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Pasteurella - Karina Araújo

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Pasteurella Por Karina Araújo 
• Famíla: Pasteurellaceae 
• Gênero: Pasteurella 
• Não esporula 
• Ocasionalmente patogênica 
• Morfologia: Bastão curto, mas alguns autores assumem como coco 
bacilos. 
• São Pleomóficos: Podem assumir diferentes formas. 
• Espécies (19): Principais são as 
▪ P. multocida 
▪ Mannhemmia haemollytica (P. haemolytica) 
▪ P. canis 
▪ P caballi 
 
P.Multocida 
• Sorotipos: O antígeno na superfície caracteriza o sorotipo. 
➢ Capsulares (A, B, D, E e F) – Possuem 5 tipos de cápsula. 
Existem antígenos capsulares específicos que podem 
sorotipar/classificar a P. multocida. 
➢ Somáticos _ LPS (1-16): Tem como base a diferença no LPS. 
Espécies associadas: Bovinos, Caprinos e ovinos, coelhos, suínos, cães e 
gatos. 
 
 
** Morbidade= Relacionada com a taxa de contaminação. Ex: alta 
morbidade = alta taxa de contaminação 
** Septicemia= Infecção acomete diversos sistemas no hospedeiro. 
(Figado, pulmão, baço..etc) 
➢ P. multocida e P. haemolytica são consideradas bactérias 
oportunistas, e por isso podem estar presentes mesmo no 
organismo de indivíduos saudáveis. 
➢ P. multocida e P. haemolytica são sinergistas. A infecção 
gerada pela P. haemolytica favorece a infecção da P. multocida 
 
 
Úbere azul = O nome pois a doença causa necrose no úbere do ovino ou 
caprino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pneumonia enzoótica: 
 
A maior parte do acometimento da pneumonia enzoótica é ocasionado 
pela P. haemolytica, porém existem outros microrganismos que podem 
provocar a pneumonia enzoótica, como envidenciado pelo gráfico 
acima. 
 
 
Exemplo de caso de rinite atrófica. 
• Para que a P. multocida cause a Rinite atrófica em suínos, é 
necessário que a Bordetella bronchiseptica tenha colonizado o 
indivíduo primariamente, para a que P. multocida aja como agente 
secundário. 
 
 
*Pode ocorrer septicemia 
 
P. canis: Pode acometer seres humanos (zoonose) 
Piotórax – Grave, alta mortalidade 
 
 
 
 
ASPECTOS DESCRITIVOS 
Citomorfologia: 
• Pleomórficos Gram negativos (0.2 x 2.0um) 
• Imóveis 
• Capsulados 
• Coloração de Wright – bipolar – coloração nas extremidade da célula 
 
FATORES DE VIRULÊNCIA (Comuns a todas as Pasteurellas) 
• Cápsula polissacarídica (antifagocítica) – “Capa da invisibilidade” da 
pasteurella. 
• Algumas expressam adesinas – Auxilia na adesão da bactéria na célula 
do tecido do hospedeiro 
• LPS – induz resposta inflamatória (alta concentração de linfócitos, 
macrófagos e neutrófilos no local de infecção) 
• Leucotoxinas – Toxinas que matam leucócitos 
• Algumas sintetizam sideróforos – Quelante de ferro (sequestram ferro 
do hospedeiro. 
• Hialuronidase – Enzima que degrada o ácido hialurônico do nosso 
tecido conjuntivo. (Sem ácido hialurônico o tecido fica “frouxo”, 
facilitando a difusão da Pasteurella) 
• Neuroaminidase – Também enzima, remove resíduos de ácido siálico, 
amplia a colonização em superfícies epiteliais. 
FATORES DE VIRULÊNCIA (Exclusivos de cada Pasteurella) 
• P. multocida 
• Cápsula tipo D 
• fímbrias do tipo 4 (pili tipo 4) 
➢ Facilita a colonização e tem uma autoagregação. 
• Toxina Pmt – Termo Lábel: 
➢ Dermonecrótica ou osteolítica – Rinite atrófica 
➢ alteram o citoesqueleto de actina 
• Proteína de membrana externa – citotóxica para fagócitos 
 
• P. haemolytica 
• Leucotoxina – Lkt (RTX, repetições na toxina de sequências 
ricas em glicina). Sua atuação muda de acordo com a 
concentração. 
➢ Baixas cc – ativa leucócitos 
➢ Altas cc – provocam morte por apoptose de leucócitos 
 
CARACTERÍSTICAS DE CRESCIMENTO 
• Exigentes a nível nutricional – meio de cultivo enriquecido com soro 
ou sangue. 
• Colônias claras, lisas e mucóides - (A característica mucóide 
geralmente não se apresenta quando cultivada in vitro, pois pra 
apresentar ela precisa desenvolver cápsula, e geralmente in vitro ela não 
apresenta capsula) 
• P. haemolytica – hemólise no agar sangue 
• Anaeróbio facultativo – cresce com ou sem a presença de oxigênio 
• Sensíveis 
➢ Calor (50º/30min) 
➢ Desinfetantes comuns 
➢ Luz ultravioleta 
• P. multocida: resiste por meses em carcaças de aves. – Se estiver em 
ambiente úmido e sem incidência direta de luz sol. 
 
ECOLOGIA 
• Reservatório: mucosas das espécies hospedeiras suscepitíveis 
• Tansmissão: 
➢ Inalação, ingestão, feridas por mordedura 
➢ Infecções endógenas – bactéria já estava no corpo do hospedeiro 
há algum tempo e causa infeção quando há um ambiente 
propício. 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Amostras: 
➢ Exudatos, aspirados intratraqueais, sangue 
Exame direto – Usa-se a amostra clínica →Faz esfregaço → Coloração 
de gram ou Wright → observa as características morfológicas da 
Pasteurella no microscópio. 
Cultivo – Usa-se a amostra clínica→ cultivo com meio enriquecido(Pra 
cultivar Pasteurella é necessário meios enriquecidos pq ela é exigente a 
nível nutricional então tem que ter soro, sangue, aminoácidos...) → 
observar a presença das colônias claras, lisas ou mucóticas. 
 
 
TRATAMENTO E CONTROLE 
TRATAMENTO: antibióticos 
Tetraciclinas e sulfonamidas 
➢ Algumas cepas apresentam resistência a antibióticos em 
decorrência da presença do plasmídeo R. 
 
➢ Deve-se realizar antibiograma por conta da resistência de 
algumas cepas. 
 
CONTROLE 
➢ Redução de estresses nas práticas de manejo. 
➢ Vacinação 
• Septicemia hemorrágica de bovinos – P.multocida 
• Rinite atrófica de suínos- P. Multocida 
• Colera aviária – P. Multocida

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