Buscar

Prévia do material em texto

Inventando o patrimônio e turismo no Brasil
	CAMARGO, Haroldo Leitão. Patrimônio histórico e cultural. São Paulo: Aleph, 2002.
	Dos folguedos coloniais às recreações mundanas ao consumismo (páginas 68 a 81)
	“ Antes de qualquer referência ao turismo no Brasil, seria mais oportuno entendermos, ainda que brevemente, as perspectivas de lazer da população local. (p.68)
“ ...A vinda da família real portuguesa e seu estabelecimento no Rio de Janeiro” (p.68)
“ O Rio de Janeiro torna-se o centro da monarquia e do império português” (p.68)
“...Muito lentamente, pois falamos de sociedade escravocrata e que permanecerá por mais 80 anos, não sem inúmeras sequelas que ainda nos atingem. No Brasil eram muitos- e em parte ainda são- os preconceitos relativos ao trabalho. “Serviços” seriam atividades impensáveis para um homem livre. Talvez isto seja uma explicação suficiente para o considerável número de estrangeiros que irão se dedicar, durante um longo tempo, à oferta de hospedagem, alimentação e até de transportes entre nós (p.69)
“ A residência dos locais de trabalho, no centro junto ao porto, e retiram-se no alto verão, para chácaras alugadas (p.70)
“ D. João VI, sob pressão dos seus médicos pessoais, frequentava os banhos na Ponta do Caju (p.70)
“ Petrópolis é a primeira cidade ou centro, criado no Brasil, com perfil de estância climática (p.70)
“ A transição do trabalho escravo para o trabalho livre e a institucionalização deste último são os elementos históricos determinantes, condição essencial para o lazer e o turismo, evidentemente, entendidos como elementos da sociedade industrial (p.71)
“ São diversos os fatores que se entrecruzam, integrando-nos ao lazer e ao turismo, conforme as práticas de áreas centrais como a Europa, com inúmeras diferenças e singularidades históricas. Nessas considerações enquadram-se também as características referentes ao patrimônio cultural (p.72) 
“ Afirma-se primeiramente com uma negação: é o não português. O primeiro movimento é de rejeição. Além da conjuntura política, não é à toa que o primeiro imperador é visto com desconfiança por suas origens (p.73)
“... no Brasil “tudo estava por fazer”. A herança do colonizador, para os homens daquele tempo, fora o legado do atraso e da ignorância (p.74)
“ O instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, fundado em 1938 no Rio de Janeiro, irá colecionar e preservar da destruição para construir uma História do Brasil (p.75)
“ A relevância da observação para o estudante e o pesquisador do lazer e do turismo deve colocar-se sempre, ao salientar as duas atividades como inerentes aos direitos dos cidadãos, tanto quanto é parte legítima e integrante destes, o direito de acesso à cultura (p.76)
“ O impulso é dado pelo “Bota abaixo” do prefeito Pereira Passos no Rio de Janeiro. Desapropria-se e destrói-se em escala gigantesca as edificações legadas pela colônia, dos tempos do rei-velho (D.João VI) e parte do casario que sobrevivera do segundo reinado (p.77)
“ Das construções da Avenida, hoje nada mais resta. Elas foram varridas por uma nova vaga de “civilização”. Aquele primeiro conceito de civilização estava imbricado numa proposta de europeização; o mais recente mudou, trata-se de americanização (p.78)
“...Também se removia a sua população e os frequentadores para lugares afastados, expulsando do centro da Capital Federal a “aldeia africana” que maculava a visão da “Paris nos trópicos” (p.78)
“ Velhos padrões, aos índices clássicos de civilização, mas os padrões de hospedagem e alimentação para os turistas da burguesia, nos grandes centros, já são franco-britânicos, o que equivale a dizer, internacionais (p.79)
“ Na época citada, as edificações coloniais ou de partido colonial e os seus equipamentos já haviam sido relegados ao abandono ou à destruição (p.80)
“...Colocar em discussão o passado histórico que se rejeitara como símbolo do atraso, e que agora iria procurar-se resgatar como símbolo da nacionalidade (p.81)

Mais conteúdos dessa disciplina