Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tutorial 2: Manchas no corpo e febre 1. Estudar o diagnóstico diferencial das doenças infecciosas exantemáticas da infância (varicela, sarampo, rubéola, exantema súbito, eritema infeccioso, escarlatina, mononucleose, dengue, Zika, Chikungunya). Viroses exantemáticas são moléstias infecciosas nas quais a erupção cutânea é a característica dominante. Exantemas de causa viral são extremamente frequentes na infância. Embora a maioria seja originária de doenças autolimitadas e benignas, algumas podem ser expressões de moléstias mais graves. Portanto, a presença de exantema em uma criança com doença aguda febril demanda consideração para uma série de moléstias, muitas delas não sendo de origem infecciosa. Seis doenças exantemáticas foram denominadas clássicas: sarampo, escarlatina, rubéola, doença de Filatow-Dukes (hoje não mais considerada entidade nosológica separada), eritema infeccioso e exantema súbito. É interessante destacar a inclusão de duas entidades clínicas recentemente descritas, que são a pseudoangiomatose eruptiva e o exantema laterotorácico unilateral, além das arboviroses. • MECANISMOS DE AGRESSÃO À PELE Os micro-organismos podem causar erupção cutânea (exantema) por: • invasão e multiplicação direta na própria pele, por ex. na infecção pelo vírus da varicela-zóster e do herpes simples; • ação de toxinas, como na escarlatina e nas infecções estafilocócicas; • ação imunoalérgica com expressão na pele, mecanismo mais frequente nas viroses exantemáticas; • dano vascular, podendo causar obstrução e necrose da pele, como na meningococcemia ou na febre purpúrica brasileira. Em geral, esses mecanismos coexistem. Essas reações aparecem na pele como lesões distintas: o MÁCULA é uma lesão plana, não palpável; o PÁPULAS são lesões pequenas perceptíveis ao tato; o NÓDULOS lesões maiores perceptíveis ao tato; o VESÍCULAS são pequenas lesões que contêm líquido; o BOLHAS lesões maiores que contêm líquido; o PÚSTULAS é quando o líquido é purulento o PLACAS são lesões grandes, planas, mas elevadas, perceptíveis ao tato. As lesões podem ter cor: o ERITEMATOSA quando desaparece com a vitropressão, e é decorrente de uma vasodilatação; o PURPÚRICAS quando não desaparecem e é decorrente de extravasamento de sangue do vaso Podem ser: o PETEQUIAIS pequenas; o EQUIMÓTICAS maiores. Podem, ainda, ser divididas em: o MORBILIFORMES, quando existem áreas de pele sã entre as lesões; o ESCARLATINIFORMES, quando o acometimento é difuso. VARICELA OU CATAPORA o ETIOLOGIA: vírus da varicela-zóster, do grupo herpes; o TRANSMISSÃO: por aerossol, contágio direto e pela transmissão vertical; o TEMPO DE INCUBAÇÃO: 10 a 21 dias; o TEMPO DE CONTÁGIO: do décimo dia após o contato até a formação de crostas de todas as lesões; o ISOLAMENTO: respiratório e de contato; o CUIDADOS COM OS CONTACTANTES: a imunoglobulina humana antivírus varicela-zóster (VZIG) deve ser indicada nas seguintes situações: crianças imunocomprometidas, sem história prévia de catapora; gestantes suscetíveis; recém-nascidos cuja mãe tenha tido catapora dentro de 5 dias antes ou 48 horas após o parto; prematuros (gestação com 28 semanas) cuja mãe não tenha tido varicela; e prematuros (gestação com menos de 28 semanas) independentemente da história materna. A dose indicada é de 125 U para cada 10 kg e deve ser aplicada em 48 horas (até no máximo 96 horas) após a exposição. O uso de aciclovir como profilaxia em comunicantes é discutível, mas quando este for um adulto ou um paciente imunodeprimido e para o qual não se disponha da VZIG, talvez seja de interesse, pois nessas situações as manifestações da doença podem ser mais intensas e graves; o QUADRO CLÍNICO: principalmente em crianças, o exantema é o primeiro sinal da doença, mas, eventualmente, podem-se notar febre baixa e mal-estar, os quais são mais proeminentes em adolescentes e em adultos. A ERUPÇÃO inicia-se na face, como máculas eritematosas que rapidamente se tornam pápulas, vesículas, pústulas e, finalmente, crostas. Essas lesões aparecem em surtos, geralmente por 3 a 5 dias, antecedidas por febre (viremia), promovendo um aspecto polimórfico do exantema. O envolvimento do couro cabeludo e das mucosas orais e genitais é frequente. As crostas permanecem por 5 a 7 dias e depois caem, deixando uma mácula branca, que não é permanente. Quando a pele foi anteriormente traumatizada ou sofreu abrasão, como cirurgias, radioterapia, queimadura, presença de eczema, dermatite de fraldas etc. as lesões costumam ser mais numerosas nessa região. o COMPLICAÇÕES: Infecções bacterianas secundárias: são as complicações mais frequentes, causadas por estreptococos e estafilococos. Podem ser pouco graves, como piodermites (quando a “catapora irá deixar marca”), ou mais sérias, como a erisipela e a celulite. Ocasionalmente, servem de porta de entrada para infecções sistêmicas; Pneumonia: a pneumonite intersticial parece ser regra na varicela e é, em geral, um achado radiológico. Entretanto, em algumas ocasiões, assume proporções mais graves, evoluindo para insuficiência respiratória, às vezes fatal. Nos adultos, a expressão clínica do acometimento pulmonar é maior, chegando a mais de 10%, sendo também mais grave. Nas crianças imunodeprimidas, a pneumonite é a causa mais importante de óbito; Encefalite: o acometimento do SNC não é frequente e pode anteceder ou preceder o exantema. Como regra, aparece entre 3 e 8 dias após o início do exantema. A região mais frequentemente atingida é o cerebelo, traduzindo-se por ataxia. A encefalite, por sua vez, é responsável por sonolência, coma e hemiplegia, podendo deixar sequelas; Manifestações hemorrágicas: podem ser decorrentes de trombocitopenia, que aparece na fase de convalescença, ou de uma coagulopatia de consumo, felizmente mais rara, que origina a temida varicela hemorrágica e que, quando acomete as suprarrenais, evolui para a púrpura fulminante, semelhante àquela que ocorre nas meningococcemias; Varicela e gravidez: quando acomete uma gestante, o feto pode sofrer as consequências, das quais as mais frequentes são focomelia, coriorretinite, meningoencefalite, lesões cicatriciais na pele, além de morte fetal e aborto. Quando as lesões aparecem durante os primeiros 16 dias após o parto, denomina-se varicela congênita e acomete 25% dos recém- nascidos cujas mães apresentam a doença 1 a 5 dias antes e dentro de 48 horas após o parto; Síndrome de Reye: degeneração aguda do fígado acompanhada de encefalopatia hipertensiva grave tem sido descrita em crianças com varicela, mormente quando receberam ácido acetilsalicílico como antitérmico; o TRATAMENTO: nos pacientes com imunodepressão ou que apresentem risco de doença grave com acometimento visceral, há indicação de tratamento antiviral com o uso de aciclovir; o DIAGNÓSTICO: na fase de vesícula, o exame do líquido da lesão pela microscopia eletrônica fornece o diagnóstico imediato. Anticorpos podem ser detectados pelo teste de imunofluorescência indireta (IFI); o PREVENÇÃO: vacina antivaricela (vírus vivo atenuado). SARAMPO o ETIOLOGIA: paramixovírus; o MECANISMO DE TRANSMISSÃO: via aérea, por meio de aerossol; o PATOLOGIA: A infecção causa necrose do epitélio do trato respiratório e um infiltrado linfocítico de acompanhamento. O sarampo produz uma vasculite de pequeno vaso na pele e nas membranas mucosas orais. o PATOGÊNESE: Consiste em 4 fases: período de incubação, doença prodrômica, fase exantematosa e recuperação. Durante a incubação, o vírus migra para os linfonodos regionais. Ocorre uma viremia primária que dissemina o vírus para o sistema reticuloendotelial. Uma viremia secundária dissemina o vírus para as superfícies do corpo. O vírus do sarampo também infecta células T CD4+, resultando na supressão da resposta imune de Th1. o TEMPO DE INCUBAÇÃO: 8 a 12 dias; o TEMPO DE CONTÁGIO: desde 2 dias antesdo início do pródromo até 4 dias após o aparecimento do exantema; o CUIDADOS COM OS CONTACTANTES: aplicar a vacina contra o sarampo até 72 horas após o contágio; após esse período, até 6 dias, aplicar a imunoglobulina humana normal. Para crianças normais, a dose é de 0,25 mL/kg; nos imunodeprimidos, é 0,5 mL/kg; o ISOLAMENTO: respiratório (uso de máscara) até 4 dias após o início do exantema; o QUADRO CLÍNICO: a doença começa com pródromos que duram de 3 a 4 dias, com febre, tosse, cefaleia, mal- estar, prostração intensa, incomum em doenças virais. A FEBRE é elevada, atingindo o auge na época do aparecimento do exantema e cai em lise (progressivamente) no terceiro ou quarto dia do exantema. A TOSSE é seca, intensa (incomoda o paciente), está sempre presente e é acompanhada de uma coriza abundante, hialina no início e purulenta nos dias subsequentes. Os OLHOS ficam hiperemiados, com lacrimejamento e fotofobia e, nos casos mais graves, ocorre edema bipalpebral. A PROSTRAÇÃO pode ser intensa, denotando comprometimento sistêmico. O ENANTEMA (manchas vermelhas que se espalham nas mucosas) é a primeira manifestação mucocutânea a aparecer e é característico. A orofaringe fica hiperemiada e na região oposta aos dentes molares aparecem manchas branco- azuladas, pequenas, de cerca de 1 mm de diâmetro, chamadas de manchas de Koplik. As manchas aparecem 1 ou 2 dias antes do exantema e desaparecem 2 ou 3 dias depois. O EXANTEMA (erupção cutânea difusa) inicia-se atrás do pavilhão auricular, disseminando-se rapidamente para o pescoço, a face e o tronco e atinge a extremidade dos membros por volta do terceiro dia. Ele é maculopapular eritematoso, morbiliforme como regra, mas, em determinadas áreas, pode confluir. Na fase do exantema, a doença atinge o seu auge, ficando o paciente toxêmico, febril, com os olhos hiperemiados, queixando-se da claridade, com intensa rinorreia e tosse implacável. O exantema começa a esmaecer em torno do terceiro ou quarto dia, na mesma sequência que apareceu, deixando manchas acastanhadas. o COMPLICAÇÕES: laringite, às vezes muito acentuada, traqueobronquite, pneumonite intersticial, ceratoconjuntivite, miocardite, adenite mesentérica, diarreia com perda importante de proteína e panencefalite esclerosante subaguda. Otite média é a principal complicação bacteriana. Também podem suceder sinusite, pneumonia bacteriana, púrpura trombocitopênica, encefalomielite, reativação de tuberculose pela imunodepressão. Em crianças menores de 1 ano de idade e desnutridas, é causa não desprezível de óbito. Em adolescentes e adultos, a gravidade tende a ser maior. Em pacientes imunocomprometidos, a infecção é altamente letal. o TRATAMENTO: de suporte. Manutenção da hidratação, oxigenação, antipiréticos. RUBÉOLA o ETIOLOGIA: togavírus; o TRANSMISSÃO: via aérea, por meio de perdigotos (gotículas contaminadas de saliva que são impelidas, geralmente através de um espirro); o PATOLOGIA: poucas informações disponíveis. Existem achados de inflamação linforeticular e infiltração mononuclear perivascular e meningeana. o PATOGÊNESE: Após a infecção, o vírus replica no epitélio respiratório e em seguida dissemina para linfonodos regionais. o TEMPO DE INCUBAÇÃO:14 a 21 dias; o TEMPO DE CONTÁGIO: de poucos dias antes até 5 a 7 dias depois da erupção; o CUIDADOS COM OS CONTACTANTES: observação; o ISOLAMENTO: respiratório e de contato para os casos adquiridos pós-parto, até 7 dias após o exantema. As crianças com infecção congênita são consideradas infectantes até 1 ano de idade ou até que a pesquisa de vírus na nasofaringe e na urina se negative; o QUADRO CLÍNICO: principalmente em crianças não se observa pródromo, mas em adolescentes e em adultos podem aparecer sintomas gerais brandos antecedendo 1 a 2 dias o exantema. O EXANTEMA se inicia na face, espalhando-se rapidamente para o pescoço e o tronco e atingindo os membros já em 24 horas. O exantema é maculopapular róseo, pode, eventualmente, coalescer no tronco e tem curta duração, de 3 ou menos dias. Em alguns casos, observam-se, no palato mole, lesões petequiais, conhecidas como sinal de Forscheimer, que não é patognomônico dessa doença!! A ADENOMEGALIA é um achado marcante que pode anteceder em até 7 dias o exantema. São acometidos, principalmente, os gânglios da cadeia cervical e retroauricular. Metade dos casos apresenta ESPLENOMEGALIA discreta. o COMPLICAÇÕES: são raras, citando-se a púrpura trombocitopênica, a encefalite e, em mulheres, a artralgia. A grande importância da rubéola é na gestação em consequência da possibilidade de promover dano fetal; a vacinação em crianças visa fundamentalmente a proteger as mulheres suscetíveis do seu convívio; o DIAGNÓSTICO: isolamento do vírus do material de nasofaringe ou da urina. Pesquisa de anticorpos da classe IgM e de IgG contra rubéola no soro; o PREVENÇÃO: é realizada com a vacina de vírus vivo e atenuado, que é aplicada após os 12 meses de idade. o TRATAMENTO: de suporte. Antipiréticos, analgésicos. EXANTEMA SÚBITO OU ROSÉOLA INFANTIL o ETIOLOGIA: herpes-vírus humano 6 (HVH6) e 7 (HVH7); o TRANSMISSÃO: provavelmente por perdigotos; o TEMPO DE INCUBAÇÃO: 5 a 15 dias; o TEMPO DE CONTÁGIO: durante a fase de viremia, sobretudo no período febril; o CUIDADOS COM OS CONTACTANTES: observação; o ISOLAMENTO: desnecessário; o QUADRO CLÍNICO: acomete, virtualmente, apenas as crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, predominando nas menores de 2 anos. Isso sugere que haja certa proteção pelos anticorpos maternos e que o vírus seja altamente predominante na comunidade, uma vez que na idade pré-escolar quase todas as crianças já estão imunes. O início da doença é súbito, com febre alta e contínua (a criança fica extremamente irritada e anorética) e é considerada uma das causas mais comuns de convulsão febril. Não há toxemia, apesar da magnitude da febre. LINFONODOMEGALIA cervical é achado muito frequente, assim como a hiperemia de cavum. Após 3 a 4 dias de febre, quando esta cessa bruscamente, aparece o EXANTEMA, também de modo súbito, constituído por lesões maculopapulares rosadas que se iniciam no tronco e se disseminam para a cabeça e as extremidades. A erupção é de curta duração, de algumas horas a 2 ou 3 dias, desaparecendo sem deixar descamação ou hiperpigmentação. O exantema pode passar despercebido. o DIAGNÓSTICO: apenas a presença do herpes-vírus humano 6 ou 7 no sangue periférico fornece o diagnóstico de infecção primária. Podem ser realizados testes para detecção de anticorpos, mas o seu resultado deve ser analisado com cuidado, em razão da possibilidade de haver infecções crônicas (como todo herpes-vírus) com reativações. o PREVENÇÃO: não existe. ERITEMA INFECCIOSO o ETIOLOGIA: parvovírus humano B19; o TRANSMISSÃO: via aérea, por perdigotos; o PATOLOGIA: esse vírus tem como célula-alvo o eritroblasto do hospedeiro. Em geral, os pacientes apresentam anemia o TEMPO DE INCUBAÇÃO: 4 a 14 dias; o TEMPO DE CONTÁGIO: desconhecido; o CUIDADOS COM OS CONTACTANTES: observação, principalmente das pessoas que tenham hemoglobinopatia; o ISOLAMENTO: desnecessário; o QUADRO CLÍNICO: em geral, não há pródromos. O primeiro sinal costuma ser o EXANTEMA, que se inicia na face como maculopápulas que confluem, tornando-se uma placa vermelho-rubra, concentrada, principalmente, na região das bochechas. Poupa a região perioral, a testa e o nariz, conferindo um aspecto de “asa de borboleta”, semelhante ao observado no lúpus eritematoso. Dá às crianças aspecto de “cara esbofeteada”. Depois de 1 a 4 dias, o exantema evolui, acometendo os membros superiores e inferiores, inicialmente em sua face extensora e, mais tarde, na flexora. A lesão da pele inicia-se como uma MÁCULA que vai aumentando de tamanho, deixando a região central mais pálida, conferindo um aspecto tipicamente rendilhado. Nessa fase, o troncopode ficar acometido. O exantema pode persistir por um período longo, até mais de 10 dias, e exacerbar-se ou reaparecer quando a criança é exposta ao sol, faz exercício ou quando há alterações de temperatura. Recorrência das lesões, mesmo após 1 a 2 semanas do desaparecimento, é descrita. A evolução é, em geral, AFEBRIL, podendo ser acompanhada de artralgias e de artrites. O hemograma é normal ou com discreta leucocitose e eosinofilia. Apesar de, na maioria dos casos, ter evolução benigna, nos adolescentes e nos adultos os sintomas são mais proeminentes, principalmente o comprometimento articular. o COMPLICAÇÕES: Dentre as complicações conhecidas, a mais grave é a morte fetal, quando o vírus acomete mulheres grávidas. o DIAGNÓSTICO: sorologia para parvovírus humano B19; o PREVENÇÃO: não existe. ESCARLATINA o ETIOLOGIA: bactéria Estreptococo beta hemolítico do grupo A. o TRANSMISSÃO: contato direto com a saliva ou a secreção nasal de pessoas doentes ou aquelas que são portadoras da bactéria, mas não apresentam sinais da enfermidade. Esse contato pode ser tanto por gotículas expelidas em tosse ou espirro como por beijo, objetos compartilhados (como copos) ou mãos que tocaram partículas contaminadas e foram levadas ao nariz ou boca. o ETIOPATOGENIA: após um episódio de faringite ou amidalite estreptocócica. A maioria das pessoas que tem uma infecção de garganta por conta dessa bactéria não desenvolve escarlatina. Porém, cerca de 10% são sensíveis a toxinas liberadas pela bactéria e podem desenvolver a doença, que provoca pequenas manchas vermelhas e confluentes (que se misturam) na pele. o TEMPO DE INCUBAÇÃO: de 1 a 10 dias. o QUADRO CLÍNICO: Início súbito com calafrios e febre alta nos primeiros dias, que vai baixando aos poucos nos dias subsequentes até desaparecer; dor de garganta intensa. EXANTEMAS, pequenas manchas vermelho-escarlate de textura áspera na pele que aparecem inicialmente no tronco, depois tomam a face, o pescoço, os membros, axilas e virilha, mas poupam as palmas das mãos, as plantas dos pés e ao redor da boca. Nas dobras de pele, como cotovelos, punhos, axilas e joelhos, as manchas podem ser mais escuras. As erupções descamam com a evolução do quadro. Na LÍNGUA surgem caroços avermelhados recobertos com uma película parecida com um plástico filme branco amarelado. Essa película posteriormente se desfaz e a pele adquire o aspecto de framboesa, porque as papilas incham e ficam arroxeadas. Mal-estar; Inapetência; Aumento dos gânglios do pescoço; Dor no corpo, de barriga e de cabeça; Náuseas e vômitos. o DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é basicamente clínico por meio da visualização dos sintomas, mas alguns exames laboratoriais, como o de cultura e o teste rápido de pesquisa do estreptococo na garganta, ajudam a identificar a bactéria. o COMPLICAÇÕES: otites, meningite e sinusites, surgem enquanto o quadro clínico está ativo. Outras mais graves, como febre reumática (reumatismo infeccioso) e glomerulonefrite, podem se manifestar bem depois, quando a doença já parece curada. o TRATAMENTO: é iniciado imediatamente (antibiótico, como penicilina ou eritromicina) o PREVENÇÃO: evitar o contato com pessoas infectadas. MONONUCLEOSE INFECCIOSA o ETIOLOGIA: atualmente, a mononucleose infecciosa é considerada uma síndrome; o vírus Epstein-Barr é o responsável por cerca de 80% dos casos. o QUADRO CLÍNICO: a ocorrência de erupção cutânea não ultrapassa os 10 a 15% dos casos, exceto quando se administra penicilina ou ampicilina ao paciente. Os sintomas prevalentes nessa doença são febre, linfonodomegalia, hepatoesplenomegalia e faringoamigdalite. O tipo de EXANTEMA é variável, sendo, na maioria das vezes, maculopapular, mas podem ocorrer erupções petequiais, papulovesiculares, escarlatiniformes e urticariformes. As erupções são mais evidentes na presença dos antibióticos citados. Outros agentes a serem considerados são o citomegalovírus, o vírus da imunodeficiência adquirida, o vírus da hepatite B e, dentre os não virais, o Toxoplasma gondii. o DIAGNÓSTICO: sorologia específica com marcadores específicos IgM EBVCA. https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/tosse/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/amidalite/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/febre/ https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/lingua/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/dor-de-cabeca-cefaleia/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/otite-media/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/meningite/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/sinusite/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/febre-reumatica-reumatismo-infeccioso/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/glomerulonefrites/ DENGUE o ETIOLOGIA: Flavivirus, família Flaviviridae, que compreende 4 sorotipos conhecidos como [DENV] 1, 2, 3 e 4. o TRANSMISSÃO: picadas de mosquitos fêmeas do gênero Aedes com o A. aegypti, principal vetor no Brasil. Outras formas de transmissão já foram descritas, como a vertical e por transfusão sanguínea. o TEMPO DE INCUBAÇÃO: De 2 a 10 dias, podendo chegar a 12 dias. o QUADRO CLÍNICO: A infecção pelo vírus da dengue apresenta amplo espectro clínico, variando desde formas oligossintomáticas até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Na evolução do quadro clínico, podem ocorrer 3 fases clínicas: febril, crítica e de recuperação. Após curto período de incubação, surge a FEBRE de início abrupto geralmente alta (39 a 40°C) com duração de 2 a 7 dias, associada a sintomas dolorosos, como cefaleia, mialgias, artralgias e dor retro-orbitária, que, na criança, se expressam como choro frequente. O EXANTEMA do tipo maculopapular está presente em 50% dos casos e atinge predominantemente face, tronco e membros, não poupando plantas dos pés e palmas das mãos. Pode ocorrer com ou sem prurido e tem aparecimento mais tardio, coincidindo com o desaparecimento da febre. Manifestações gastrointestinais (vômitos, náuseas e diarreia) podem estar presentes e alguns pacientes referem odinofagia e hiperemia ao exame de orofaringe. A maioria dos pacientes evolui para a melhora dos sintomas em 7 a 10 dias. Quando os pacientes sobrevivem à fase crítica, evoluem para a chamada fase de recuperação, em que há reabsorção gradual dos líquidos extravasados, que pode durar de 48 a 72 horas, controle dos fenômenos hemorrágicos e estabilização do estado hemodinâmico e aumento da diurese o DIAGNÓSTICO: O diagnóstico laboratorial específico da infecção por dengue baseia-se na detecção de antígeno viral no sangue, soro ou tecido, isolamento viral e detecção de anticorpos. Para o diagnóstico virológico, deve-se obter uma amostra de sangue nos primeiros 5 dias de doença (fase aguda) ou fragmentos de tecidos (óbitos); para o sorológico, recomenda-se a coleta de sangue a partir do 6° dia do início dos sintomas. No diagnóstico laboratorial inespecífico, os achados no hemograma têm grande importância para o diagnóstico presuntivo de dengue, sendo obrigatório em todos os pacientes com fator de risco ou com prova do laço positiva, pois classifica o risco do paciente e monitora a evolução da doença, particularmente o hematócrito, já que a elevação de 10 a 20% do valor basal pode indicar extravasamento plasmático, além da contagem de plaquetas. A plaquetopenia isolada não significa gravidade, mas aumenta o risco para agravamento principalmente diante de queda brusca durante a evolução do quadro. A PROVA DO LAÇO é um exame rápido que deve ser feito obrigatoriamente em todos os casos de suspeita de dengue, já que permite identificar a fragilidade dos vasos sanguíneos, comum da infecção pelo vírus da dengue. Para fazer o teste da prova do laço deve-se desenhar, no antebraço, um quadrado com uma área de 2,5 x 2,5 cm. Depois, médico ou enfermeiro faz pressão com um garrote no braço por cinco minutosem pacientes adultos e três em crianças. O resultado da prova do laço é considerado positivo quando surgem mais de 20 pontinhos vermelhos dentro do quadrado marcado na pele. o COMPLICAÇÕES: A fase crítica pode se seguir à fase febril em alguns pacientes, que podem evoluir para as formas graves. Esta fase inicia com a defervescência da febre, entre o 3º e o 4º dia do início da doença e o aparecimento do dos sinais de alarme, que devem ser rotineiramente pesquisados nos casos suspeitos. Dentre os principais sinais de alarme, destacam-se: • dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; • vômitos persistentes; • acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); • hipotensão postural e/ou lipotimia; • hepatomegalia > 2 cm abaixo do rebordo costal; • sangramento de mucosa; • letargia e/ou irritabilidade; • aumento progressivo do hematócrito. Esses sinais podem traduzir o aumento da permeabilidade vascular e a evolução para o agravamento clínico do paciente com o potencial de evoluir para o choque ou derrames cavitários pelo extravasamento plasmático. Em alguns casos pode ocorrer hemorragia massiva ou disfunções graves de órgãos, como hepatite fulminante, miocardite, encefalite, dentre outros. o TRATAMENTO: Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus dengue. Para os casos agudos, recomenda-se o uso de sintomáticos como paracetamol ou dipirona para o controle da febre. Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas. o PREVENÇÃO: controle da transmissão vetorial. ZIKA o ETIOLOGIA: Flavivirus, família Flaviviridae, que compreende 1 sorotipos. o TRANSMISSÃO: picadas de mosquitos fêmeas do gênero Aedes com o A. aegypti, principal vetor nas américas. o TEMPO DE INCUBAÇÃO: de 3 a 6 dias. o QUADRO CLÍNICO: doença febril aguda autolimitada e com baixa taxa de hospitalização. Os principais sinais e sintomas são: FEBRE baixa (< 38,5°C) ou ausência da febre, com duração de 1 a 2 dias; EXANTEMA de início precoce (1º ou 2º dia), de evolução craniocaudal, disseminado e acompanhado de intenso prurido. Dor muscular leve; dor nas articulações de intensidade leve a moderada, com edema nas pequenas articulações de mãos e pés e hiperemia conjuntival. Em geral, evoluiu para cura em 3 e 7 dias do início dos sintomas e, em alguns pacientes, a artralgia pode persistir por cerca de 1 mês. Estima-se que menos de 20% das infecções resultem em manifestações clínicas, sendo, portanto, mais frequente a infecção assintomática. A ocorrência de formas graves e atípicas é rara, mas, quando acontece, pode excepcionalmente evoluir para óbito. o DIAGNÓSTICO: O diagnóstico laboratorial específico da infecção aguda pelo ZIKV é feito pela detecção do genoma viral pela técnica molecular de RT-PCR. E diagnóstico clínico epidemiológico. o COMPLICAÇÕES: neurológicas e autoimunes. O vírus Zika foi detectado no líquido amniótico de duas mulheres grávidas cujos fetos apresentaram danos neurológicos sérios. o TRATAMENTO: Não existe tratamento específico para a infecção pelo ZIKV. O tratamento recomendado baseia- se no uso de sintomáticos, como paracetamol ou dipirona, para o controle da febre, nas doses preconizadas em pediatria. No caso de prurido intenso, os anti-histamínicos podem ser considerados. Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas o PREVENÇÃO: medidas de proteção domiciliar com a eliminação dos criadouros, proteção individual por meio do uso de repelentes, e a coletiva com a implementação do programa de controle vetorial já estabelecida para a dengue. CHIKUNGUNYA o ETIOLOGIA: O vírus Chikungunya pertence à família Togaviridae e ao gênero Alphavirus; o TRANSMISSÃO: picadas de fêmeas dos mosquitos do gênero Aedes (Aedes aegypti, Aedes albopictus). o TEMPO DE INCUBAÇÃO: de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias). o QUADRO CLÍNICO: É uma doença febril com poliartralgia intensa e que afeta todas as faixas etárias; porém, neonatos e indivíduos acima de 60 anos são considerados grupos de risco. Tem duração de 7 a 10 dias, mas alguns pacientes podem evoluir com persistência do comprometimento articular por meses ou anos. A FEBRE de CHIKV tem amplo espectro clínico que varia desde formas assintomáticas (3 a 8%), pacientes sintomáticos em 70% dos casos, com evolução trifásica (aguda, subaguda e crônica), até formas graves e atípicas. Por ser doença de notificação obrigatória, considera-se como caso suspeito todo paciente com febre de início súbito, acima de 38,5°C, e artralgia ou artrite intensa de início agudo, não explicado por outras condições. FASE AGUDA: A fase aguda caracteriza-se pelo aparecimento súbito de febre alta (> 38,5°C), artralgia intensa e exantema maculopapular, que aparece em geral de 2 a 5 dias após o início da febre. Outros sintomas, como cefaleia, dor lombar, mialgia, náusea, vômitos e conjuntivite, podem ocorrer em menor frequência e em diferentes estágios da doença. FASE SUBAGUDA: Caracteriza-se pela defervescência da febre e recrudescência das artralgias após 2 a 3 meses da fase aguda. Pode haver persistência ou agravamento da artralgia, que se manifesta sob a forma de poliartrite distal, exacerbação da dor articular nas regiões previamente acometidas e tenossinovite hipertrófica subaguda em punhos e tornozelos. Outras manifestações clínicas são descritas nessa fase, como astenia, prurido generalizado e exantema maculopapular em tronco, membros e região palmoplantar, que pode assumir padrão purpúrico, vesicular e até bolhoso. FASE CRÔNICA: Caracteriza-se pela persistência de sinais e sintomas inflamatórios, articulares e musculoesqueléticos por mais de 3 meses do início da doença. MANIGESTAÇÕES ATÍPICAS: convulsão, uveíte e miocardite, que podem cursar sem febre e artralgia. o DIAGNÓSTICO: Para o diagnóstico laboratorial específico, dispõem-se de 3 testes principais: isolamento do vírus, pesquisa do RNA viral em diferentes amostras clínicas, ou de forma indireta por pesquisa de anticorpos específicos. Quanto às provas inespecíficas de fase aguda, observa-se que, no hemograma, a leucopenia com linfopenia < 1.000 células/mm3 é a alteração mais frequente, enquanto a trombocitopenia < 100.000 células/mm3 é rara. o TRATAMENTO: Na ausência de droga antiviral específica, o tratamento deve se restringir ao uso de sintomáticos e hidratação com base no estadiamento da doença (aguda, subaguda ou crônica). Na fase aguda, recomenda- se o uso de sintomáticos, como paracetamol e dipirona. Nos casos de dor refratária a esses medicamentos, podem ser utilizados os analgésicos opioides, como a codeína, em doses recomendadas na pediatria. Está contraindicado o uso de anti-inflamatórios não hormonais (AINES) pelo risco de complicações associados às formas graves, como hemorragias e insuficiência renal. o PREVENÇÃO: Redução da densidade vetorial com o controle de adultos e larvas, capacitação de pessoal, ações de limpeza urbana, atividades de mobilização social e comunicação com a comunidade. 2. Identificar o sarampo e outras doenças como de notificação compulsória. DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Art. 3º A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. o § 1º A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença ou agravo, de acordo com o estabelecido no anexo, observando-se, também, as normas técnicas estabelecidas pela SVS/MS. o § 2º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveispor estabelecimentos públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades laboratoriais e instituições de pesquisa. o § 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento. Art. 4º A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível. o Parágrafo único. A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá informá-la, em até 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento, às demais esferas de gestão do SUS, o conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos constantes no anexo. Art. 5º A notificação compulsória semanal será feita à Secretaria de Saúde do Município do local de atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de doença ou agravo de notificação compulsória. o Parágrafo único. No Distrito Federal, a notificação será feita à Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Art. 6º A notificação compulsória, independente da forma como realizada, também será registrada em sistema de informação em saúde e seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela SVS/MS. 3. Estudar as condutas de vigilância epidemiológica cabíveis no caso. NOTIFICAÇÃO: Considerando-se a alta infectividade e contagiosidade da doença, todo caso suspeito de sarampo deve ser comunicado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), dentro das primeiras 24 horas após o atendimento do paciente, e também à Secretaria Estadual de Saúde (SES), para acompanhamento junto ao município. Além disso, a notificação deve ser registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), utilizando-se a Ficha de Notificação/Investigação de Doenças Exantemáticas Febris Sarampo/Rubéola. Investigação A investigação do caso suspeito de sarampo deve ser realizada pela equipe municipal. As informações obtidas na investigação epidemiológica devem responder às demandas básicas da análise epidemiológica, ou seja, quem foi afetado, quando ocorreram os casos e onde estes se localizam. A partir dessas informações, são desencadeadas as condutas adequadas à situação. Roteiro da investigação O caso suspeito de sarampo deve ser investigado no prazo máximo de 48 horas após a notificação. A investigação na comunidade tem o objetivo de verificar a ocorrência de outros casos suspeitos, não notificados. Ela é realizada, principalmente, em torno da área de residência e convivência do caso suspeito, ambiente de trabalho, escola, creche, igreja e outros locais frequentados pelo paciente nos últimos 30 dias. Além disso, deve ser realizada a busca retrospectiva de casos suspeitos, nos últimos 30 dias, a partir do 1º caso confirmado (utilizando-se como instrumento a ficha de notificação/investigação de doenças exantemáticas), e se dar sequência à busca ativa de casos suspeitos nos serviços de saúde. Os contatos dos casos suspeitos ou confirmados devem ser acompanhados por 30 dias 4. Rever vacina contra sarampo. Na rotina dos serviços de saúde, a vacinação contra o sarampo deve ser realizada conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação vigente (2018). Para indivíduos a partir dos 12 meses até 29 anos de idade, administrar duas doses de vacina com componente sarampo (tríplice viral e/ ou tetraviral), conforme situação vacinal encontrada e de acordo com a descrição a seguir: • Aos 12 meses de idade, administrar a primeira dose da vacina tríplice viral (D1). • Aos 15 meses de idade, administrar dose única da vacina tetraviral (DU), que corresponde à segunda dose da vacina tríplice viral e à primeira dose da vacina varicela. A vacina tetraviral pode ser administrada até os 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. Após esta faixa etária, completar o esquema com a vacina tríplice viral. As vacinas tríplice viral e varicela (monovalente) podem ser utilizadas em substituição à tetraviral, quando houver indisponibilidade desta vacina. • Para pessoas de 30 a 49 anos de idade, recomenda-se uma dose da vacina tríplice viral, conforme situação vacinal encontrada. • Pessoas imunocomprometidas ou portadoras de condições clínicas especiais deverão ser avaliadas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) antes da vacinação. • Profissionais da saúde têm indicação para receber duas doses de vacina tríplice viral, independentemente da idade. • A vacina tríplice viral é contraindicada para: gestantes, crianças menores de 6 meses de idade e pessoas com sinais e sintomas de sarampo. Considerar vacinados os indivíduos que atenderem às indicações acima descritas. Cada serviço de saúde deve identificar as oportunidades perdidas de vacinação, organizando e realizando estratégias capazes de anular ou minimizar as situações identificadas, principalmente por meio: • do treinamento de pessoal de salas de vacinação; • da avaliação do programa de imunizações; • da revisão e atualização do cartão de vacinação de toda criança matriculada nas escolas, em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação; • da busca sistemática de faltosos à sala de vacinação; e • da realização do monitoramento rápido de cobertura vacinal
Compartilhar