r-
t. ÇOes Que uma pessoa tem do eu e do meio (incluindo pessoas s1gmfica-1vas) sã . " . 
co O ª realidade para ela. Assim, se um indivíduo se ve como m-
rnpetente . · · · · d termi na á ' ou os pais ou professores como desprez1ve1s, isso e -
Pa~s eseu comportamento, mesmo se os outros acham-no brilhante ou seus 
desem:ofessores, amáveis. Dizer a um aluno, que não apresenta um bom 
avaJiaça:ho, que ele é capaz, raras vezes tem algum e~eito, porque ess~ 
ta Pod Provavelmente entra em conflito com sua realidade pessoal. Es 
de 1·nte ser mudada através do aconselhamento mas em geral não através erve ã · · · - ' 1· la do co n~ 0 direta como a substituição da opinião do e 1ente pe nseJhe1ro. 
li 
O PROCESSO DE A CONSELHAMENTO 
178 
0 processo de aconselbaJDento 
Uma vez que Rogers considera os seres humanos positivos e auto-
realizadores por natureza, o conselheiro deve proporcionar condições que 
permitam a autodescoberta e enc?r~jem tendência natur~ do cliente para 
0 
crescimento pessoal. As cond1çoes estimuladoras descntas por Rogers 
são essencialmente aquelas expostas, no capítulo 3, como importantes na 
fase da descoberta inicial. Se o conselheiro for totalmente aceito pelo clien-
te, irá se. relacionar empaticamente com o mundo do cliente (realidade) 
e comportar-se de modo autêntico (comportamento coerente com os sen-
timentos), e o cliente estará livre para descobrir e expressar o âmago de 
seu ser. À medida que passar a se perceber de maneira mais positiva, no 
ambiente estimulador do aconselhamento, estará capacitado para viver de 
modo mais efetivo. O conselheiro não irá proporcionar apenas um am-
biente estimulador, que pode não existir na vida do cliente, mas também 
atuar como um modelo operacional de como uma pessoa, que vive inte-
gralmente, relaciona-se com os outros. 
A visão filosófica da natureza dos seres humanos, descrita anterior-
mente, é muito mais importante, para a prática do aconselhamento cen-
trado no cliente, que qualquer conjunto particular de técnicas ou 
conhecimentos. Tem-se dito que, no aconselhamento centrado no cliente, 
o profissional aprende como ser um conselheiro, ao invés de como Jazer 
.aconselhamento. Deve se sentir bastante à vontade para tornar-se total-
mente envolvido com o mundo de seu cliente sem medo de perder a pró-
pria sensação de bem-estar, e interessar-se por seus clientes a ponto de 
se dispor a compartilhar de sua angústia. Durante todo esse processo, de-
ve ser capaz de manter seu próprio senso de individualidade e de conser-
var a perspectiva emocional sobre as dificuldades do cliente. Uma vez que 
se considera que o cliente possui o potencial para solucionar seus pró-
prios problemas, o conselheiro não precisa oferecer-lhe nenhum conheci-
mento especializado. 
O. conselheiro centrado no cliente emprega as técnicas situadas na 
ex~remidade menos condutiva da escala representadano Quadro 7-t 
~~g. 1!4>- Utiliza-se de respostas de silêncio, aceitação, reafirmação e cla-
nficaçao, sendo o cliente quem conduz a discussão e é responsável pelos 
resultados._ Se durante a discussão percebe-se necessidade de informação, 
0 co~selhe1ro deve encorajar o cliente a buscá-la fora da sessão. Um con-
selbetro exclusivamente centrado no cliente provavelmente não usa teSlCS, 
embora possa ter esse procedimento a pedido do cliente. . 
O conselheiro centrado no cliente estimula a auto-exploração c,uda-
dosa, mas tende a evitar a confrontação e a interpretação como in<;l rU· 
11111 
.,~,.l'TV\· bJFASES TEÓRICA S 'SELJ1A M&.1..,, ...,. 
ACO/v. 179 
essar O insight. Não se dá muita ênfase ao planejamento para apr do · · · d I li T à 111entos 'fica exceto quan IDlCJa o pe o c ente. em-se que, me-
de aÇáO es~ 
1 
te 'se toma livre para realizar seu potencial através do pro-
dida que 
O 
cl enaça-0 a mudança de comportamento ocorre naturalmente, de expor , . cesso . duça-0 do conselhetro. sem a ID 
Contribuição 80 modelo genérico de aconselhamento 
e I Rogers deu uma grande contribuição ao modelo genérico de aconse-
u:nento apresentado neste livro. ':°ntri~ui~o ó~ é. sua descriçã~ 
lara da relação de ajuda que const1tm a essenaa da pnme1ra fase. Dev1-
~o 30 trabalho de Rogers, os conselheiros tomaram-se melhores ouvin-
tes. Mesmo os conselheiros que preferem técnicas mais condutivas que as 
do aconselhamento centrado no cliente reconhecem a importância de dar 
condições de relacionamento que levem o cliente a revelar elementos sig-
nificativos da realidade pessoal. Foi dito que o aconselhamento deve par-
tir de onde o cliente está - e, para se saber onde ele está, a maioria dos 
conselheiros emprega métodos introduzidos por Rogers. 
Uma segunda contribuição importante, cuja origem se deve às afir-
mações de Rogers acerca da natureza humana, é a idéia de que o cliente 
é basicamente responsável por sua própria vida. Embora alguns conse-
lheiros possam não ser tão otimistas quanto Rogers ao acreditar que to-
das as ~as são fundamentalmente boas, a maioria reconhece que o 
:meiheiro não pode e não deve controlar as aÇÕes do cliente. Os conse-
fl erro~ que julgam que o profissional deve estabelecer condições para in-uenc1ar as ações d li 
a·udan . 0 e ente sustentam em geral que estão simplesmente 1 
0 do 
O 
cliente a alcançar seus próprios objetivos. 
rnern Raconselhamento centrado no cliente tem uma visão positiva do ho-. ogers ex " 
relativam P_os uma metodologia que pode ser aprendida de modo 
&rahnente~te fácil P0 r Pessoas que estão, elas próprias, "atuando inte• 
AconseJb 
arnento gestáltico 
ºaco rn llSelha.tnento . . . 
m,º ~l J!.0gers 
8
está!ttco fOJ desenvolY1do por Frcderick Perls que, co-
qu ª Sido um Pr~r,~e form_ação. em J>Sicoterapia freudiana. Embora te-
~10 l!.oge,8 ernlSStonaJ dtnânuco e efetivo, Perls não foi tão diligente 
Pontos conceit es~rever sobre seu trabalho, e provavelmente existem 
llais P<>uco claros em seu sistema. Vários livros de Per Is

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