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AULA 2-DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA

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1 SARA ESPELHO STORCH 
DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA “INSUFICIÊNCIA CORONARIANA” 
Doença Arterial Coronariana (DAC) : Doença arterial coronariana é um processo de obstrução da luz das artérias 
coronárias por ATEROSCLEROSE, caracterizada por depósito de placa de gordura (ateroma) no ENDOTÉLIO das 
coronárias, associado ao PROCESSO INFLAMATÓRIO local, que pode levar a uma obstrução do vaso e interrupção 
total (necrose) ou parcial (isquemia) do fluxo sanguíneo ao músculo do ventrículo esquerdo. 
**Paciente que tem DAC, se não tratado vai progride para isquemia. Porém, ter DAC não significa ter isquemia. A 
angina é uma manifestação clínica da isquemia, quando o paciente tem angina, o diagnóstico é fácil, significa que 
o paciente tem DAC. Nem toda DAC vai levar à insuficiência, mas toda insuficiência é consequência de uma DAC. 
Estatina para o paciente, com a função de: reduzir o LDL que se deposita nas artérias e efeito pleiotrópico 
(estabiliza a placa de ateroma), desinflama. Todo paciente que tenha DAC, tem que utilizar estatina, a não ser que 
ele tenha alguma contra indicação. Aquele paciente que não puder tomar, vai morrer mais cedo, seja por um 
evento cerebral ou coronariano. 
INSUFICIÊNCIA CORONARIANA: síndrome causada quando há desequilíbrio entre a oferta e consumo de O2 ao 
miocárdio o que leva a isquemia do miocárdio (obstrução de aproximadamente 70%). Quando há esse 
desequilíbrio há isquemia. Pode se traduzir clinicamente com dor, mas é possível que seja assintomática. Nesses 
casos pode haver alterações elétricas (detectada pelo ECG), perfusão (gera necrose) e/ou contratilidade 
(detectada pelo ECO, ressonância e cintilografia). Ela é uma consequência da DAC. 
DAC x Insuficiência Coronariana: quando lesão dentro da coronária é tão importante que prejudica o miocárdio. 
Dessa forma toda insuficiência coronariana possui como base uma DAC, mas nem toda DAC está com insuficiência 
coronariana. 
Tenho que ter um equilíbrio entre oferta x consumo. Gera insuficiência coronariana quando tem aumento do 
consumo. Isquemia é um desequilíbrio entre a OFERTA e o CONSUMO de O2 ao miocárdio. Para tratar a isquemia 
é necessário melhorar a oferta e diminuir o consumo. 
 
CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA CORONARIANA 
Obstrutiva 
o ATEROSCLEROSE 
o Embolia coronária 
o Dissecção da coronária 
o Arterites (LES, PAN,Sífilis) 
o Radiação 
o Hipercoagubilidade 
Não obstrutiva 
o Anomalias congênitas das artérias 
coronárias 
o Espasmo coronário 
o HVE 
o Eao 
o Doença pequenos vasos (DM, MHC) 
o Tóxicos (cocaína, anfetamina) 
 
2 SARA ESPELHO STORCH 
 
ATEROESCLEROSE: Formada por= 
o Núcleo Lipídico: formado pelas células espumosas que são formadas por macrófagos que captaram o LDL 
o Capa Fibrosa: formada a partir da matriz extracelular que é formada pelo mm. liso do endotélio. 
A capa protege, e quanto menor a capa e maior o núcleo, pior é o prognóstico. Se tiver capa fibrosa boa é melhor 
para o paciente. Infarto ocorre a partir do momento em que a capa de rompe e atrai as plaquetas, forma trombo. 
Para evitar isso, paciente deve ter dieta saudável, utilizar estatina para reduzir o LDL, controlar HAS e DM. 
Paciente com DAC pode ter: 
o Com isquemia: Isquemia silenciosa; equivalente isquêmico; angina estável/instável 
o Sem isquemia 
RISCO CARDIOVASCULAR: Estimativa do risco de DAC→fatores de risco + fatores agravantes ou exames 
complementares. 
FATORES DE RISCO 
 Fatores de risco tradicionais 
o Sexo (↑Homem) / Idade (score de risco) 
o Dislipidemia 
o Tabagismo 
o Síndrome matabólica (DM é o pior fator de 
risco) 
o Hipertensão arterial 
o História familiar de DAC precoce 
Fatores Secundários 
o Homocisteína 
o Lipoproteína A 
o Alguns marcadores inflamatórios (PCR ultra-
sensível) 
o Função fibrinolítica 
o Infecção 
Efeito sinérgico dos Fatores de Risco: quando se têm mais de um fator de risco eles são potencializados. 
PCR ultra-sensível:A dosagem imunoquímica do PCR-us reclassifica indivíduos de risco intermediário para uma 
categoria superior, quando seus níveis são elevados (PCR-us > 2 mg/L). Embora esta atualização não utilize fatores 
agravantes de risco para reclassificação do risco, o aumento de PCR-Us sugere a necessidade de intensificar o 
tratamento hipolipemiante. Não é recomendada sua dosagem com finalidade de estratificação de risco em 
indivíduos com doença aterosclerótica manifesta ou subclínica, nos diabéticos e naqueles de alto risco 
cardiovascular global, embora possa acrescentar informação prognóstica nestes indivíduos. 
Interpretação dos valores, quando excluídas causas inflamatórias, infecciosas ou imunes de elevação de PCR-us: 
o Baixo risco: < 1mg/L. 
o Médio risco: 1 a 2 mg/L. 
o Alto risco: > 2mg/L. 
o Muito alto risco: ≥ 10mg/L 
Recomendação: a dosagem da proteína C-reativa ultrassensível pode ser empregada na estratificação de risco 
cardiovascular e possui capacidade de reclassificação nos indivíduos de risco intermediário (Grau de 
Recomendação: IIa; Nível de Evidência:A). 
CALCULADORA DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR 
o Presença de doença arteriosclerótica significativa (coronária, cerebrovascular, vascular periférica), com 
ou sem eventos clínicos prévios ou obstrução maior ou igual a 50% em qualquer território arterial? 
→RISCO MUITO ALTO 
o Portador de Diabetes Mellitus tipo 1 ou tipo 2? → RISCO ALTO 
o Portador de aterosclerose na forma subclínica documentada por metodologia diagnóstica ou aneurisma 
de aorta abdominal ou doença renal crônica definida por taxa de filtração glomerular menor que 60 
ml/min, e em fase não-dialítica ou LDL maior ou igual a 190 mg/dl? →RISCO ALTO 
 
3 SARA ESPELHO STORCH 
 
ESCORE DE RISCO GLOBAL: Estima o risco de infarto do miocárdio, AVC, ou insuficiência cardíaca em 10 anos. 
o Sexo 
o Idade 
o PAS (pressão arterial sistólica) 
o PAS tratada 
o Fumo 
o Toma estatina 
o CT 
o HDL-C 
ISQUEMIA: Paciente que tem insuficiência coronariana. As placas de ateroma vão crescendo ao longo da vida. 
Enquanto a placa não causa danos ao paciente, a DAC é chamada de estável. A partir de 70% de obstrução é 
chamada de DAC instável ou significativa, aqui surge a isquemia. Na 4ª década de vida, a placa pode obstruir quase 
70% do vaso, se essa placa for instável pode ocorrer à formação de um coágulo, e o paciente vai enfartar. Quanto 
mais a placa cresce, mais instável ela fica. É uma DAC que leva aproximadamente 40 anos para virar uma 
insuficiência coronariana. 
APRESENTAÇÕES CLÍNICAS 
o ISQUEMIA SILENCIOSA: alterações da PERFUSÃO, FUNÇÃO ou ATIVIDADE ELÉTRICA do miocárdio 
1. ECG / Holter 24 hrs 
2. Testes Provocativos de Isquemia positivo para isquemia 
I. Teste Ergométrico 
II. Cintilografia Perfusão 
Miocárdica 
III. RNM 
IV. Ecocardiograma com stress 
3. Ecocardiograma transtorácico 
**Interessante realizar em pacientes de alto risco cardiovascular, pois pode estar tendo uma isquemia silenciosa. 
O teste mais utilizado é o ergométrico. Se o teste der positivo, tem isquemia. 
o EQUIVALENTES ISQUÊMICOS: Paciente que possui insuficiência coronariana, mas não tem angina. 
Comum em pacientes revascularizados, sexo feminino, idosos e diabéticos, “epigastralgia, náuseas, 
vômitos, sudorese ou dispneia” 
o ANGINA ESTÁVEL: Insuficiência coronariana manifesta. Dor ou desconforto em quaisquer das seguintes 
regiões: tórax, epigástrio, mandíbula, ombro, dorso ou membros superiores. É tipicamente desencadeada 
ou agravada com a atividade física ou estresse emocional, e atenuada com uso de nitroglicerina e derivados 
ou repouso. 
Obs: Se o paciente falar o local que está doendo, não é angina. Dor anginosa não tem localização. Uma dor no peito 
nem sempre é angina, pode ser refluxo gastresofágico, pneumotórax, dissecção de aorta, pneumonia, herpes 
zoster. 
o ANGINA INSTÁVEL: mesma características, mas não melhora no repouso ou com nitrato e dura mais que 
20 min. 
DOR ANGINOSA 
✓ Localização: dorprecordial, retroesternal, epigástrica. 
✓ Tipo: aperto, peso, opressiva ou queimação. 
✓ Irradiação: MSE, MSD, dorso, mandíbula inferior. 
✓ Tempo de duração: até 20 minutos (estável)/ > 20 minutos (instável). 
✓ Fatores desencadeantes: esforço e estresse emocional/repouso. 
✓ Fatores de melhora: repouso, nitrato. 
✓ Sintomas concomitantes: sudorese, náusea, vômito, palidez, dispneia, síncope. 
o INFARTO DO MIOCÁRDIO: Com supra desnivelamento do ST ou Sem supra desnivelamento do ST 
 
 
4 SARA ESPELHO STORCH 
GRADUAÇÃO DA ANGINA 
 
o Classe I: aos esforços físicos prolongados e intensos. >3 lances de escada 
o Classe II: discreta limitação. Ocorre após andar dois quarteirões ou subir 2 lances de escada 
o Classe III: limitação das atividades físicas habituais. 1 lance de escada 
o Classe IV: incapacidade de realizar qualquer atividade habitual sem desconforto, pode ser até no 
repouso. 
O que fazer com as anginas estáveis? 
1) Estimar a probabilidade de DAC : 
a. Se < 10% --baixo risco 
b. Se entre 10 e 90% - risco intermediário 
c. Se > 90% - alto risco 
2) Definir diagnóstico ou descartar DAC 
a. BAIXO RISCO → procurar causa não coronariana 
b. MODERADO RISCO → Teste provocativo de isquemia e exames complementares. 
c. ALTO RISCO→ cineangiocoronariografia. 
 
1º número se refere a possibilidade de ter DAC sem fatores 
de risco significativo 
2º número se refere a possibilidade de ter DAC com fatores 
de risco significativo

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