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TCC- ENFERMAGEM UFRR (13)


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1 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
HUDSON ALVES OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
INFECÇÃO HOSPITALAR: PREVENÇÃO E CONTROLE 
NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL 
GERAL DE RORAIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Boa Vista – RR 
2017 
 
 
2 
 
 
 
HUDSON ALVES OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
INFECÇÃO HOSPITALAR: PREVENÇÃO E CONTROLE 
NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL 
GERAL DE RORAIMA 
 
 
 
 
 
Monografia de Graduação 
apresentada ao Curso de 
Graduação em Enfermagem da 
Universidade Federal de Roraima 
(UFRR) como requisito para 
obtenção do título de Bacharel em 
Enfermagem. 
Orientador: Prof. MSc. Fabrício 
Barreto. 
 
 
 
 
 
 
Boa Vista – RR 
 2017 
 
 
3 
 
 
 
HUDSON ALVES OLIVEIRA 
 
 
 
 
INFECÇÃO HOSPITALAR: PREVENÇÃO E CONTROLE NA UNIDADE DE 
TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL GERAL DE RORAIMA 
 
 
 
 
Monografia apresentada como 
requisito para a conclusão do Curso de 
Bacharelado em Enfermagem da 
Universidade Federal de Roraima 
(UFRR). Defendida em: 
__de_________de 2017 e avaliada 
pela seguinte banca examinadora: 
 
 
 
 
 
Prof. MSc. Fabrício Barreto 
Orientador / Curso de 
Enfermagem – UFRR Presidente 
da Banca 
 
 
 
Prof. Eduardo Carra 
Membro da Banca / Curso de Enfermagem – UFRR 
 
 
 
Enfª Rutileia Penha de Souza 
Membro da Banca / Curso de Enfermagem – UFRR 
 
 
 
Profª MSc. Tarcia Millene de Almeida Costa Barreto 
Suplente da Banca/ Curso de Enfermagem – UFRR 
 
 
Boa Vista – RR 
 2017 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicatória 
 
 
A minha mãe Maria do 
Socorro Alves Oliveira por ser um 
exemplo de mulher, aos meus irmão e 
sobrinhos, aos meus enteados e a 
minha esposa Vanir Silva Feitosa, por 
tudo que passamos juntos durante 
essa realização. 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus pela saúde e força para enfrentar as dificuldades, ao meu 
orientador pelo incentivo e suporte, a todos os professores que participaram 
de forma direta ou indiretamente para a realização desse sonho, a toda 
minha família, amigos e principalmente minha esposa pelo apoio. 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epigrafe 
 
 
“A Enfermagem é uma arte; 
e para realizá-la como arte, requer 
uma devoção tão exclusiva, um 
preparo tão rigoroso, quanto à obra de 
qualquer pintor ou escultor; pois o que 
é tratar da tela morta ou do frio 
mármore comparado ao tratar do 
corpo vivo, o templo do espírito de 
Deus? É uma das artes; poder-se-ia 
dizer, a mais bela das artes”! 
Florence Nightingale 
 
 
https://www.pensador.com/autor/florence_nightingale/
7 
 
RESUMO 
 
A presente pesquisa aborda o tema Infecção hospitalar: prevenção e 
controle na unidade de terapia intensiva do Hospital Geral de 
Roraima. Enfocando o processo histórico da saúde pública 
brasileira, o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde, aportes 
históricos e conceituais das “infecções relacionadas à assistência 
em saúde” (IRAS). Tem como objetivo analisar a incidência da 
infecção hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital 
Geral de Roraima no período de janeiro a julho de 2017. A 
metodologia aplicada na pesquisa sob a ótica da abordagem 
descritiva, que permitirá a análise da pesquisa bibliográfica e 
documental, bem como a aplicação do método qualitativo-
quantitativo, através da observação utilizando-se das entrevistas 
semiabertas, e questionário com os entrevistados. A análise do 
resultado apresenta um perfil do atendimento e serviços ofertados 
nas UTI's no Hospital Geral de Roraima no município de Boa Vista 
apresentando as principais causas de infecções hospitalares. 
Todavia, apresentam-se ainda alguns entraves e sugestões para a 
melhoria das áreas “infecções relacionadas à assistência em saúde” 
(IRAS) no município. Dessa forma espera-se que este estudo possa 
contribuir para futuras pesquisas referentes ao combate as infecções 
hospitalares na região. 
 
Palavras-chave: Saúde. Enfermagem. IRAS. Atendimento.Infecções. 
 
 
8 
 
ABSTRACT 
 
The present research approaches the theme Hospital infection: 
prevention and control in the intensive care unit of the General 
Hospital of Roraima. Focusing on the historical process of Brazilian 
public health, the development of the Unified Health System, 
historical and conceptual contributions of "health care related 
infections" (IRAS). It aims to analyze the incidence of hospital 
infection in the Intensive Care Unit of the General Hospital of 
Roraima from January to July 2017. The methodology applied in the 
research from the perspective of the descriptive approach, which will 
allow the analysis of bibliographic and documentary research, as well 
as the application of the qualitative-quantitative method, through 
observation using semi-open interviews, and a questionnaire with the 
interviewees. The analysis of the results presents a profile of the care 
and services offered in the ICUs in the General Hospital of Roraima 
in the municipality of Boa Vista presenting the main causes of 
hospital infections. However, there are still some obstacles and 
suggestions for the improvement of the areas "infections related to 
health care" (IRAS) in the municipality. Thus, it is expected that this 
study may contribute to future research regarding the fight against 
nosocomial infections in the region. 
 
Keywords:Health. Nursing. IRAS. Attendance.Infections. 
 
 
9 
 
 
 LISTA DE FIGURAS 
Figura – 01: Quantidade de profissionais de enfermagens por faixa etária ........... 30 
Figura – 02: Tempo de atuação na profissão .......................................................... 31 
Figura – 03: Tempo de atuação em UTI .................................................................. 32 
Figura – 04: Tempo de atuação na UTI do HGR. .................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 01 - Percepção dos profissionais da enfermagem sobre os cuidados 
e incidências de infecções na UTI ............................................................................ 35 
Quadro 02 – Avaliação do grau de incidências de infecções na UTI. ...................... 35 
Quadro 03 – Avaliação do grau de incidências de infecções na UTI. ...................... 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária CAP’s - Caixas de 
Aposentadoria e Pensão 
CCIH - Comissão de Controle de Infecção Hospitalar 
COFEN - Conselho Federal de Enfermagem 
DNERu - Departamento Nacional de Endemias Rurais DNSP - Diretoria Nacional 
de Saúde Pública 
FUNASA - Fundação Nacional de Saúde 
 
FUNRURAL - Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural HGR - Hospital Geral 
de Roraima 
IAP’s - Institutos de Aposentadoria e Pensões IBGE - Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística 
INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social INPS - 
Instituto Nacional de Previdência Social 
IRAS - Infecções Relacionadas à Assistência m Saúde POP - Procedimento 
Operacional Padrão 
SESP - Serviços Especiais de Saúde Pública SUCAM - Superintendência de 
Campanhas 
SUDS - Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde SUS - Sistema Único de 
Saúde 
UTI – Unidade de Tratamento Intensivo 
 
 
 
12 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13 
2 REFERENCIAL TEMÁTICO ...................................................................................... 15 
2.1 SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL ............................................................................... 15 
2.2 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE .................................................................................19 
2.3 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAL DAS IRAS .......................... 21 
2.4 BASES CONCEITUAIS........................................................................................... 23 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................................. 26 
3.1 TIPO DE ESTUDO .................................................................................................. 26 
3.2 LOCAL DO ESTUDO .............................................................................................. 26 
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA .................................................................................... 27 
3.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO NO ESTUDO ...................................... 27 
3.5 RISCOS E BENEFÍCIOS ........................................................................................ 27 
3.6 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS ........................................................ 28 
3.7 ANÁLISES DOS DADOS ........................................................................................ 29 
3.8 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS ............................................................................. 30 
3.8 DESFECHOS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO ........................................................... 31 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 32 
4.1 PERFIL DOS PROFISSIONAIS .............................................................................. 32 
4.2 PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUANTO AO AMBIENTE DE TRABALHO . 36 
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 39 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 41 
APÊNDICES ................................................................................................................. 45 
ANEXOS ...................................................................................................................... 50 
 
 
 
 
13 
 
fta 
1 INTRODUÇÃO 
Dentre os inúmeros problemas que a saúde pública brasileira enfrenta 
atualmente como falta de médicos, remédios, leitos e cirurgias especializadas 
pode- se ainda citar as “infecções relacionadas à assistência em saúde” 
(IRAS) consideradas como uma das grandes preocupações encontradas 
dentro das unidades hospitalares, em especial na UTI (ROCHA; LEME 2010). 
Conforme Júlio (2013) as IRAS são as mais frequentes e importantes 
complicações ocorridas em pacientes hospitalizados. 
No Brasil, os dados sobre IRAS são pouco divulgados. Além disso, 
esses dados não são consolidados por muitos hospitais, o que dificulta o 
conhecimento da real dimensão do problema (GASPAR, 2012). 
Partindo desse pressuposto, pode-se considerar que a falta de 
divulgação de dados sobre as IRAS intensificam ainda mais os problemas de 
infecções hospitalares aumentando segundo Santos (2006) os custos 
hospitalares, bem como a morbidade e a mortalidade entre os pacientes 
hospitalizados. 
Diante deste contexto, a pesquisa tem como objetivo analisar a 
incidência da infecção hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital 
Geral de Roraima no período de janeiro a julho de 2017. Para nortear o 
objetivo geral foram desenvolvidos os seguintes objetivos específicos com 
intuito de investigar os principais indicadores de infecção hospitalar na UTI do 
ano de 2016 e de janeiro a julho de 2017 do Hospital Geral de Roraima; 
Diagnosticar as falhas que proporcionam riscos para infecções através de 
entrevistas com os técnicos de enfermagem da UTI do Hospital Geral de 
Roraima; bem como propor medidas de prevenções as infecções hospitalares 
na UTI. 
Compreendendo que adequar às políticas, a prática de diagnóstico e o 
tratamento de IRAS; realizar pesquisas para avaliar os principais indicadores, 
como a taxa de IH, prevalência, incidência, tipos de infecções mais comuns, 
patógenos envolvidos, perfil de sensibilidade destes agentes aos 
antimicrobianos, tornam-se importantes para se estabelecer medidas de 
controle e prevenção das IRAS (GASPAR, 2012). 
14 
 
A presente pesquisa ganha relevância, pois a incidências de infecções 
hospitalares trata-se de um contínuo desafio aos profissionais de saúde, tendo 
em vista que as IRAS representam um importante problema de saúde pública 
e que acarretam impacto para o paciente, família, instituições hospitalares e 
para a sociedade como um todo. As informações obtidas poderão nortear 
questões essenciais para a prevenção das IRAS e, consequentemente de 
óbitos, além de fornecer subsídios para orientação das ações das equipes de 
saúde justificando assim a realização dessa pesquisa. 
A pesquisa trata-se de um estudo exploratório descritivo, com 
abordagem quanti-qualitativa sobre a prevenção e controle de infecção 
hospitalar na unidade de terapia intensiva do Hospital Geral de Roraima, 
desenvolvido com os técnicos de enfermagem atuante na UTI adulto, no 
município de Boa Vista RR. 
Dessa forma, o estudo encontra-se estruturado em sessões para 
melhor entendimento do leitor. Em primeiro plano apresenta-se um breve 
histórico da saúde pública brasileira, seguido de uma contextualização e 
origem do Sistema Único de saúde. No segundo momento abordam-se os 
principais conceitos e histórico das IRAS. O terceiro momento trata-se dos 
procedimentos metodológicos e por fim, apresentam-se os resultados e 
discussão. 
 
15 
 
2 REFERENCIAL TEMÁTICO 
 
2.1 SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL 
 
Para início de reflexão sobre as “infecções relacionadas à assistência 
em saúde” (IRAS), torna-se necessário contextualizar esse processo com a 
história da saúde pública no Brasil. 
No Brasil, a Constituição Federal no seu Artigo 196, enaltece que a 
“saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e acessórias que visem à redução do risco de doenças e de outros 
agravos e a acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua 
promoção, prestação e recuperação.” 
Nessa perspectiva, Junior (2012) cita que a Organização Mundial de 
Saúde conceitua a Saúde Pública como o ato de prevenir doenças, prolongar 
a vida, possibilitar a saúde e a eficiência física e mental através do esforço 
organizado da comunidade. Esse ato está a cargo do Estado, em promover 
uma série de medidas adequadas para o desenvolvimento de uma estrutura 
social capaz de proporcionar a todos os indivíduos de uma sociedade a 
condição de saúde necessária (BRASIL, 2010). 
Com relação ao processo histórico evolutivo da saúde no Brasil, Junior; 
Costa (2014) comentam que somente a partir do século XVI, que as políticas 
públicas de saúde foram implementadas no Brasil, impulsionada pela chegada 
da família Real. Todavia, os serviços e tratamentos oferecidos por essa 
implementação, sofreu preconceito e medo por parte da população, que 
preferiam ser tratadas pelos curandeiros. 
Em consonância com a pesquisa, Lopes (2011), cita que de fato a 
saúde pública brasileira é oriunda do advento da corte real portuguesa, datada 
de 1808, com a criação das duas primeiras escolas de medicina em nosso 
país (Colégio Médico-Cirúrgico do Real Hospital Militar de Salvador e a Escola 
de Cirurgia do Rio de Janeiro), que visavam principalmente à saúde e o bem 
estar da nobreza (SANTOS, 2008). 
16 
 
A história da Saúde Pública brasileira inicia-se cercada de desconfiança 
por parte da população, entendida como muito limitada e pouco eficaz. De 
fato, a saúde pública tinha esse aspecto, pois a sociedade culturalmente 
sempre se automedicou. Os avanços no desenvolvimento da saúde ganharam 
nova conjuntura a partir dos estudos de Emílio Ribas, em São Paulo, e 
Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, que no interior da escola pasteuriana, 
desenvolveram medidas como o isolamento dos indivíduos doentes 
contagiantes, o saneamentodo meio, a destruição dos vetores biológicos e a 
proteção dos sadios. Essas medidas deram aspectos de coletividade para os 
tratamentos de saúde no Brasil (MERHY; QUEIROZ, 1993). 
Reforçando a contribuição de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas para o 
desenvolvimento da saúde pública no Brasil, Junior (2012), ressalta que além 
desses cientistas, é importante destacar o papel do Instituto Vital Brazil, 
Butantã ou Adolfo Lutz. Uma vez, estas entidades são exemplos concretos de 
atividade competente e meritória da saúde pública brasileira, priorizando o 
combate e tratamento às doenças. 
Dessa forma, pode afirma que a contribuição de Oswaldo Cruz, Carlos 
Chagas, Adolfo Lutz à saúde pública brasileira foi de extrema importância, 
tendo em vista suas inúmeras descobertas e feitos em benefício da saúde 
pública brasileira. Da mesma forma, pode-se enaltecer a participação do 
Instituto Butantan criado em meados do século XIX, e o Instituto Vital Brazil 
importantíssimos no combate do surto de peste bubônica, fato que originou o 
Instituto Manguinhos (atual Fundação Oswaldo Cruz ou Fiocruz), as ações 
dessas instituições contribuem até hoje em incidência de acidentes com 
animais peçonhentos, como as serpentes (CAMARGO, 2002). 
Nesse contexto histórico não podemos deixar de destacar a 
participação dos grupos filantrópicos de cunho religioso como as Santas 
Casas de Misericórdia, que cuidava da saúde dos brasileiros, principalmente a 
população mais carente (SANTIAGO, 2010). A atuação da filantropia incitou o 
Estado a tomar atitude com relação à saúde da população, que iniciou 
algumas ações de saúde diante de epidemias, como ações de vacinação e 
de saneamento básico. Uma das primeiras ações do Estado ocorreu no final 
do século XIX e início do XX com o saneamento do Rio de Janeiro e a grande 
17 
 
campanha de vacinação contra varíola promovida pelo sanitarista Oswaldo 
Cruz (CARVALHO, 2013). 
Nessa perspectiva histórica por volta da década de 40 percebe-se que 
as primeiras iniciativas da saúde pública brasileira eram, portanto, de caráter 
emergencial mediada pelo Governo Central e organizada pela Diretoria 
Nacional de Saúde Pública – DNSP, Essas medidas faziam parte das ações 
da vigilância de controle ambiental, que deram origem a estrutura da saúde 
pública com o aparecimento dos Serviços Especiais de Saúde Pública (SESP), 
Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu) e a Superintendência 
de Campanhas (SUCAM) (SANTIAGO, 2010). 
Todavia, a saúde pública só ganhou amplitude com a Proclamação da 
República, em 1889, implementando um modelo sanitarista visando erradicar 
epidemias urbanas e a criação de um novo Código de Saúde Pública, 
tornando a saúde brasileira uma medida coletiva sob a responsabilidade do 
governo (CORREIA, 2014). 
Porém, essas medidas não foram além do papel, e reduziram a saúde 
pública praticamente à atuação campanhista pelo conjunto do país. Tais ações 
favoreçam ações verticais permanentes da Liga de Saneamento, viabilizando 
construção dos serviços médicos previdenciários, abrindo outro setor 
socialmente significativo no conjunto das ações de saúde (MERHY& 
QUEIROZ, 1993). 
A partir de uma corrente cronológica as políticas públicas de saúde no 
Brasil foi desenvolvida mediante a chegada da família real em 1808, e ao 
longo dos anos, vem sofrendo modificações. A primeira medida tomada foi 
impor normas sanitárias para os portos combatendo entrada de doenças 
contagiosas que pudessem ameaçar a saúde da Realeza. Com o advento da 
Independência do Brasil em 1822, novas medidas foram estabelecidas 
atribuindo as províncias o controle dos portos e quaisquer decisões sobre tais 
questões e saúde. Em 1923, o Estado brasileiro, promulga a Lei Elói Chaves, 
através da criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs) 
estabelecendo as empresas e trabalhadores o direito assegurado a 
assistência médica, medicamentos, aposentadorias e pensões (CORREIA, 
2014). 
18 
 
Outro aspecto levantado por Correia (2014) relata que ao longo dos 
anos, a CAPs, passou a corresponder aos Institutos de Aposentadoria e 
Pensões (IAPs), que estendeu o atendimento ao número maior de 
trabalhadores. Em 1967, foi implantado o Instituto Nacional de Previdência 
Social (INPS), que extinguiu os IAPs, com essa medida o atendimento se 
estendeu também aos trabalhadores rurais, assegurados pelo Fundo de 
Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL). É importante frisar que os 
trabalhadores com carteira eram assistidos pelo do Instituto Nacional de 
Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). 
Em contrapartida, o governo através da Constituição Federal de 1988, 
cria o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde – SUDS, que mais tarde 
transformou-se no Sistema Único de Saúde - SUS, encarregado de organizar 
no plano regional, as ações do Ministério da Saúde, dos serviços Estaduais e 
Municipais de saúde, sendo o SUS uma conquista da sociedade brasileira 
(JUNIOR; COSTA, 2014). 
A década de 90 marca importantes mudanças na saúde brasileira onde 
a intervenção do poder público apresenta-se mais pertinentes implantando as 
campanhas de vacinações promovendo dessa maneira as primeiras coes da 
saúde coletiva para a população. Essas ações proporcionaram a unificação 
dos departamentos de saúde dando origem a Fundação Nacional de Saúde 
(FUNASA) que estrutura e incorpora o SUS (Sistema Único de Saúde) 
respondendo assim, às necessidades e exigências de um novo Brasil 
(SANTIAGO, 2010). 
A partir do surgimento do SUS a saúde pública brasileira se estruturou 
baseada no tripé da Descentralização, da Integralidade, da Assistência e da 
Participação da comunidade, oferecendo um serviço de qualidade para a 
população. Porém, o Sistema Único de Saúde é alvo de várias críticas em 
função da precariedade dos serviços prestados, da escassez de mão-de-obra 
qualificada, demora no atendimento da grande demanda populacional e da 
demora na solução de problemas por causa de uma grande sobrecarga 
burocrática (BRASIL, 2010). 
 
19 
 
 
2.2 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 
Para compreendermos o processo evolutivo do Sistema Único de 
Saúde do Brasil, precisamos entender que as práticas de saúde no país fazem 
parte de ações organizadas pela sociedade em cada contexto político, 
econômico e social. Dessa forma, o SUS foi se desenvolvendo de acordo com 
as necessidades da sociedade.Sendo assim, não podemos dizer que esse 
sistema já nasceu pronto e acabado, mas sim, está em constante construção 
(BRASIL, 2010). 
Somente a partir da década de 80 que a saúde pública passou a ser 
mais universal e menos excludente, abrangendo atendimentos hospitalares 
para toda a população. De acordo com Lopes (2011), impulsionada pelos 
congressos e movimentos sociais que cobravam do Estado Brasileiro a 
Reforma Sanitária, na busca da garantia de um sistema unificado de saúde 
para toda a população, é criado em 1990, o Sistema Único de Saúde (SUS), 
com a finalidade de estender a toda à população o direito a saúde, 
oferecendo, serviço médico, assistência hospitalar e social de forma 
descentralizada e regional. 
Mediante a essa visão, pode-se afirmar que o SUS nasceu destinado a 
atender todos os cidadãos, financiado através dos recursos arrecadados como 
os impostos e contribuições sociais pagos pela população, complementado 
por recursos do governo federal, estadual e municipal. 
A legitimidade do Sistema Único de Saúde - SUS – está estabelecida 
pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelas Leis n.º 8080/90 
(Lei Orgânica da Saúde) e nº 8.142/90, com a finalidade de alterar a situação 
de desigualdade na assistência à Saúde da população, tornando obrigatório o 
atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibidas cobranças dos 
serviços prestados por esse sistema. 
Nessa concepção Brasil (2000), conceitua o SUS, como todo o serviço 
de saúde prestado na esfera federal, estadual e municipal,sem custos 
adicionais para a população, onde o setor privado atua de forma 
20 
 
complementar. 
Dessa forma, torna-se necessário esclarecer que o SUS abrange 
também a participação do setor privado, que poderão atuar de forma 
complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante 
contrato de direito público ou convênio, tendo preferência às entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos (BRASIL, 2000). 
Historicamente, o SUS foi instituído pela Constituição Federal de 1988, 
originário das lutas do movimento conhecido como Revolução Sanitária, 
inflamado pelos meios acadêmicos na década de 1970. A implantação do 
Sistema foi e é uma grande vitória da sociedade e de grande valia no setor da 
saúde do brasileiro, porém, atualmente, percebe-se que esse Sistema não 
exerce sua funcionalidade conforme seus princípios, de oferecer saúde como 
direito de todos (DINIZ, 2014). 
Por outro lado, a saúde pública no Brasil sempre enfrentou grandes 
problemas, principalmente relacionado à gestão e falta de recursos, 
representados pelos gastos indevidos, por esse motivo que o sistema ainda 
não tem surtido um resultado notório, pois a doença não está somente 
relacionada entre o homem e o meio natural, mas também entre o homem e o 
meio social (SINGER, 1988). 
Sendo assim, Junior; Costa (2014) ressaltam que a organização e 
gestão dos serviços do SUS, enfrentam grandes dificuldades, principalmente 
por parte dos Municípios brasileiros que não conseguem arrecadar os 
recursos necessários para o bom funcionamento do sistema de saúde. 
Nessa consonância, Polignano (2013, p.24) apresenta o seguinte 
cenário do Sistema Único de Saúde na esfera nacional afirmando que: 
 
Apesar das dificuldades enfrentadas pode-se afirmar que ao nível 
de atenção primária o SUS apresentou resultados significativos 
no setor público, mas enfrenta problemas graves com o setor 
privado, que detém a maioria dos serviços de complexidade e 
referência a nível secundário e terciário. 
 
Percebe-se que apesar das diversas falhas apresentada no SUS, 
vislumbrada por falta de investimento público, mão de obra mal qualificada, 
corrupção ou até falta de informação por parte de seus usuários. O SUS, e em 
21 
 
seus fundamentos nos mais modernos princípios da medicina pública, 
baseado nos princípios e objetivos da Universalidade, Equidade e 
Integralidade da atenção à saúde da população brasileira, sendo elogiado 
mundialmente pelos principais órgãos internacionais de saúde (LOPES, 2011). 
Todavia, elogios não são suficientes para melhorar o seu 
funcionamento. Como já mencionado a visão que se tem do Sistema Único de 
Saúde no Brasil é precária, sendo necessário reavaliar a gestão das verbas 
destinadas aos programas de saúde pública. Ao analisarmos os serviços 
ofertados, perceberemos a falta de médicos em regiões afastadas em 
contraponto à intensa concentração nas grandes 
cidades, a ausência de estrutura nos hospitais da rede pública, a 
grande incidência de infecções hospitalares, além da dificuldade em conseguir 
atendimento na ESF, são apenas alguns dos inúmeros problemas que 
atingem os brasileiros que tentam utilizar a saúde pública diariamente. 
 
2.3 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAL DAS IRAS 
 
A história da ocorrência das IRAS mantém uma relação estreita com a 
própria história da atenção à saúde. A compreensão da dinâmica de aquisição 
das IRAS vem evoluindo desde quando foram criados os primeiros hospitais 
na Idade Média. As características de manifestação, assim como os fatores de 
risco modificaram-se com a evolução das concepções dominantes sobre o 
processo saúde-doença na sociedade ocidental bem como as práticas de 
prevenção e controle nos serviços de saúde (LACERDA, 1997). 
Com pessoas mais susceptíveis, expostas a procedimentos cada vez 
mais invasivos, surgiram novas modalidades de IRAS, com incidência em 
diferentes topografias corporais (ZANON, 1987; SANTOS, 1997). 
Vários profissionais entre médicos e enfermeiros contribuíram para a 
evolução da prevenção das IRAS. Entre eles, Florence Nightgale, que a partir 
de 1858, destacou-se pelos seus esforços na melhoria da organização e da 
higiene dos hospitais de campanha, que culminaram na redução importante na 
22 
 
mortalidade de soldados ingleses durante a guerra da Criméia (SHAFFER, 
1974). 
Florence Nightingale, em 1863, descreveu uma série de cuidados e 
estratégias relacionados aos pacientes e ao meio com o objetivo de diminuir o 
risco de IRAS (COUTO et al., 2014 p. 4). 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece o fenômeno das 
IRAS como um problema de saúde pública e preconiza que as autoridades em 
âmbito nacional e regional desenvolvam ações com vistas à redução do risco 
de aquisição. Os objetivos devem ser estabelecidos em âmbito nacional ou 
regional em consonância com demais objetivos de saúde nestas esferas 
(WHO, 2002; WHO, 2004 citado por ANVISA, 2013 - 2015). 
Historicamente no Brasil, o Controle das IRAS teve seu marco 
referencial com a Portaria MS nº 196, de 24 de junho de 1983, que instituiu a 
implantação de Comissões de Controle de Infecções Hospitalares em todos os 
hospitais do país, independente de sua natureza jurídica (ANVISA, 2000). 
Mas somente a partir de 1985, com a repercussão da morte do ex- 
presidente Tancredo Neves, em consequência de IRAS, essa questão 
assumiu umadimensão maior, sensibilizando a população e, principalmente, 
os profissionais da área de saúde (ANVISA, 2004). 
Em maio de 1998 foi publicada pelo Ministério da Saúde a portaria 
2.616, que passa a nortear todo o sistema de controle de IRAS nacional. Essa 
portaria revoga a de nº 930 de 1992. Institui o programa de controle de IRAS a 
ser executado por CCIH constituída de membros consultores e executores. 
Determina a carga horária desses membros executores levando em 
consideração o tamanho e a complexidade da instituição. Cria oportunidade de 
surgimento de consórcios interinstitucionais, otimizando a utilização de 
recursos. Há extenso detalhamento sobre as formas de executar o controle de 
IRAS, o que certamente contribuirá para melhorar a prevenção desse tipo de 
infecção no Brasil (COUTO, 2014 p. 6). 
Nas UTI’s são desenvolvidos vários serviços aos pacientes criticamente 
doentes, como: (a) suporte de vida que possibilite à sobrevida a pacientes com 
falências orgânicas graves e (b) monitoração intensiva para permitir a 
23 
 
identificação precoce e o tratamento apropriado das intercorrências clínicas 
graves. Nesse contexto, as UTI’s representam 10 a 15% dos leitos 
hospitalares, cuja demanda tem crescido mais de 17% na última década, 
correspondente a uma tendência também crescente na complexidade dos 
pacientes que se internam em hospitais (COUTO R. C. et al, 2014 p. 525). 
Nessas unidades, pratica-se uma medicina ao mesmo tempo dinâmica 
e “agressiva”, com o objetivo de estabilizar disfunções orgânicas agudas e 
viabilizar a execução dos procedimentos médicos cada vez mais complexos. 
No entanto, como decorrência natural dessa assistência intensiva aos 
pacientes graves, aumenta também a probabilidade de dois desfechos 
inoportunos importantes: as iatrogênicas e as IRAS. As infecções são as 
complicações mais prevalentes dos pacientes internados em UTI’s e 
contabilizam 20 a 30% de todos os casos hospitalares (COUTO R. C. et al, 
2014 p. 525). 
 
2.4 BASES CONCEITUAIS 
 
Conforme a Portaria nº 2.616 de 12 de maio de 1998, define-se 
Infecção Hospitalar (IH) como aquela adquirida após a admissão do paciente e 
que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser 
relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL, 1998). 
Atualmente o termo “infecção hospitalar” foi substituído por “infecções 
relacionadas à assistência em saúde” (IRAS), sendo essa designação uma 
ampliação conceitual que incorpora infecções adquiridas e relacionadas à 
assistência em qualquerambiente (PADOVEZE; FORTALEZA, 2014). 
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é considerada o epicentro das 
IRAS e elo influenciador na cadeia epidemiológica de transmissão. Tal fato 
deve-se à peculiaridade dos pacientes internados nessa unidade, pois utilizam 
dispositivos invasivos como: cateter venoso central, sonda vesical de demora 
e ventilação mecânica; além disso, uso de imunossupressores, período de 
internação prolongado, colonização por microrganismos resistentes, 
prescrição de antimicrobianos e a própria característica do ambiente da UTI 
24 
 
que favorece a seleção natural de microrganismos (GOMES et al, 2014). 
Os pacientes de UTI, na sua maioria encontram-se acamados por 
tempo prolongado, imunodeprimidos, e com doenças graves que necessitam 
de monitoramento invasivo e uso de antibióticos de largo espectro, tornando-
os mais suscetíveis às IRAS. Nos últimos anos, a incidência de IRAS 
associada a microrganismos resistentes tem aumentado em todo o mundo 
(SANTOS et al, 2016). 
O controle de infecção em UTI é um assunto complexo e de extrema 
importância para o bom funcionamento da unidade, evidenciando-se, portanto, 
a necessidade da proteção tanto individual quanto dos pacientes, bem como a 
realização de técnicas e procedimentos adequada a fim de evitar qualquer 
prejuízo para o paciente (SANTOS et al, 2016). 
Segundo Couto et al (2014) as taxas de incidência de IRAS para 
pacientes de UTI variam conforme o tipo de unidade considerada e a 
população atendida, atingindo de 10 a 30% dos pacientes. Essas infecções 
caracterizam-se como importante causa de morbimortalidade, com a 
mortalidade atribuída podendo exceder 25%. Além disso, as IRAS contribuem 
para o prolongamento do tempo de permanência e custos na UTI. 
Os pacientes internados em UTI possuem um risco de 5 a 10 vezes 
maior de adquirir IRAS do que aqueles de outras unidades gerais do hospital, 
e, diferentemente das unidades de internação abertas, onde as infecções 
urinárias são as mais frequentes, nas UTI’s as infecções do trato respiratório 
predominam invariavelmente (COUTO et al, 2014). 
A ANVISA (2017) salienta que vários fatores de risco independentes 
para IRAS têm sido identificados, estando entre os mais importantes: a 
gravidade da doença de base; as doenças adjacentes; o grau de 
comprometimento das defesas orgânicas; a idade avançada; a permanência 
prolongada na UTI; o uso abusivo e inapropriado de antibióticos; os 
procedimentos invasivos; disfunção neurológica grave; trauma, complicações 
iatrogênicas, a colonização progressiva dos epitélios; a superlotação das 
unidades, entre outros. 
As infecções causadas por microrganismos resistentes tais como 
25 
 
MRSA, VRE, Gram-negativos ESBL, além de mais difíceis de tratar, 
aumentam a mortalidade e a permanência na UTI (COUTO et al, 2014). 
O sucesso para o controle da resistência depende de várias ações 
direcionadas para a observância das normas de controle de infecção: as 
orientações para evitar o uso inadequado de antibióticos, as medidas 
restritivas para o uso de algumas drogas, como as cefalosporinas indutoras de 
ESBL, os carbapenêmicos e quinolonas (liberados somente com indicação 
específica) e o uso criterioso de vancomicina (SANTOS, 2006). 
De acordo com Couto et al (2014) apesar da tendência crescente de 
maior complexidade dos pacientes hospitalizados e, consequentemente do 
aumento de infecções hospitalares, as medidas tradicionais de prevenção 
permanecem como o eixo fundamental da estratégia de controle das mesmas, 
devendo ser incentivadas. 
As ações devem ser instituídas através do conhecimento dos dados 
gerados pelo processo de vigilância epidemiológica, adequando-as às 
necessidades específicas de cada serviço. No ambiente complexo da UTI, é 
indicado que as ações preventivas de controle de IRAS sejam mais rigorosas, 
haja vista o tipo de paciente e a intensidade dos procedimentos de risco 
(COUTO et al, 2014). 
 
26 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
3.1 TIPO DE ESTUDO 
 
Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quanti- 
qualitativa sobre a prevenção e controle de infecção hospitalar na unidade de 
terapia intensiva do Hospital Geral de Roraima, desenvolvido com os técnicos 
de enfermagem atuante na UTI adulto, no município de Boa Vista RR. 
Mediante a esse contexto a pesquisa se caracteriza como exploratória 
descritiva, buscando descrever e registrar o fenômeno a maneira como ele 
ocorre, recorrendo a interpretações e avaliações na aplicação de 
determinados fatores ou simplesmente dos resultados já existentes dos 
fenômenos, estando dentro de análises quantitativas e qualitativas, quando há 
um levantamento de dados e o porquê destes dados (MARCONI; LAKATOS, 
2002). 
Os métodos adotados pela pesquisa foram o qualitativo e o método 
quantitativo possibilitando a autenticidade, precisão, e determinação prévia de 
resultados (Portela, 2004). 
Segundo Ramos; Ramos; Busnello (2005), a pesquisa quantitativa é 
tudo que pode ser mensurados em números, classificados e analisados 
utilizando de técnicas estatísticas, enquanto que a qualitativa, não é traduzida 
em números, mas verifica a relação da realidade com o objeto de estudo, 
obtendo várias interpretações de uma análise indutiva por parte do 
pesquisador. 
 
3.2 LOCAL DO ESTUDO 
 
O estudo foi desenvolvido no Hospital Geral de Roraima – HGR - RR, 
referência para a população da capital do estado de Roraima, bem como do 
interior do estado, áreas indígenas e países fronteiriços. O hospital em 
27 
 
questão conta com duas unidades de terapia intensiva, cada uma com 10 
leitos totalizando 20 leitos de UTI adulto. A UTI é composta por uma Equipe 
Interdisciplinar, entre os profissionais estão médicos, enfermeiros, técnicos e 
auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, dentre outros 
profissionais que compõe uma equipe de UTI, bem como equipe de limpeza. 
 
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA 
 
A população deste estudo compreende os técnicos de enfermagem da 
UTI adulto do Hospital Geral de Roraima. 
A amostra foi desenvolvida por conveniência e não se baseia no critério 
numérico para garantir sua representatividade (MINAYO, 2004). 
 
3.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO NO ESTUDO 
 
Quanto aos critérios de inclusão e exclusão foram incluídos no estudo 
os técnicos de enfermagem que se encontravam na UTI adulto do hospital em 
questão no momento da entrevista, independente do sexo e idade, além de 
pesquisa em prontuários dos pacientes e obtenção de dados com a CCIH do 
hospital. 
Dessa forma, foram excluídos os profissionais os técnicos de 
enfermagem que não estiveram presentes no período da coleta de dados por 
qualquer motivo (folgas, férias, afastamentos, licenças medicas entre outros), 
além dos pacientes que não apresentaram infecção hospitalar no período 
pesquisado. 
 
3.5 RISCOS E BENEFÍCIOS 
 
O estudo não envolveu riscos, uma vez que os dados foram obtidos 
28 
 
através das informações pela CCIH. 
A pesquisa visou evidenciar a incidência de infecção hospitalar na UTI 
do Hospital Geral de Roraima no segundo semestre de 2017, propondo assim 
medidas e meios de combate as IRAS contribuindo para ajudar a identificar 
falhas no processo para melhor dinamizar e efetivar todo o processo de cura. 
 
3.6 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS 
 
Primeiramente, os profissionais escolhidos foram informados dos 
objetivos dessa pesquisa e assinaram de livre e espontânea vontade o termo 
de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXOS) para participarem da 
mesma. 
A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista individual, em um 
local dentro da UTI, tanto no período da manhã, tarde ou noite, conforme a 
disponibilidade do profissional, além da coleta de dados estatísticos 
diretamente da CCIH. 
O questionário segundo Gil (1991) é uma ferramenta composta de uma 
série ordenada de perguntas, podendo ser abertas,fechadas ou semiabertas, 
sendo assim deve ser objetivo, limitado em extensão e estar acompanhado de 
instruções, ressaltando a importância da colaboração do informante e facilitar 
o preenchimento de sua aplicação. 
A entrevista seguiu um roteiro estruturado (APÊNDICE A) apresentado 
aos profissionais escolhidos, às questões foram formuladas para tentar extrair 
dos sujeitos suas percepções quanto às dificuldades encontradas no uso das 
técnicas e ferramentas para prevenção das IRAS na UTI, as quais guiarão na 
direção do objetivo da pesquisa. 
No caso da entrevista quando utilizada permite uma relação direta do 
entrevistador e o entrevistado dando veracidade à pesquisa qualitativa, pois é 
uma importante ferramenta de coleta de dados na abordagem qualitativa de 
pesquisa sendo utilizada semiestruturada para fortalecer dissertações e tese 
de doutorado. Portanto, a entrevista se da através da conversa entre duas ou 
29 
 
mais pessoas com o intuito de investigar, e assim obter as informações 
necessária (SEGENHEICH, 2005). 
 
3.7 ANÁLISES DOS DADOS 
 
Para a análise dos dados, utilizou-se a Análise Qualitativa, essa etapa 
representa o momento em que o pesquisador obtém os dados coletados por 
meio da aplicação de técnicas de pesquisa, usando instrumentos específicos 
para o tipo de informação que deseja obter, de acordo com o objeto de 
pesquisa em análise. Esses dados, após seu registro, foram organizados e 
classificados de forma sistemática, passando pelas fases de seleção, 
codificação e tabulação. 
Após a seleção e posse dos dados coletados, foi necessário fazer uma 
análise crítica, para identificar questões falsas, confusas ou distorcidas. 
Verificou-se que os dados coletados estavam completos não sendo preciso 
retornar ao campo para nova coleta. 
Na fase de análise, ocorreu a redução dos dados que consistiram em 
processo de seleção, simplificação, abstração e transformação dos dados 
originais provenientes das observações de campo. Essa etapa foi 
desenvolvida mediante ao retorno dos objetivos verificando se os dados 
atendiam ao proposto pela pesquisa ao longo do estudo de campo. 
Na codificação utilizou os seguintes passos para caracterizar os dados 
que se relacionam, conforme a sequência: classificação dos dados, 
agrupando-os sob determinadas categorias; atribuição de um código, um 
número ou uma letra, de forma que a cada um deles seja atribuído um 
significado. 
A codificação foi necessária, pois possibilitou a transformação do que é 
qualitativo em quantitativo. 
A categorização consistiu na organização dos dados que possibilitou ao 
pesquisador tomar decisões e tirar conclusões a partir deles. Nesse processo 
foi elaborada uma construção de conjunto de categorias descritivas 
30 
 
fundamentadas e norteadas no referencial teórico da pesquisa. Esse processo 
demandou tempo, visto que nem sempre, porém, essas categorias podem ser 
definidas de imediato. Pois, para chegar a elas, foi preciso ler e reler o material 
obtido até alcançar o domínio de seu conteúdo, a fim de contrastá-lo com o 
referencial teórico. 
A tabulação e interpretação dos dados coletados foram dispostas em 
tabelas e gráficos, organizados de acordo com a estruturação anterior, 
servindo para facilitar a compreensão e interpretação do leitor. Os dados 
foram classificados pela divisão em subgrupos e reunidos de modo que as 
hipóteses possam ser comprovadas ou refutadas. Os resultados obtidos foram 
analisados, criticados e interpretados. 
 
3.8 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS 
 
Este estudo atende a resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 do 
Conselho Nacional de Saúde que define as diretrizes e normas 
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. 
A coleta das informações foi realizada após aprovação do estudo pelo 
Comitê de Ética da Universidade Federal de Roraima. Sendo assegurada a 
privacidade das informações deste estudo. 
As informações somente foram coletadas após o consentimento dos 
entrevistados através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, 
(ANEXOS) elaborado pelo pesquisador. No termo ficou claro que caso o 
participante optasse por desistir do estudo, o mesmo poderia fazê-lo durante 
qualquer momento do mesmo, sendo apenas necessário avisar ao 
pesquisador. 
Os dados obtidos pela pesquisa tiveram como finalidade o trabalho de 
conclusão de graduação do curso Enfermagem da Universidade Federal de 
Roraima. Os participantes foram informados sobre a finalidade do trabalho e 
assegurados que sua participação não terá nenhum prejuízo aos mesmos. 
Os participantes tiveram suas identidades preservadas. Nesse sentido, 
31 
 
na necessidade da pesquisa foram dados nomes fictícios, pelo pesquisador 
aos participantes como o exemplo a seguir (M1, M2, M3...). 
 
3.8 DESFECHOS PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO 
 
O estudo tem como resultado esperado ao final da pesquisa o 
conhecimento das incidências da infecção hospitalar na UTI. Dessa forma, os 
resultados obtidos foram utilizados para finalizar o trabalho de conclusão da 
graduação do curso de enfermagem da Universidade Federal de Roraima, e 
para publicação de artigo em periódicos da área. Bem como estão à 
disposição da sociedade e do poder público para seus diversos fins. 
 
32 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Essa sessão discorre sobre os resultados e discussão da pesquisa 
apresentando o perfil dos entrevistados e do atendimento e serviços ofertados 
nas UTI's no Hospital Geral de Roraima no município de Boa Vista, bem como 
a concepção dos profissionais a respeito das “infecções relacionadas à 
assistência em saúde” (IRAS). 
 
4.1 PERFIL DOS PROFISSIONAIS 
 
Conforme os dados obtidos pelos questionários, a pesquisa 
estabeleceu o seguinte perfil socioeconômico dos profissionais que atuam nas 
UTI’s do Hospital Geral de Roraima no município de Boa Vista: Faixa etária 
entre 20 e 50 anos, o gênero corresponde a 35% masculino e 55% feminino 
todos exercem a função de Técnico em Enfermagem. Dessa forma, percebe-
se que a maior parte dos profissionais é do sexo feminino e adulto acima de 
20 anos. 
Segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem - COFEN (2010, p. 
38) a faixa etária dos profissionais de enfermagem concentram-se entre 26 a 
55 anos, “sendo a grande maioria está na faixa de 26 a 35 anos, a qual 
representa 35,98% do total dos profissionais de enfermagem do Brasil”. Ver 
(fig. 01). 
 
Figura – 01: Quantidade de profissionais de enfermagens por faixa etária. 
 
33 
 
Fonte: COFEN (2010) 
Com relação ao tempo que exerce a função na unidade, percebe-se 
que há profissionais com uma vasta experiência onde cerca de 83% exercem 
a profissão a mais de dez anos e profissionais ainda iniciantes com apenas 
alguns meses de exercícios conforme a figura 02. 
 
 
Figura – 02: Tempo de atuação na profissão. 
Fonte: dados da pesquisa (2017) 
 
Num comparativo com os dados do COFEN (2010) observa-se que 
existe uma concentração de profissionais na faixa etária entre 20 a 55 anos 
atuando há muito tempo na função. De acordo com Magalhães et al (2016) é 
possível evidenciar um aumento significativo nesse grupo de profissionais que 
buscam qualificação para se manter no cargo devido a grande concorrência de 
mercado. 
Quando se trata de quanto tempo de atuação em UTI percebe-se que 
apenas 32% tem experiência nesse setor como mostra a figura 03. 
 
 
63% 
De 11 a 20 anos 
 
De 21 a 25 anos 
20% 
De 1 a 3 meses 
 
De 1 a 10 anos 
7% 10% 
34 
 
Figura – 03: Tempo de atuação em UTI. 
Fonte: dados da pesquisa (2017) 
 
A figura 03 evidencia que grande parte dos profissionais apesar de 
terem mais de 20 anos de profissão, os mesmos não tem experiência na área 
de UTI que hipoteticamente pode acarretar para intensificar a incidência de 
infecções nesse setor. 
Nessa perspectiva, Oliveira (2010, p. 2) menciona que “O sucesso de 
qualquer serviço de terapia intensiva é diretamente proporcional àqualidade 
da equipe de Enfermagem que nela atua” sendo assim é necessário ao 
profissional certo de experiência para atuar nas unidades de UTI’s. 
Conforme Rocha; Leme (2010) é essencial que nas unidades de UTI’s 
exista uma vigilância dobrada tendo em vista que as IRAS são mais 
frequentes e ocasionam importantes complicações aos pacientes 
hospitalizados tornando-se uma das grandes preocupações encontradas 
dentro das unidades hospitalares. 
Todavia, no que tange ao tempo de atuação na UTI do Hospital Geral 
de Roraima os dados mostram uma disparidade importante para a erradicação 
das infecções, pois do total entrevista 100% já apresentam experiência nessa 
instituição. Entretanto, o grau de experiência varia entre 2 a 21 anos de 
experiências. Ver (fig. 04). 
0 0 
 
 
 
 
32% 
 
 
 
De 1 a 21 anos 
22 a 25 anos 
 
 
68% 
35 
 
Figura – 04: Tempo de atuação na UTI do HGR. 
Fonte: dados da pesquisa (2017) 
 
Conforme mostra a figura 04 a equipe de técnicos que atuam na UTI do 
Hospital Geral de Roraima todos estão habilitados e possuem experiência no 
setor onde 59% tem experiência de 1 a 5 anos de atuação, 23% tem 
experiência em torno de 5 a 10 anos, e 18% representam o quadro dos mais 
experiente entre 11 a 21 anos de experiência em serviços nas unidades de 
UTI no HGR. 
Reforçando a importância da experiência do profissional da 
enfermagem na unidade de UTI Gonçalves (1979, p. 177) ressalta que 
atuação é fundamental, pois cabem ao técnico as seguintes atribuições: 
Prestar assistência de enfermagem em serviços de proteção, de 
recuperação e de reabilitação da saúde, de acordo com o plano 
estabelecido; Prestar cuidados de conforto e de higiene a 
pacientes em estado grave, sob supervisão e orientação do 
enfermeiro (a); Ministrar medicamentos; Observar e registrar 
sinais e sintomas apresentados pelo paciente; Colher material 
para exames de laboratórios; Fazer registro das atividades 
executadas; Aplicar imunizantes; Realizar orientação individual e 
a grupos da comunidade sobre assuntos de saúde; Executar 
atividades de apoio, tais como: preparo de ambiente e disposição 
do material para exames, tratamentos, intervenções cirúrgicas e 
atendimento obstétrico". 
0 
 
 
23% 
 
 
De 1 a 5 anos 
 
De 6 a 10 anos 
 
De 11 a 21 anos 
59% 
18% 
36 
 
4.2 PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUANTO AO AMBIENTE DE TRABALHO 
 
A pesquisa busca apresentar a percepção dos profissionais quanto aos 
serviços prestados na UTI traçando os seguintes quadros avaliativos. 
 
Quadro 01 - Percepção dos profissionais da enfermagem sobre os cuidados e 
incidências de infecções na UTI. 
UTI SIM NÃO 
Você passou por treinamento antes de começar a trabalhar nessa UTI? 27% 73% 
Existe uma periodicidade deste treinamento: 3% 97% 
( ) 1 (um) a cada seis meses; ( ) 1 (um) a cada ano 27% 73% 
Existe POP na UTI? 37% 63% 
O POP é acessível? 34% 66% 
Você recebeu informações ou orientações sobre o POP da UTI? 20% 80% 
Você usa adornos como: (pulseiras, brincos, relógio, aliança, cordões 
ou outros) em seu local de trabalho? 
48% 52% 
Existem faltas de EPI (equipamento de proteção individual) na UTI? 94% 6% 
Fonte: dados da pesquisa (2017) 
De acordo com o quadro 01 é possível verificar que a maioria dos 
profissionais não passou por treinamento para atuarem na área de UTI e que 
pouco tem conhecimento sobre o Procedimento Operacional Padrão – POP, bem 
como a falta de EPI’s que pode contribuir para a incidência de infecções no local. 
Conforme santos (2006) a falta de ações de vigilância epidemiológica 
impede a notificação adequada das infecções hospitalares, dificultando e 
comprometendo o monitoramento das áreas de risco. Tais ações comprometem a 
adoção de políticas de uso racional para o controle de infecções nas áreas de UTI. 
Com relação às normas e órgãos que auxiliam para diminuir as incidências 
de infecções hospitalares nas UTI’s a pesquisa apresenta o seguinte quadro 
avaliativo. 
37 
 
Quadro 02 – Avaliação do grau de incidências de infecções na UTI 
Normais e órgãos auxiliam a incidências de infecções na UTI SIM NÃO 
Você conhece alguém que faz parte da CCIH? 20% 60% 
Existem normas e rotinas, visando limitar disseminação de micro- 
organismos de doenças infectocontagiosas em curso na UTI? 
37% 63% 
Todos os setores da UTI dispõem de lavatórios com água corrente, 
sabão e ou antisséptico e papel toalha para a lavagem das mãos dos 
profissionais? 
27% 73% 
Fonte: dados da pesquisa (2017) 
Ao analisar o quadro 02 observa-se que a grande maioria, 60% não tem 
conhecimento sobre a equipe de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – 
CCIH e que 63% desconhece a existência as normas de controle de infecção 
hospitalar nas UTI’s. Santos (2006) afirma que a presença de CCIH atuando de 
forma isolada e “desacompanhada de um programa sistemático de ações 
educativas planejadas e de vigilância epidemiológica efetiva”, não atenderá jamais 
as normas vigentes determinadas para o controle de infecções hospitalares nas 
UTI’s. 
Com relação aos procedimentos escritos orientando que auxiliam para 
diminuir as incidências de infecções hospitalares nas UTI’s a pesquisa apresenta o 
seguinte quadro avaliativo. 
 
Quadro 03 – Avaliação do grau de incidências de infecções na UTI 
Existem procedimentos escritos orientando: SIM NÃO 
Lavagem das mãos? 60% 20% 
Biossegurança (exposição à material biológico e acidentes com 
perfuro cortantes)? 
13% 87% 
Cuidados com cateteres intravasculares e urinários? 10% 90% 
Curativos? 13% 87% 
Limpeza e Desinfecção de artigos? 13% 87% 
38 
 
Limpeza de ambientes? 13% 87% 
Existe treinamento dos funcionários para a aplicação dos 
procedimentos citados acima? 
3% 97% 
Existem programas de imunização ativa em profissionais de saúde em 
atividade de risco? 
87% 13% 
Seu esquema vacinal está atualizado e em dia? 94% 6% 
Você conhece a taxa de infecção hospitalar da UTI do HGR? - 100% 
Você conhece a taxa de paciente com infecção hospitalar do último 
ano da UTI do HGR? 
- 100% 
Você conhece a taxa de letalidade por infecção hospitalar da UTI do 
HGR? 
- 100% 
Fonte: dados da pesquisa (2017) 
 
Apesar dos profissionais terem um cuidado individual percebe-se nos 
dados do quadro 03 que os profissionais desconhecem os cuidados coletivos e 
que a Unidade Hospitalar não oferece os procedimentos escritos orientando 
para os cuidados com a incidência de infecções. 
Segundo Santos (2006) os hospitais de pequeno e médio porte, 
geralmente não apresentam esses procedimentos escritos orientando para os 
cuidados com a incidência de infecções e se destacam por apresentarem as 
piores condições de organização para a prevenção dos riscos relacionados a 
infecções hospitalares, descumprindo o modelo vigente estabelecido. 
Fica evidente ainda que a grande maioria desconhece as taxas de 
infecção hospitalar do seu local de trabalho caracterizando um grave 
descompromisso com o modelo de controle de infecções hospitalares instituído 
pelas normas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar – CCIH, 
indicando que a infecção hospitalar é de fato um dos sérios problemas da saúde 
pública brasileira. 
 
39 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante dos dados apresentados e após a finalização da tabulação e análise 
dos resultados, a pesquisa retorna ao objetivo geral, que buscou analisar a 
incidência da infecção hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital 
Geral de Roraima no período de janeiro a julho de 2017 evidenciando que em 
conformidade com a pesquisa documental dos relatórios do Serviço de Controle 
de Infecção Hospitalar – SCIH do Hospital Geral de Roraima percebe-se que há 
um alto e crescente índice das “infecções relacionadas à assistência em saúde” 
(IRAS) nessa unidade. 
Os relatórios mostram que no ano de 2016 o índice de IRAS no HGR era de 
2,2% e nas UTI’s era de 4,8% a 6,2%, enquanto que nos primeiro meses (janeiro, 
fevereiro, março, abril)de 2017 temos uma oscilação na incidência de IRAS com 
10,7% em janeiro, 2,1% em fevereiro, 2.6% em março e 3.0% em abril. 
Nos meses seguintes (maio, junho e julho) percebe-se uma pequena queda 
nos índices, pois o mês de maio apresenta 2.1% de IRAS, junho 3.9%, e julho 
1,8% no Hospital Geral de Roraima. Todavia nas áreas de UTI esses números são 
maiores 15% a 20% de infecções. 
Quanto ao diagnóstico das falhas que proporcionam riscos para infecções 
hospitalares, a pesquisa evidenciou que essas falhas ocorrem por vários motivos 
como visto nos resultados das entrevistas, como por exemplo: falta de 
periodicidade de treinamentos para os profissionais, falta de EPI e etc. 
Comprometendo dessa forma a ação de combate as infecções hospitalares. 
Quanto a propor medidas de prevenções às infecções hospitalares na UTI, 
a pesquisa aponta a necessidade de construir um sistema hospitalar não apenas 
critérios de acesso e interesses econômicos, mas que proporcione à assistência a 
saúde como segurança, qualidade e resolubilidade dos serviços. Dessa forma, 
torna-se necessário a criação de ações de controle de infecção com base na 
formação de comissões. Tendo em vista que atualmente a utilização de comissões 
como forma participativa de solução de problemas e planejamento não faz parte 
da cultura do país. 
Tais comissões incorporam ações de proteção ao paciente, profissionais de 
saúde e ambiente, em todos os serviços de saúde é um caminho a ser reforçado 
40 
 
no campo da regulamentação e da gestão da assistência e precisa ser construído 
com a participação de todo o sistema de saúde e a população. 
 
41 
 
REFERÊNCIAS 
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SINGER, Paul. Prevenir e Curar: o controle social através dos 
serviços de saúde. Rio de Janeiro: Forense-Universitária. 1988. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
46 
 
APÊNDICE A 
 
ROTEIRO PARA ENTREVISTA 
 
Agradecimento 
 
Esclarecimento de dúvidas relacionadas aos objetivos e 
intenções Reiteração do compromisso de sigilo 
Data da Entrevista: / /2017Turno: M( ) T ( ) 
N( ) Código identificador do participante: Idade: anos; Sexo: M( ) F ( ) 
Qual a sua profissão? Tempo de atuação na profissão Tempo de atuação em UTI Tempo de atuação nessa UTI 
 
UTI SIM NÃO 
Você passou por treinamento antes de começar a trabalhar nessa 
UTI? 
 
Periodicidade deste treinamento: 
( ) 1 (um) a cada seis meses; ( ) 1 (um) a cada ano; ( ) Outros 
especificar: 
 
Existe POP na UTI? 
O POP é acessível? 
Você recebeu informações ou orientações sobre o POP da UTI? 
Você usa adornos como: (pulseiras, brincos, relógio, aliança, cordões 
ou outros) em seu local de trabalho? 
Qual adorno? 
 
Existem faltas de EPI (equipamento de proteção individual) na UTI? 
Quais os que mais faltam: 
 
Você conhece alguém que faz parte da CCIH? 
Obs. 
 
Existem normas e rotinas, visando limitar disseminação de micro- 
organismos de doenças infectocontagiosas em curso na UTI? 
 
47 
 
 
 
 
Todos os setores da UTI dispõem de lavatórios com água corrente, 
sabão e ou antisséptico e papel toalha para a lavagem das mãos dos 
profissionais? 
 
Existem procedimentos escritos orientando: 
Lavagem das mãos? 
Biossegurança (exposição a material biológico e acidentes com 
perfuro cortantes)? 
 
Cuidados com cateteres intravasculares e urinários? 
Curativos? 
Limpeza e Desinfecção de artigos? 
Limpeza de ambientes? 
Existe treinamento dos funcionários para a aplicação dos 
procedimentos citados acima? 
 
Existem programas de imunização ativa em profissionais de saúde 
em atividade de risco? 
 
Seu esquema vacinal está atualizado e em dia? 
Você conhece a taxa de infecção hospitalar da UTI do HGR? 
Você conhece a taxa de paciente com infecção hospitalar do último 
ano da UTI do HGR? 
 
Você conhece a taxa de letalidade por infecção hospitalar da UTI do 
HGR? 
 
48 
 
APÊNDICE B 
 
ROTEIRO PARA ENTREVISTA 
 
Agradecimento 
 
Esclarecimento de dúvidas relacionadas aos objetivos e intenções 
Reiteração do compromisso de sigilo 
Data da Entrevista: / /2017Turno: M( ) T ( ) N( ) 
Código identificador do participante: 
Idade: anos; Sexo: M( ) F ( ) 
CCIH SIM NÃO 
Existe CCIH neste hospital? 
A CCIH está formalmente nomeada? 
Existe PCIH neste hospital? 
Existe formulário para a prescrição de antimicrobianos? 
Existem manuais ou rotinas técnico-operacionais visando a prevenção e controle 
da Infecção Hospitalar? 
 
Existe treinamento específico, sistemático e periódico do pessoal da UTI para 
o controle de Infecção Hospitalar? 
 
Qual a periodicidade deste treinamento? 
1. 1A cada 6 meses( ) 
2. 1A cada ano ( ) 
3. Outros ( ) 
Especificar: 
 
Existem procedimentos escritos e padronizados do serviço de limpeza? 
A CCIH supervisiona a aplicação destes procedimentos? 
A CCIH estabelece programa de treinamento para o serviço de limpeza? 
A CCIH elabora regularmente relatórios contendo dados informativos e indicadores 
do Controle de Infecção Hospitalar? 
 
Com que periodicidade? 
49 
 
A CCIH divulga os relatórios entre o Corpo Clínico do Hospital? 
A CCIH promove debates com a comunidade hospitalar sobre o CIH? 
Qual a periodicidade dos debates? 
1.Trimestral ( ) 
2.Semestral ( ) 
3.Anual ( ) 
4.Outros( ) 
Especificar: 
 
A CCIH conta com membros executores? 
Estão formalmente nomeados? 
Quais as áreas de formação dos membros executores da CCIH? Indique o 
número de cada categoria: 
Enfermeiro( ) 
Médicos( ) 
Farmacêuticos( ) 
Outros( ) 
Especificar: 
 
Qual a carga horária destes profissionais? 
Enfermeiros: 
Médicos: 
Outros: 
Especificar: 
 
Qual a periodicidade de visitas dos membros executores da CCIH na UTI 
adulto? 
1. Diariamente( ) 
2. Semanalmente( ) 
3. Outros( ) 
Especificar: 
 
Existe Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções 
Hospitalares? 
 
Existe coleta de dados sobre Infecção Hospitalar? 
Qual o processo utilizado? 
Busca Ativa? ( ) 
Busca Passiva (ficha de notificação/prontuário)?( ) 
Busca Mista(busca ativa + busca passiva)?( ) 
 
Existe EPI (Equipamento de ProteçãoIndividual) pararealização de 
procedimentos críticos? 
 
O uso do EPI é supervisionado pela CCIH? 
Obs. 
Qual é a frequência de limpeza nos aparelhos de ar condicionado das UTI 
do HGR? 
Obs. 
 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
51 
 
 
 
 
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
 
Título do Projeto:INFECÇÃO HOSPITALAR: PREVENÇÃO E CONTROLE NA 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL GERAL DE RORAIMA 
Pesquisador Responsável: Hudson Alves Oliveira 
Orientador do Projeto: Msc. Fabrício Barreto 
 
 
Este projeto tem o objetivo de destacar a incidência da infecção 
hospitalar na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Roraima no 
ano de 2017. 
Para tanto, será necessário realizar os seguintes procedimentos: A coleta 
de dados, que será realizada por meio de entrevista individual, em um local 
dentro da UTI, tanto no período da manhã, tarde ou noite, conforme a 
disponibilidade do profissional, garantindo o caráter confidencial das 
informações e que o participante da entrevista não será identificado, também 
será feita a coleta de dados diretamente nos prontuários dos pacientes com 
infecção hospitalar, além da obtenção de dados estatísticos diretamente da 
CCIH. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quanti-
qualitativa sobre a infecção hospitalar: prevenção e controle na unidade de 
terapia intensiva do Hospital Geral de Roraima, desenvolvido com os técnicos 
em enfermagem atuante na UTI adulto, no município de Boa Vista RR. 
 
Esta pesquisa é de caráter voluntário, o participante não precisa 
responder a qualquer pergunta, se sentir que ela é muito pessoal ou sentir 
desconforto em falar. 
Não existirão despesas ou compensações pessoais para o participante 
em qualquer fase do estudo. Também não há compensação financeira 
relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será 
absorvida pelo orçamento da pesquisa. 
Após ler e receber explicações sobre a pesquisa, e ter meus direitos de: 
1. Receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os 
52 
 
procedimentos, benefícios e outros relacionados à pesquisa; 
2. Retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo; 
3. Não ser identificado e ser mantido o caráter confidencial das informações 
relacionadas à privacidade. 
4. Procurar esclarecimentos com o pesquisador Hudson Alves Oliveira, por 
meio do número de telefone (95) 99164-7041. Orientador da Pesquisa Fabricio 
Barreto (95) 8111-4150, Coordenação do Curso de Enfermagem (95) 3224-
3223 ou no endereço: Av. Cap. Ene Garcez, nº 2413, Bairro Aeroporto (Campus 
do Paricarana), CEP: 69.310-000 - Boa Vista – RR, Bloco Centro de Ciências da 
Saúde (CCS) Curso de Bacharelado em Enfermagem, em caso de dúvidas ou 
notificação de acontecimentos não previstos. 
 
Eu, ______________________________________________________, declaro 
estar ciente do anteriormente exposto e concordo voluntariamente em participar 
desta pesquisa, assinando este consentimento em duas vias, ficando com a 
posse de uma delas. 
Acrescentar contato do colaborador se houver: ( ) 
 
Boa Vista-RR, de de 
2017. Assinatura do participante da 
pesquisa: 
 
Eu, Hudson Alves Oliveira com orientação do Msc Fabricio Barreto, declaro que 
forneci todas as informações referentes à pesquisa ao participante, de forma 
apropriada e voluntária. 
Assinatura do pesquisador: 
 
 
 
Assinatura do Orientador: 
 
 
 
Boa Vista-RR, de de 2017.

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