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RACISMO ESTRUTURAL E O SISTEMA JUDICIARIO Aluno(a): Daiana Alves da Silva 6*Período, Noturno. Turma: A RESUMO No presente artigo será abordado o tema racismo estrutural e o sistema judiciário, no qual será abordado de que forma o sistema judiciário vem contribuindo para a diminuição do racismo no país, e se o trabalho desenvolvido ao longo dos anos vem surtindo efeitos positivos ou negativos. Sabemos que o Brasil e um país que chega a um patamar de desigualdade muito grande, isso se dá por diversos fatores, um deles e a estrutura racialmente desigual que existe no país. Palavras-chaves: Racismo estrutural, sistema judiciário, políticas públicas. No brasil um dos temas que muito tem se discutido é sobre o racismo estrutural, mas o que seria o racismo estrutural? o racismo estrutural é o racismo normatizado pela sociedade, falas, hábitos, pensamentos que já fazem parte da vida cotidiana da sociedade, e que promovem, direta ou indiretamente, preconceito racial, que tem como alvo central a população negra. Não é um acontecimento acidental e sim constitutivo dos Estados, ou seja, o maior causador do racismo estrutural foi o Estado, pois por anos foi omisso a essa questão, aumentando desse modo a exclusão racial. Descreve Silvio Almeida; O racismo se expressa concretamente como desigualdade política, econômica e jurídica. Porém o uso do termo estrutura não significa dizer que o racismo seja uma condição incontornável e que ações e políticas institucionais antirracistas seja inúteis; ou, ainda, que indivíduos que comentam atos discriminatórios não devam ser pessoalmente responsabilizados. Algo que me deixa um tanto intrigada, saber que após a criação da lei áurea a comunidade negra não recebeu nem um auxílio do governo, sem casa, terra, escola, eram despejados de onde trabalhavam somente com a roupa do corpo e seus filhos. Me pergunto como que o governo se omitiu dessa forma, deixando um povo que foi obrigado a dar seu sangue pelo crescimento do país à mercê da miséria e da rejeição da sociedade. Acerca das mudanças nas políticas que vem melhorando aos poucos a desigualdade racial no país, se deve aos movimentos sociais antirracistas que tem ocorrido pelo mundo e no Brasil, que tem gerado impactos positivos na opinião pública e no sistema judiciário, de modo que, foram implementadas várias políticas públicas em relação a questão racial objetivando mudanças positivas entorno da desigualdade racial no país. Essas mudanças começaram, em 1988 com a lei 7.716/1889 que dispõe sobre o crime de racismo, sendo ele inafiançável e imprescritível, é em 2003 foram implementadas a lei 10.639 que determina o ensino de história da África e cultura afro- brasileira em todas as escolas nacional e a lei 12.288/2010 também de 2003 que e conhecida como estatuto da igualdade racial. Vale destacar, que a constituição por sua vez reafirmou a implementação das políticas de ação afirmativa, em seus art. 1,3, e 5, de modo que, assegura as minorias a igualdade racial nos setores públicos e privados, uma grande conquista que também não podemos deixar de comentar foram as cotas raciais, criadas com o objetivo de facilitar o acesso das minorias ao ensino superior. Mas ainda a muito a se fazer, se verificarmos a quantidade de negros no Brasil e sua representatividade junto ao governo fica notório o quão desigual e nosso país também no âmbito da política. Enquanto a maior parte dos habitantes é negra (54% dados do IBGE), quase todos (96%) os parlamentares são brancos. É importante ressaltar, que a maioria dos encarcerados no Brasil são pessoas negras, e eles são os que mais sofrem violência ao serem abordados, seja por autoridade policial ou até mesmo ao entrar em uma loja, na maioria das vezes são associados a criminalidade, pesquisas apontam que as camadas mais pobres da população: dos 10% de brasileiros mais pobres, 75% são negros, segundo o (IBGE). Por mais que a lei garanta a igualdade racial, ainda vivemos em um país muito racista, onde o racismo está enraizado que as pessoas por vezes o praticam sem perceber, por falta de conhecimento, vivemos em um país que se desenvolveu da escravidão e que tem milhões de analfabetos que pra ticam e usam termos racista até hoje por falta de conhecimento ou até mesmo pelo fato de a grande mídia sempre ter sempre ligado a pessoa negra à servidão ou à criminalidade. Por tanto, para que possamos combater o racismo estrutural de forma assertiva, devemos trabalhar em conjunto, debater o assunto, cobrar as autoridades política, apoiar os movimentos sociais antirracista, pois a luta e por uma causa justa, e não devemos nos silenciar diante do racismo, e importante que sempre estejamos buscando se a profundar nas questões sociais, culturais para não nos deixar levar pela ignorância. Bibliografia: ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural. Coleção Feminismos Plurais. São Paulo: Editora Jandaíra, 2019.