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dermatofitoses 1. Micoses Superficiais Micoses superficiais são doenças provocadas por fungos ou cogumelos que se localizam preferencialmente na epiderme e/ou em seus anexos, podendo, entretanto, eventualmente, invadir a derme e, em raríssimos casos, até mesmo órgãos internos. O contágio inter-humano é frequente. São classificadas em quatro grupamentos: ceratofitoses, dermatofitoses, dermatomicoses e candidíases. 1.1 Dermatofitoses • Conceito Embora o termo dermatofitose não corresponda à classificação taxonômica, ficou consagrado para designar doenças causadas por um grupo de fungos que, geralmente, em vida parasitária, vivem à custa da queratina da pele, dos pelos e das unhas. Agrupam-se sob essa denominação fungos dos gêneros Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton, cujas características morfológicas, fisiológicas e antigênicas os relacionam entre si. • Epidemiologia São descritas mais de 40 espécies de dermatófitos. Destas, 30 são patogênicas para o homem. Têm distribuição universal, mas com certas peculiaridades (T. soudanense, na África; T. concentricum, na Ásia, na América Central e no Brasil); essas variações de frequência dependem de migrações. A prevalência é maior nas zonas tropical e subtropical, em regiões de clima quente e úmido. A mesma espécie pode produzir quadros clínicos bem diferentes e, inclusive, com seletividade de grupos etários; assim, o T. tonsurans pode produzir tinea do couro cabeludo na infância e dermatofitose corporis no adulto. A dermatofitose capitis (tinea do couro cabeludo) é quase exclusiva da criança e regride espontaneamente com a puberdade, à exceção da produzida pelo T. schoenleinii (tinea favosa), que pode persistir por toda a vida. As onicomicoses são típicas dos idosos devido ao crescimento lentificado das unhas. O T. rubrum é, de longe, o agente etiológico mais frequente. Portadores assintomáticos existem e tornam complexa, pelo menos parcialmente, a interpretação dos dados epidemiológicos. • Etiopatogenia Os dermatófitos, na sua fase assexuada, que é a do parasitismo, são constituídos por três gêneros: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton; na fase sexuada (saprofitismo no meio ambiente), já foram descritos dois gêneros: Nannizzia (corresponde ao Microsporum) e Arthroderma (corresponde ao Trichophyton). No gênero Microsporum, devem ser consideradas as seguintes espécies: M. audouinii, com localização preferencial no couro cabeludo; M. canis, acometendo couro cabeludo e pele glabra; M. ferrugineum e o M. gypseum, acometendo couro cabeludo e tronco. Podem, raramente, acometer a unha, ocorrendo com maior frequência em pacientes imunodeprimidos. Há casos de onicomicoses em pacientes imunocompetentes por meio do contágio de gatos domésticos doentes. No gênero Trichophyton, devem ser consideradas as seguintes espécies: T. rubrum, podendo produzir praticamente quase todos os quadros clínicos de dermatofitose e tendo como característica principal certa resistência aos tratamentos; T. schoenleinii, poupando apenas as dobras naturais, os pés e as mãos; T. tonsurans, poupando a área da barba e das pregas dos pés e das mãos; T. yaounedi, comprometendo exclusivamente o couro cabeludo. Outras espécies são: T. soudanense, T. megninii e T. mentagrophytes, que apresenta duas variedades: interdigitale (antropofílico) e mentagrophytes (zoofílico). O gênero Epidermophyton só tem uma espécie patogênica para o homem: E. floccosum, com preferência pelas dobras e pelos pés, podendo atingir também tronco e unhas, porém não acomente o couro cabeludo e a barba . A exuberância das manifestações clínicas depende do grau de hipersensibilidade celular (linfócito T). Além do hospedeiro, esse aspecto é inerente à virulência e às espécies que, por conseguinte, têm também habitat natural próprio. Com relação ao habitat, os dermatófitos podem ser divididos em três grupos: antropofilicos, zoofi1icos e geofilicos. Os antropofilicos, adaptados ao homem, produzem, em geral, pouca ou nenhuma reação de hipersensibilidade (T. rubrum, T. concentricum, T. schoenleinii, T. tonsurans, T. mentagrophytes var. interdigitale, M. Audouinii e outros), sendo, dermatofitoses portanto, mais resistentes ao tratamento, exigindo uma dose por vezes maior de antifúngico, ou um tratamento mais prolongado; recidivas são frequentes. São a principal etiologia das infecções crônicas. Os zoofílicos (M. canis, T. verrucosum, T. mentagrophytes var. mentagrophytes) e os geofilicos (M. gypseum) provocam no homem quadros mais inflamatórios e exuberantes, inclusive com tendência à cura espontânea. As fontes de infecção podem ser, consequentemente, o homem, determinados animais (cão, gato, porco, gado etc.) e o solo. As epidemias de tinea capitis em creches e orfanatos são causadas por dermatófitos antropofílicos, geralmente o T. tonsurans. A hipersensibilidade celular específica é dada pelo teste intradérmico à tricofitina (extrato de várias culturas de dermatófitos), com resposta papuloeritematosa, em 24 a 48 h. Foi comprovado em estudos de imuno- histoquímica com marcadores linfocitários e moléculas de adesão intercelular que existe modulação in situ da imunidade celular em pacientes com dermatofitose crônica. Ocorre também imunidade humoral revelada por anticorpos séricos: fixadores do complemento, aglutininas e reaginas específicas. Outro aspecto de interesse é a chamada ceratinofilia dos dermatófitos; isto é, esses cogumelos teriam facilidade de cultivo na queratina, daí o uso de cabelos para "pesca' de dermatófitos no solo. Os dermatófitos dispõem de queratinase, o que possibilita a invasão da camada córnea, mas lá ficariam restritos por um bloqueio em decorrência de fatores naturais fungistáticos séricos, como a alfa2-macroglobulina e a transferrina insaturada, que impediriam a sua penetração no organismo. Em casos raros, em geral por deficiência imunológica específica ou sistêmica, os dermatófitos podem atingir a derme, a hipoderme e até mesmo os ossos, a não ser por inoculação direta (depilação, fazer barba etc.). • Clínica Diversos quadros clínicos bem individualizados podem ser descritos. A) Dermatofitose do corpo (tinea corporis) O quadro clássico é representado por lesões eritematoescamosas, circinadas, isoladas ou confluentes, uma ou várias com crescimento centrífugo, de modo que a parte externa é mais ativa; por vezes pode ter aspecto concêntrico. Para se obter um resultado fidedigno em um exame micológico da lesão de dermatofitose, deve-se procurar obter a amostra na periferia da lesão circinada. Há casos com predominância de vesícula e, até mesmo, pústula; outras vezes, a lesão é em placa eritematoescamosa e de evolução lenta; o prurido está sempre presente. São localizações usuais os braços, a face e o pescoço (Figuras 44.8 a 44.13). B) Dermatofitose marginada (tinea cruris) Caracteriza-se por lesão eritematoescamosa, a partir da prega inguinal. Avançando sobre a coxa, com nitidez de borda (daí o nome marginada), a lesão pode invadir o períneo e propagar-se para as nádegas, a região pubiana e, até mesmo, o baixo-ventre. É muito pruriginosa e, por isso, a liquenificação é frequente. O não acometimento da pele da bolsa escrotal demonstra a especificidade da ceratinofilia dos dermatófitos e ajuda no diagnóstico diferencial com a candidíase. C) Dermatofttose dos pés (tinea pedis) Três formas são descritas: a aguda, eczematoide, representada por vesículas em geral plantares e digitais, é causada pelo T. mentagrophytes var. mentagrophytes e manifesta- se com vesículas, sendo bastante pruriginosa; a forma intertriginosa é causada pelo T. mentagrophytes var. interdigitale (ver item Pé de atleta, adiante),de localização nas pregas interpododáctilas (predominantemente), caracterizada por fissuras e maceração; e a forma crônica, caracterizada por lesões descamativas pouco pruriginosas, acometendo praticamente toda a região plantar. E peculiar e rara a apresentação em "mocassim e/ou em luva"; não necessariamente simétrica e causada pelo T. rubrum. A tinea pedis pelo T. rubrum pode acometer crianças mais frequentemente do que se suspeita. Geralmente se apresenta sob a forma intertriginosa e tem como diagnóstico diferencial eczema atópico, eczema de contato e psoríase plantar (Figuras 44.14 a 44.16). D) Dermatofttose imbricada (tinea imbricata) dermatofitoses Apresenta lesões escamosas em círculos concêntricos ou que formam arabescos, atingindo grandes áreas do corpo e muito pruriginosas. O agente etiológico é o T. concentricum. É típica de determinadas regiões, como a Polinésia ("tokelau"); no Brasil (Mato Grosso e Amazônia) tem o nome de "chimberê". Parece ter um caráter genético (Figura 44.17). E) Dermatofitose ungueal (tinea unguium) ou onicomicose Caracteriza-se por lesões destrutivas e esfarinhentas das unhas, iniciando-se pela borda livre, de cor branco-amarelada, como o marfim velho; geralmente, há ceratose do leito ungueal. É doença eminentemente crônica, comprometendo uma ou várias unhas dos pés (preferentemente as do hálux) ou, com frequência bem menor, das mãos. O acometimento ungueal é, em geral, secundário ao plantar (ver item Onicomicoses, adiante). F) Dermatofitose da face Tem um aspecto peculiar e, às vezes, de difícil diagnóstico. São lesões eritematoescamosas de crescimento centrífugo, às vezes com disposição em asa de borboleta, lembrando o lúpus e a dermatite seborreica; em geral, o prurido é discreto (Figura 44.18). G) Dermatofitose do couro cabeludo (tinea capitis) Caracteriza-se pelo comprometimento dos cabelos, que são invadidos e lesados; há também lesões eritematoescamosas do couro cabeludo. Os cabelos são fraturados próximo à pele, produzindo as típicas áreas de tonsura, caracterizadas por pequenos cotos de cabelos ainda implantados. Na tinea tricofítica, as áreas de deglabração são pequenas, ao contrário das microspóricas, cuja área em geral é única e grande. Nessas duas, os cabelos voltam ao normal com o tratamento ou com a involução espontânea, na época da puberdade. A explicação para essa regressão seria o início da produção de ácidos graxos com propriedades fungistáticas. Na variedade favosa, entretanto, ocorre atrofia com alopecia definitiva ou cicatricial. Essa variedade apresenta um aspecto morfológico muito característico: as escútulas fávicas (godet) - crosta constituída por micélio, esporos, células, sebo e exsudato. A alopecia definitiva é mais frequentemente causada pelo T. schoenleinii, porém agentes de origem zoofílica e geofílica, como T. violaceum e M. gypseum, também são capazes de causá-la por reação inflamatória intensa com posterior fibrose e atrofia folicular (Figuras 44.19 a 44.21). A tinea capitis pode ser classificada, também, em função do local de comprometimento do pelo, em parasitismo ectothrix e endothrix. No primeiro tipo, a produção de artrosporos se dá na superfície externa da bainha do pelo. Quando a matriz do pelo encontra-se recheada de esporos grandes é provavelmente causado por fungos do gênero Trichophyton (verrucosum, mentagrophytes var. mentagrophytes etc.), e quando forem pequenos, por Microsporum sp. que pode evoluir para endothrix. No entanto, no segundo, as hifas fragmentam-se em artrosporos confinados no interior da bainha do pelo (T. tonsurans, T. violaceum, T. schoenleinii etc.). Os pelos afetados tornam-se frágeis e quebradiços e, portanto, sofrem fratura. Os denominados black-dots correspondem aos pontos enegrecidos que surgem no local de fratura dos pelos (sinal do ponto de exclamação) e são tipicamente desencadeados pelos agentes causadores do parasitismo endothrix. Os principais agentes de tinea capitis no Brasil são M. Canis (parasitismo ectothrix) e T. tonsurans (parasitismo endothrix). Há uma variante seborreica "não tonsurante" de tinea capitis, produzida pelo T. tonsurans, que deve ser diferenciada em crianças da dermatite seborreica no couro cabeludo e da pseudotinea amiantácea (ver Kerion, no item Dermatofitose inflamatória, adiante, e Figura 7.4). A dermatoscopia possibilita o achado de cabelos em "vírgula" e também, descritos nos melanodérmicos, pelos em "saca-rolha"; há diferenças dermatoscópicas que podem diferenciar infecções pelo T. tonsuras do M. Cansi. H) Dermatofitose inflamatória Há três tipos principais : (1) kerion, localizado no couro cabeludo ou na barba, representado por placa de foliculite aguda ou subaguda, eminentemente hiperérgica, com intensa supuração e cura espontânea, às vezes com alopecia cicatricial; (2) sicose tricofitica, representada por pústulas centralizadas por pelos dermatofitoses na região da barba e do bigode. Às vezes são isoladas e, outras vezes, formam conglomerados; a evolução é, em geral, crônica; (3) folliculitis capitis abscedens et suffodiens, caracterizada por lesões de foliculite com túneis intercomunicando abscessos, no couro cabeludo; a etiologia em geral é estafilocócica, porém, quando micótica, o agente mais frequente é o T. tonsurans, e denomina-se perifoliculite abscedante de Hoffmann (Figuras 44.22 a 44.25). I) Dermatofitoses granulomatosas São representadas por manifestações clínicas variadas, mas com características comuns, como dermatófito na derme com reação granulomatosa, com ou sem hipersensibilidade à tricofitina. Podem ser localizadas ou generalizadas. As localizadas são: (1) tipo Majocchi: ocorrem naturalmente em situações de oclusão ou por uso indiscriminado de corticosteroides, levando à quebra da barreira cutânea. Apresentam-se como nódulos com tendência à fistulização; foram descritas na face (queixo) ou nos punhos e são frequentemente diagnosticadas por exame histopatológico da lesão, demonstrando hifas no interior de folículos distendidos e infiltrado inflamatório granulomatoso; (2) tipo Wilson- Cremer: nódulos eritematosos, com tendência à ulceração nos membros inferiores, em geral de mulheres, provavelmente por trauma decorrente da raspagem de pelos. Essa variante corresponde ao granuloma tricofítico de Majocchi (Figura 44.26). As generalizadas são: (1) tipo Azulay: erupção generalizada, eritematoescamosa, com pápulas, tubérculos e comprometimento ungueal; (2) tipo Artom: quadro eritrodérmico com lesões tumorais e adenopatia generalizada; (3) tipo Pelevine-Tchermogouboff: erupção generalizada, com lesões eritematoescamosas, placas de infiltrações, nódulos, alguns dos quais ulcerados, adenopatia e comprometimento ósseo. J) Tinea incógnita O uso de corticoide tópico, ou mesmo sistêmico, pode mascarar o quadro clínico em função da falta de características clínicas da lesão, porém, por ser pruriginosa e pela história de recidivas quando da suspensão do corticoide, suspeita-se do diagnóstico, que é confirmado pelo exame micológico. K) Ides ou dermatofitides Quadros hiperérgicos, agudos ou subagudos, de morfologia variada, com tendência a simetria e decorrentes de disseminação hematogênica de produtos antigênicos de dermatófito, com propensão a recidivas no portador de dermatofitose. O aspecto disidrosiforme é o mais comum; entretanto, têm-se descrito erupções liquenoides, psoriasiformes, morbiliformes, eritemas multiforme e nodoso, púrpura, eritema anular e outros. Três são os fundamentos para este diagnóstico: as lesões serem desabitadas, o fungo ser demonstrado em foco à distância e o quadro desaparecer com a cura da dermatofitose (Figura 44.27). • DiagnósticoÉ feito comumente e, com muita fidelidade, pelo exame direto (micélios septados e artrosporos). A cultura é fundamental para fazer o diagnóstico da espécie (questões relacionadas à epidemiologia e prognóstico) e, portanto, rastrear a fonte de contágio. O material para exame é obtido por raspado. Miranda (2003) introduziu o método da coleta com fita gomada, aplicação de KOH ou KOH/DMSO na lâmina onde vai ser colocada a fita gomada, que deve ser recoberta por lamínula, método que pode ser aplicado também na candidíase. Tem como vantagem evitar o traumatismo local, o que pode ser útil para crianças e, também, por medida de segurança, para pacientes portadores de doenças infecciosas com possibilidade de transmissão sanguínea (Figuras 7.1, 7.3, 7.4, 7.7 e 7.8). A luz de Wood também é um método útil; torna os cabelos fluorescentes esverdeados nas tineas favosa e microspórica (a tricofítica não fluoresce). É um método excelente para acompanhamento do tratamento e para coleta de espécimes. • Diagnóstico diferencial Medalhão da pitiríase rósea, psoríase plantar ou vulgar, eczema de contato, eczema numular, alopecia areata, onicodistrofia de várias naturezas, síndrome vesicular das mãos e/ ou pés, dermatite seborreica etc. • Tratamento dermatofitoses A conduta terapêutica varia com a forma clínica e espécie causadora. Em geral, processos inflamatórios mais intensos são causados pelas espécies zoofílicas e geofílicas, e são de fácil tratamento, podendo haver mesmo cura espontânea, ao contrário das infecções causadas pelos fungos antropofílicos, que podem ser crônicas e recorrentes como a tinea pedis e as onicomicoses pelo T. rubrum. • Tratamento tópico A clássica solução alcoólica de iodo (1 %), ácido salicílico (2%) e ácido benzoico (3%) foi por muito tempo a primeira escolha terapêutica, sobretudo nas lesões da pele glabra, dos pés e das unhas. Outros medicamentos mais eficazes e atuais são: terbinafina tópica a 1 %; derivados imidazólicos (miconazol a 2%, oxiconazol a 1 %, tioconazol a 1 %, isoconazol a 1 %, flutrimazol a 1 % ) em 1 ou 2 aplicações diárias. Existem nas seguintes apresentações: creme, loção, spray e pó. Tolciclato a 1 %, ciclopiroxolamina a 1 % e amorolfina a 0,025% são outras opções. O uso de vaselina salicilada ou ureia a 20%, na tinea pedis com descamação, é de grande valia. • Tratamento sistêmico É mandatório fazê-lo nos casos de tinea capitis, tinea corporis extensa e onicomicoses com grau de acometimento maior que 50% da superfície ungueal e/ou acometimento de matriz ungueal, bem como na tinea pedis crônica. Embora a griseofulvina continue sendo de grande utilidade, ela é suplantada, em eficácia (à exceção do tratamento da tinea capitis especialmente causado pela espécie Microsporum) e menor toxicidade, por todos os novos antifúngicos, porém pode ser a única opção, em termos de custo. A dose para crianças é de 10 a 20 mg/kg/dia, e, para adultos, de 1 g!dia dividida em 2 tomadas, devendo ser ingerida logo após as refeições. O tempo para o tratamento da tinea capitis é de cerca de 30 a 45 dias; tinea corporis, de 20 dias; tinea pedis, de 45 dias. Várias cepas de T. rubrum são resistentes à griseofulvina. Itraconazol 100 mg/dia, fluconazol 150 mg/semana e terbinafina 250 mg/dia são superiores em termos de eficácia; devem ser utilizados da seguinte forma: tinea corporis, 2 a 4 semanas; tinea capitis, 4 a 6 semanas; tinea unguium. Essa modalidade não dispensa o tratamento tópico.