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1. A respeito das doenças de vias biliares, caracterize os quadros: a) Colelitíase Formação de cálculos biliares sem infecção na vesícula biliar. Cálculos são formados por colesterol, bilirrubina e sais biliares (bilirrubinato de cálcio) Fatores de risco: sexo feminino, gravidez, idade, história familiar, obesidade, distribuição corpórea central de gordura, ingestão elevada de gordura pode predispor devido ao estimulo constante de produção de colesterol Tratamento: colecistectomia (remoção da vesícula biliar). b) Coledocolitíase Cálculos nos ductos biliares provocando obstrução, dor e cólicas. c) Colecistite (aguda e crônica) Inflamação da vesícula biliar. Obstrução do ducto biliar pela presença de cálculos. Interrupção do fluxo da bile para o duodeno Pode ocorrer inflamação sem a presença de cálculos (vesícula biliar estagnada). Quadro de dor no quadrante superior, náuseas, vômito e flatulência. Quadro agudo pode demandar cirurgia d) Colangite Inflamação dos ductos biliares. Pacientes necessitam de fluidos e antibióticos ou remoção dos cálculos. Colangite esclerosante: sepse e insuficiência hepática. e) Consequências da obstrução e secreção da bile (sangue, pele, intestino) Bilirrubina (que é consequência da degradação de Hb), retorna a corrente sanguínea, gerando quadro de icterícia quando se incorpora a tecidos elásticos como a pele. A obstrução do fluxo da bile para o intestino pode provocar digestão ineficiente de gorduras (necessária a presença de bile para emulsificação) e consequente esteatorréia. f) Terapia nutricional voltada às doenças de vias biliares Em quadro agudo de colecistite, interromper VO. Introduzir NE ou NPT. Na reintrodução, baixo teor de gordura |(30-45 g/dia) Em quadro crônico, baixo teor de gordura (25-30%). Avaliar tolerância do paciente (flatulência e inchaço). Vitaminas lipossolúveis? (condições crônicas). 2. A respeito das doenças do pâncreas, responda: a) Principais causas e fatores de risco para pancreatite Alcoolismo crônico, doenças do trato biliar e cálculos biliares, medicamentos, vírus. Alcool (principal causa de morte na pancreatite crônica) b) Caracterize o quadro de pancreatite aguda Dor, náusea, vômito, febre e elevação de enzimas pancreáticas no sangue Aumento da amilase 3x o normal: 28-100UI/l c) Caracterize o quadro de pancreatite crônica Dor contínua de intensidade variável, autodigestão do pâncreas, necrose, hemorragia. Insuficiência pancreática (esteatorreia, má absorção, diabetes) Dor, anorexia, náuseas, vômito, diarreia e desnutrição progressiva d) Principais critérios de diagnóstico laboratorial (função pancreática) Elevação de níveis de amilase ou lipase (não específico- em casos crônicos, produção enzimática pode estar limitada) e) Principais deficiências nutricionais possíveis em decorrência da pancreatite Má absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis Ausência de insulina- diabetes Redução do cálcio e vitamina B 12 (deficiência de protease pancreáticaseparar B 12 da sua proteína carreadora-transcobalamina) f) Terapia nutricional na Pancreatite aguda Estímulo mínimo para a secreção de enzimas e bile. Manter órgão em repouso. Suspender VO, manter hidratação endovenosa ou dieta líquida restrita. Progredir conforme evolução e tolerância. Manter teor de gordura baixo. Aumentar fracionamento, se necessário. Adequar proteína pelo estado catabólico da doença. Calcular VET aplicado fator injúria (1,3 a 1,5). Proteína (1,5-2,5g/Kg), suplementação de glutamina? g) Terapia nutricional na Pancreatite crônica Restrição de lipídeos (inferior a 20% das calorias). Monitorar glicemia, aplicar recomendações para diabetes em caso de diagnóstico (tratamento com insulina?). Evitar refeições com elevado teor de gordura Manutenção de pH intestinal favorável a ativação de enzimas, devido a ausência de bicarbonato (reduzir a acidez). Na diminuição da produção de enzimas pancreáticas, proceder com reposição Utilização de TCM para melhorar a absorção e ganho de peso Não consumir álcool.
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