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A Psicologia Frente aos Desafios do Envelhecimento: O idoso no mercado de trabalho contemporâneo. Psychology Facing the Challenges of Aging: The Elderly in the Contemporary Job Market. Gerlâne de Lira Oliveira – Centro Universitário Maurício de Nassau Kamilla Larissa da Silva Nascimento – Centro Universitário Maurício de Nassau Orientadora: Msc. Rita de Cássia Román da Porciúncula – Centro Universitário Maurício de Nassau 2 A Psicologia Frente aos Desafios do Envelhecimento: O idoso no mercado de trabalho contemporâneo Gerlâne de Lira Oliveira – UNINASSAU Kamilla Larissa da Silva Nascimento – UNINASSAU * Rita de Cássia Román Porciúncula – UNINASSAU ** Resumo A velhice por muito tempo foi compreendida como a idade das perdas, doenças, da decadência física, mental, e pela falta de papéis sociais. Porém no contexto atual essa visão passa a mudar. Através de uma revisão bibliográfica buscou-se compreender o papel da psicologia frente aos desafios do envelhecimento populacional, e o mercado de trabalho para o idoso, com o objetivo de compreender quais os benefícios psicológicos, e os impactos sociais do idoso se manter trabalhando. Esta pesquisa ocorreu no período de fevereiro de 2019 a novembro de 2019. O estudo foi embasado por artigos, teses e dissertações, dos bancos de dados: Scielo, Google Acadêmico, IBGE, BDTD, IPEA, PEPISC, e livros disponíveis na biblioteca da Faculdade Maurício de Nassau. Com a compreensão do envelhecimento como um processo, e o lugar que o idoso ocupa hoje no mercado de trabalho, foi possível compreender os benefícios desta permanência. Benefícios esses que melhoram a qualidade de vida do idoso, e beneficiam também a sociedade. Palavras-chave: Psicologia do envelhecimento, envelhecimento da população, mercado de trabalho atual. Abstract Old age has long been understood as the age of loss, disease, physical, mental decay, and lack of social roles. But in the current context this view changes. Through a literature review, we sought to understand the role of psychology in face of the challenges of population aging, and the job market for the elderly, in order to understand what the psychological benefits and social impacts of the elderly keep working. This research took place from February 2019 to November 2019. The study was based on articles, theses and dissertations, from databases: Scielo, Google Scholar, IBGE, BDTD, IPEA, PEPISC, and books available at the Faculty library. Mauritius from Nassau. With the understanding of aging as a process, and the place that the elderly occupy today in the job market, it was possible to understand the benefits of this permanence. These benefits improve the quality of life of the elderly, and also benefit society. Keywords: Aging psychology, ageing population, current job market. Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário Mauricio de Nassau – Endereço eletrônico: lanny_lira@hotmail.com; kamilamell@hotmail.com ** Graduada em Psicologia, Mestre em Psicologia e Professora da Instituição Endereço eletrônico: ritacrp2006@gmail.com mailto:lanny_lira@hotmail.com mailto:kamilamell@hotmail.com mailto:ritacrp2006@gmail.com 3 1. Introdução Por muito tempo a velhice foi compreendida como a idade das perdas, doenças, da decadência física, mental, e pela ausência de papéis sociais. Devido a essas questões com o avançar da idade, o idoso ia sendo estereotipado como um inválido, um dependente, e assim vivendo na exclusão. Essa visão perdura até os dias atuais, sempre colocando o idoso nesse lugar de inválido e restando a ele, a aposentadoria. Recentemente, com o crescente aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, essa visão passa a ser questionada. Esse é um fenômeno mundial. Nos dados divulgados pelo IBGE (2002), a parcela da população com idade de 60 anos ou acima cresceu significativamente. Em todo o planeta, em 1950, por exemplo, eram 204 milhões, e em 1998 passou para 575 milhões. Esta percepção que se tinha sobre o processo de envelhecimento como sinônimo de perdas e doenças com o passar dos anos evoluiu, pois houve alterações no desenvolvimento desta realidade, surgindo transformações na composição etária da população, decorrentes da redução de natalidade e aumento da expectativa de vida. Hoje, já se começa a ter uma compreensão dessa etapa do ciclo vital como um momento favorável para novas conquistas, para a continuidade do desenvolvimento, produção social, cultural e cognitiva. Os saberes e conhecimentos acumulados no decorrer da vida, passam a serem vistos como ganhos que podem ser otimizados e aproveitados em prol do próprio indivíduo e da sociedade. Diante da expansão deste fenômeno, cabe à psicologia, como área do saber que estuda a subjetividade e comportamentos humanos, refletir sobre o seu papel no contexto do envelhecimento populacional. Tais mudanças também têm impacto no mercado de trabalho, pois, a função de se manter ativo no mercado é considerado como um fator decisivo no desenvolvimento humano, sendo assim, seu intermédio com o indivíduo implica na construção de sua identidade e alcança sentido para sua existência como ser social. Dessa forma, o trabalho representa grande importância na qualidade de vida da pessoa idosa, visto que executa influência no desenvolvimento cognitivo, físico e emocional. 4 Desta forma, a concepção construída a respeito da pessoa idosa como inativo e que não produz mais bens de serviços, tem sido substituída por um perfil de idosos dinâmicos, juntos muitas vezes em grupo operacionais, como contribuintes das finanças domésticas e no suporte para a economia familiar. Atualmente os idosos tem um envelhecimento mais ativo, investem mais no seu bem-estar, participam de diversas atividades, permanecem mais tempo trabalhando, e buscam inserção nas novas tecnologias, por isso, faz-se necessário estudos, pesquisas, e novas formas de cuidar e falar, sobre essa geração de idosos. É necessário que se repensem o olhar e as atitudes voltadas para essa população, e passem a enxergá-los como indivíduos capazes e ativos. Buscando formas de promover uma melhor qualidade de vida que não se baseia apenas no assistencialismo, mas sim, na autonomia, trabalho, políticas públicas de inserção, convívio familiar e social. Este artigo tem como finalidade compreender quais os benefícios psicológicos, e os impactos sociais do idoso se manter trabalhando, visto que, é notório as mudanças que vêm ocorrendo na população do país, o mercado que precisa se adaptar, e o social que precisa dispor de um novo olhar para essa população. Essas questões levantam dúvidas como: O mercado de trabalho está preparado para proporcionar condições de inserção e permanência a essa população? O país consegue enxergar essa população como ativa, e promover políticas públicas que incentivem a permanência dessa população trabalhando? Tais questionamentos embasaram o surgimento da pesquisa, que foi delineado através de uma revisão bibliográfica da literatura em artigos científicos, que foram selecionados através de buscas nos bancos de dados do Scielo, Google Acadêmico, IBGE, ERIC, BDTD, IPEA, PEPISC; e livros disponíveis na biblioteca da Faculdade Maurício de Nassau. Neste estudo buscaremos entender os benefícios da permanência do idoso no mercado contemporâneo, e quais as contribuições da psicologia para que essa inserção ou permanência aconteça de uma maneira benéfica para essa população. 5 2. O Envelhecimento Como um Processo Na literatura, encontram-se diversos conceitossobre o processo de envelhecimento, mas, optou-se por adotar a definição de Neri (2001), pois, engloba os aspetos mais relevantes. Nela, o envelhecimento é entendido: [...] como uma sequência de mudanças naturais previsíveis, com repercussões orgânicas e psicossociais que ocorrem através do tempo. Entretanto, essa experiência se dá de forma heterogênea, já que pode ocorrer de modo diferente para indivíduos que vivem em contextos históricos, sociais e culturais distintos. (p. 28) Neste processo, há o envolvimento das dimensões psicológicas que, sob influência de fatores irão contribuir na percepção de aspectos subjetivos, que ajudará no enfretamento e na qualidade de vida dos idosos. O processo de envelhecimento é marcado pelas peculiaridades de cada indivíduo, fazendo-se necessário levar em consideração a capacidade que cada sujeito possui para a manutenção funcional ou disfuncional, nas realizações de suas atividades cotidianas, considerando que, o modo de enfrentar o processo de envelhecer contribui ou prejudica a qualidade de vida na velhice (MORAIS, 2009). Morais (2009) traz que, as limitações e dificuldades psicológicas e orgânicas podem ser desencadeadas no processo de envelhecimento pois, estão ligadas diretamente à maneira que o indivíduo percebe esse processo, interligado por valores que foram pré-concebidos durante todo o seu desenvolvimento. Diante disso, pode-se considerar, essa percepção como a auto-atribuição das características da velhice que se manifestam subjetivamente através das alterações sofridas em nível somático e funcional. A visão da velhice tem seu percurso como uma etapa da vida definida pelo declínio físico e pela falta de papéis sociais a partir da segunda metade do século XIX. O avanço sobre o que se entende por idade se fundamentou atrelada a essa ideia negativa, que resultou no desenvolvimento de uma identidade que remete a falta de condições aos idosos (SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008). Sendo assim, mesmo nos dias atuais a ideia que se tem formada sobre o envelhecimento se encontra relacionada a perdas e doenças, e é geralmente entendida tão somente como um problema médico, pois ainda está associada à 6 degradação do corpo, a decadência e incompetência biológica diante da percepção social. Mas, o processo de envelhecimento na sociedade contemporânea se caracteriza por uma compreensão que abrange aspectos cronológicos, biológicos, sociais e psicológicos (SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008). Pois, o vínculo que acontece entre esses aspectos se desenvolve a partir das condições da cultura da qual o indivíduo faz parte, tendo em vista que sociedade e indivíduo estão relacionados diretamente. Desta forma, essas condições se ampliam nas questões históricas, econômicas, políticas, culturais e geográficas, que estabelecem diversas possibilidades de representações sociais da pessoa idosa (SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008). Para a sociedade, uma pessoa é considerada idosa a partir dos 60 anos, independente do seu estado biológico, psicológico, e social, mas a concepção de envelhecimento e idade apresentam diversas definições e conceitos que ultrapassa a questão da idade cronológica. Desta maneira, se tornar pessoa idosa é uma experiência heterogênea, vivida de forma subjetiva, que pode ser percebida de forma negativa ou positiva conforme a história de vida e a compreensão de velhice na sociedade (SANTOS; SOUZA, 2015). Por conseguinte, entende-se que não significa apenas a quantidade de anos que o indivíduo tem, porém o que ele faz com os anos vivenciados e o comportamento da sociedade em relação à pessoa idosa. Perante o exposto, se faz necessário a explicação dos aspectos cronológicos, biológicos, social e psicológico, para um melhor entendimento do processo de envelhecimento (SANTOS; SOUZA, 2015). No que diz respeito ao aspecto cronológico, a idade cronológica é a que determina a passagem de tempo ocorrido em dias, meses e anos desde o nascimento. Pode ser compreendida como um elemento definitivo, porém o conceito de idade é multidimensional e, por esse motivo a idade cronológica não seria uma medida ampla da função do desenvolvimento. Logo, ela concerne apenas ao número de anos que decorre desde o nascimento, mas não determina o desenvolvimento biológico, psicológico e social, uma vez que o aspecto cronológico por si só não causa o desenvolvimento (SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008). A definição do conceito de idade cronológica é a execução de metas evolutivas aguardadas por uma estabelecida idade. Que também serve a sociedade como maneira de organizar os sentidos da vida, dos indivíduos, e das sociedades 7 em distintas fases, as quais caracterizam diferentes aplicações, direitos, deveres, expectativas comportamentais, funcionais e produtivas. Assim, com a crescente perspectiva de vida, os indivíduos são levados a se entenderem com mais anos de vida prolongados, e esse comportamento leva a transformações no estilo de vida, no desenvolvimento social e nas condutas de produtividade e consumo (AMORIM; PESSOA, 2014). Alguns estudos abordam o aspecto biológico como o conjunto de modificações corporais e mentais que acontecem no decorrer do processo de desenvolvimento e, o envelhecimento humano, pode ser assimilado como um procedimento que começa antes do nascimento do indivíduo e se expande por toda a existência, com mudanças físicas desagradáveis, como perda de força, diminuição do domínio corporal e do controle (MORAES; MORAES; LIMA, 2010; SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008). Nesse sentido, Amorim e Pessoa (2014), afirmam que a idade biológica é construída como uma trajetória de tempo, que resta a um indivíduo para vivência em determinado momento de sua vida, assim, o envelhecimento biológico é o procedimento que estabelece uma fase que cada pessoa passa, e que com o passar dos anos diminui. A idade social se conceitua como a designação de papéis que se pode, se pretende se deve e se deseja exercer na sociedade. São papéis referidos ao comportamento que a sociedade descreve para os seus integrantes. Constituindo-se por qualidades que definem os indivíduos e os distinguem por meio do gênero, classe social, cultura, condições de vida e de trabalho. Embora essas diferenças de condições proporcionem em desigualdades no percurso do envelhecimento, ainda assim, é importante o papel da cultura nesse aspecto social, visto que é preciso para a sociedade, vê a pessoa idosa no seu envelhecimento (AMORIM; PESSOA, 2014). Santos e Souza (2015), apresenta que os grupos sociais estabelecem papéis sociais que conseguem adentrar em conflito com aspectos casuais da idade cronológica. Deste modo, o envelhecimento social precisa ser entendido como uma forma de passar por transformações de papéis sociais, no qual são aguardados pelas pessoas idosas comportamentos que representem aos papéis estabelecidos para eles. A idade psicológica pode ser estabelecida por modelos de comportamentos alcançados e preservados ao longo da vida e tem uma atuação direta na maneira 8 que as pessoas envelhecem, uma vez que, o envelhecimento é um resultado de uma preparação que o sujeito fez durante toda a vida. Desse modo, o conceito de idade psicológica pode ser usado em dois sentidos (AMORIM; PESSOA, 2014). O primeiro refere-se à ligação que há entre a idade cronológica e as capacidades psicológicas, como aprendizagem, assimilação e memória, que prenunciam a potencialidade de desempenho futuro do indivíduo. Enquanto que, o segundo está associado ao senso subjetivo de idade, dependendo de como cada pessoa analisa a presença ou a ausência de aspectos biológicos, sociais e psicológicos do envelhecimento em semelhança com outras pessoas de sua idade (BATISTONI; NAMBA, 2010). Dessa maneira, Schneider e Irigaray (2008), compreende que o processo de envelhecimento se desenvolve por meio de uma construçãosocial, pois para se entender a etapa da velhice é necessário que se perceba e entenda a realidade de cada indivíduo de acordo com a sociedade na qual ele está inserido, porquê, o percurso envolve o entendimento a respeito dos amplos aspectos biopsicossociais que foram citados e descritos, constatando-se que cada experiência é singular. Diante disso, Morais (2009), traz que, o envelhecimento é um processo que possibilita inúmeras oportunidades para se adquirir novos conhecimentos. É comum encontrar na sociedade atual idosos saudáveis, ativos em todas as áreas de suas vidas, por isso é de extrema importância estudos que rompam com a narrativa da velhice como época da inatividade. Precisa-se de uma concepção mais atual, na construção de uma velhice positiva. 3. O Idoso e sua Relação com o Mercado de Trabalho Diante do exposto, percebe-se que a compreensão da idade e do envelhecer deve considerar múltiplos fatores, inclusive a capacidade de manter-se ativo. Podendo-se perceber que a idade possui amplos conceitos e que não equivale a uma única ideia, pois sua definição foi algo construído socialmente, o que leva ao entendimento desses aspectos fortalecendo o pensamento da pessoa idosa se manter no mercado de trabalho, visto que, a idade não define a capacidade de manter-se ou não em plena atividade, uma vez que os benefícios psicológicos abarcados por este fator são vários (SOUZA; MATIAS; BRETAS, 2010) 9 Segundo Souza, Matias, Bretas (2010), o trabalho fortalece o meio para satisfazer as necessidades humanas, através do salário, o qual opera como parte central na conservação da autoestima, qualidade de vida regular, com renda adequada para manter um estilo de vida conforme as idealizações, apresentando um bem-estar e estado psicológico saudável. Por meio do ambiente de trabalho será possível a ligação com outras pessoas, do mesmo modo que, com outras tarefas diferenciadas das domésticas, dado que, é nesse ambiente que os indivíduos têm a oportunidade de desenvolver as funções, ainda que sejam rotineiras, tendo reconhecimento social. Na sociedade regida pela lógica capitalista, o trabalho tem sua construção muito além de uma fonte de renda. É por meio dele que o homem organiza sua rotina, seus horários, exerce sua criatividade, estabelece seus planos, constrói seus laços afetivos, fortalece sua autoestima, autonomia, garante sua independência e expressa sua produtividade. Alvarenga (2009) e Maar (2006), falam que o trabalho é um elemento de grande importância na construção da identidade pessoal, um exemplo disso é, o enfoque que é dado à ocupação quando uma pessoa se apresenta a outra. É através do trabalho que a pessoa se constrói socialmente, sendo por meio do mesmo que o homem se produz e reproduz. Buscar a compreensão que motiva as pessoas idosas a se manterem no mercado de trabalho é muito importante, e isto implica reflexões acerca do sentido e significado que o trabalho tem para cada indivíduo em particular. Migliaccio (1994) e Celich, Baldissera (2010), falam que, o trabalho para o homem assume papel de extrema relevância, pois, confere identidade ao sujeito, valorização, crescimento e desenvolvimento pessoal. Diante desse contexto fica claro a importância de a pessoa idosa continuar no trabalho, porque ele exerce grande influência na qualidade de vida dessas pessoas. Continuar trabalhando proporciona o sentimento de boas condições de saúde física e mental, assim, os idosos conseguem continuar participando de todos os âmbitos da vida social. O trabalho é um fator decisivo no desenvolvimento humano interligando-se assim, a proporção de benefícios psicológicos, sendo por meio dele que o indivíduo desenvolve sua identidade e alcança sentido para sua existência como ser social. Dessa forma, Nascimento, Argimon, Lopes (2006), abordam que o trabalho apresenta bastante importância na qualidade de vida da pessoa idosa dado que desempenha influência no desenvolvimento cognitivo, físico e emocional. 10 4. O Lugar que a Pessoa Idosa Ocupa no Mercado de Trabalho Ao longo de toda a história, constituiu-se no senso comum a percepção de que o trabalho, por necessitar de uma exacerbada força física do trabalhador nas indústrias, seria inviável para o idoso. Por isso, o idoso foi sendo deixado à margem do mundo do trabalho, já que ele não era uma mão-de-obra eficazmente produtiva, e, ele foi condenado a ser um grande fardo para a sociedade (SÁ, et al. 2011). Porquanto, se pensa em permanência ou reinserção do idoso no mercado, é necessário entender que o envelhecimento é um fenômeno natural e processual, esse processo se dá do útero ao túmulo, e nele contém a fase da velhice, porém não acaba nela, ou seja, deve-se entender o envelhecimento como um processo que perpassa toda a vida. A qualidade desse envelhecimento está relacionada com a percepção de mundo do indivíduo e da sociedade a qual pertence, bem como o estilo de vida que se adota (RODRIGUES; BRETAS, 2015). A Organização Mundial de Saúde (OMS), passou a adotar a concepção de “Envelhecimento Ativo” para que o processo do avançar do envelhecimento passe a ser percebido como uma experiência positiva da humanidade. Esta definição objetiva a otimização das oportunidades de saúde, lazer, participação e segurança, com o foco em melhorar a qualidade de vida das pessoas, à medida que vão envelhecendo (SÁ, et al. 2011). Sabe-se que para que essa população alcance uma boa qualidade de vida, fazem-se também necessárias mudanças na cultura, sobre o olhar que a sociedade tem para com a velhice, que ainda tende a enxergar esse processo como uma fase de perdas, doenças e fragilidades. Nesse sentido, sendo o trabalho um meio que proporciona ao idoso a oportunidade de manter-se em atividade física e mental, este meio pode ser também um bom lugar para se alcançar qualidade de vida na terceira idade. Porém, deve-se levar em consideração que não é todo trabalho que irá ser sinônimo de bem-estar. As atividades laborais precisam envolver igualmente o sentimento de prazer, não tendo apenas o significado de fonte financeira para outras pessoas (SÁ, et al. 2011). Os autores Sá, et al (2011), e Moreira, et al (2000), trazem em suas ideias que, para muitos idosos o trabalho ocupa uma condição central em suas vidas, pois os mesmos foram inseridos muito precocemente nesse meio, assim, o trabalho se 11 torna um referencial de prazer e sentido em suas vidas, sendo a maneira que eles têm para sentir-se úteis e pertencentes a suas famílias e sociedade. 4.1. O Trabalho Como Fonte de Prazer e Desprazer Moreira, et al (2000) e os autores Faria; Leite; Silva (2017), explicam que, o trabalho pode ser compreendido e sentido como uma fonte de prazer quando associado a uma inclinação natural que o sujeito tem para desempenhar um determinado ofício, como se fosse uma vocação para executar as tarefas daquele determinado trabalho. Mas também, pode ser uma forte geradora de desprazer, quando não se tem o elemento que é gerador de satisfação, por exemplo, quando o trabalho tem apenas a função de gerar meios de sobrevivência financeira, ou seja, o elemento que despertaria a criatividade, o prazer, a colocação das habilidades e inteligência para executar o trabalho é retirado, restando apenas o trabalho por obrigação, o que torna aquele trabalho uma fonte de desprazer. Coutrim (2006) e Sá et al (2011), colocam que, para o idoso, a volta ao trabalho por questões financeiras é cada vez mais comum. São os filhos e os netos que voltam para casa, é a aposentaria que é insuficiente para manter uma boa qualidade de vida, e eles constituem um recurso essencial para a sobrevivência financeira de suas famílias. Por sofrerem tantas dificuldades na inserção ao mercado de trabalho, constituem uma grande parcela da população que é vulnerável à pobreza. Estasquestões fazem com que os idosos permaneçam ou voltem ao mercado não por prazer, mas por necessidades o que pode ser um fator gerador de desprazer e sofrimento. Quando o idoso volta ao trabalho para a ocupação do tempo livre como uma forma de manter-se em atividade, convivendo em sociedade, sentindo-se útil, é um processo que proporciona extremo prazer, pois nestas condições o trabalho desempenha um papel diferente e importante do que apenas a obrigação de prover o sustento da família (SÁ, et al. 2011). Concluindo, o prazer ou o desprazer que a pessoa irá sentir em relação ao trabalho depende de uma série de fatores tais como; estar exercendo suas habilidades; ter meios para colocar em ação sua inteligência; receber o reconhecimento e os méritos pelo seu trabalho; a relação com a empresa e as 12 pessoas da mesma. Todos estes pontos estão diretamente ligados à obtenção de prazer e satisfação no trabalho (MOREIRA, et al. 2000). 4.2. A Dialética Existente na Psicopatologia do Trabalho Quando se pensa sobre a dialética que existe na psicopatologia do trabalho é interessante ressaltar que, as condições desgastantes de trabalho são fatores desencadeadores de doenças tanto orgânicas quanto psíquicas, porém, o não- trabalho também pode ser um gerador de doenças. Moreira, et al (2000) explica que, mesmo sob condições que são desfavoráveis ao indivíduo, o trabalho pode proporcionar de alguma maneira uma certa satisfação no sujeito, assim, podendo ser um propiciador de equilíbrio mental e de saúde. De acordo com Moreira et al (2000), na relação saúde, doença e trabalho, não há neutralidade do trabalho em relação à saúde do indivíduo, pois, o mesmo pode ser, tanto uma fonte de doença e infelicidade, quanto uma fonte de saúde e de prazer. Assim, a dialética presente no trabalho, ao mesmo tempo que pode oprimir, ele liberta, produz doença e saúde, é fonte de angústia e de prazer. A psicopatologia do trabalho não enfatiza a doença mental, mas sim, na normalidade, uma vez que o indivíduo pode reagir e se defender das pressões e dificuldades oriundas do trabalho que poderiam lhe causar alguma doença mental, utilizando-se de “estratégias de defesas”, que podem ser tanto individuais, quanto coletivas, na busca de seu bem-estar. Tais estratégias são processos de regulação que procuram manter-se na normalidade, buscando explorar o sofrimento não com a intenção de negá-lo, mas sim de superá-lo por intermédio da mobilização de inteligência astuciosa (MOREIRA, et al 2000. Nesse sentido compreende-se que a psicopatologia do trabalho não pretende eliminar o sofrimento, mas sim modificá-lo em algo criativo. Moreira, et al (2000), e Neto, et al (2006), apresentam que, o sofrimento pode ser percebido como algo positivo e que leva o indivíduo a descobrir novas estratégias de defesa, com isso mantendo-se na normalidade. Dado isso, é tão importante que se leve em conta toda a história do indivíduo, a sua trajetória anterior, sua experiência acumulada, visto que, essas possuem grande influência em suas respostas dadas diante de diversas situações. 13 5. A Psicologia e o Idoso no Mercado de Trabalho Contemporâneo Com base na nova concepção de envelhecimento que surge apresentando uma fase de muitas oportunidades, de aprendizagem e conhecimento, torna-se fundamental buscar técnicas para facilitar ao idoso o enfrentamento dos desafios desse processo, seja de manutenção ou reinserção, assim como a quebra da percepção de uma velhice passiva (SÁ, et al. 2011). Sá, et al (2011) aborda que, devido ao aumento na idade média do trabalhador que cresce mais a cada dia, a relação entre o trabalhador que está envelhecendo, o ambiente de trabalho e as organizações, precisam buscar formas que facilitem a permanência desse público que se encontra na sociedade. Os estudos realizados pela OMS sugerem que os profissionais que lidam com trabalhadores de mais idade precisarão destinar atenção especial a diversos aspectos das situações de trabalho, como o preconceito social, adaptação do mercado, políticas públicas, trabalho nas organizações, psicoterapia como função de empoderamento, a fim de possibilitar maior qualidade de vida ao trabalhador idoso (SÁ, et al. 2011). Diante do despreparo do país com o envelhecimento, se originou diversos complexos no desenvolvimento da sociedade, e uma dessas questões se fundamenta por meio da discriminação velada, como o preconceito que o trabalhador idoso enfrenta, sendo uma responsabilidade social das empresas e do país, já que, numa realidade globalizada e de seu subproduto, o neoliberalismo, o trabalho, os valores morais, a cultura, a ética, o ser humano e tudo o mais submetem-se aos requisitos da economia, sujeitam-se ao mercado, sistema este em que o público mais vulnerável, por sua fragilidade física, psicológica e social, são os idosos (MAGALHÃES, 2008). Sendo assim, o idoso sofre discriminação no contexto de trabalho e na sociedade, eventualmente indefeso, suprimido pela crueldade e dureza do modelo neoliberalista, que aprecia o merecimento das pessoas por seu grau de rentabilidade econômica, afasta e rejeita tudo que não é capaz de produzir lucro. Em concordância com Magalhães (2008), o idoso necessita de tutela especial, econômica, jurídica e social para aliviar e compensar posição de desvantagem e desigualdade. 14 Conforme o Estatuto do Idoso, Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003, o Estado deve assegurar vasta proteção aos idosos certificando-lhe condição de vida eminente e o exercício pleno da cidadania, com prevalência no atendimento junto aos órgãos públicos e privados prestativos de serviços à população. No entanto, as empresas e a sociedade em geral precisam ter participação ativa também em dar eficiência aos direitos dos idosos, e de outro modo os respectivos idosos devem ser conscientizados da necessidade de exigir seus direitos dos empresários, entes públicos e da comunidade, como forma de combater o preconceito social. (MAGALHÃES, 2008). Os profissionais que trabalham com a saúde do ser humano precisam ter um olhar social voltado para as políticas públicas. Os psicólogos podem incentivar a autonomia na população para que, possuindo o conhecimento de seus direitos, possam cobrar políticas públicas que os beneficiem. As políticas públicas nesse caso servem para o incentivo da permanência ou reinserção desse grupo social, e os benefícios vão para além da população. O governo também se beneficia, as populações que vem vivenciando o envelhecimento e voltam suas políticas para a conservação e reinserção dos idosos no mercado de trabalho contribui para a manutenção do crescimento econômico do país, além de proporcionar economia ao governo em pensões, benefícios, aposentadorias e saúde (GOMES; PAMPLONA, 2015). Existem diversas formas de se pensar as políticas. Uma delas acontece no Estado de São Paulo, como trazem os autores Vanzella, Neto, Silva (2011), a Lei Estadual Nº 9.085, de 17 de fevereiro de 1995. Esta lei oferece benefícios ás empresas que fazem contratação de pessoas que possuem idade a cima dos 40 anos. No Artigo 1º - Fica instituído incentivo fiscal para as pessoas jurídicas domiciliadas no Estado que, na qualidade de empregador, possuam pelo menos 30% (trinta por cento) de seus empregados com idade superior a 40 (quarenta) anos. Esse é um exemplo simples, que se pensado em uma maior escala pode contribuir muito para essa população. O psicólogo como profissional que atua dentro das organizações tem papel fundamental na construção de meios que adaptem os trabalhos a população idosa. Sá, et al (2011) Marqueze e Moreno (2005), expõe que, pôr ser o trabalho um fator de grande influência, tanto positiva, quanto negativo para o indivíduo, se faz necessária a avaliação e adaptação das características do trabalho para o 15trabalhador, visto que, o trabalho seja predominantemente uma fonte de prazer e saúde. Esta premissa tende a ser singular quando se trata do trabalhador idoso, já que este se encontra em uma fase de diversas alterações e adaptações, as quais carecem de maior compreensão e acompanhamento por parte do mundo dinâmico (SÁ, et al, 2011). Avaliando as variáveis do mundo do trabalho, a realidade do idoso, a subjetividade do trabalhador, compreende-se que os profissionais que atuam com segurança e saúde no trabalho, os patrões, os trabalhadores idosos, a sociedade, e o governo, necessitam olhar e implementar ações, avaliando-as, com a intenção de uma maior abrangência sobre quais repercussões podem e são esperadas diante da permanência ou reinserção do idoso no mercado de trabalho (SÁ, et al. 2011). Sá, et al (2011) e Paolini (2016), abordam que, a permanência ou reinserção do idoso no mercado de trabalho tende a aumentar, posto isso, faz-se necessário um replanejamento das políticas públicas com foco nessa temática. Diante disso, surge a necessidade de um novo olhar para as organizações, e para as condições disponibilizadas no trabalho, buscando garantir melhores condições de saúde e segurança ao trabalhador idoso. Desse modo, a atuação do profissional de psicologia pode ser voltada para o setor das políticas públicas, na conscientização social, nas organizações e, cada área de atuação perpassa a outra. Ambas têm que ser trabalhadas em conjunto para que se possa ter uma sociedade consciente e uma população que conhece seus direitos. Por último podemos pensar sobre a atuação psicoterápica voltada para a população idosa. A psicoterapia com foco em facilitar o reconhecimento do processo de envelhecimento e as limitações imposta por ele, mas também, que a velhice não é apenas o que está impresso no social. É, uma época da vida na qual podem haver ganhos, conquistas, aprendizados, como em todas as outras (ALTMAN, et al. 2007). O psicólogo pode trabalhar junto à pessoa idosa que as atividades no decorrer da vida são baseadas em metas e projetos, e, durante o processo de envelhecimento, se faz necessário revê-los e adaptá-los para que se possa alcançá- los com êxito. Ao indivíduo idoso, fica a responsabilidade de dar continuação, utilizando-se de suas experiências de vida para a superação e convívio com as dificuldades dessa fase, elaborando meios para a convivência com as perdas e 16 ganhos, e, concomitantemente, planejando, criando e desejando dentro do seu processo de envelhecimento (MORAIS, 2009). 6. Considerações Finais A construção deste trabalho levou ao entendimento que o envelhecimento populacional é um fenômeno de escala mundial. E, apesar de lento o interesse para com este fenômeno, hoje já se faz notório o surgimento desta temática e o interesse pelos seus impactos em todo o mundo. Com o aumento da expectativa de vida, o idoso passa a ocupar hoje um lugar diferente na concepção do social, e aos poucos os estereótipos em relação aos mesmos vão sendo quebrados, e um novo conceito de envelhecimento vem surgindo na sociedade. Diante deste aumento da expectativa de vida, e as mudanças demográficas em todo o mundo, as sociedades precisam buscar formas de lidar com a mudança de suas populações. Por isso a permanência e reinserção do idoso no mercado de trabalho começa a despertar interesse. Apesar disto parecer uma solução fácil, nos deparamos com inúmeras dificuldades enfrentadas por essa população como: preconceito, falta de atividades e estruturas adequadas no local de trabalho (trabalho por motivo apenas como meio de sobrevivência). Conforme encontrado na literatura os benefícios psicológicos de o idoso manter-se trabalhando são inúmeros, pois, o envelhecimento é um processo que, apesar de trazer algumas limitações, é também uma fase do desenvolvimento que pode haver muitos ganhos e aprendizados. O idoso, em sua relação com o trabalho, tem os benefícios de manter-se ativo, estar em convívio social, estimulando o desenvolvimento físico e psicológico. O ambiente de trabalho pode ser um lugar de muito prazer, de manutenção da autoestima, quando associado a uma escolha do idoso por motivos que vão além do financeiro. Esta permanência traz impactos sociais que beneficiam além da população idosa, as famílias dos mesmos, e a sociedade. A sociedade precisa está preparada para oferecer uma qualidade de vida a esta população, com campanhas de conscientização, informações, políticas públicas, saúde, lazer, e condições de trabalhos para que a permanência ou reinserção dessa população se dê, ao longo dos anos de maneira saudável e gradual. 17 Apesar desta temática ter sido estudada com mais tenacidade nas últimas décadas e estar sendo bastante discutida na contemporaneidade, ainda nos encontramos com grandes desafios como: refletir, conscientizar e educar a sociedade sobre os impactos do envelhecimento. Porém, a inserção do idoso no mercado de trabalho, seria uma das possibilidades de apresentar os benefícios que a pessoa idosa como integrante da sociedade pode realizar, também se fazem necessárias políticas públicas que conscientizem e eduquem a população sobre essa temática. Proporcionando, assim, espaços de discussões a respeito do envelhecimento envolvendo todas as esferas da sociedade. Em síntese, sentimos uma verdadeira dificuldade na escolha de artigos que apresentassem a velhice como uma fase de movimentos, conquistas e vivências positivas. Deixamos a proposta de que novos estudos venham a ser iniciados, com a ideia de expor que a pessoa idosa somente está passando por uma etapa da vida como qualquer outra, e que isto não o torna inativo ou não produtor de renda. Acreditamos que se tivéssemos um período de tempo mais longo, teríamos verificado e buscado a seleção de artigos que abordassem esta questão como demanda refletida e discutida, visto que essa realidade já se contempla em alguns países, possuindo leis, projetos e políticas públicas para esta demanda. Deste jeito, é necessário o contínuo estudo sobre o assunto. Por fim, compreendemos que esta é uma questão emergente em nossa sociedade, tornando-se assim, necessário a contribuição de todas as áreas. Porém, a psicologia como ciência que estuda o homem em todos os meios e suas peculiaridades, necessita se dedicar ao estudo do envelhecimento populacional nessa área do trabalho. Deste modo, proporcionando junto as demais áreas, boas condições de trabalhos a essa população. 18 REFERÊNCIAS ALTMAN, M. et al. Psicoterapia Breve Operacionalizada com pessoas idosas. Mudanças-Psicologia da Saúde, v. 15, n. 2, p. 135-144, 2007. ALVARENGA, L. N. et al. Repercussões da aposentadoria na qualidade de vida do idoso. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 43, n. 4, p. 796-802, 2009. AMORIM, C. C; PESSOA, F. S. Envelhecimento e saúde da pessoa: idosa principais agravos e riscos à saúde. Universidade Federal do Maranhã. UNA – SUS/UFMA (Org.). São Luís, 2014. BATISTONI, S. S. T; NAMBA, C. S. Idade subjetiva e suas relações com o envelhecimento bem-sucedido. Psicol. estud, Maringá , v. 15, n. 4, p. 733-742, dez. 2010 . 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