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UNIVERSIDADE SANTO AMARO - UNISA Curso: Tecnologia em Logística Brunna Marques Gonçalves da Silva - RA: 3955761 PROJETO INTEGRADOR EM GESTÃO I: EMPRESA PETROBRÁS Paracatu 2020 UNIVERSIDADE SANTO AMARO – UNISA Curso: Tecnologia em Logística Brunna Marques Gonçalves da Silva - RA: 3955761 PROJETO INTEGRADOR EM GESTÃO I: EMPRESA PETROBRÁS Trabalho do curso de Tecnologia em Gestão da Universidade Santo Amaro – UNISA, como requisito parcial para aprovação da disciplina Projeto Integrador em Gestão I, sob a orientação da Prof. Maria Euma Soares. Paracatu 2020 RESUMO Este projeto aborda questões referentes a estrutura organizacional da empresa Petrobrás, a partir da análise do seu histórico, cenário econômico e financeiro, planejamento estratégico e gestão de pessoas, visando a compreensão das relações desenvolvidas no mercado, com base nas análises dos índices de liquidez, rentabilidade e endividamento além de outros aspectos relacionados. O objetivo geral pretendeu mostrar a importância de entender a estrutura organizacional e seu funcionamento visando identificar se as suas práticas estão alinhadas a missão e aos valores da empresa. Além de analisar os processos relacionados a estratégia organizacional, considerando alguns aspectos quanto a análise de custos, de índices financeiros de liquidez, rentabilidade e endividamento. Tudo isso, a partir da revisão bibliográfica, através de documentos e relatórios sobre a empresa e os disponibilizados pela mesma anualmente. Considerando a cultura organizacional e as suas práticas, que prezam pela valorização de seus colaboradores, pelo respeito e reconhecimento de seu desempenho. Sendo necessária a análise dos diversos aspectos que reforçam esse objetivo, por meio da verificação e interpretação dos dados coletados durante o processo de pesquisa, desde o planejamento das estratégias utilizadas pela empresa, até o conhecimento de sua cultura organizacional, visando identificar se esta é na prática o que prega na teoria. Essas contribuições, tem como função o desenvolvimento de uma visão crítica e integrada aos conhecimentos desenvolvidos no curso, legitimando os conceitos estudados frente as práticas organizacionais. Além é claro de promover habilidades de pesquisa, interpretação de dados e informações, sendo essenciais para a futura prática profissional, e a reflexão das competências em desenvolvimento. Palavras-Chave: Planejamento Estratégico, Gestão, Cultura Organizacional. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1 1. HISTÓRICO DA EMPRESA ....................................................................... 2 2. ESTRUTURA/ MODELO ORANIZACIONAL ........................................ 3 3. Fundamentos da Administração................................................................... 3 4. Estrutura Contábil e Custos ......................................................................... 5 5. Planejamento Estratégico .............................................................................. 6 6. Estrutura Financeira.....................................................................................7 7. Conduta Ética.................................................................................................9 8. Gestão de Pessoas........................................................................................ 10 9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES........................................................12 10. CONCLUSÕES............................................................................................12 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................14 1 1. INTRODUÇÃO A consolidação das empresas no mercado econômico e financeiro, em muitos casos tem a ver com o desenvolvimento de seus produtos e na confiabilidade que a marca repassa a seus consumidores. No entanto para o funcionamento desses dois critérios são necessários gestores comprometidos com a missão da organização, além de preparados e capacitados para analisar as atividades desempenhadas, e desenvolver uma empresa competitiva, de qualidade e rentável. No entanto, na luta por bons resultados, a chave para uma gestão de sucesso se encontra na valorização do capital humano, no reconhecimento de seu desempenho e no cultivo de práticas éticas e humanas. Também é necessário buscar nas demonstrações contábeis e financeiras as informações de que precisam, criando indicadores que auxiliem na aplicação de métodos eficazes. A interpretação desses indicadores, proporcionam ao gestor condições seguras e mais assertivas para a tomada de decisão. Assim como bagagem para um planejamento estratégico coerente e ao mesmo tempo eficiente. Com a análise da empresa do ramo petrolífero, a Petrobrás, alguns dos fatores que chamam bastante atenção referem-se a cultura organizacional, a conduta ética, e a atuação da empresa no mercado. Para compreender o histórico de sucesso da instituição, é importante destacar a qualidade do serviço desempenhado pelos seus colaboradores, que capacitados e valorizados pela empresa, através de benefícios e remuneração por desempenho, acolhem a missão e cultivam os valores da empresa. Visto que os conhecimentos disciplinares se tornam muito mais significativos à medida que são exercitados, a elaboração deste projeto contribuiu para reflexões e o desenvolvimento de conhecimentos fundamentais para a vida acadêmica e seu futuro exercício profissional. Em virtude desta nova realidade mundial e com o surgimento de modelos cada vez mais avançados de gestão organizacional, o presente trabalho tem como objetivo analisar o contexto histórico da empresa, por meio de seu modelo de administração, estrutura contábil e financeira, seu planejamento estratégico, conduta ética e gestão de pessoas, visando compreender a sua atuação no mercado e onde a empresa pretende chegar. Partindo dessa proposição, a presente investigação, iniciar-se-á na forma de pesquisas bibliográficas a partir de autores que fornecerão o embasamento teórico necessário para subsidiar e consolidar o presente projeto. A estrutura do projeto será compreendida na descrição detalhada sobre o histórico da empresa, na análise da situação atual, dos objetivos, do alinhamento 2 estratégico, culminando nas contribuições. Finalizando com as conclusões sobre a temática desenvolvida no projeto integrador. 2. HISTÓRICO DA EMPRESA Nascida por meio da campanha “O Petróleo é Nosso”, que marcou o cenário nacional em fins dos anos de 1940 e início dos anos de 1950, a Petrobras se tornou um grande símbolo associado ao desenvolvimento econômico do país, embora tenha também sido protagonista de várias situações polêmicas ao longo de sua história. A campanha “O Petróleo é Nosso” ganhou proporção com a criação, em 1948, do Centro de Estudos do Petróleo – CEDPEN e se prolongou até o dia 3 de outubro de 1953, quando a Lei 2.004 foi sancionada, no segundo governo de Getúlio Vargas. Ali se estabeleceu que a pesquisa, lavra, refino e transporte do petróleo e dos derivados passariam a ser atribuições estatais, desempenhadas pela Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, empresa criada por meio da mesma lei. A campanha ganhou adesão de milhares de cidadãos, com manifestações por todo o Brasil, sendo apoiada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), por profissionais de vários setores, militares das três armas, deputados, vereadores e o público em geral, numa das maiores mobilizações populares de que se tem notícia na história do Brasil. Quando a Petrobras foi criada, a produção nacional de petróleo atingia menosde 2% do consumo interno. Os primeiros anos foram marcados pelos trabalhos de exploração e ampliação do setor de refino, com o objetivo de reduzir os custos de importação dos derivados de petróleo. Houve, ainda, um grande investimento na formação e especialização de seu corpo técnico. A década de 1960 foi marcada pela ampliação do seu parque de refino, o que fez com que o Brasil passasse a ser autossuficiente na produção dos principais derivados. Em 1968, a Petrobras fez a primeira descoberta de petróleo no mar, no campo de Guaricema, em Sergipe. Já os anos 1970 foram anos difíceis, marcados por duas grandes crises do petróleo, no exterior. Os países ligados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) elevaram os preços internacionais, provocando os choques do petróleo de 1973 e 1979. Para lidar com essas crises, o Brasil tomou algumas medidas, como a redução do consumo de derivados, e criou um programa de incentivo ao uso do álcool carburante como combustível automotivo. Devido as situações que se sucederam, a Petrobras fez, então, seu maior investimento nas explorações internas. Em 1974, foi feita uma grande descoberta de petróleo no litoral do Estado do 3 Rio de Janeiro, o campo de Garoupa, anunciando uma nova fase para a produção do país. Foi quando na década de 1980, os investimentos crescentes nas atividades de exploração e produção, junto ao desenvolvimento da área de comercialização, contribuíram para que o país se tornasse menos dependente energeticamente. A partir do campo de Garoupa, a Petrobras precisou investir em tecnologia própria para superar o desafio de produzir em águas com mais de 120 metros. Sendo implantada a primeira fase de produção da Bacia de Campos, que permitiu ao Brasil aumentar substancialmente a produção de petróleo e a bater sucessivos recordes. Nos anos 1990, o investimento em tecnologia para produção se especializa cada vez mais e faz da Petrobras uma referência mundial em produção de petróleo em águas ultra profundas. A empresa recebe pela primeira vez um prêmio da OTC – Offshore Technology Conference, considerado o “Oscar” do setor petrolífero mundial – em reconhecimento à sua contribuição para o avanço da tecnologia de produção em águas profundas. Em 1997 termina o monopólio estatal do petróleo, no entanto somente alcança a autossuficiência sustentável no Brasil na produção de petróleo e gás, em 2006, com a implantação da P-34 e P-50, com produção média diária de 1,9 milhões de barris (PETROBRAS, 2010). Hoje a Petrobrás, considerada a maior empresa de petróleo da América Latina tem como meta para os próximos anos, ser “uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo e a preferida pelos nossos públicos de interesse”. Com esse breve histórico, pretendemos demonstrar como a trajetória da Petrobras justificada na importância das iniciativas que tiveram resultado para a recuperação do passado dessa empresa contribuem para a construção de novas perspectivas. Compreendendo que de fato, para o sucesso de uma empresa todos os aspectos interessam na formação de uma gestão de qualidade. 3. ESTRUTURA/ MODELO ORANIZACIONAL 3.1. Fundamentos da Administração A Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras é movida pelo desafio de prover a energia capaz de impulsionar o desenvolvimento e garantir o futuro da sociedade com competência, ética, cordialidade e respeito à diversidade (PETROBRAS, 2010). O modelo de organização multidivisional, adotado pela empresa, atenta-se principalmente para a modernização dos meios de 4 transporte, telecomunicações e tecnologia da informação, possibilitando que a empresa possa controlar operações diversas, espalhadas por muitos lugares, envolvendo diversos tipos de produtos, clientes e fornecedores. Entretanto, é importante salientar que esse crescimento estrutural e essa forma de organização têm um limite de eficiência e de controle. Com o crescimento da empresa, a diversificação e complexidade de suas atividades e relacionamentos com clientes e fornecedores, o aumento da quantidade de pessoas que trabalham em suas operações a tarefa de controlar e tomar decisões se torna cada vez mais complexa e burocrática. Com isso, a estrutura organizacional da Petrobrás estabeleceu mecanismos para desenvolver suas atividades com eficiência, delegando aos gestores regionais e locais atribuições e responsabilidades, mas como contrapartida foi necessário dar alguma recompensa a esses gestores por estarem assumindo mais riscos e liderando determinados processos, antes atribuídos a administração central. Em relação às informações contidas no Relatório da Administração (2009) da Petrobras, o trecho a seguir demonstra a preocupação com a legitimidade geral da empresa quando: Através da Área Internacional a companhia mantém atividades em 24 países. Devido às descobertas no Pré-Sal, a Área Internacional reformulou sua estratégia de atuação. O novo posicionamento visa à complementação do portfólio nacional, de modo a valorizar os negócios e contribuir para a integração da cadeia de produtos. Em 2009, foram realizados investimos de R$ 6,8 bilhões nas nossas atividades internacionais, especialmente no desenvolvimento da capacidade de produção de petróleo e gás e de refino. (RA- PETROBRAS, 2009) Com base na afirmação, a principal preocupação da empresa consiste em construir a sua imagem, respondendo às necessidades e buscando localizar públicos amistosos. Buscando anunciar sua imagem e construir sua reputação, a empresa procura estocar confiança e monitorar a confiabilidade. Enquanto os gestores da administração central buscam capturar uma grande parcela do valor que criam tomando boas decisões de negócios, melhores até que os gerentes de locais e/ou regionais, no contexto de uma grande empresa. O crescimento dos negócios nos últimos tempos, tem representado grande oportunidade para empresas de variados segmentos. O relacionamento da Companhia com o mercado fornecedor é pautado pelos valores estabelecidos nas políticas de responsabilidade social e no Código de Ética. A Petrobras segue procedimentos internos para o processo de suprimento, impõe regras para as empresas fornecedoras e promove ações de desenvolvimento do mercado, com o objetivo de alinhar o suprimento e os bens e serviços adquiridos às diretrizes corporativas. (RA- PETROBRAS, 5 2007). A empresa também participa do processo de elaboração da ISO 26000, futura norma internacional de responsabilidade social, e é parceira da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) no fomento da discussão dessa norma perante a sociedade brasileira. (RA- PETROBRAS, 2009). 3.2. Estrutura Contábil e Custos No ano de 2011, a Companhia petrolífera adotou a prática contábil prevista no CPC 19 (R1), aprovado pela Deliberação CVM 666/11, que permite a utilização do método de equivalência patrimonial para avaliação e demonstração de investimentos em entidades controladas em conjunto. No mesmo ano, o Patrimônio Líquido da Petrobras atingiu o montante de R$ 330.475 milhões, correspondendo a R$ 25,33 por ação, enquanto o valor de mercado da Companhia alcançou R$ 291.564 milhões. Já no ano de 2018, as receitas líquidas alcançaram em torno de R$ 232,2 bilhões, com um lucro líquido R$ 32,9 bilhões e investimentos até R$ 53,4 bilhões. Além de consolidar uma produção diária de cerca de 2 milhões barris de petróleo, com 112 poços produtores em funcionamento, 13.174 refinarias e 189 navios. A Petrobrás ainda possui duas categorias de ações listadas na bolsa de valores: as ações ordinárias que possuem direito a voto, e as ações preferenciais que possuem prioridade na distribuição dos dividendos, mas não possuem direito a voto. As suas principais subsidiárias e controladas são a Petrobrás Distribuidora, Transpetro e Gaspetro. Com base nos índices financeiros doano de 2008, as ações atingiram o maior valor até o período, o que de acordo com um comunicado divulgado pela empresa na Bovespa, se deu devido a descoberta de uma bacia de petróleo localizada no campo de Santos. Entretanto, do ano de 2014 a 2015, a empresa teve uma queda expressiva. Conforme o relatório da administração, nesses dois anos houve uma queda do preço internacional do petróleo, baixo crescimento do PIB e também eleições presidenciais no Brasil. Essa queda também esteve relacionada com o início da Operação Lava Jato, pois as denúncias de lavagem de dinheiro e as prisões ocorridas, diminuíram a credibilidade da empresa diante dos investidores. No período de 2009 a 2013, o valor adicionado da Petrobrás apresentou certo crescimento, mas em 2014, houve uma queda devido os valores relacionados a perdas de valores ativos e baixas de gastos adicionais capitalizados indevidamente. 6 A função custo adotada pela empresa é a do tipo Cobb-Douglas simples, uma vez que esta forma funcional busca representar os fatores de produção matematicamente através de produto de exponenciais, permitindo testar empiricamente um processo produtivo observado. Cabe ressaltar que esses custos sempre existiram pelo histórico macroeconômico brasileiro, porém se intensificam com o aquecimento da demanda mundial da indústria do petróleo, uma vez que os prestadores de serviços passam a ter várias opções de alocação para seus contratos, logicamente optando pelos demandantes que paguem melhor e ofereçam menos riscos. O efeito dessa organização de custos é nos permitir verificar efetivamente o resultado da ação dos gestores locais sobre os fatores de produção. Contudo, o crescimento dos custos de serviços e a redução relativa no comportamento dos salários não estão diretamente relacionadas à alteração da estrutura organizacional, mas seguem diretrizes emanadas do governo central, com políticas de utilização maior ou menor de pessoal próprio versus contratações de serviços de terceiros, incluindo mão de obra terceirizada. 3.3. Planejamento Estratégico O Plano Estratégico da Petrobrás sintetiza a ideia de uma empresa de energia de elevado patamar de desempenho, com foco em óleo e gás, alinhada ao compromisso de maior geração de valor e direcionamento de recursos com ênfase nas atividades de Exploração e Produção em águas profundas. Além de prezar pela imagem de uma empresa sustentável e competitiva, que atua com segurança e ética, além do compromisso com o crescimento. Com o propósito de prover energia que assegure a prosperidade de forma ética, segura e competitiva, com estratégias voltadas para a criação de valor em todos os negócios e cenários, entregando resultados superiores para os clientes em potencial. Em um contexto de negócios cada vez mais complexo e competitivo, as iniciativas da empresa visam fortalecer a sua atuação no mercado, por meio de uma gestão ativa de portfólio, com uma estrutura de custos e investimentos eficiente e tendo na transformação digital uma importante alavanca de valor, assegurando que os recursos sejam empregados no tempo e nos ativos certos, de forma a garantir o maior retorno possível ao capital investido. Quanto a exploração e produção a meta é maximizar o valor do portfólio, com foco em águas profundas e ultra profundas, buscando eficiência operacional, otimização do fator de recuperação e parcerias. Além de crescer sustentado em ativos de óleo e gás de classe mundial, em águas profundas e ultra profundas. Atuando de forma competitiva na comercialização do gás próprio, 7 otimizando o portfólio termoelétrico com foco no autoconsumo e na comercialização do gás próprio, visando a saída integral da distribuição e do transporte de gás. No refino, transporte e comercialização as estratégias preveem a atuação de forma competitiva, com foco nas operações do Sudeste, atuando de forma competitiva na comercialização global de petróleo, saindo integralmente dos negócios de fertilizantes, distribuição de GLP e de biodiesel. Além de desenvolver pesquisas visando a atuação, em longo prazo, em negócios de energia renovável com foco em eólica e solar no Brasil. Pretendendo viabilizar comercialmente o diesel renovável e o BioQav como resposta às políticas de sustentabilidade da matriz energética brasileira A empresa também prevê a transformação digital da Petrobras entregando soluções para os desafios, valorizando seus colaboradores, e aumentando a segurança das operações. Em seu plano estratégico também busca desenvolver as competências críticas e uma cultura de alto desempenho para atender aos novos desafios da companhia, utilizando o valor econômico adicionado como ferramenta de gestão. O projeto também tem como metas perseguir constantemente uma estrutura de custos e de investimentos competitiva e eficiente, com alto padrão de segurança e respeito ao meio ambiente, além de fortalecer a credibilidade e a reputação da Petrobras. 3.4. Estrutura Financeira A análise financeira e econômica da Petrobras foi realizada com base nas demonstrações financeiras nos anos de 2012 a 2016 utilizando indicadores financeiros de endividamento, liquidez e rentabilidade, para delimitar a situação financeira da companhia. Diante das pesquisas realizadas, foi possível constatar um crescente percentual de recursos em caixa, em média 5% ao ano. Em relação à capacidade de liquidar suas obrigações de curto e longo prazo com terceiros, ela apresenta nos últimos cinco últimos exercícios, uma folga financeira para honrar esses compromissos. Para exemplificar a situação, serão apresentadas a seguir duas tabelas com os índices de endividamento e liquidez ao longo desses anos, conforme dados da pesquisa de 2017. 8 O endividamento bruto recuou 22% e o endividamento líquido reduziu 20%, principalmente em decorrência da apreciação do real em16,5% e da amortização de dívidas, utilizando recursos advindos dos desinvestimentos. O endividamento de curto e longo prazo incluem arrendamentos mercantis financeiros no montante de R$ 59 milhões e R$ 736 milhões em 2016, respectivamente já o prazo médio de vencimento da dívida ficou em 7 anos no ano de 2016, o endividamento líquido que são a curto e longo prazo em Reais aumentou 27% comparando 2014 com 2013, em decorrência de captações de longo prazo e do impacto da depreciação cambial de 13,4%. Os valores monetários imediatos da companhia se apresentam insuficientes para honrar suas obrigações de curto prazo, mesmo tendo uma variação positiva de 18,57% do ano de 2012 para 2014, e do ano de 2014 para 2016. A liquidez imediata veio ocorrendo uma pequena variação dessa forma para cada R$ 1,00 de passivo de curto prazo, a empresa dispõe na média dos cinco anos de somente R$ 0,78 para honrar esses compromissos, porém, quando analisado o ativo circulante como um todo, a liquidação da mesma se mostra suficiente para quitar os compromissos de curto prazo, sem necessidade liquidar os estoques, revelando um baixo grau de dependência dos estoques, ficando na média para os cinco anos em 22,16%. Quando analisado a liquidez geral da companhia, observasse que a empresa seria capaz de honrar com suas obrigações em caso de liquidação, porém, esse indicador vem diminuindo ao longo dos cinco anos analisados. Na sua estrutura de capital, teve uma predominância de capitais de terceiros financiando os ativos da empresa, com destaque para os empréstimos e financiamentos bancários, que representam 9 a maior participação percentual nas obrigações de curto e longo prazo destacando os financiamentos bancários, que do ano de 2012 a 2014 sofreu uma variação percentual de 76,51%, indo de 27% do passivo em 2012 para 40% do passivo em 2014. Ocorreram empréstimos para financiar suas operações, sendo a longo prazo, não comprometendo o capital de giro da empresa, outro fator agravante de risco, é o fato docaixa gerado nas operações normais da companhia, não se apresentarem suficientes para quitar suas obrigações onerosas, e nem o capital próprio ser suficiente para garantir a totalidade do capital de terceiros que financiam os ativos da companhia. Analisando a situação econômica, o retorno sobre o capital próprio investido na empresa apresentou uma grande queda, vindo fundamentalmente do reconhecimento das perdas onde no ano de 2014, apresentou um resultado negativo, quando comparado com o mesmo resultado do ano anterior, as perdas oriundas das ações fraudulentas também afetaram o retorno sobre os investimentos totais, onde a empresa passou a apresentar um baixo resultado, e um longo período de recuperação. Observa-se ainda, um índice não satisfatório para o giro do ativo, onde os retornos com as operações de vendas não são suficientes para cobrir os investimentos realizados no ativo também vêm apresentando um baixo potencial de geração de riqueza, agravado pela baixa lucratividade, e consequentemente um longo período para o retorno do capital aplicado. 3.5. Conduta Ética Segundo o código de ética do sistema Petrobrás, os princípios que norteiam a conduta da sua organização visam o respeito à vida e a todos os seres humanos, a integridade, a verdade, a honestidade, a justiça, a equidade, a lealdade institucional, a responsabilidade, o zelo, o mérito, a transparência, a legalidade, a impessoalidade e a coerência entre o discurso e a prática. O respeito à vida em todas as suas formas, manifestações e situações está acima de todos para a companhia e representa o cuidado com a qualidade de vida, a saúde, o meio ambiente e a segurança. A honestidade, a integridade, a justiça, a equidade, a verdade, a coerência entre o discurso e a prática referenciam as relações do Sistema Petrobras com pessoas e instituições, e se manifestam no respeito às diferenças e diversidades de condição étnica, religiosa, social, cultural, linguística, política, estética, etária, física, mental e psíquica, de gênero, de orientação sexual, de identidade de gênero e outras. A lealdade ao Sistema Petrobras também se manifesta como responsabilidade, zelo e disciplina no trabalho e no trato com todos os seres humanos, e com os bens materiais e imateriais do Sistema, no cumprimento da sua Missão, Visão e Valores, em condutas compatíveis com a 10 efetivação de sua Estratégia Corporativa, com espírito empreendedor e comprometido com a superação de desafios. O princípio da transparência se manifesta como respeito ao interesse público e de todas as partes interessadas e se realiza de modo compatível com os direitos de privacidade pessoal e com as políticas de segurança da informação do Sistema Petrobras. O mérito é o critério decisivo para todas as formas de reconhecimento, recompensa, avaliação e investimento em pessoas, sendo o favorecimento e o nepotismo inaceitáveis para a empresa. A legalidade e a impessoalidade que são princípios constitucionais, preservam a ordem jurídica e determinam a distinção entre interesses pessoais e profissionais na conduta dos membros dos Conselhos de Administração, dos Conselhos Fiscais e das Diretorias Executivas e dos empregados do Sistema Petrobras. O Sistema Petrobras pauta sua atuação respeitando os direitos humanos internacionalmente reconhecidos pelo Brasil e pelos países onde atua, comprometendo-se com o respeito e a valorização das pessoas em sua diversidade e dignidade, em relações de trabalho justas, numa ambiência saudável, com confiança mútua, cooperação e solidariedade. Além de desenvolver as atividades de seu negócio reconhecendo e valorizando os interesses e direitos de todas as partes interessadas. A empresa também atua ativamente em busca de níveis crescentes de competitividade, excelência e rentabilidade, com responsabilidade social e ambiental, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Brasil e dos países onde atua. A Petrobras busca a excelência em qualidade, segurança, meio ambiente, saúde e recursos humanos, e para isso promove a educação, capacitação e comprometimento dos empregados, envolvendo as partes interessadas. A empresa reconhece e respeita as particularidades legais, sociais e culturais dos diversos ambientes, regiões e países em que atua, adotando sempre o critério de máxima realização dos direitos, cumprimento da lei, das normas e dos procedimentos internos. 3.6. Gestão de Pessoas A Petrobras é uma das organizações brasileiras que mais valoriza o capital humano, e o faz porque compreende que é impossível alcançar seus resultados financeiros, de produtividade, de tecnologia, sem valorizar as pessoas que nela trabalham. Valorizar o capital humano da Petrobras é a principal atividade da área de Recursos Humanos da companhia e está presente desde o início de suas atividades. A Petrobras acredita que a função de uma empresa não se resume a dar lucro e emprego, pagar impostos e cumprir as leis. Por isso, todos os procedimentos de informação e 11 segurança foram revisados em seu Plano Estratégico, assim como foram reavaliados todos os programas de treinamento do pessoal envolvido. A companhia considera fundamental valorizar as pessoas, tratando seus colaboradores com dignidade e com abertura para o diálogo e para o contraditório. A gestão de pessoas busca além de atender às necessidades do negócio, valorizar funcionários, por meio de processos que proporcionem o seu desenvolvimento e o bom clima organizacional, tendo o mérito como base do reconhecimento. A liderança é exercida de forma ética e transparente, favorecendo o diálogo, a abertura para ouvir, a motivação, o comprometimento e o desempenho das equipes, de modo a obter resultados alinhados às estratégias da companhia, preservando a saúde e a segurança das pessoas. As diretrizes da empresa quanto a gestão de pessoas, visa assegurar que os processos de Recursos Humanos estejam integrados e alinhados às necessidades da companhia e estimulem a produtividade e a sua capacidade de inovação, garantindo que os processos de atração, retenção, movimentação e sucessão tenham pessoas com as competências adequadas no lugar certo e no tempo certo, de acordo com as necessidades do negócio. A empresa também prevê o desenvolvimento de pessoas para o alcance das metas de negócio e a preservação da capacidade técnica única e de gestão da companhia. Além de recompensar as pessoas com base em resultados, e também em comportamentos e atitudes, garantindo que todo desempenho seja tratado e reconhecido de forma transparente. Os níveis de remuneração e política de benefícios adotados pela Petrobrás, estão alinhados às melhores práticas de mercado e às estratégias da companhia. Esta também visa a implementação de acordos sustentáveis, baseados na ética e na transparência, para superar as diferenças nas negociações com os funcionários e seus representantes, proporcionando um bom ambiente de trabalho. De forma que promova a diversidade e relações baseadas na confiança e respeito, repudiando qualquer forma de assédio ou discriminação. A Petrobras é mundialmente reconhecida pela qualificação de seus técnicos, a companhia investe maciçamente no aperfeiçoamento de seus empregados. Desde os primeiros cursos de formação das habilidades necessárias à instalação da indústria de petróleo no país, até a implantação de programas de mestrado e doutorado em parceria com universidades brasileiras, muita tecnologia foi criada e desenvolvida. A Petrobras mais uma vez se antecipa na busca por 12 responder às demandas sociais crescentes de efetividade nos negócios e preparar-se para o contexto dinâmico da competição global. 6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 9. CONCLUSÃO A apresentação estrutural da empresa Petrobrás, assim como a análise e organização dos dados coletados durante a pesquisa evidenciaram a importância da valorização docapital intelectual para o desenvolvimento dos demais setores na busca de uma gestão de sucesso. A construção de práticas éticas visando não somente os interesses da organização, mas o bem comum, de acordo com as perspectivas e diretrizes da empresa petrolífera afetam diretamente os resultados das pequenas, grandes e médias empresas. A partir desse estudo foi possível verificar que a administração, a estrutura contábil e financeira, a conduta ética e a gestão de pessoas são elementos que que devem ser trabalhados na sua individualidade, porém são indissociáveis, sendo eles os agentes que direcionam a empresa para a melhor opção de investimento, visando o maior lucro e desenvolvimento. O projeto também possibilitou a discussão e a análise dos dados relacionados aos processos de planejamento da estratégia organizacional do ponto de vista da gestão, abordando alguns aspectos específicos da área para embasar o relatório sobre a situação econômica da empresa como a análise de custos, os índices financeiros e de liquidez, rentabilidade e endividamento. Além de abordar é 13 claro, a missão e os valores da empresa, a partir do contexto histórico em que esta surgiu, e sua evolução até a posição em que se encontra atualmente. Considerando a finalidade e os objetivos deste projeto, visando contribuir para a construção de novas perspectivas sobre o papel da gestão no desenvolvimento e expansão das empresas. Nesse sentido, a pesquisa contribuiu para que a reflexão sobre o planejamento estratégico utilizado pela empresa, permitisse a análise das suas ações e dos resultados até então alcançados pela mesma, com a intenção de identificar se estavam alinhados e se as práticas organizacionais coincidiam com as suas metas. Pretendendo a partir dessa leitura e interpretação de dados, o desenvolvimento de habilidades necessárias tanto para a vida acadêmica quanto para o futuro exercício profissional. Trazendo, dessa forma, uma perspectiva diferente sobre a administração atual, que prevê além do alcance de bons resultados a valorização do capital intelectual e da cultura organizacional. Contudo, o enfoque maior consistiu em oferecer condições para que os conhecimentos pudessem ser assimilados, através de uma abordagem teórico-pratica dos conteúdos desenvolvidos ao longo do curso. Tendo como pretensão, sinalizar alguns pontos que possibilitem uma nova visão sobre as estruturas organizacionais e a importância da gestão em seu processo de desenvolvimento, considerando desde a tomada de decisões até as condutas éticas que devem ser cultivadas no cotidiano. A intenção é que a partir desse estudo, tanto para a elaboração de objetivos, quanto para a organização do planejamento os gestores considerem os aspectos aqui mencionados, como a valorização do capital intelectual, a transparência e a integridade, além da missão e compromissos da empresa, sendo estes instrumentos essenciais para a tomada de decisões e superação dos desafios. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FIGUEIREDO, Miriam Collares. DA MEMÓRIA DOS TRABALHADORES À MEMÓRIA PETROBRAS: A HISTÓRIA DE UM PROJETO. Disponível em:< https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2705/CPDOC2009MiriamBeatrizC ollaresFigueiredo.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 23 de novembro de 2020. 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