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EDUCAÇÃO E ÉTICA: A INCLUSÃO DO SURDO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA GLOBALIZADA. Anajatuba - MA 2020 INTRODUÇÃO O intuito deste trabalho é de discutir e refletir sobre “A inclusão do surdo na sociedade contemporânea globalizada”. Os educandos no ambiente escolar, independe da diversidade que apresentem, seja, físico, sociocultural ou psíquica, com oportunidades educativas como qualquer cidadão considerado normal. Como um princípio fundamental previsto na Constituição Federal, atribui ao cidadão o direito de exercer sua cidadania, não permitindo qualquer tipo de preconceito ou discriminação. No Brasil temos milhares de pessoas surdas, mas o grande número parece não ser o suficiente para alterar a realidade que vivemos em nosso país. Não há o mínimo de preocupação das escolas em oferecer uma educação inclusiva ou ainda das empresas em oferecer uma chance de trabalho para os surdos e essas pessoas sofrem com a exclusão. Objetivos: Geral • Contribuir para melhor interação de pessoas surdas através das tecnologias, promovendo subsídios que possam colaborar com soluções viáveis para a construção de uma sociedade mais igualitária com qualidade e direcionamento mais eficaz. Específicos: • Identificar o uso de softwares para pessoas com surdez. • Conhecer as bases pedagógicas que fundamentam a aplicação da informática para alunos surdos. • Mostrar a importância da inclusão digital para pessoas com deficiência auditivas. • Analisar o uso da tecnologia com a aprendizagem da leitura e escrita do surdo no computador. A inclusão das pessoas com deficiência em todos os setores da sociedade vem ocorrendo aos poucos no nosso país. A Constituição Federal do Brasil de 1988 menciona a igualdade como direito fundamental apresentando-a, desde o seu preâmbulo à concepção da Constituição de um Estado Democrático de Direito, como essencial na busca de um tratamento igualitário a todos, sem distinção. Não obstante faz-se imprescindível a adoção de políticas voltadas à materialização da igualdade, estabelecida no mandamento constitucional, bem como a adoção de métodos concretos na acepção de evitar todo e qualquer tipo de discriminação que impeça a promoção social dos grupos sensíveis da sociedade que clamam por uma prestação positiva em relação ao Estado. No caso dos então classificados como anormais, entre eles os surdos, essa noção de transformação e aperfeiçoamento se encaixa ainda mais perfeita e furiosamente para a sua normalização, necessária à integração do sujeito no processo social. Neste contexto, este trabalho tem como finalidade promover uma reflexão e discussão sobre a inclusão do surdo na sociedade contemporânea globalizada, principalmente quanto à questão da comunicação e a construção de conhecimento. A pesquisa realizada será de cunho bibliográfico com destaque descritivo, através de livros, artigos, pesquisa na internet, tendo o diálogo com os principais autores que fazem referência a este assunto. Entendemos o processo social aqui referido, como o desenvolvimento geral das sociedades industriais contemporâneas no âmbito político, econômico, intelectual e técnico, ou seja, o seu desenvolvimento histórico. A inclusão dos surdos não é um fato que envolve somente as pessoas que apresentam esta necessidade educativa especial, mas também diz respeito às famílias, professores, funcionários e toda comunidade em geral, na medida que buscamos construir uma sociedade justa e igualitária. O desenvolvimento da sociedade tem hoje uma forte dependência do conhecimento e da capacidade de gerar, transmitir, processar, armazenar e recuperar informações de forma eficiente. Esta capacidade pressupõe competência no uso de recursos de tecnologias de informação, especialmente as tecnologias da informática. Por isso, a população precisa ter oportunidades de acesso a esses instrumentos e adquirir capacidade para produzir e desenvolver conhecimentos utilizando a tecnologia. No entanto, as escolas ainda resistem a esse tipo de atividade. Como enfatiza Brasilina Passarelli, "em grande medida, porém, a escola ainda mantém sua visão paroquial, localizada, ignorando as profundas alterações que os meios e tecnologias de informação introduzem na sociedade contemporânea, não percebendo que eles criam novas maneiras de 'apreender' e 'aprender' o mundo" (PASSARELLI, 2004 p,23). Diante de tudo que foi exposto, podemos perceber que o uso das ferramentas tecnológicas e de suma importância no processo educacional. Mas, cabe ao professor usufruir destas ferramentas como suporte pedagógico, para assim propiciar ao educando momento de curiosidade e prazer, e consequentemente torná-lo um cidadão crítico e construtor de conhecimento. A comunidade surda registrou em sua trajetória lutas, realizações, frustrações, sucessos e fracassos. Algumas dessas batalhas aconteceram na tentativa de que fossem cumpridas as determinações postas na legislação vigente. Assim, as pessoas surdas são constantemente expostas ao fracasso tendo como causa a sua própria condição (não ouvir) e não as condições reproduzidas pelo sistema. A consequência dessa tentativa de homogeneização é o fracasso, não só acadêmico, mas na formação de pessoas com problemas sérios de ordem pessoal, social, cultural e política. Até a sanidade mental dessas pessoas é colocada em risco, uma vez que, a formação da identidade é constituída com base em modelos completamente equivocados (QUADROS, 2003). A acessibilidade na comunicação é fator muito importante para o pleno exercício de cidadania do surdo assim como também contribui para uma melhor integração e inclusão do mesmo, nos distintos espaços sociais. Atender às necessidades de acessibilidade na comunicação de surdos requer um maior nível de consciência por parte da sociedade em geral que lidam com pessoas com deficiência auditiva, uma vez que questões como as necessidades de interfaces visuais, padrões para a identificação de fala, sinalização de dispositivos visuais, etc. CONCLUSÃO O processo de inclusão ainda representa uma utopia, pois ao oferecer condições para que a comunidade surda seja inclusa, ainda há resistência por parte da família que por não conhecer a Libras chega a rejeitar o surdo e sua participação social considerando-o como deficiente ou até mesmo incapaz. A família deve ser a primeira a aceitar e aprender a se comunicar com uma criança surda, aprender também a educar essa criança, para que no decorrer do tempo ela possa conviver com outras pessoas de maneira normal, mas, percebe-se que mesmo com tantas mudanças ainda existem dificuldades enfrentadas pela comunidade surda que precisam ser vencidas. Entende-se que a comunidade surda tem sofrido muito desde a antiguidade do seu contexto histórico, partindo do seu reconhecimento como ser humano, até a sua aceitação na sociedade e do seu direito de ensinar e de aprender como qualquer ouvinte. Esse movimento ainda é tímido, apesar das crianças surdas frequentarem a escola regular, as mesmas ainda não têm um acompanhamento para facilitar a inclusão de fato e de direito, mas as secretarias de educação aos poucos já percebem a necessidade de se ter em seu corpo docente profissionais da área, e acredita-se que com o passar dos anos, tendem a melhorar. Pois, a inclusão é se faz necessária e por ser tão divulgada, acaba que gerando uma cobrança da sociedade por profissionais que desempenhe um bom papel e também existe um grande interesse de professores em trabalhar nessa área. REFERÊNCIAS BORGES NETO, H. Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. In: Revista Educação em Debate, ano 21, v. 1, n. 27, p. 135-136, Fortaleza, 1999. BRASIL. Programa Nacional de Informática Educativa– Proninfe. Em Aberto. Brasília, ano 12, n. 57, jan./mar. 1993. FREIRE, P. Extensão ou comunicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971.WWW.projetomemoria.art.br/paulofreire/obras/obras_livros.html. GONÇALVES, Irlen Antônio. Informática e educação: um diálogo com a produção intelectual brasileira dos últimos vinte anos >Belo Horizonte: CEFET- MG,1999. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. História da informática educativa no Brasil. Secretaria de Educação à Distância. Disponível em < http://www.proinfo.gov.br/ prf_historia.htm, 1999>. MORAES, M.C. 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