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Hérnias
Hérnias
Relevância: Muito alta
Todas as aulas da Mentoria possuem relevância moderada, alta ou muito alta, 
baseadas na incidência das provas de residência médica dos últimos 5 anos.
Os CCQs (Conteúdo Chave de Questão) aparecem nas questões e ao longo do texto são 
sinalizados por bandeirinhas. As incidências são variáveis de acordo com as cores:
 Moderada Alta Muito alta
Hérnias
3
Conceitos gerais
Antes de começar a falar de qualquer aspecto epidemiológico ou do tratamento das hérnias é 
preciso que você domine alguns conhecimentos anatômicos que farão com que o entendimento da 
formação das hérnias e suas principais características sejam entendidos de uma forma mais fácil. 
Não precisa se desesperar, será algo breve e direcionado.
A região inguinal
Vamos nos atentar primeiro à divisão anatômica e estruturas que fazem parte da região inguinal. 
Esses pontos são importantes tanto para compreender a formação das hérnias na região da 
virilha como suas técnicas de correção. Os pontos mais importantes serão destacados, portanto, 
fique atento!
Camadas da parede abdominal 
Podemos descrever as camadas que compõem a parede abdominal na região da virilha, de fora para 
dentro, da seguinte forma:
A primeira estrutura, obviamente é a pele, mas logo abaixo dela são observados o tecido 
subcutâneo e a fáscia superficial. Essa fáscia é dividida em duas lâminas acima do ligamento 
inguinal: 
1) Lâmina superficial adiposa: Camper
2) Lâmina profunda membranácea: Scarpa 
 
"Doutor, mas e esse caroço na minha virilha?", "Meu umbigo está saltado e aparece uma bola 
quando levanto da cama. É normal?"
Posso apostar que todo médico ou estudante de medicina já examinou um paciente com hérnia, 
seja ela qual for. Esse assunto, assim como acontece na prática, é prevalente nas provas. 
Mas não se preocupe, as questões normalmente são batidas e um domínio básico da anatomia 
da virilha é suficiente para acertar questões consideradas, por muitos, como difíceis. Ao final 
deste material, você deverá ser capaz de descrever algumas estruturas e saber um pouco sobre 
a epidemiologia, epônimos clássicos e o tratamento desta condição. Como o assunto é amplo, 
muitas vezes ele é cobrado em questões de verdadeiro ou falso, portanto, preste bastante atenção 
ao fazê-las. Sem mais demora, vamos ao que interessa!
O que você precisa saber?
Hérnias
4
Ao atravessar as fáscias nos deparamos com os 
grupamentos musculares. A parede abdominal da 
região inguinal é formada por quatro músculos, 
sendo eles: 
1) M. Oblíquo externo
2) M. Oblíquo interno
3) M. Transverso do abdome 
4) M. Reto abdominal
O músculo mais superficial é o oblíquo externo 
e sua aponeurose é a estrutura-chave para 
compreender a formação do ligamento inguinal. 
O ligamento inguinal nada mais é que uma deflexão 
das próprias fibras aponeuróticas do músculo 
oblíquo externo, quando estas se curvam sobre si, 
logo abaixo da espinha ilíaca ântero-superior.
Esse ligamento é uma importante referência anatômica para denominação das hérnias da região da 
virilha, que podem ser divididas em inguinais (quando superiores ao ligamento inguinal) e femorais 
(quando inferiores ao ligamento inguinal). Veja abaixo a relação das estruturas:
Outra estrutura importante para a compreensão das hérnias está localizada na aponeurose do 
oblíquo externo: o anel inguinal superficial, um orifício acima do ligamento inguinal, também chamado 
de anel inguinal externo. O funículo espermático, no homem e o ligamento redondo, na mulher se 
projetam pelo anel inguinal superficial.
Músculos da parede anterolateral - Ponta de seta: note que as fibras do músculo 
oblíquo externo se curvam sobre si e formam o ligamento inguinal. 
Hérnias
5
Você provavelmente lembra do anel inguinal externo no contexto do exame 
físico das hérnias, no qual o examinador introduz seu dedo após invaginar a 
pele do escroto, na tentativa de palpar o saco herniário.
Aprofundando nosso estudo, podemos identificar ainda mais dois músculos, 
o oblíquo interno (e sua aponeurose) e o transverso do abdome. As fibras 
superiores da aponeurose do oblíquo interno, ao se aproximarem da 
região média do corpo, se dividem e envolvem o músculo reto abdominal, 
voltando a se encontrar na linha média, dando origem à famosa linha alba. 
No entanto, o mesmo não acontece com as fibras inferiores da aponeurose, 
que apenas recobrem a face anterior do reto abdominal. 
Como você pode ver na imagem acima, o músculo oblíquo interno e o transverso do abdome 
recobrem parcialmente um tecido fino e frágil que separa as camadas superficiais do abdome da 
gordura pré-peritoneal e do peritônio, a chamada fáscia transversal. 
Assim como na aponeurose do músculo oblíquo externo, na fáscia transversal é possível identificar 
uma estrutura fundamental para o entendimento das hérnias da virilha, o anel inguinal profundo, ou 
anel inguinal interno, formado por uma projeção do conduto peritoneovaginal pela fáscia transversal. 
O trajeto formado entre o anel inguinal externo e o anel inguinal interno é denominado canal inguinal, 
do qual falaremos mais ao longo do texto. 
Exame físico da região inguinal.
Outra estrutura presente na fáscia transversal é a bainha femoral, inferior ao ligamento inguinal, por 
onde passam os vasos femorais, local responsável pela formação das hérnias femorais.
Hérnias
6
A fáscia transversal e a aponeurose do músculo transverso do abdome, junto a sua fáscia, formam 
o famoso trato iliopúbico. Essa estrutura é posterior ao ligamento inguinal e se estende até espinha 
ilíaca ântero-superior, após cruzar os vasos femorais. 
Posteriormente ao trato iliopúbico é possível identificar o ligamento de Cooper (pectíneo), formado 
por uma confluência do periósteo e da fáscia muscular ao longo do ramo superior do púbis. 
Se você está pensando que estamos nos aprofundando muito no assunto, não se engane. Esse 
conhecimento é de extrema importância, porque o ligamento de Cooper forma a face posterior 
do canal femoral e serve como ponto de ancoragem nos reparos laparoscópicos ou abertos. Vale 
ressaltar que em até 75% das pessoas, um ramo da artéria obturadora cruza a margem lateral 
do ligamento e, se lesada durante o procedimento de correção da hérnia, pode dar origem a um 
sangramento abundante.
O triângulo de Hesselbach 
Como você deve lembrar, falamos anteriormente que o músculo oblíquo interno e transverso do 
abdome recobrem parcialmente a fáscia transversal. Esse "parcialmente" está relacionado a uma 
pequena região desta fáscia que permanece desprotegida dos ventres musculares, denominada 
pelos anatomistas como triângulo de Hesselbach.
Preste muita atenção a este termo e suas nuances, pois este é um dos tópicos mais cobrados nas 
provas de residência quanto o assunto é hérnia. Ao final deste texto você deverá ser capaz de 
descrever os limites do triângulo e sua relação com as hérnias diretas e indiretas. 
Hérnias
7
Limite inferior - Ligamento inguinal
Limite medial - Bainha do músculo reto abdominal
Limite supero lateral - Vasos epigástricos inferiores
Para finalizar, levemos para vida: hérnias diretas ocorrem no triângulo de Hesselbach, enquanto 
hérnias inguinais indiretas surgem lateralmente a ele! Veja na imagem abaixo a relação entre as 
estruturas descritas:
Trígono de Hasselbach.
Questão 1: (FMJ - 2019) Os limites do triângulo de Hasselbach são:
A) Ligamento inguinal, fascia transversalis, funículo espermático
B) Ligamento de Cooper, linha pectínea, bainha do reto abdominal
C) Vasos epigástricos inferiores, linha arqueada, espinha ilíaca antero-superior
D) Ligamento inguinal, veia femural, ligamento lacunar
E) Ligamento inguinal, bainha do reto abdominal, vasos epigástricos inferiores
CCQ: Saber os limites do triângulo de Hasselbach.
Muitas questões sobre hérnias são bem diretas. Vale a pena decorar os 3 limites porque são 
frequentemente cobrados. Algumas questões são para nomeá-los, como essa, em outras os 
limites aparecem em afirmativase você deve ficar atento para pequenas trocas que podem 
passar despercebidas, como ser colocado vasos epigástricos “superiores” no lugar de “inferiores”.
GABARITO: Alternativa E.
Hérnias
8
Questão 2: (UFRJ - 2020) O mecanismo fisiopatológico das hérnias inguinais indiretas é:
A) Fechamento do canal de nuck;
B) Inserção alta do tendão conjunto;
C) Persistência do conduto peritoniovaginal;
D) Aumento da pressão intra-abdominal
CCQ: Saber a fisiopatologia das hérnias inguinais.
Essa é uma questão simples de um link mental que você não pode esquecer! As provas 
gostam de explorar a fisiopatologia das hérnias, mas é sempre do mesmo jeito: lembre-se de 
persistência do conduto peritôniovaginal para Hérnia Inguinal Indireta e fraqueza da fáscia 
transversalis no triângulo de Hasselbach em Hérnia Inguinal Direta.
GABARITO: Alternativa C.
O canal inguinal
Acima, falamos um pouco sobre os limites que determinam esta estrutura tão importante para o 
entendimento das hérnias inguinais, mas é preciso saber um pouco mais sobre ela.
O canal tem cerca de 4 cm de comprimento e nada mais é que um ducto oblíquo situado entre o anel 
inguinal profundo (interno) e o anel inguinal superficial (externo). Sua origem decorre do processo 
de embriogênese, quando da descida das gônadas pelo conduto peritoneovaginal. Através dele, 
ocorre a passagem das gônadas (até então abdominais), do funículo espermático no homem, e 
do ligamento redondo do útero , na mulher. 
É importante conhecer quais as estruturas que compõem o funículo espermático, pois este tópico 
é cobrado de forma recorrente nas provas. O funículo é composto pelo músculo cremáster e vasos 
cremastéricos, canal e vasos deferentes e pelo ramo genital do nervo genitofemoral.
Veja agora, topograficamente, como se relacionam os limites do canal inguinal:
• Parede anterior: aponeurose do músculo oblíquo externo;
• Parede posterior: fáscia transversalis;
• Teto ou parede superior: músculo oblíquo interno e transverso do abdome;
• Assoalho ou parede inferior: ligamento inguinal. 
Hérnias
9
Anatomia do canal inguinal.
Patogênese das hérnias inguinais 
As hérnias ocorrem devido à interação entre um fator predisponente (solução de continuidade na 
parede abdominal) e um fator desencadeante (aumento da pressão intra-abdominal), podendo estes 
serem congênitos ou adquiridos. 
As hérnias inguinais indiretas se insinuam pelo anel inguinal interno, atravessam as camadas 
abdominais por meio do canal inguinal, e se pronunciam pelo anel inguinal externo. A patogênese 
das hérnias inguinais indiretas está relacionada ao já comentado conduto peritoneovaginal. 
Normalmente, após a passagem do funículo espermático (no homem) e do ligamento redondo 
(na mulher), esse conduto sofre fibrose e fica obliterado. Em alguns indivíduos isso não ocorre, 
mantendo assim uma comunicação entre a cavidade abdominal e as camadas mais superficiais da 
virilha, predispondo a herniação das estruturas. Vale lembrar que a persistência do conduto pode 
propiciar também o aparecimento de outras patologias, como a hidrocele. 
Persistência do conduto peritoneovaginal
Normal Hérnia inguinal
Hérnia 
inguinoescrotal
Hidrocele 
do funículo 
espermático
Hidrocele 
comunicante
Diferentes anatomias e complicações decorrentes da patência do processo peritoneovaginal. 
Hérnias
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Já quando falamos da patogênese das hérnias diretas, o raciocínio muda um pouco. Você se lembra 
quando citamos uma região importantíssima nas provas, o triângulo de Hasselbach? Então, é agora que 
as coisas começam a ficar mais claras, pois é exatamente neste espaço de fragilidade da fáscia transversal 
que as hérnias diretas se insinuam, deformando a fáscia e adentrando no canal inguinal. 
Muito bem! Para finalizar esta parte mais anatômica da aula vamos falar de outro tópico muito 
cobrado nas provas e que, se explicado antes dessa explanação inicial, poderia causar muitas 
dúvidas: a relação das hérnias diretas e indiretas com os vasos epigástricos inferiores. 
Como dito anteriormente, as hérnias inguinais indiretas se insinuam pelo anel inguinal externo, 
estrutura lateral aos vasos epigástricos inferiores, enquanto as hérnias diretas se insinuam 
pelo triângulo de Hasselbach, estrutura medial e inferior aos mesmos vasos. Portanto, fica fácil 
compreender agora porque as hérnias diretas podem ser consideradas mediais e inferiores aos 
vasos epigástricos inferiores e as hérnias indiretas consideradas laterais aos mesmos.
Epidemiologia das hérnias
Agora que você já conhece bem a anatomia da região da virilha e seus principais referenciais, 
podemos falar um pouco mais da epidemiologia das hérnias dessa região e outros tópicos muito 
cobrados em prova.
Ainda que as hérnias sejam mais comuns em homens, quando falamos do total de casos, independente 
de idade ou sexo, as hérnias prevalentes são as inguinais indiretas, geralmente ocorrendo à direita.
Já as hérnias umbilicais e femorais são mais comuns no sexo feminino. No entanto, fique atento, 
ainda que estas ocorram mais nas mulheres, as hérnias inguinais continuam sendo as mais 
prevalentes nas mulheres! 
De forma semelhante, ainda que as hérnias femorais tenham maiores chances de estrangulamento 
(sofrimento vascular do conteúdo herniário), as hérnias inguinais continuam sendo as que mais 
estrangulam, já que, devido à prevalência, o número de casos é bem maior.
Diagnóstico 
História clínica clássica 
A história clássica é de abaulamento na região acometida, geralmente na região inguinal. 
O abaulamento pode ser fixo ou ocorrer após algum esforço, que acarreta aumento da pressão intra-
abdominal e protrusão das alças intestinais pelo defeito. 
Se identificamos um abaulamento abaixo do ligamento inguinal, podemos pensar em uma 
hérnia femoral.
Algumas vezes, as hérnias podem se apresentar de forma muito mais aguda, como nos casos de 
obstrução intestinal ou mesmo encarceramento e estrangulamento das alças intestinais, em que a 
queixa de dor inguinal intensa é frequente. Veremos um pouco mais sobre esses cenários adiante.
Hérnias
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Podemos elencar ainda alguns diagnósticos diferenciais para tumorações em virilha, como: hidrocele, 
varicocele, testículo ectópico, torção testicular, hematoma, linfoma, linfadenopatia inguinal, aneurisma 
de artéria femoral, hidradenite, entre outros.
Exame físico
O exame físico das hérnias inguinais envolve uma manobra bem simples. O examinador deve 
introduzir seu indicador no canal inguinal, através do anel inguinal externo, invaginando a pele 
escrotal e solicitar que o paciente realize a manobra de Valsalva (expiração forçada contra 
resistência). Esse exame deve ser realizado com o paciente em decúbito e em ortostase.
Agora que você conhece o processo de patogênese das hérnias inguinais fica fácil compreender os 
achados deste exame. Como dissemos, as hérnias indiretas atravessam as camadas da virilha pelo canal 
inguinal e se pronunciam pelo anel inguinal externo. Fica fácil entender, então, que essas hérnias tocarão 
a ponta do dedo do examinador durante a manobra, já que este se situa dentro do canal inguinal. 
Já quando falamos das hérnias diretas, que se insinuam e adentram no canal inguinal pela deformação 
da fáscia transversal, estas tocarão o dorso ou a polpa do dedo do examinador. 
Questão 3: (SMS - SP - 2017) Paciente do sexo masculino, 35 anos, frentista, vem para consulta 
em unidade de pronto-atendimento com queixa de dor em região inguinal direita, com piora 
aos esforços há 3 meses, dificultando suas atividades no trabalho. No exame físico apresenta 
abaulamento redutível, sentido na ponta do dedo do examinador. O diagnóstico e a conduta a 
ser adotada frente aos achados de história e exame físico são, respectivamente:
A) Hérnia inguinal direta, analgesia e encaminhamento para tratamento cirúrgico de urgência.
B) Hérnia inguinal direta, anti-inflamatório não hormonal e cirurgia eletiva.
C) Hérnia inguinal direta, analgesia e encaminhamento de cirurgia eletiva.
D)Hérnia inguinal indireta, analgesia e encaminhamento para cirurgia de urgência.
E) Hérnia inguinal indireta, analgesia e encaminhamento para cirurgia eletiva.
CCQ: Saber como identificar a hérnia a partir do exame físico e a conduta a seguir.
O quadro clínico de hérnia é bastante clássico, então você deve ficar atento aos detalhes da 
descrição do exame físico para poder definir o diagnóstico e a conduta correta. Para identificar 
o tipo de hérnia, repare na descrição do local do abaulamento (ex: abaixo do ligamento inguinal 
- Femoral), ou se há alguma estrutura envolvida na hérnia (ex: apêndice - hérnia de Amyand), 
se é lateral ou medial aos vasos epigástricos inferiores ou, pelo exame físico, se toca a ponta 
ou a polpa do dedo. Além disso, sinais vitais, sinais de encarceramento, distensão, peritonite 
também devem ser levados em conta para definir a conduta. A forma de cobrar é sempre a 
mesma, vão mudar só os detalhes.
GABARITO: Alternativa E.
Hérnias
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Apresentações clínicas
Os principais termos utilizados para definir a apresentação clínica de uma hérnia são:
• Redutível: saco herniário é facilmente reduzido;
• Encarceradas: saco herniário não é facilmente reduzido;
• Estranguladas: sofrimento vascular do conteúdo herniário;
• Obstruídas: saco herniário aprisionado ocasionando obstrução do trânsito intestinal.
Mas você pode pensar: qual a diferença entre uma hérnia encarcerada e estrangulada? Pois bem, 
para não deixar dúvidas vamos falar um pouco mais destes dois cenários que, juntos à obstrução 
intestinal, são as principais complicações de uma hérnia.
As hérnias encarceradas são aquelas em que o conteúdo do saco herniário não reduz 
espontaneamente, mas nesta não há sinais de isquemia e sofrimento vascular. Já as hérnias 
estranguladas são aquelas em que o encarceramento da hérnia está associado à isquemia 
importante e sofrimento vascular, manifestando-se com cianose do saco herniário, dor abdominal 
importante e sinais de comprometimento sistêmico.
Exames complementares
O diagnóstico de uma hérnia é majoritariamente clínico. No entanto, se há dúvida diagnóstica, a 
ultrassonografia abdominal pode ser utilizada, tendo boa sensibilidade e especificidade no diagnóstico 
de hérnias ocultas, diretas, indiretas e femorais. A tomografia computadorizada do abdome e pelve 
pode ser útil para o diagnóstico de hérnias obscuras e incomuns, bem como na investigação de 
massas atípicas da região da virilha. 
Classificação
A classificação de Nyhus para hérnias inguinais é simples e precisa ser decorada, pois, questões 
sobre este tópico chovem nas provas de residência. O tipo II costuma ser o mais cobrado 
e serve de referencial para entender e simplificar a memorização do resto da classificação. 
Apesar disso, aqui, não tem jeito, você precisa saber a classificação toda para ganhar pontos 
fáceis nas provas!
Hérnias
13
Questão 4: (INTO - 2019) Na classificação de Nyhus, a hérnia inguinal que apresenta 
defeito na parede posterior e está localizada lateralmente aos vasos epigástricos inferiores 
é do tipo.;
A) IV B) III B C) II A D) III A E) III C
CCQ: Saber a classificação de Nyhus e as características 
anatômicas que diferenciam as hérnias inguinais.
A classificação de Nyhus é uma decoreba que vale a pena ter na ponta da língua porque ela 
é cobrada de forma muito simples e direta: é descrita a hérnia e você marca a alternativa 
correspondente à classificação, como nessa questão. Outra coisa que as bancas amam 
cobrar é caracterizar a hérnia a partir da sua relação com os vasos epigástricos inferiores. 
Você deve saber que a hérnia indireta está fora do triângulo de Hasselbach, portanto, lateral 
aos vasos, enquanto a Direta estará medial a eles. Sabendo esses conceitos, essa questão 
se torna muito simples.
GABARITO: Alternativa B.
Tratamento
Tratamento Eletivo
O tratamento de uma hérnia dependerá de sua apresentação clínica. Em pacientes idosos 
assintomáticos ou com sintomas mínimos, o cirurgião pode optar por realizar vigilância ativa com 
seguimento do paciente.
Tipo I Indireta com anel inguinal interno normal (ex. hérnias pediátricas)
Tipo II Indireta com anel inguinal interno alargado (parede posterior intacta e vasos epigástricos inferiores não deslocados)
Tipo III
Defeito na parede posterior: a- direta; b- indireta (anel inguinal interno dilatado com 
invasão dos limites mediais ou com destruição da fáscia transversalis do triângulo 
de Hasselbach); c- femoral
Tipo IV Recidivada: a- direta; b- indireta; c- femoral; d- mista.
Hérnias
14
Questão 5: (SUS - SP - 2018) Um homem de 72 anos notou discreto abaulamento na região 
inguinal esquerda, há três meses. Não tem história de dor no local nem outras queixas ou sintomas. 
Seu hábito intestinal é normal e não tem antecedentes cirúrgicos. Também não tem sintomas que 
sugiram prostatismo. É hipertenso controlado e não tem outras morbidades. Vive sozinho e trabalha 
3 vezes por semana como voluntário em um hospital universitário. Um cirurgião o examina e faz o 
diagnóstico de hérnia inguinal e recomenda apenas observação. Essa conduta é
A) cabível, pelo quadro clínico, a menos que o paciente se torne sintomático.
B) equivocada, pela história natural das hérnias.
C) inadequada, por conta da possibilidade de hérnia crural concomitante.
D) inaceitável, dada a idade do doente.
E) contraindicada, pelo elevado risco de obstrução intestinal.
CCQ: Saber a conduta em hérnia inguinal assintomática.
As bancas adoram fugir da decoreba colocando um quadro clínico e pedindo a conduta, que 
é uma maneira comum de as hérnias serem cobradas. Elas podem aparecer em qualquer 
faixa etária, e diferem de lactentes que vamos tratar o quanto antes. Em pacientes idosos 
e assintomáticos, pode-se fazer apenas acompanhamento ambulatorial, desde que eles 
permaneçam assintomáticos. É importante que você saiba quando indicar observação, cirurgia 
eletiva e cirurgia de urgência ou emergência. 
GABARITO: Alternativa A.
Tratamento cirúrgico - Reparos anteriores 
O acesso anterior é o mais utilizado no reparo das hérnias inguinais, sendo descritas várias técnicas que 
utilizam a via de inguinotomia. Nas hérnias redutíveis, a correção cirúrgica deve ser feita de forma eletiva. 
Se você quer gravar um tipo de cirurgia para a sua prova, guarde a técnica de Lichtenstein 
(em que a parede posterior é reforçada com uma tela), ela sempre é cobrada. Trata-se de uma 
técnica livre de tensão, que pode ser utilizada até mesmo em hérnias recidivadas. A tela é presa ao 
tecido aponeurótico recobrindo assim o tubérculo púbico, sendo empregada uma sutura contínua. 
No entanto, algumas provas podem tentar inovar e perguntar sobre técnicas que envolvem tensão, 
mais utilizadas em hérnias femorais. Para estas, guarde a técnica de McVay. 
Lembra que comentamos sobre o ligamento de Cooper? É aqui que as bancas falam dele! 
No reparo de uma hérnia pela técnica de McVay, é realizada a reconstrução da parede e sutura do 
arco aponeurótico do músculo transverso ao ligamento de Cooper.
Essa técnica não é utilizada apenas em reparos de hérnias femorais. No entanto, as questões de 
prova normalmente citam a associação desta com as hérnias femorais, já que a técnica não é a 
primeira opção em hérnias diretas e indiretas. 
Hérnias
15
Questão 6: (SCM-BM - 2019) Qual das técnicas de reparo da Hérnia inguinal é livre de tensão:
A) Bassini.
B) Shouldice.
C) McVay.
D) Lichtenstein.
E) Ligamento de Cooper
CCQ: Saber as principais técnicas de correção de hérnia.
Eu sei, mais nomes para decorar. Mas é mais um conteúdo que as provas adoram cobrar. 
Sobre a técnica cirúrgica, algumas cobram apenas o nome da melhor técnica para certo 
tipo de hérnia, outras colocam a descrição da técnica ou sua característica principal e você 
deve saber fazer a associação. Saber quais são livres de tensão, quais usam ou não tela é 
importante. Às vezes, se pergunta apenas sobre a cirurgia, a melhor via e se deve fazer 
uso de tela ou não. Raramente se pergunta sobre as complicações.Foque em identificar e 
indicar corretamente a técnica.
GABARITO: Alternativa D.
Tratamento de Hérnias Complicadas
Se a hérnia estiver encarcerada, após a realização da redução por manobras e analgesia, a correção 
cirúrgica deve ser realizada o mais rápido possível. Um tempo de encarceramento superior a 8 horas 
contraindica a tentativa de redução manual, pois há grandes chances de algum grau de sofrimento 
vascular das alças ter ocorrido (há questões sobre isso!). 
Em casos de estrangulamento definido, a hérnia 
não deve ser reduzida, já que o conteúdo herniário 
necrosado pode acabar perfurando e causar, assim, 
uma peritonite ao ser reduzido. O tratamento deve 
ser feito de forma emergencial através de uma 
inguinotomia ou laparotomia, nos casos associados 
à peritonite difusa.
Um cuidado redobrado deve ser tomado durante a 
indução anestésica destes indivíduos para evitar a 
redução espontânea do saco herniário. A viabilidade 
das alças deve ser sempre avaliada e a correção 
do defeito, se possível, deve ser realizada logo no 
mesmo tempo cirúrgico. Nos casos com sofrimento 
vascular evidente das alças, o cirurgião deve realizar 
a enterectomia do segmento acometido. Alça intestinal com sofrimento vascular e necrose.
Hérnias
16
Questão 7: (HIAE - 2019) Uma senhora de 60 anos, diabética, obesa, tabagista ativa, procurou 
atendimento de urgência por dor abdominal há 3 dias. Nega outras comorbidades. Refere que não 
evacua há 3 dias e apresentou 1 episódio de vômito pela manhã. Não teve febre nem outros sintomas. 
Na triagem inicial pela enfermagem, apresentava: PA: 130 × 90 mmHg, FC: 110 bpm e glicemia 
capilar: 230 mg/dL. Em região inguinal direita, você palpa endurecimento logo abaixo do ligamento 
inguinal. É nesse ponto que a paciente refere maior dor. O abdome está distendido e é difusamente 
doloroso, embora não tenha sinais de irritação peritoneal. Você faz diagnóstico de abdome agudo. 
Tipo de abdome agudo (diagnóstico sindrômico), diagnóstico etiológico e melhor conduta:
A) Obstrutivo - Hérnia femoral encarcerada - Inguinotomia e plug femoral.
B) Obstrutivo - Hérnia inguinal encarcerada - Inguinotomia e hernioplastia à Lichtenstein.
C) Obstrutivo - Hérnia inguinal encarcerada - Laparotomia infraumbilical e hernioplastia à Stoppa.
D) Inflamatório - Apendicite aguda - Tomografia de abdome e pelve.
E) Inflamatório - Apendicite aguda - Apendicectomia por videolaparoscopia.
CCQ: Saber diagnosticar hérnia encarcerada e definir a conduta.
Essa questão é bem completa para entendermos como as bancas podem cobrar a hérnia 
encarcerada. Algumas podem optar pela questão mais direta, pedindo apenas conduta em 
hérnia encarcerada, mas muitas preferem apresentar um quadro clínico de abdome agudo 
obstrutivo com sinais de encarceramento e estrangulamento que você deve saber identificar 
e diferenciar para definir a conduta correta, como abaulamento irredutível, peritonite, piora 
do estado geral. Nesses casos, a preocupação é o sofrimento da alça, e deve-se correr 
contra o tempo, o que torna a cirurgia uma conduta de urgência.
GABARITO: Alternativa A.
Hérnias na infância
Ainda que as hérnias inguinais sejam as mais prevalentes na infância, as hérnias umbilicais ganham 
destaque nesta faixa etária, principalmente nas provas. Apesar de poderem ter origem adquirida em 
adultos, nas crianças, a maior parte das hérnias umbilicais têm origem congênita. 
Elas são mais comuns em negros e, em sua maioria, regridem espontaneamente até os 6 anos. 
Contudo, algumas bancas costumam cobrar os critérios para intervenção cirúrgica destas hérnias, 
portanto você deve conhecê-los:
Hérnia > 1,5 cm ou 
Hérnia em > 6 anos 
Hérnia umbilical associada à hérnia inguinal
Hérnias
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Vale lembrar que as hérnias inguinais na infância devem ser operadas de forma eletiva, o mais rápido 
possível, não devendo aguardar nenhuma idade específica como acontece com a hérnia umbilical.
Hérnia umbilical pediátrica.
Questão 8: (PUC-RS- 2019) Menino de 3 meses de vida, com história de prematuridade, 
apresenta um abaulamento na região inguinal direita quando chora e, quando está calmo, 
desaparece. Ao exame, apresenta hérnia inguinal à direita, redutível e com ambos os testículos 
palpáveis na bolsa escrotal. Em relação ao caso, afirma-se: I. O aparecimento da hérnia inguinal 
é mais frequente em crianças do sexo feminino. II. A frequência da hérnia inguinal é menor 
em recém-nascidos prematuros do que em a termo pequenos para idade gestacional. III. 
Está indicado o tratamento cirúrgico. Está/Estão correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
A) I.
B) III.
C) I e II.
D) II e III.
CCQ: Saber a epidemiologia e condutas em hérnias na faixa pediátrica.
Hérnia é um assunto que muitas vezes é explorado nas questões de pediatria porque pode 
se tratar de um defeito congênito. As perguntas podem ser diretas sobre epidemiologia 
e diagnóstico, mas algumas bancas vão colocar um quadro clínico e pedir a conduta. 
Lembre-se que, na maioria das vezes, “hérnia inguinal diagnosticada é hérnia inguinal 
tratada” com cirurgia e o quanto antes pelo maior risco de encarceramento. E cuidado 
para não confundir com hérnia umbilical, porque a conduta é diferente e é exatamente por 
isso eles podem tentar enganar você!
GABARITO: Alternativa B.
Hérnias
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Questão 9: (USP-RP - 2017) Menino, prematuro de 32 semanas, com uma semana de vida, 
internado em CTI neonatal por desconforto respiratório, sedado e em ventilação mecânica, apresenta 
abaulamento inguinal bilateral recorrente, principalmente quando superficializa e faz esforço abdominal. 
Quando sedado o abaulamento desaparece. Em algumas ocasiões tem sido difícil a redução do 
abaulamento (conforme imagem do caderno de questões). Qual a melhor conduta?
A) Corrigir a hérnia assim que a criança estiver 
em melhores condições clínicas, antes da alta 
hospitalar.
B) Orientar os pais quanto ao risco de 
encarceramento e aguardar a idade de 6 meses 
para correção cirúrgica, pois o risco anestésico é 
grande antes dessa idade.
C) Cirurgia de urgência, pois a hérnia inguinal, 
em recém-nascidos prematuros, apresenta 
maior risco de encarceramento.
D) Aguardar a idade de 1 ano para correção 
cirúrgica, pois hérnia em crianças prematuras 
tende a desaparecer no primeiro ano de vida.
CCQ: Saber a conduta de hérnia inguinal em recém-nascidos e lactentes.
Essa é uma questão que ilustra como as bancas podem cobrar hérnias através de casos 
clínicos, fugindo de questões diretas e decorebas, e exigindo um pouco de raciocínio para 
favorecer os candidatos que entendem e não só decoram. O conteúdo cobrado, porém, é 
clássico. Nesse caso, além de saber que o tratamento cirúrgico é necessário, deve-se entender 
que ele é feito o quanto antes pelo risco de encarceramento e, já que se trata de uma hérnia 
não complicada, deve-se priorizar a estabilização clínica do recém-nascido antes de operá-lo. 
Entender a conduta em hérnias inguinais na faixa pediátrica é muito importante!
GABARITO: Alternativa A.
Hérnias Incisionais
São hérnias adquiridas, ocorrendo tipicamente após incisões cirúrgicas, resultado de uso de tensão excessiva 
e cicatrização inadequada da ferida operatória. São mais comuns em mulheres, e estão relacionadas a 
fatores de risco como: obesidade, idade avançada, ascite, desnutrição, gravidez, apneia do sono, doença 
pulmonar obstrutiva crônica, diabetes mellitus, uso de agentes quimioterápicos e corticosteroides. 
Uma atenção especial deve ser dada às infecções de ferida operatória, muitas vezes colocada pelas bancas 
como um fator causal associado às hérnias. Não constam evidências conclusivas sobre a sutura e incisão. 
Hérnias
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Assim como vimos nas hérnias inguinais, aqui o diagnóstico também é clínico, sendo os exames 
complementares reservados para casos complicados ou com apresentações incomuns. 
Estes pacientes podem apresentar algum grau de disfunção respiratória devido à presença de um 
defeito ventral, que pode cursar com movimento respiratório abdominal paradoxal.O retorno do conteúdo herniário durante o reparo deve ser feito com cuidado, pois pode causar 
aumento da pressão intra-abdominal (PIA), provocando síndrome compartimental abdominal ou até 
insuficiência respiratória aguda!
O tratamento das hérnias incisionais é guiado pelo seu tamanho:
• Hérnias pequenas (≤ 2-3 cm): se houver tecido adjacente viável, ou ainda se a hérnia for 
resultado de um erro técnico (falha na sutura prévia), podemos fechar de forma primária.
• Hérnias grandes (> 2-3 cm): reparo com uso de prótese, pelo risco elevado de recidiva com 
fechamento primário.
Epônimos e outras hérnias
Infelizmente algumas provas insistem em abordar tipos especiais de hérnias através de epônimos, 
na maioria das vezes, bem complicados. A maior parte delas irá cobrar hérnias que contêm 
alguma estrutura em seu interior, ou que ocorrem em outras partes da parede abdominal (em que 
a aponeurose e a fáscia não são recobertas por músculo estriado). Se quiser decorar alguma, se 
concentre nas mais cobradas: 
Hérnia de Richter Contém a borda antimesentérica da alça.
Hérnia de Littré Contém um divertículo de Meckel.
Hérnia de Amiand Contém o apêndice.
Hérnia de Spiegel Ocorre na linha semilunar, no nível da linha arqueada de Douglas.
Hérnia de Grynfelt Trígono lombar superior, hérnia lombar congênita mais comum.
Hérnia de Petit Trígono lombar inferior.
Hérnia de Bochdalek Diafragmática posterior.
Hérnia de Morgagni Hérnia de Morgagni (diafragmática anterior)
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Hérnias
Tipos de hérnias da parede abdominal.
Questão 10: (FMC - 2019) Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a frase 
abaixo. A presença do apêndice cecal em um saco herniário é conhecida como hérnia de…
A) Grynfelt. B) Petit. C) Litre. D) Amyand. E) Macvay.
CCQ: Saber os principais epônimos das hérnias.
Eu sei que esses nomes estranhos assustam, mas por alguma razão as bancas amam 
epônimos das hérnias. Todo ano cai em alguma: é dada a descrição do local ou conteúdo da 
hérnia e você deve marcar o epônimo correto, sendo que geralmente todas as alternativas 
contêm epônimos de hérnias. Então, você realmente tem que saber qual é qual. Outra forma 
de cobrar o tema é por meio de uma foto mostrando a localização da hérnia ou por um quadro 
clínico (ex: quadro de hipoplasia pulmonar cobrando hérnia diafragmática de Bochdaleck). 
Saber os epônimos pode garantir uma questão para você, então, invista nos flashcards e 
não vá para a prova sem sabê-los!
GABARITO: Alternativa D.
#JJTOP3
1 Saber os principais achados radiológicos da síndrome de obstrução intestinal.
2 Saber diferenciar as principais condições que cursam com obstrução intestinal.
3 Tratamento das diversas causas de obstrução intestinal. 
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