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Física Acústica - ACÚSTICA DE SALAS PARA DIFERENTES PROPÓSITOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE 
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA 
FÍSICA ACÚSTICA APLICADA À FONOAUDIOLOGIA 
PROFESSORA: ISABELA HOFFMEISTER MENEGOTTO 
 
 
 
 
 
Esther da Cunha Rodrigues 
 
 
 
 
 
 
ACÚSTICA DE SALAS PARA DIFERENTES PROPÓSITOS 
 
 
 
 
 
 
 
Proposta de Trabalho Monográfico 
apresentado a Disciplina de Física 
Acústica aplicada à Fonoaudiologia da 
Profa. Dra. Isabela Hoffmeister 
Menegotto. 
 
 
 
 
Porto Alegre 
2018 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 2 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................................4 
2.1. Fonoaudiologia e Audiologia: Diferença entre ambas? ......................................................4 
2.2 Fonoaudiologia: Frente a Acústica Arquitetônica .................... ...........................................6 
 2.2.1 Som - Onda Mecânica .................................................................................................6 
 2.2.2 Noções de acústica e psicoacústica .............................................................................7 
 
 2.2.3 Ruído e aspectos históricos do crescimento urbano.....................................................8 
 
2.3 Projeto acústico em arquitetura .......................................................................................... 9 
 2.3.1 Aspectos básicos...........................................................................................................9 
 2.3.2 Salas de aula e ambientes de estudo...........................................................................10 
 2.3.3 Ambientes voltados para comunicação verbal: escritórios e salas de reuniões..........13 
 2.3.4 Auditórios e anfiteatros: palestras, espetáculos e apresentações musicais.................13 
 
2.4 Cabina acústica para avaliações audiológicas....................................................................16 
 
3. CONCLUSÃO.......................................................................................................................19 
 
4. REFERÊNCIAS....................................................................................................................21 
5. REFERÊNCIAS DAS IMAGENS........................................................................................22 
 
 
 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O referente trabalho tem como propósito investigar a compreensão da importância 
da relação entre a Fonoaudiologia e a acústica arquitetônica, já que a prevenção 
fonoaudiológica está diretamente associada às condições sonoras do ambiente. 
Dessa forma, inúmeras vezes, a presença de ruídos externos à certos ambientes, 
colaboram para que profissionais e outros elementos, intensifiquem sua voz ou sons 
repetidamente, alterando sua qualidade vocal. (Exemplo: professor em sala de aula). 
A área de Audiologia e de Voz, são as áreas da Fonoaudiologia que mais estudam 
os efeitos diretos do som na atividade humana. Essas duas, foram reconhecidas como 
especialidades da Fonoaudiologia em 17 de fevereiro de 2006, de acordo com a resolução 
n° 320 do CFFa. Os profissionais fonoaudiólogos especialistas em Audiologia têm o 
dever de promover a prevenção, o diagnóstico e a reabilitação da função auditiva e 
vestibular. Da mesma maneira, os fonoaudiólogos especialistas em Voz devem promover 
a saúde vocal, a avaliação e o aperfeiçoamento da voz. 
O som é uma variação de pressão, que se propaga em forma de ondas mecânicas, 
longitudinais e tridimensionais, e quando há a junção de sons indesejáveis surge o 
conceito de ruído, que pode gerar uma sensação de desconforto para a orelha humana e 
um aumento do esforço vocal em meio a situações em que esse está presente. Desse modo, 
o fonoaudiólogo especialista em Voz ou Audiologia terá contato mais frequente nas 
questões de diagnóstico e tratamento de distúrbios resultantes dos efeitos do ruído. 
A arquitetura e engenharia estudam maneiras de minimizar os impactos causados 
pelo ruído e abuso sonoro. Preocupando-se com o conforto acústico, desde o crescimento 
dos núcleos urbanos, apesar de esse tema se apresentar relativamente novo no Brasil. Ao 
se depararem com esta nova perspectiva, arquitetos, engenheiros e construtores acabam 
reutilizando fórmulas aplicadas em outras situações, e não se aprofundando na busca de 
um bom projeto de acústica arquitetônica. Isso acaba causando equívocos de conforto 
acústico, e influenciando no desequilíbrio sonoro resultante de ruídos urbanos. O barulho 
do tráfego, casas noturnas, igrejas e auditórios começam a fazer parte do cotidiano de 
residentes e trabalhadores próximos. 
Podendo resultar em perda da sensibilidade auditiva e abuso vocal por parte dos 
indivíduos que convivem com o ruído e o barulho, possíveis alterações fonoaudiológicas 
que podem surgir, introduzindo o papel do fonoaudiólogo na prevenção do desequilíbrio 
sonoro, e tratamento da audição e voz afetadas pela ausência de conforto acústico. 
 
 
3 
 
Sob esse prisma, compreende-se a importância do tema, já que a Fonoaudiologia 
como área de conhecimento preocupa-se com a qualidade e saúde comunicativa e auditiva 
das pessoas, entre outras. 
E dessa forma, neste estudo monográfico, buscar-se-á elucidar um pouco sobre o 
quanto esta área de conhecimento como ciência, demonstra preocupação quanto ao já 
exposto, pois tem por objetivo estudar e pesquisar técnicas, métodos de prevenção e 
terapia fonoaudiológica, frente a certas condições acústicas, que devem ser planejadas e 
definidas desde a elaboração do projeto arquitetônico, priorizando um tratamento acústico 
eficiente. 
Nessa perspectiva, buscar-se-á descrever algumas características básicas e 
elementos primordiais que compõem a acústica arquitetônica e que frente ao já descrito, 
devem ser analisados e ponderados para que se obtenha a boa qualidade acústica, 
impossibilitando futuros prejuízos de saúde. 
 
 
4 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1. FONOAUDIOLOGIA E AUDIOLOGIA: DIFERENÇA ENTRE AMBAS? 
Compreender a Fonoaudiologia, como sendo um campo de conhecimento na área 
da saúde, é entender que suas metas se tornam responsáveis pelos cuidados, habilitação e 
reabilitação da voz, da audição, da motricidade orofacial, da linguagem e etc., a qual a 
caracteriza, como um campo de conhecimento que engloba um fenômeno físico chamado 
som, e que é extremamente importante em seu desenvolver, tornando-se um dos pilares 
de qualquer curso de graduação da área. 
 Haja visto que, a formação do profissional fonoaudiólogo embora tenha surgido 
na década de 60, teve seu reconhecimento como profissão mediante a lei 6.9651, em 1981. 
Dessa forma, é interessante ressaltar que, mesmo após mais de três décadas desta 
regulamentação como profissão, parte da população ainda desconhece ou possui 
conhecimento somente parcial sobre a amplitude das ações realizadas por essa categoria, 
bem como dos benefícios que sua atuação pode trazer para a sociedade. 
Segundo Freire (2012, pg. 308) que caracteriza o tema como bastante árido, mas 
busca base na própria etimologia da palavra fonoaudiologia, para descrevê-la, afirma: “ 
que, literalmente, significa o estudo (do som) da fala e da audição ou o discurso sobre (o 
som) a fala e a audição. ” A autora detém-se na busca pela compreensão (Freire. 2012, 
pg. 308), ao afirmar: 
Fui então procurar na literatura uma definição formal de Fonoaudiologia e 
penso que encontrei uma das primeiras, aquela assinada por Antônio 
Amorim21, em 1972, que declara: “A Fonoaudiologia é o estudo integrado da 
linguagem humana e audição ...” Deixando momentaneamente de lado a 
pertinência da definição, e tomando agora como ponto de partida as palavras 
do fonoaudiólogo, passei a questionaro que o autor estaria querendo dizer com 
essa afirmação. Avançando na leitura de suas considerações sobre a 
Fonoaudiologia e seu objeto, encontrei um outro momento em que o autor 
parece explicitar em que sentido está usando as palavras audição e linguagem. 
Diz ele: “ A linguagem humana está relacionada com a audição. É através da 
audição que os homens identificam os sons, discriminam, memorizam e 
elaboram conceitos que são verbalmente transmitidos”. Ora, fica aqui afastada 
a suposição de que a Fonoaudiologia teria dois objetos pois a afirmação de que 
o estudo da audição deva ocorrer integrado ao da linguagem indicia entre 
ambas uma relação (de causalidade? de implicação?), em que a primeira pode 
comprometer a integridade da segunda. 
 
Dessa maneira, frente ao estudo proposto sobre a acústica arquitetônica, 
compreende-se, serem muito interessantes tais discussões, pois desencadeiam 
 
1 2. Amorim A. Fonoaudiologia Geral, São Paulo: Ed. Livraria Pioneira Editora, 1972. 
 
 
5 
 
questionamentos e tornam-se muito importantes para a Fonoaudiologia enquanto ciência, 
afastando-a da Audiologia, compreendida por Freire (2012), “como ramificação das 
ciências ditas biológicas, e do reducionismo a que tem sido submetida ao ser concebida 
apenas como prática. ” A autora traz a questão do objeto em Fonoaudiologia, abrindo 
discussão para a unidade do campo e aponta para a inflexibilidade de sua divisão na 
concretização de seu estatuto científico. Conforme Freire (2012, pg. 308), afirma: 
“Retomo a discussão anterior, desta vez deixando de lado a audição como suposto objeto 
da Fonoaudiologia, não só por já tê-la interpretado como complementar à linguagem, mas 
também por supô-la objeto de outra ciência – a Audiologia. 
 Freire (2012), propicia em seu artigo, reflexões e abre um leque para muitas 
discussões e debates sobre este tópico dentro da Fonoaudiologia, onde será de interesse 
do profissional da área, ter a compreensão de que ele pode especializar-se em audiologia, 
pois nem todo o fonoaudiólogo é um audiologista, porém todo o audiologista, 
obrigatoriamente deverá ser um fonoaudiólogo. Dessa maneira, a autora corrobora para 
que os profissionais e leitores tenham a compreensão do que esse termo significa e quais 
suas diferenças frente a Fonoaudiologia. 
 Conforme afirma Freire (2012), ao tematizar em seu estudo certo afastamento entre a 
Fonoaudiologia e a Audiologia e em suas discussões, traz a linguagem como instância 
simbólica de subjetivação, dessa forma, instaura ao profissional da fonoaudiologia como 
clínico terapeuta, comprometimento com a linguagem de seu paciente e sua cura. E essa 
questão, torna-se muito relevante, já que será esse o profissional dentro da 
Fonoaudiologia que se especializará no sentido da audição e análise das capacidades 
acústicas de equipamentos eletrônicos (como os aparelhos auditivos). Nesse âmbito 
conforme Freire (2012, pg. 310) 
 
a Fonoaudiologia vislumbra uma possível autonomia consequente a sua recusa 
em se ver reduzida a qualquer outro campo de saber e pede a palavra. Eis um 
momento histórico: o do dito corte epistemológico. Para encurtar uma história 
longa, história já contada em outro lugar52 , com a ruptura a Fonoaudiologia 
pede a voz e passa, como diz Freud, a querer “usar a moeda vigente no país” 
ou seja, a dizer de si, de seu lugar, com seu olhar, nos termos e conceitos que 
têm a sua disposição. Aquelas disciplinas, antes fundantes e determinantes, 
adquirem um novo estatuto: passam a ser interpeladas pela Fonoaudiologia. 
Neste novo tempo, o primeiro da identidade, a Fonoaudiologia redefine seu 
objeto promovendo forte deslocamento em suas relações de vizinhança. Se a 
psicanálise nasce órfã – nas palavras de Althusser – a Fonoaudiologia deseja o 
 
2 5. Cunha MC. Deslizamentos e Deslizes do Campo Fonoaudiológico em Fonoaudiologia e Psicanálise: a 
fronteira como território, São Paulo: Ed.Plexus, 1997. 
 
 
 
6 
 
reconhecimento de uma maternidade que lhe poderá ser extremamente 
vantajosa. Definindo seu objeto como a linguagem, estreita laços de filiação 
com a linguística e, se esta linguagem é aquela que se observa na fala do outro, 
aponta uma certa ciência da linguagem como o lugar para problematizar o 
funcionamento dessa mesma linguagem. 
 
 
 Conforme Freire (2012): “a Fonoaudiologia pede a voz e passa, como diz Freud, a 
querer usar a moeda vigente no país, ou seja, a dizer de si, de seu lugar, com seu olhar, 
nos termos e conceitos que têm a sua disposição. ” As possibilidades ampliam-se, como 
em 2013, quando o Ministério do Trabalho passou a incluir na Classificação Brasileira de 
Ocupações (CBO) as sete áreas de especialização da atuação do fonoaudiólogo, a saber: 
Fonoaudiologia educacional, Audiologia, Disfagia, Linguagem, Motricidade orofacial, 
Saúde coletiva, Voz. 
 Conforme afirma Danuello (2014): “essa inclusão significa o reconhecimento oficial 
das especialidades da profissão existentes. ” Ou seja, o campo de atuação profissional, 
ampliou-se a partir de 2013, durante o 20º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, 
quando foi divulgada a intenção do CFFa de criar outras sete áreas de especialização. 
Atualmente a fonoaudiologia conta com 12 especialidades reconhecidas pelo Conselho 
Federal de Fonoaudiologia, sendo o profissional especialista em Fluência, o mais 
recentemente reconhecido, com base na resolução n° 507 do CFFa, de 19 de agosto de 
2017. Dentre as 12 estão: Audiologia, Linguagem, Motricidade Orofacial, Voz, Saúde 
Coletiva, Disfagia, Fonoaudiologia Educacional, Gerontologia, Fonoaudiologia 
Neurofuncional, Fonoaudiologia do Trabalho, Neuropsicologia e Fluência. 
 Áreas estas, consideradas muito importantes dentro do mundo em que vivemos, numa 
sociedade que se caracteriza por muitos ruídos e sons, e que tem nesse fato a chance de 
prevenir e combater diversos problemas que podem comprometer o indivíduo não apenas 
em seu aspecto profissional como também pessoal, emocional e social. E como descreve 
Carvalho (2006), “O projeto de Acústica Arquitetônica saiu da sala de aula, extrapolou 
os teatros, cinemas, igrejas e estúdios para constar em toda a produção arquitetônica. ” 
 
2.2. FONOAUDIOLOGIA: FRENTE A ACÚSTICA ARQUITETÔNICA 
 
2.2.1. SOM - ONDA MECÂNICA 
 Pode-se caracterizar o som por ser um fenômeno ondulatório causado pelos mais 
diversos objetos e que se propaga através dos diferentes estados físicos da matéria. Ou 
 
 
7 
 
seja, onda é uma perturbação, abalo ou distúrbio transmitido através de um meio gasoso, 
líquido ou sólido. 
 Atualmente, vivemos em uma sociedade, onde somos expostos constantemente a 
inúmeras fontes sonoras, que podem nos afetar de muitas maneiras, tanto de formas 
positivas como negativas. Por vezes, nem percebemos, mas nosso sistema nervoso 
aumenta seu estresse simplesmente por estarmos em um local ou um ambiente de tráfego 
intenso de veículos ou com muita conversa, risos e barulho, podendo gerar em nós 
desconforto e estresse. 
 Dessa forma, compreende-se o quanto as ondas sonoras desempenham papel muito 
importante em nosso cotidiano e será por isso, que neste estudo o foco se voltará somente 
para elas, por mais que exista uma variedade muito grande de ondas. Estas possuem 
características que podem ou auxiliar, ou nos prejudicar inconscientemente, causando-
nos muito incomodo. Alguns sons e ruídos podem nos trazer calmaria e alívio, trazendo 
sensações de descanso, enquanto outros, estimulam de forma negativa nosso 
subconsciente, estressando-nos. Essas alterações serão melhor explicadas no tópico 
abaixo. 
2.2.2. NOÇÕES DE ACÚSTICA E PSICOACÚSTICA 
 A acústica é uma área de conhecimento que estuda o som e os seus meios de 
propagação. Podemos dizer que ela vem sendo caracterizada de maneira especial sob dois 
aspectos, dividindo-seem duas ciências que são consideradas: Física Acústica e 
Psicoacústica. 
 Ao se tratar da física acústica voltam-se os estudos para as vibrações e ondas 
mecânicas, enquanto que na psicoacústica, o importante são as sensações produzidas pelo 
som nos indivíduos, e dessa forma seus julgamentos e impressões ao receberem um 
estimulo sonoro em seus ouvidos. Dessa forma, todos os nossos órgãos sensoriais, 
principalmente as nossas orelhas captam grande variedade de fenômenos ondulatórios 
(que se caracteriza por transportar energia pelo espaço, som). 
 A psicoacústica está relacionada com a habilidade dos indivíduos de diferenciar os 
estímulos, e os relatos dos ouvintes sobre tal som. Lidando com atributos específicos a 
partir da percepção do ouvinte, como o pitch ou a frequência, e também a intensidade ou 
lousness dos sons, e lidando com as impressões individuais resultantes de diversos tipos 
de estímulos sonoros. 
 
 
8 
 
 Esses atributos específicos como o pitch, loudness, duração, timbre, são conforme 
Russo (1999), alguns aspectos das informações básicas que a orelha humana necessita 
para a percepção auditiva do som. 
 
2.2.3. RUÍDO E ASPECTOS HISTÓRICOS DO CRESCIMENTO URBANO 
As ondas podem se apresentar de maneira aperiódica ou periódica. As ondas 
sonoras periódicas são padrões de ondas que se repetem em tempos iguais, se 
caracterizando, por exemplo, como alguns sons da fala. Já nas ondas sonoras aperiódicas, 
não é possível identificar uma repetição, não há uma constância, sendo aleatórios. O ruído 
refere-se a essas vibrações aperiódicas, que não mantém relações matemáticas entre suas 
frequências, diferentemente das ondas periódicas, e acaba se classificando como sons 
perturbadores e indesejáveis. O agente perturbador é subjetivo, podendo variar 
dependendo da tolerância de cada indivíduo. 
Esses sons identificados como ruídos foram multiplicados com a Revolução 
Industrial no séc. XVIII, com a maior concentração humana em cidades surge a 
consequência da era da máquina. A emergência do uso da máquina a vapor (início do sec. 
XVIII), do motor elétrico (fim do sec. XVIII), do motor de combustão interna (sec. XIX), 
e finalmente alcançando o surgimento do avião e do automóvel (fim do sec. XIX e início 
do sec. XX) desencadeou a presença frequente do ruído em meio aos ambientes de 
trabalho e públicos. 
Mais recentemente, na metade do sec. XX o alto crescimento urbano e 
demográfico, o grande fluxo de veículos e de outras fontes sonoras, têm resultado no 
aumento dos níveis de ruído ambiental, o que levou ao estabelecimento de normas 
estipulando níveis máximos de ruído que são permitidos nos ambientes. Mas, na maioria 
dos casos, no Brasil isso ainda não é levado em conta no planejamento urbano, 
acarretando em efeitos maléficos sobre o cotidiano e a saúde dos indivíduos. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o ruído interfere no sono, na 
comunicação, e provoca reações fisiológicas e psicológicas causando problemas de saúde. 
Entre os diversos malefícios causados, conforme Medeiros (1999), tem-se a possibilidade 
de perda parcial (podendo ser total) da audição, problemas gastrointestinais, 
cardiovasculares, respiratórios e hormonais, distúrbios da comunicação e do sono. Isso 
afeta a qualidade de vida e o desempenho profissional de um indivíduo, devido ás 
alterações, além das já citadas, no rendimento do trabalho e na concentração. 
 
 
9 
 
 
2.3.PROJETO ACÚSTICO EM ARQUITETURA 
Segundo Silva (1971, pág. 167-169) descreve que ao se pensar em um projeto 
acústico, o primeiro passo do engenheiro ou arquiteto é conhecer o local que se planeja 
construir, tendo em vista suas especificidades. Conforme o autor, aconselha certa 
sequência como básica do planejamento de um projeto acústico qualquer, as quais 
descreverei fundamentando-me no que é descrito por ele. 
 
2.3.1. ASPECTOS BÁSICOS 
Inicialmente é necessário o levantamento dos ruídos locais, concentrando-se nos 
níveis de ruído nos diversos pontos do terreno e nas fontes de ruído existentes. Após feito 
isso, deve-se pensar nos objetivos do projeto, estabelecendo os níveis de ruído 
admissíveis, fazer a distribuição e determinar os diversos níveis de sons locais, calculando 
os tempos de reverberação dos mesmos. Voltando-se para etapas após o lançamento do 
projeto é necessário ter atenção ao isolamento dos sons e ao estudo das formas e 
superfícies interiores. Os cálculos deverão focar-se na transmissão do som através das 
paredes, cortinas, lajes e etc.; nas superfícies de absorção e de reverberação, com detalhes 
mais importantes relativos ás fundações, colunas e vigas, pisos e lajes, tetos e forros, 
paredes e repartições, portas, janelas e outras aberturas. 
Como Simões (2011, pág. 42) destaca: “quando uma onda sonora transmitida pelo 
ar incide sobre uma parede, parte do som é refletida e parte é transmitida à parede”. 
Considerando isso, a energia que incide sobre a parede se dissipa como calor, podendo 
ser transmitida pelo outro lado, propagando-se por outro ambiente. Para evitar esse 
fenômeno materiais absorventes, porosos e elásticos devem ser usados para impedir a 
reflexão sonora. Com isso, também é importante considerar o uso de materiais com massa 
elevada, para evitar que apenas dissipe a energia, e não vibre com ela. 
Um cuidado especial deve ser tomado no momento de projetar e realizar as 
instalações de condicionamento de ar e ventilação, instalações hidráulico-sanitárias, 
sistemas de amplificação sonora, de elevadores e escadas rolantes. O autor aconselha 
evitar disposições da construção que facilitem a reflexão do som (como superfícies 
côncavas voltadas para a rua e construções opostas frente a frente), principalmente no 
tratamento acústico das fachadas, que pode se tornar problemático. Silva (1971) 
aconselha também com base na localização dos compartimentos de permanência, como 
 
 
10 
 
quartos e sala, para que esses estejam do lado oposto à zona de barulho, sendo os 
compartimentos de serviço uma barreira anti-ruído. 
Quanto à escolha das estruturas Silva (1971, pág. 171) afirma: “ as estruturas 
heterogêneas são favoráveis à não propagação de ruídos”, ou seja, para que não haja 
incidência de ruído e frequências de ressonância, a estrutura deve contar com um 
tratamento acústico interno ou um isolamento de diversas partes envolvidas no fenômeno. 
Já as divisões podem ser feitas de material acústico isolante de 30 dB até 45 dB, ou 
construir-se uma parede dupla. Esta pode constar ou não com material isolante na área 
vazia, cujo índice de redução acústica seja superior a 50 dB. Para as divisórias não terem 
contato direto com as lajes, pode-se usar feltro alcatroado, borracha, entre outros, 
evitando a passagem direta do som. 
Com forte influência no tempo de reverberação, devem ser usados painéis ou 
murais acústicos como revestimento interior. De acordo com Silva (1971), os 
revestimentos podem se caracterizar como muito refletores (coeficiente de absorção 
superiores a 1/100 em sabine metro), ligeiramente absorventes (cujo coeficiente médio 
de absorção é 1/10 em sabine metro) ou muito absorventes (coeficientes médios de 
absorção são superiores a 5/10 em sabine metro). Considerando “sabin” como a unidade 
de absorção de um som, para que ele não seja refletido, alcançando o conforto acústico 
dependendo do revestimento. 
Para o autor, revestimentos de piso também devem ser considerados, 
principalmente para evitar ruídos de impacto. Com relação à equipamentos, há 
determinações específicas para o sistema de calefação, de aquecimento, de bombas e de 
ventilação, determinações para instalações de água, reservatórios de limpeza, colunas de 
queda de esgoto e lixo, motores de elevadores e etc., isso não será explorado nesse 
trabalho monográfico, pois não compete aos seus objetivos, porém a atenção do arquiteto 
a esses sistemas na confecção do projeto acústico arquitetônicoé imprescindível para um 
bom condicionamento acústico. 
 
2.3.2. SALAS DE AULA E AMBIENTES DE ESTUDO 
As escolas e universidades são instituições de extrema importância na sociedade, 
responsáveis por moldar e ensinar os indivíduos que as frequentam. Desse modo, para 
que ocorra a aprendizagem de maneira tranquila, é fundamental que seu ambiente ao 
acolher crianças, adolescentes e adultos em formação, tenha a garantia de conforto 
 
 
11 
 
acústico com apenas os níveis admissíveis de ruídos e sons. De acordo com Gonçalves et 
al. (2009) o “déficit na leitura e nas habilidades linguísticas devido à má acústica das salas 
de aula são cumulativos, assim o efeito sobre estudantes mais jovens é devastador. Como 
resultado, os alunos têm seu processo de aprendizagem prejudicado e os professores ficam 
sujeitos a uma carga de estresse adicional, o que pode se refletir na qualidade do ensino”. 
Além dos alunos, os professores são diretamente afetados devido à ausência de 
conforto acústico. É comum professores precisarem se afastar de seu exercício 
profissional, ou diminuir sua carga de trabalho para reabilitar a voz e recuperar a 
capacidade de fala. Ao dar aulas para uma grande quantidade de pessoas, em alguns casos 
inalando pó de giz (condições que também deveriam ser analisadas para a qualidade de 
vida do docente), com ruído constante dos ambientes ao redor, o professor se torna alvo 
do abuso vocal, estresse, e consequentemente dos distúrbios vocais. 
Gonçalves et al. apresentam uma pesquisa feita com professores pelas 
fonoaudiólogas Fabiana Zambon, do Sindicato dos Professores de São Paulo (SINPRO-
SP), e Mara Behlau, do Centro de Estudos da Voz de São Paulo (CEV-SP). Elas 
encontraram, entre muitos outros resultados, os seguintes fatos citados no artigo de 
Gonçalves et al.: 
“Ainda em relação à pesquisa, dos 217 entrevistados, 85% dos professores têm 
hábitos saudáveis e não fumam e 76% não ingerem bebidas alcoólicas 
regularmente. “O problema é ocupacional, daí a necessidade de uma lei que 
garanta ao professor melhores condições de trabalho”, afirma Rita Fraga, 
diretora do SINPRO-SP, que verificou também a ausência de uma Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), a qual tem entre suas funções 
orientar e prevenir problemas de voz em professores. Segundo o SINPRO-SP, 
a atividade profissional do professor revela-se um fator de risco para o 
surgimento de lesões que acometem as estruturas corporais. Essas lesões 
acabam afetando a realização plena das atividades docentes gerando, por 
vezes, incapacidades temporárias ou permanentes. Nos casos mais graves pode 
gerar afastamento da escola e das atividades profissionais. ” 
 
Considerando as necessidades que acabam surgindo, por parte dos alunos e 
professores que são expostos ao ruído no ambiente de estudo e trabalho, o arquiteto ao 
propor um projeto buscando o conforto acústico das salas de aula e locais de estudo, deve 
levar em conta aspectos que são propostos pelo Programa Nacional de Reestruturação e 
Aparelhagem da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (PROINFÂNCIA). Que 
afirma que existe a necessidade da implementação das metas definidas no Plano de 
Desenvolvimento (PDE), elaborado pelo Ministério da Educação, que garantem um 
padrão mínimo de qualidade de ensino e consequentemente melhorias na infraestrutura 
da rede física escolar. 
 
 
12 
 
Dessa forma, por meio de um Manual Técnico de Arquitetura e Engenharia de 
orientação para elaboração de projetos de construção de centros de educação infantil, o 
PROINFÂNCIA estabelece que o projeto da unidade de educação deve buscar “a relação 
harmoniosa com o entorno, garantindo conforto ambiental dos seus usuários (conforto 
térmico, visual, acústico, olfativo/qualidade do ar), qualidade sanitária dos ambientes e 
segurança”. Especificando as estruturas, as coberturas, as esquadrias, as ferragens, os 
revestimentos, a pintura, o piso da escola, entre outras. 
Para abordar o necessário para alcançar o conforto acústico de salas de aula e 
estudos, me basearei em Silva (1971, pág. 176) trazendo os principais pontos citados por 
ele, que devem ser atentados por parte do arquiteto no planejamento do projeto acústico 
para esses locais. 
Inicialmente o arquiteto deve ter em mente a necessidade de versatilidade das salas 
de aulas e ambientes de estudo, que podem servir para conferências, cinema, concertos, 
debates e etc.. Assim, a localização deve ser escolhida de modo que não seja próximo de 
ruas e estradas movimentadas e nem de aeroportos, pois os ruídos externos apenas 
prejudicam a audibilidade da fala e distraem os alunos. 
A criteriosa distribuição dos prédios deve ser estudada, de maneira que uma boa 
arborização e demais estruturas formem barreiras isolantes do ruído. As diversas 
dependências da escola devem receber o devido isolamento acústico de acordo com suas 
finalidades, salas de aula, laboratórios, bibliotecas e auditórios devem receber maior 
atenção, baseando-se nas bases do projeto acústico, já citado anteriormente. 
Um dos pontos a ser atentado pelo arquiteto em meio às bases do projeto é a 
reverberação, que é muito comum em salas de aula, podendo causar a percepção da 
própria voz do indivíduo de maneira atrasada. De acordo com Fernandes (2006), a 
reverberação depende do índice de reflexão das superfícies do ambiente (paredes, teto e 
piso). Então, materiais como mármore, concreto, vidro, etc. são altamente reflexivos, não 
sendo indicados para o uso na construção da sala de aula. Mas, materiais macios e porosos 
como a espuma, carpete, algodão, lã de vidro, cortiça, tapetes, cortinas grossas, etc. são 
absorventes, facilitando a absorção do som pelas paredes e divisórias. E o índice de 
reflexão também depende do volume do ambiente, pois quanto maior a distância entre as 
superfícies, maior será o atraso do som e maior será a reverberação. 
Finalizando as considerações desse tipo de ambiente, não se pode deixar de 
planejar a não propagação dos ruídos provenientes do interior de casas de máquinas, 
 
 
13 
 
usinas de energia, ginásios desportivos, piscinas e pátios de recreio, estando localizados 
mais afastados dos locais que requerem um nível mais baixo de propagação sonora. 
 
2.3.3. AMBIENTES VOLTADOS PARA COMUNICAÇÃO VERBAL: 
ESCRITÓRIOS E SALAS DE REUNIÕES 
Conforme Carvalho (2006), as salas de reuniões e ambientes de escritório 
(também aplicando-se a salas de estudo), devem garantir as necessidades que apresentam 
os indivíduos que os frequentam, de poderem expressar-se e comunicar-se de maneira a 
não atrapalharem outros recintos com a dissipação de suas conversas e discussões. Desse 
modo, o isolamento acústico deve ser feito adequadamente aos níveis de ruído produzidos 
interna ou externamente ao ambiente e também o tempo de reverberação do recinto deve 
ser pensado e corrigido, para que haja atenuação dos ruídos produzidos interiormente. 
Questões a respeito da necessidade ou não de privacidade visual devem ser 
estudadas, podendo-se descartar a possibilidade do uso de divisórias envidraçadas, as 
quais não dissipam bem o ruído. Além disso, o uso de computadores, telefones e outros 
equipamentos geradores de ruídos são questões de maior complexidade, já que seu uso é 
indispensável e muitas vezes simultâneo. 
Outro tópico importante é a dimensão da circulação de pessoas pelo ambiente, 
para prever outros ruídos que possam vir a surgir durante o cotidiano. Ao abordar as salas 
de reuniões, Carvalho (2006), afirma que sua geometria interna deve proporcionar a 
melhor distribuição possível dos sons produzidos, em que a reflexão e a absorção seja 
calculada para que ocorra de acordo com a necessidade, podendo por exemplo, fazer o 
uso de portas de grandes massas para evitar a dissipação de conversas confidenciais. Para 
finalizar este tópico, recomenda-se a aproximação dos interlocutores em um espaço de 
reunião,como uma estratégia que pode ser usada, de modo a aumentar a audibilidade da 
fala nos ambientes citados. 
 
2.3.4. AUDITÓRIOS E ANFITEATROS: PALESTRAS, ESPETÁCULOS E 
APRESENTAÇÕES MUSICAIS 
O teatro como espetáculo falado e cantado surgiu no século IV a. C. através dos 
gregos, que realizavam procissões com cantos e danças. Ao evoluírem as procissões, a 
duração dos textos foram aumentando, e consequentemente o público precisava sentar 
para estar confortável ao assistir. Os teatros cresciam cada vez mais, muitos sendo 
 
 
14 
 
construídos para cinco mil pessoas. Tem-se o exemplo do teatro de Dódona, localizado 
em Épiros (figura 1), que contava com dezoito mil lugares. E era cada vez mais 
necessário, construir de maneira que a palavra falada fosse audível e que toda sua energia 
fosse aproveitada. 
 
Tendo em vista os primórdios do teatro, e a evolução da habilidade dos arquitetos 
gregos em entender os detalhes acústicos, os anfiteatros eram construídos de modo que 
conforme Blesser e Salter (2007, pág. 96): 
 
“Primeiro, a grande parede frontal do palco, detrás dos interpretes teria 
refletido o som para a audiência bem do jeito que o faz a parede de fundo da 
casa cênica em muitos teatros do século dezessete (e também em muitos teatros 
modernos). Segundo, aumentando a inclinação da área da arquibancada teriam 
posicionada o público mais perto dos intérpretes. (Anfiteatros com forte 
inclinação tem sem dúvida melhor acústica). Terceiro, a abertura da boca das 
máscaras teria funcionado como mini-megafones. Quarto, com treinamento 
especial, os intérpretes teriam projetado suas vozes para obter a máxima 
inteligibilidade. Finalmente, cantando, os intérpretes poderiam projetar suas 
vozes mais longe do que simplesmente falando – bem longe, provavelmente 
atingindo os lugares mais afastados. ” 
 
E como estes mesmos autores afirmam, o espaço do teatro e auditórios devem, 
além de proporcionar uma experiência visual, também proporcionar vivência sonora. O 
arquiteto irá projetar esses ambientes traçando o perfil de seu uso, para que os 
espectadores tenham uma boa audibilidade e visibilidade. 
Inicialmente, deve ser feita a verificação do ruído no entorno, para a dimensão do 
isolamento acústico necessário, e em seguida, deve-se buscar que a forma arquitetônica 
do ambiente interno auxilie no condicionamento acústico, atentando para a distribuição 
dos sons produzidos. Tendo isso em vista, a forma geométrica do projeto arquitetônico 
pode auxiliar no comportamento acústico do local, e como menciona Carvalho (2006, 
Figura 1. Imagem tirada do Archaeological site of Dodona. Teatro de Dódona 
 
 
15 
 
pág: 142) pode haver combinação entre o isolamento acústico e a ventilação natural, 
desde que sejam adotados atenuadores de ruído posicionados juntamente às aberturas. 
Ao considerar uma forma geométrica para o ambiente interno, deve-se observar, 
por questões técnicas, a necessidade da adoção de painéis refletores ou absorventes, nos 
tetos e paredes, como exemplo, na figura 2 é possível observar os cinco painéis refletores 
usados pelo arquiteto Mauro Marcon em seu projeto para a construção de um teatro em 
São Miguel do Iguaçu, essas placas refletoras surgem como alternativa em locais cujo 
formato interno não favorece a reflexão do som. 
 Caso não haja necessidade dos painéis, é preciso atentar para elementos 
exclusivamente estéticos do local, que podem resultar em problemas de reflexão ou 
absorção além dos calculados. 
Carvalho (2006) ainda traz a análise do tempo de reverberação do recinto, para 
que possíveis correções sejam realizadas através da absorção acústica dos componentes 
do auditório. E também, o estabelecimento da taxa de ocupação em função do volume 
interno, ocorrendo possíveis simulações de correção do tempo de reverberação do recinto 
com diferentes taxas de ocupação. 
Com relação á especificações mais técnicas de auditórios menores (de até 400 
lugares), Silva (1971) traz que o teto deve ser refletor nas proximidades do palco, e 
absorvente no fundo do auditório, com sua altura buscando não ultrapassar 7 metros. 
Deve-se planejar as paredes laterais não sendo paralelas, possuindo pequenas 
divergências. A parede do fundo não deve ser côncava, caso aconteça, esta precisa ser 
Figura 2. Projeto arquitetônico do Arq. Mauro 
Marcon para um teatro em São Miguel do Iguaçú 
 
 
16 
 
revestida com material extremamente absorvente, para evitar a concentração de energia, 
formando focos. As cadeiras devem ser do tipo poltrona, estofadas, para que a superfície 
de absorção aumente. As alas e passagens devem ser revestidas com tapetes de borracha 
ou outro material absorvente. 
Por fim, ao considerar o projeto acústico em arquitetura para teatros e auditórios, 
estes devem possuir paredes espessas e pesadas ou isolamento especial, com consequente 
iluminação artificial, ventilação mecânica ou condicionamento de ar, para o conforto 
geral do ambiente. 
2.4. CABINA ACÚSTICA PARA AVALIAÇÕES AUDIOLÓGICAS 
As cabinas acústicas usadas em exames audiométricos são utilizadas por 
fonoaudiólogos em clínicas, em hospitais ou em empresas, que necessitam de avaliações 
periódicas para consulta da saúde auditiva de seus trabalhadores. Se caracteriza por ser 
um cubículo fechado que tem o objetivo de isolar os sons externos do ambiente interno, 
reduzindo os ruídos para não haver interferência nos resultados dos exames. 
De acordo com as orientações dos conselhos de fonoaudiologia para o ambiente 
acústico na realização de testes audiológicos, propostas pelo CFFa em 2010, o ambiente 
onde pretende-se instalar o escritório e a cabine audiométrica devem ter os níveis de 
ruídos já dimensionados. Localizando-se em uma sala distante de corredores com muita 
movimentação e lugares barulhentos, evitando proximidade com janelas e portas, salas 
de máquinas como ar condicionado central, compressor de ar, casa de bombas e etc. 
Após a escolha do local, é necessário realizar a avaliação dos níveis de ruído para 
verificar se estão conforme os recomendados na ISO 8253-1 (International Organization 
for Standardization, Acoustics -- Audiometric test methods). E em seguida, deve ser feita 
a avaliação dos níveis de pressão sonora do ruído ambiente conforme a metodologia 
estipulada pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, observando de acordo com a ISO 
8253-1, que estes devem ser menores ou iguais a 18 dB para determinação de limiares 
tonais de via aérea e menores ou iguais a 4 dB para a via óssea. Desse modo, a cabina 
audiométrica é usada para promover o nível de isolamento suficiente determinados pela 
ISO 8253-1. 
A seguir, serão descritas instruções que devem ser atentadas no momento da 
instalação de uma cabina acústica, essas estão baseadas nas orientações oferecidas pelo 
CFFa. 
 
 
17 
 
De acordo com a Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária - Ministério da Saúde - a cabina audiométrica deve 
possuir dimensão mínima de 1,4 m² e a sala para comando do exame 4 m². O isolamento 
acústico proporcionado por ela dependerá dos materiais empregados em sua construção, 
da sua tecnologia de vedação, da montagem, entre outros. Assim, deve-se ter cuidado 
redobrado com as aberturas, – porta, visor, passagem de cabos e fios – por isso são 
recomendadas portas com trinco de pressão e visor com vidros duplos ou triplos. E para 
segurança dos clientes, as portas devem possuir dispositivos que permitam a abertura de 
dentro para fora. 
Os orifícios por onde passam cabos e fios devem ter atenção redobrada, devem 
ser isolados com o uso de materiais que realizem sua vedação. E o sistema de iluminação 
interna da cabina deve ser instalado de maneira que não produza ruídos. Os materiais 
internos e externos da cabina devem ser selecionados de maneira a elevar a absorção 
sonora, porém deve-se observar também a necessidadede limpeza e manutenção da 
mesma. 
Um aspecto a ser observado é a acessibilidade da cabina, para pessoas com 
necessidades físicas ou mobilidade reduzida, prestando atenção para a altura e a largura 
da porta, e também uma rampa de acesso caso necessário. 
Seguindo esta ideia, trago a proposta de uma cabina audimétrica (figura 3) que 
atende as necessidades anteriormente citadas. É uma alternativa proposta por Zambom et 
al. (2015) que afirmam: “embora o processo seja lento, futuramente todos os tipos de 
pessoas portadoras de deficiências receberão os equipamentos adequados de acordo com 
suas necessidades...”, que criaram uma disposição de uma cabina audiométrica para 
pessoas com necessidades especiais. 
 
 
 
 
 
18 
 
Figura 3. Figura 5 do artigo de Zambom et al. (2015), que traz a proposta de uma cabina acústica 
acessível, focando em suas necessidades de vedamento sonoro. 
 
 
19 
 
3. CONCLUSÃO 
Como tratado neste trabalho monográfico o ruído é um problema que acomete 
comumente qualquer indivíduo, podendo ter suas consequências agravadas pelo contato 
constante, ou seja, sua duração, e sua intensidade. Visto isso, inserem-se nesse contexto 
os distúrbios e problemas fonoaudiológicos causados por ele. 
Todos somos vítimas do ruído constantemente, surge a partir desse ponto a 
necessidade da reflexão acerca dos lugares que frequentamos, e se esses atendem as 
normas estipuladas tanto arquitetonicamente para as construções, como quando ao ar 
livre. 
Trazendo uma perspectiva individual da autora deste trabalho monográfico, 
delineando experiências cotidianas pelas quais passa, percebe o quanto necessita do 
silencia para concentrar-se nos estudos. E o quanto é afetada negativamente quando há 
ruídos externos como cortadores de grama, barulhos da estradas movimentadas, 
conversas e ruídos de vizinhos e etc. pois tem que parar e recomeçar constantemente suas 
atividades devido a desatenção que este fenômeno causa. 
Considerando também a fé desta autora, que sempre frequentou igrejas e templos, 
esta nota falhas constantes quanto à disposição das fontes sonoras nesses ambientes, e 
como o som acaba tendo uma reflexão e absorção inexata. Esse fato, que não ocorre 
apenas em igrejas e templos, prejudica o estabelecimento no local, podendo trazer 
aspectos fisiológicos e incômodos à orelha humana. 
Visto as alterações que o ruído pode causar, é muito importante que o 
fonoaudiólogo defenda a prevenção do ruído, e realize o tratamento dos distúrbios 
causados por ele. Mesmo nos ambientes em que não se pode isolar o ruído é necessária a 
afirmação por parte do fonoaudiólogo, da utilização de Equipamentos de Proteção 
Individual para a conservação auditiva. Este uso está regulamentado pelo Ministério do 
Trabalho, e determinado que a própria empresa deve fornecer esses equipamentos ao 
trabalhador, que podem ser internos de silicone, internos de espuma ou externos tipo 
concha (Simões, 2011). Além disso, devem ser fornecidas avaliações audiométricas 
periódicas para esses trabalhadores. 
Também compete ao fonoaudiólogo e ao arquiteto defender a existência de normas 
que visem assegurar o controle dos níveis de ruído. Sabendo que compete ao poder 
público municipal a elaboração de ações que visem assegurar que, individualmente, o 
nível de som ou ruído dos diversos agentes emissores esteja dentro dos limites legais, na 
 
 
20 
 
ausência de uma legislação municipal específica sobre ruído, devem ser observadas as 
Normas Técnicas Brasileiras. A existência dessas normas facilita o trabalho do arquiteto, 
tendo uma base legal para justificar suas ações e o uso de materiais diferentes em seu 
projeto. Desse modo, deve ser defendida e estimulada a criação de normas específicas 
para cada município, concentrando-se nas necessidades individuais de cada um. 
Percebe-se então que a física acústica é um tema que se aplica à várias ciências, 
como a construção civil, a arquitetura, as ciências da saúde e a própria física. E é 
necessário um enfoque mais preciso nesse tema, e a estimulação de pesquisas nessa área, 
seja para a qualidade dos edifícios e o tranquilo exercício de atividades, como para 
prevenir fatores fisiológicos que podem vir a surgir como consequência da exposição ao 
ruído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
4. REFERÊNCIAS: 
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RUSSO, I. C. P. Acústica e Psicoacústica aplicadas à Fonoaudiologia. Ed. Lovise, 2° 
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fonoaudiologia clínica, audiologia clínica (CEFAC) – Porto Alegre, 1999. Disponível em: 
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18 de abril de 2018. 
 
GONÇALVES, V. S. B.; SILVA, L. B.; COUTINHO, A. S. Ruído como agente 
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FERNANDES, J. C. 2006. Padronização Das Condições Acústicas Para Salas De 
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FERREIRA, L. F. Acústica de Ambientes e Salas de Aula. Monografia de conclusão de 
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2018. 
 
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Acesso em: 21 de abril de 2018 
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/110389
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462012000200015
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http://www.fisicajp.unir.br/downloads/1992_tccleondas.pdf
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MARCO, C. J. S. Análise acústica de auditórios musicais depois de construídos. 2009. 
115 f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) -Universidade de Brasília, Brasília, 
2009. 
 
BLESSER, B., SALTER, L. R. Spaces speak, are you listening?. Cambridge: 
Massachusetts Institute of Technology, 2007 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de VigilânciaSanitária. Resolução – RDC 
nº 50, de 21 de fevereiro de 2002: dispõe sobre o Regulamento Técnico para 
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. 
Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/ resol/2002/50_02rdc.pdf Acesso em: 21 
de abril de 2018. 
 
International Organization for Standardization. ISO 8253-1: 1989: Acoustics -- 
Audiometric test methods -- Part 1: Basic pure tone air and bone conduction 
threshold audiometry. Revised by ISO 8253-1:2010. Disponível em: 
https://www.iso.org/standard/15356.html Acesso em: 28 de abril de 2018. 
 
ZAMBON, S, A., BORTOLIN, A. R., FERNANDES, F. R. Design para acessibilidade: 
estudo e desenvolvimento de uma cabine de audiometria voltada aos paraplégicos e 
tetraplégicos. p. 1527-1538. In: Anais do 15º Ergodesign & Usihc. São Paulo: Blucher, 
2015. Disponível em PDF: http://www.proceedings.blucher.com.br/article-
details/design-para-acessibilidade-estudo-e-desenvolvimento-de-uma-cabine-de-
audiometria-voltada-aos-paraplgicos-e-tetraplgicos-19104. Acesso em: 30 de abril de 
2018. 
CFFa, Ambiente Acústico em Cabina/Sala de Teste: Orientações dos conselhos de 
fonoaudiologia para o ambiente acústico na realização de testes audiológicos. Março, 
2010. Disponível em: https://www.ufrgs.br/napead/repositorio/objetos/avaliacao-
audiologica/normas_ambiente_acustico.pdf Acesso em: 28 de abril de 2018. 
 
5. REFERÊNCIAS DAS IMAGENS 
 
Figura 1. Archaeological site of Dodona. Disponível em: 
http://epirustreasures.gr/?p=3571&lang=en. Acesso em: 28 abril 2018. 
 
Figura 2. Projeto arquitetônico do Arq. Mauro Marcon para um teatro em São Miguel do 
Iguaçú. Disponível em: https://acustica.arq.br/projetos/. Acesso em: 28 de abril de 2018. 
 
Figura 3. Imagem tirada do artigo “Design para acessibilidade: estudo e 
desenvolvimento de uma cabine de audiometria voltada aos paraplégicos e tetraplégicos” 
https://www.iso.org/standard/43601.html
https://www.iso.org/standard/15356.html
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/design-para-acessibilidade-estudo-e-desenvolvimento-de-uma-cabine-de-audiometria-voltada-aos-paraplgicos-e-tetraplgicos-19104
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/design-para-acessibilidade-estudo-e-desenvolvimento-de-uma-cabine-de-audiometria-voltada-aos-paraplgicos-e-tetraplgicos-19104
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/design-para-acessibilidade-estudo-e-desenvolvimento-de-uma-cabine-de-audiometria-voltada-aos-paraplgicos-e-tetraplgicos-19104
https://www.ufrgs.br/napead/repositorio/objetos/avaliacao-audiologica/normas_ambiente_acustico.pdf
https://www.ufrgs.br/napead/repositorio/objetos/avaliacao-audiologica/normas_ambiente_acustico.pdf
http://epirustreasures.gr/?p=3571&lang=en
https://acustica.arq.br/projetos/
 
 
23 
 
de Zambom et al. 2015. Disponível em PDF: 
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/design-para-acessibilidade-
estudo-e-desenvolvimento-de-uma-cabine-de-audiometria-voltada-aos-paraplgicos-e-
tetraplgicos-19104. Acesso em: 30 de abril de 2018. 
 
 
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/design-para-acessibilidade-estudo-e-desenvolvimento-de-uma-cabine-de-audiometria-voltada-aos-paraplgicos-e-tetraplgicos-19104
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/design-para-acessibilidade-estudo-e-desenvolvimento-de-uma-cabine-de-audiometria-voltada-aos-paraplgicos-e-tetraplgicos-19104
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/design-para-acessibilidade-estudo-e-desenvolvimento-de-uma-cabine-de-audiometria-voltada-aos-paraplgicos-e-tetraplgicos-19104

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