Buscar

Infectologia - AIDS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Infectologia: AIDS – Prof. Walter Tavares (30.08.19) 
É a consequência clínica (ou manifestação laboratorial) da imunodeficiência provocada pelo vírus da imunodeficiência 
humana – conceituação importante, pois significa dizer que nem todos os infectados pelo HIV “têm AIDS”, mas que todas 
as pessoas com AIDS estão infectadas pelo HIV. 
HISTÓRICO 
Em 1981, o Centro de Controle e Prevenção de doenças (CDC) foi alertado de 5 casos de pneumonia por Pneumocystis 
jirovecii (P. carinii; doença já conhecida por acometer indivíduos imunodeficientes) em jovens sem antecedentes de 
imunodeficiência; só o que havia de comum na clínica destes pacientes era a sua orientação sexual: homossexual. 
Cerca de 30 casos de sarcoma de Kaposi disseminado (neoplasia – da pele – de evolução lenta e que acomete pacientes 
imunodeficientes) entre as Cidades de Nova York, São Francisco e Los Angeles, sendo que também havia entre os 
pacientes o fato de serem todos homossexuais. 
Entre os episódios que justificam o alerta soado pelo CDC a respeito da imunodeficiência, ainda podem ser elencadas as 
detecções de doenças como a tuberculose, toxoplasmose cerebral, linfomas não-Hodkin, infecções por micobactérias 
atípicas e doença fúngica invasiva – eventos de acontecimentos raros, mas que passaram a apresentar casos frequentes 
entre os indivíduos homossexuais. 
Assim, foi criada a ideia de que esta imunodeficiência estava relacionada com a população gay (Gay-related 
immunedeficiency). Logicamente, tal alerta carrega consigo uma nova carga preconceituosa que passou a recair sobre a 
população afetada, estigmatizando-a. 
Bastou um ano para que casos semelhantes corressem pelo mundo inteiro, e, embora a doença tenha sido encontrada 
primeiramente entre homossexuais, outros grupos de risco foram rapidamente reconhecidos, tais como os haitianos, 
receptores de transfusão de sangue ou derivados, incluindo aqueles com hemofilia, crianças, mulheres que eram 
parceiros sexuais de indivíduos que apresentavam a doença, prisioneiros e africanos. 
A doença passou a ser conhecida, portanto, como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS (do inglês Acquired 
Immuno Deficiency Syndrome). Todos os países neolatinos adotaram a denominação “SIDA”, exceto o Brasil, que optou 
pela utilização da sigla inglesa. 
Logo, percebeu-se que a doença era causada por um vírus, que era transmitido, sobretudo, através do sexo e da 
transfusão sanguínea (acontecia muito entre pessoas hemofílicas, que haviam recebido transfusão sanguínea). A 
descoberta do vírus causador da AIDS se deu pela equipe do Prof. Luc Montaigner na França, e, 23 anos depois, foram 
laureados com o prêmio Nobel. 
Uma vez descoberto o vírus, os cientistas utilizaram uma técnica laboratorial para descobrir a infecção pelo vírus, o teste 
sorológico imunoenzimático chamado de ELISA (1985), para o diagnóstico, e até hoje é o teste mais importante a se fazer 
para diagnostico do HIV. 
Em 1985, 51 já países relatavam a infecção por HIV, e aqui nessa 
época começa então a ocorrer em pessoas notadas (pessoas 
públicas), do cenário musical, cinematográfico, como o ator 
Rock Hudson na América (primeiro caso notório) e o cantor 
Cazuza aqui no Brasil, que é nosso maior exemplo. 
Em 1986, se dá pelo isolamento do segundo vírus da imunodeficiência humana, também pelo grupo do professor, Luc. 
Montaigner, causa uma imunodeficiência mais branda, é menos agressivo e a doença por ele causada é sobretudo 
encontrada no continente africano, em Guiné-Bissau e Cabo Verde. 
Nessa época que a OMS lança uma estratégia global de controle da AIDS, e estabelece uma entidade chamada UNAIDS, 
que congrega especialistas do mundo todo para estabelecer estudos de controle, patogenia da infecção, o que esse vírus 
pode causar, estabelecer técnicas de controle e também fazer levantamento anual de estimativas de infecções no mundo; 
conhecido o vírus, cientistas começaram a procurar drogas para combater o HIV. 
Ainda em 1986, surge o primeiro medicamento chamado de zidovudina (azidotimidina = AZT). Com a introdução dessa 
droga, os pacientes melhoraram, ganharam pesos, passaram então 6 meses, 5 meses e os pacientes voltavam a definhar 
e acabavam morrendo; surgiu pouco depois outro medicamento chamado de Didanosina (DDI), e com ele aconteceu a 
mesma coisa: houve melhora inicial e depois definhavam e morriam. 
Verificou-se, portanto, que o vírus desenvolve resistência, não sendo possível a monoterapia como tratamento – este 
cenário perdura até 1995, quando então surgem novos medicamentos. 
No Brasil, em 1986, Herbert de Souza, Betinho, sociólogo e ativista político que foi perseguido pela ditadura, se 
apresentou infectado pelo HIV – era hemofílico e contraiu a doença por uma transfusão de sangue contaminado. Seus 
irmãos também foram contaminados e acabaram morrendo os três. O legado de Betinho consistiu na conscientização a 
respeito dos riscos inerentes às transfusões sanguíneas, fazendo surgir, no cotidiano do tratamento das pessoas 
hemofílicas no Brasil e no mundo, uma preocupação com o controle da saúde dos doadores de sangue. 
Já tinha então se estabelecido que a transmissão se dava através de relação sexual, de sangue – seja transfundido ou 
derivado de sangue infectados (E.g.: usuários de drogas injetáveis que compartilham seringa), e transmissão vertical por 
grávidas infectadas. 
Em 1987, 127 países apresentavam a infecção pela doença, e começa a campanha britânica “Não Morra de Ignorância”, 
em que cada família recebeu cartilha que explica o que era a infecção por HIV, o que era AIDS, a transmissão. Também 
nesse ano a Princesa Diana inaugura o primeiro hospital especializado no tratamento de AIDS no Canadá, onde aparece 
em uma fotografia cumprimentando um paciente com HIV, sem luvas, conversando de perto. 
Fatos que antecederam as primeiras descrições: 
 Vários trabalhos mostram que pessoas infectadas na África já apresentavam manifestações antes de a doença vir a 
conhecimento geral. Em 12 de dezembro de 1977 (4 anos antes da doença ser conhecida nos EUA): Morre, aos 47 
anos, a médica e pesquisadora dinamarquesa Margrethe P. Rask. Ela havia estado na África, estudando o vírus Ebola, 
e começara a apresentar diversos sintomas estranhos para a sua idade. Ela adoeceu por uma doença febril e acabou 
morrendo e a autópsia revelou que a causa de morte foi pneumonia por P. (carinii) jirovecii. A sorologia realizada em 
1987 em amostra de sangue preservada mostrou-se positiva para HIV. 
 O conhecimento mais antigo que se tem sobre o HIV é na República Democrática do Congo, onde, em sorotecas, há 
soro infectado armazenado desde 1959 (22 anos antes dos primeiros casos descritos); ou seja, o vírus já estava 
circulando, as pessoas já estavam morrendo, apenas cria-se que fossem casos de tuberculose, malária, dentre outras. 
 A UNAIDS faz estudos sobre novas drogas, sobre profilaxia, e eles fazem uma Estimativa* de casos de infecção pelo 
HIV no mundo. Desde o início, são 76,1 milhões de pessoas. Destas, 35,4 milhões (46%) faleceram. (1981 – 2016). 
EPIDEMIOLOGIA 
A estimativa para 2017 é que houvesse quase 37 milhões de pessoas no mundo infectados com HIV, que estão distribuídos 
em todos os continentes. Cerca de 70% dos casos estão concentrados na África subsaariana. Em 2017 também foram 
estimados 1,8 milhões de novos casos de infecção por HIV, dos quais, 44% também ocorreram na África Subsaariana. 
Estimativa de vida em alguns países da África está caindo, em 2010, em alguns países na África, e isso se dá em função da 
infecção pelo vírus do HIV. 
Nos últimos anos vem se notando uma mudança nesse cenário, no mundo todo. Estabeleceu-se que a letalidade da AIDS 
no mundo reduziu 48% no período de 16 anos, graças a terapêutica retroviral potente que foi estabelecida, a morte por 
infecção por HIV, está bem menos frequente que alguns anos atrás, tem sido verificado também a ocorrência de casos 
novos, tem caído no mundo todo, cerca de 43% de queda no mundo todo (inclusivena África), menos no Brasil. 
O Brasil é o único país que se tem um aumento de novos casos, cerca de 40 mil novos casos por ano de infecção por HIV, 
mostrando que alguma coisa não está funcionando, na questão da prevenção da infecção, diferente do que ocorre em 
outros países (embora o número de mortos tenha diminuído). Este é um indício de falha na prevenção, no Brasil. 
Como é a descrição da infecção por HIV no Brasil? Inicialmente o conhecimento entre nós se deu através da impressa 
leiga, em 1983 o Brasil registra dois casos de câncer Gay, há notícias como “Peste Gay apavora São Paulo”, mostrando 
discriminação, preconceito e intolerância a indivíduos homossexuais até mesmo nas manchetes dos jornais. O primeiro 
caso autóctone conhecido brasileiro foi publicado cientificamente em 1983, o indivíduo apresentava uma infecção por 
HIV, depois morreu de pneumocistose. 
No início da infecção do HIV, as pessoas que tinham a doença acabavam evoluindo para o óbito, aí no Brasil se fez uma 
coordenação similar àquela que existia nos EUA, criou-se então uma coordenação destinada a infecção por HIV e essa 
coordenação agora também está acrescida de hepatite. 
Então passou a existir um órgão de saúde chamado Departamento de DST/AIDS que fez estudos, levantamentos, 
estimativas, diretrizes etc. Essa coordenação estimou que que até julho desse ano (2017 no slide), tenham ocorrido 882 
mil casos de pessoas infectadas por HIV no Brasil, certamente é muito mais do que isso, pois no início não era notificado, 
hoje em dia todos os casos tem que ser notificados, até porque para receber a notificação tem que estar registrado no 
ministério da saúde. Desse total, 62% estão em tratamento. No período até 2013 a letalidade tinha sido 37% dos pacientes 
infectados, mas a mortalidade está diminuindo, cerca de 40% nos últimos 20 anos, 1995 – 9,7/100.000 para 2015 – 
5,6/100.000, isso se dá graças a terapêutica medicamentosa. A letalidade por aids no mundo reduziu-se em 48% no 
período de 2005 a 2016. (1,9 para 1 milhão/ano). 
No início da infecção por HIV, era sobre tudo em regiões litorâneas, como Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, Recife, 
Salvador, e São Paulo já tendo um acumulo de casos importantes no interior, sobre tudo a partir da capital, São Paulo, 
com o passar dos anos, mais infecção foi se interiorano, e na atualidade 90% dos municípios brasileiros de registro de 
pelo menos um caso de HIV. Só algumas áreas na Amazônia, e algumas áreas desérticas no Nordeste que não há casos 
registrados. 
A região sudeste é a que concentra maior número casos, seguida da região sul. Quando a gente relaciona com a 
quantidade de pessoas na região, vemos que a maior quantidade de casos se concentra na região sul. 
A distribuição de acordo com o sexo e outras formas, significa que a transmissão através de transfusão praticamente não 
existe mais, a ocorrência em hemofílicos quase que não ocorre, a medida que a doação de sangue é mais controlada, a 
transmissão através de drogas injetáveis teve certa diminuição, e a doença que sobre tudo notificada em pessoas 
homossexuais, ao longo do tempo a transmissão heterossexual começou a predominar, no início da infecção era quase 
15 casos para homens para 1 em mulheres, e hoje em dia são 2 casos para homem a cada 1 caso em mulher. 
A doença vem aumentando novamente entre homens, isso se dá a ascensão do número de jovens, homens e 
homossexuais. Uma modificação notável que ocorreu entre nós foi a infecção vertical que ocorria pelo HIV, que gerava a 
AIDS infantil (crianças que nascem com AIDS). Hoje em dia é mínima, graças a sociedade, o conhecimento que é 
transmitido às mulheres, ao pré-natal, que faz com que você possa fazer medidas preventivas à transmissão vertical, que 
hoje em dia você tem uma quebra notável na transmissão materno fetal. O aumento do número de casos em jovens se 
mostra devido ao aumento do número de homens que fazem sexo com homens (HSH). E isso continua crescendo, 
aumentou cerca de 33% os casos de infecções nesses grupos nos últimos anos. 
Também está havendo a infecção por HIV em pessoas idosas, o que é altamente preocupante, se os jovens, crianças e 
adolescentes não se preocupam por ignorância, os idosos sabem o que é infecção por HIV, sabem como pega, aí vem uma 
outra justificativa para não se cuidar, “vou morrer daqui a 10 anos”, “vou morrer daqui 5 anos”, então não preciso me 
preocupar se vou pegar ou não AIDS, só que essas pessoas acabam se esquecendo que elas podem estar transmitindo 
para outro indivíduo, que não quer morrer tão cedo, que não quer ter AIDS. Essa é a abordagem mais difícil, com 
indivíduos que tem mais idade. 
AIDS infantil se dá pela transmissão vertical do HIV – até 1996, o número de casos vai aumentando, e após, passa a cair. 
Cai o número de casos porque o tratamento das gestantes evolui, e, consequentemente, diminuiu-se o índice de 
transmissão (o momento mais importante é o parto, em que há contato do nascituro com o sangue da mãe infectada, 
mas todo o pré-natal faz-se importante no processo de prevenção da transmissão vertical do HIV). 
O ideal é que o diagnóstico se dê durante o pré-natal, ocasião em que a adoção do protocolo reduz a taxa de transmissão 
a quase 0%, mas são preconizadas até mesmo situações em que não tenha havido acompanhamento pré-natal, havendo 
medidas (e.g.: administração de medicamento ARV) que podem ser tomadas em até 72h a partir da detecção da 
soropositividade da mãe, que pode ocorrer inclusive no momento do parto. 
Então no Brasil o que ocorreu foi a heterossexualização, feminização, interiorização e pauperização (passou a infectar 
todas as camadas sociais da população, atingindo as classes mais pobres, que antes só acometia pessoas de classe mais 
alta, média alta e com o tempo foi se “democratizando”). 
ETIOLOGIA 
 Retrovírus: Vírus de RNA – transforma o seu RNA em DNA, mas acaba gerando mutações. 
 Família: Retroviridae 
 Gênero: Lentivirus – infecções por lentivirus se caracterizam por: 
▪ Curso crônico 
▪ Longo período de latência clínica e não virulógica. 
▪ Replicação viral persistente 
▪ Envolvimento do SNC – HIV não tratado causa demência. 
 Células-alvo: linfócitos Tcd4, apesar de infectar macrófagos e células dendríticas. 
 Resultado final: imunodeficiência celular 
 Existem dois tipos de HIV, onde o HIV I é mais virulento que o HIV II. No momento, o HIV II não tem infecção considerável 
em território fora da África ocidental, Índia, Espanha, Portugal e França. Os testes para sorotipagem no Brasil testam 
os dois tipos. 
▪ HIV-1 (1983): mais virulento, causador da maioria dos casos de AIDS no mundo 
▪ HIV-2 (1986): endêmico na África ocidental, atualmente disseminando-se na Índia, Portugal e França. 
 O HIV tem subtipos – informação importante para o desenvolvimento de vacinas. O HIV I tem vários subtipos que 
podem ser recombinantes; o M é subdividido em grupos, que tem distribuição regional. 
Estrutura morfológica do HIV: 
 A GP120 e a GP41 são proteínas acopladas diretamente ligadas a entrada do 
vírus na célula. É um marcador de teste sorológico. 
 O envelope é feito a partir da própria membrana da célula hospedeira. 
 Dentro do genoma do HIV, existem partes que codificam estruturas, como o gag, 
o pol e o env. 
Aqui vemos em microscopia eletrônica o vírus, aqui está seu genoma, constituído 
por uma dupla hélice de RNA, e as espículas que ele usará para provocar a infecção. 
3 enzimas que fazem parte da sua constituição: transcriptase reversa, integrasse e 
protease. 
Não possui capacidade de sobreviver ao meio ambiente. Entretanto, é capaz de permanecer vivo em um cadáver por até 
16 dias sobre refrigeração. Onde encontra-se a prática disso? Quem vai fazer necropsia de um paciente, tem que se 
precaver da mesma maneira que um cirurgião, pois ele pode se infectar ao entrar em contato com o sangue desse cadáver. 
É também capaz de sobreviver em sangue de seringas por até 11 dias. Qual a importância disso de forma prática?Uma 
seringa que, por exemplo, fica jogada numa praça pública? Usuários de drogas injetáveis que compartilham seringas, e 
nela pode haver sangue contaminado. 
O vírus não está presente nas fezes e na saliva. Na verdade, pode estar presente na saliva, mas a saliva não transmite a 
infecção por HIV, ou seja, o beijo de língua não transmite a doença; a não ser que haja algum tipo de lesão na mucosa 
bucal. O vírus não é transmitido por insetos. 
Como que de repente aparece esse tipo de infecção? Surgiram algumas teorias: 
 Teoria mística: essa era aquela que dizia que a infecção por HIV e por consequência a AIDS é castigo de Deus. E que 
disse isso foi um cardial do Rio de Janeiro. Uma reação da natureza as perversões sexuais. Um pastor evangélico nos 
EUA também disse isso. Então, houve perseguição de pessoas que faziam homem sexo com homem ou no sexo mais 
livre entre as pessoas, a AIDS seria castigo. 
 Teoria conspiratória: o vírus foi fabricado nos EUA para fazer guerra biológica contra a URSS. O vírus foi criado para 
dizimar negros e homossexuais. E havia um ministro russo disse isso, que havia sido criado para fazer uma guerra 
biológica. Tudo isso é fantasia: nenhum dos países estava preocupado em fazer guerra biológica. 
 Teoria negacionista: essa teoria diz que é tudo mentira, que a AIDS não existe e é um vírus inocente. Tudo que falam 
sobre o vírus está errado. Foi um vírus criado por pessoas que gostam de aparecer na mídia. 
 Teoria mutacional: Na verdade sabemos que o vírus é um mutante de um vírus que causa infecção em símios, na 
verdade o vírus é resultante da infecção pelo vírus da imunodeficiência em símios, que sofreu mutação e o SIV não é 
capaz de fazer infecção no homem , só faz em macacos e de repente , esse vírus alinhado a alguma característica com 
retrovírus, deve ter sofrido em alguma época uma mutação e surgiu o HIV, esse HIV infectando macacos, passou então 
a infectar seres humanos. Essa infecção provavelmente começou nos macacos com cauda, que vivem no continente 
africano, passou para o chimpanzé, vocês sabem que estes comem folhas, mas também comem macacos para sua 
alimentação, dessa maneira, provavelmente, se deu a transmissão e dessa forma os homens passaram a se infectar. 
Então vemos a transmissão aqui: macacos com cauda, para macacos sem cauda como os chimpanzés e agora a infecção 
passando para o homem através da intimidade do homem com macacos no continente africano. E como se deu a infecção 
para o homem? O homem utilizando sangue do macaco para sua alimentação, ingerindo carne pouco cozida, mordedura 
de macacos e também xenotransplante de rim de macaco para o homem, para que pacientes com insuficiência renal 
pudessem sobreviver. 
Essas foram as principais formas, então esse vírus mutante passou a infectar o homem. Até hoje podemos encontrar 
macacos no continente africano com o vírus mutante mostrando essa cadeia da transmissão. 
Quando aconteceu isso? Não se tem a menor ideia, mas provavelmente início do século XIX ou XX. Mas não temos certeza 
de quanto tempo o homem está infectado com HIV. A gente conhece desde 1959, primeiro caso que tivemos. 
Haitianos foram levados para a África para trabalhar em minas de diamantes, e quando voltaram para sua terra natal 
provavelmente foram os que trouxeram o vírus do continente africano para o americano. 
Tudo isso são especulações que se fazem. No início da pólio, com a vacinação que era injetável no continente africano as 
seringas eram utilizadas em diversas pessoas. Isso possivelmente também foi uma forma de transmissão. 
Então a transmissão inter-humana, a gente sabe que se dá de indivíduo para indivíduo (transmissão horizontal), descrita 
primeiramente entre relações homossexuais, dos primeiros casos que surgiram nos EUA e em outros países fazendo essa 
relação entre esse tipo de atividade sexual com a transmissão do vírus. Por que a atividade homossexual facilita a 
transmissão? O esperma é rico em vírus, a mucosa retal é absorvente, o sexo anal normalmente é traumático, com sangue 
e isso faz com que a transmissão seja mais facilitada. 
Mas também aprendemos que há transmissão heterossexual, do homem para a mulher, da mesma maneira, o sêmen rico 
em vírus, dando a contaminação através da vagina. Da mesma forma acontece no sexo anal. Mas também não só do 
homem para mulher, mas da mulher para o homem. E acreditem, no início da era AIDS aqui no Brasil, um professor 
formador de opinião disse que o homem transmitia para a mulher, mas a mulher não transmitia ao homem. Imaginem 
como isso foi complicado em relação a prevenção? Muitas pessoas passaram a não se preocupar em usar métodos de 
barreira e muitas pessoas se infectaram. É menos eficaz a transmissão da mulher para o homem? Sim, do homem para a 
mulher é maior, mas existe. 
Fatores que influenciam na transmissão sexual do HIV (lista de fatores em ordem decrescente de aumento da 
transmissão do HIV): 
 Sexo anal receptivo (18X maior que o vaginal receptivo- devido a mucosa anal ser mais absortiva) 
 Sexo vaginal receptivo 
 Úlceras genitais (aumenta o risco em 5 vezes- se tem herpes ou uma lesão ulcerada 
 qualquer, você tem um local que facilita a entrada do vírus) 
 Sexo anal insertivo (2X maior que o vaginal insertivo) [SIC] 
 Sexo vaginal insertivo [SIC] 
 Circuncisão (diminui o risco pelo menos 2 vezes- Por que a retirada do prepúcio diminui a infecção? O prepúcio é 
muito rico em linfócito, então a retirada diminui a quantidade de linfócitos e uma possível infecção) 
 Terapia antirretroviral 
 Uso de camisinha masculina ou feminina 
 Imunidade natural 
Nós vimos então a transmissão sexual, a outra possibilidade seria por meio da transfusão de sangue. Existe ainda? Até 
existe, mas é tão raro, que nem consideramos mais (Vide Betinho). Pois as pessoas que vão doar sangue passam por um 
teste, não só para HIV, mas para um monte de outras doenças. Além disso fazem um questionário que até compromete 
sua vida pessoal, para avaliar se pode doar ou não. A transmissão pela transfusão, a gente não sabe direito, mas dados 
do ministério da saúde mostram que de 2005 a 2015 os casos de AIDS relacionados à transfusão sanguínea diminuiu. 
O que pode acontecer, é a pessoa fazer o teste sorológico, dar negativo. Pode estar ainda naquela fase da janela 
imunológica, tem o vírus, mas não tem anticorpos. Então seria uma possibilidade de transmissão. Mas são casos cada vez 
mais raros. 
Se o vírus está no sangue, pode ser transmitido então por meio de agulhas compartilhadas em usuários de drogas 
injetáveis e é um contingente grande. Você vê que 25% a 65% de usuários de drogas injetáveis têm sorologia positiva para 
HIV. Essa transmissão é muito positiva e uma das mais eficazes na transmissão. Em outros países, usuários recebem 
seringas individuais e descartáveis, troque sua seringa usada por uma nova. Isso diminuiu muito a transmissão. Mas vale 
lembrar que não é somente em drogas injetáveis que há transmissão. Usuários sobretudo de cocaína inalatória podem 
adquirir o vírus, o tubo utilizado usado em festas, machucava a mucosa nasal e tinha coágulo de sangue na ponta, 
compartilhando acabam se infectando. 
Outra maneira, são os acidentes perfurocortantes, de pessoas que trabalham em hospital, técnico de enfermagem que 
se fura com a agulha, ou o cirurgião que se corta. Pode haver uma transmissão importante. Especialmente o pessoal da 
limpeza, com o descarte indevido de bisturi, agulha. Se isso acontecer, tem que entrar em contato com o controle 
hospitalar e tomar as medidas preventivas. Os mais suscetíveis a esta forma de transmissão são os profissionais de técnica 
de enfermagem, que manuseiam com maior frequência esses equipamentos. 
A outra maneira seria a transmissão vertical, da mãe infectada para seu concepto. O risco de haver infecção é estimado 
de 20 a 25% de casos sem tratamento. Hoje em dia o risco de infecção pode chegar a zero se eu tratar essa mulher 
infectada e fizer seu pré-natal adequadamente.Qual o momento em que há maior risco de haver a transmissão da mãe para a criança? O parto. Momento em que há 
grande contato com o sangue, por isso que recomendamos que mulheres HIV positivas façam cesariana. A cesariana tem 
muito menos sangramento quando comparada ao parto normal. Então, se você programa a mulher para fazer a cirurgia, 
faz o tratamento adequado durante o pré-natal e na hora do parto a mulher receber medicação retroviral via venosa e a 
criança receber tratamento durante 28 dias, essa transmissão pode chegar a zero. 
Na cesariana a criança não entra em contato com o sangue da mãe na hora do parto. Se a mãe for infectada a criança 
pode ser infectada em qualquer momento da gestação. No entanto, o maior risco está na hora do parto quando tem 
muito sangramento. A criança deve ser retirada rapidamente e deve ser limpada, aspirada e o tratamento deve ser 
iniciado ainda na sala do parto para evitar a transmissão. 
No parto normal há mais contato com o líquido amniótico, sangramentos. Na cesariana o sangramento é muito menor. 
A transmissão placentária existe, por isso que você trata as gestantes durante a gestação. Se você atender uma mulher 
que não fez pré-natal e tratá-la somente na hora do parto com antirretroviral você reduz para 10% a chance de infecção 
– tratar na hora do parto e tratar a criança depois do nascimento. 
Na amamentação o risco é de 14% de risco de transmissão. Isso faz com que no Brasil a mulher HIV positiva não 
amamente. Vai utilizar leite pasteurizado. Não é assim em todos os lugares. Na África a mãe infectada amamenta seu filho 
porque a chance de ele morrer de fome é maior do que a de morrer de AIDS. 
PATOGENIA 
Nós temos um linfócito primordial que dá origem a duas linhagens de anticorpos – T (imunidade celular) e B (humoral). 
Os linfócitos B vão dar origem aos plasmócitos que são produtores das imunoglobulinas. Os linfócitos T vão originar 
linfócitos de memorias, T citotóxicos e T auxiliares. 
Quando entramos em contato com o agente infeccioso, o nosso organismo vai reagir: o macrófago entra em contato com 
o antígeno e manda uma mensagem para os linfócitos T auxiliares que vão estimular linfócitos T2 para produzir anticorpos 
(e.g.: infecção bacteriana, toxina da difteria). 
Se esse antígeno for um fungo, um protozoário, vai ser estimulada a imunidade celular. Esse linfócito T auxiliar manda 
informação para linfócito T1 – CD4. O linfócito CD4 estimula linfócitos citotóxicos estimulando a imunidade humoral e 
estimula outros macrófagos através de interleucinas e citocinas. No início a maior alteração se dá no linfócito TCD4, que 
é o responsável pela imunidade celular. 
Esse vírus da imunodeficiência é tão nocivo que atinge as células que vão fazer a nossa defesa celular. E vai se ligar ao 
receptor CD4. Ao fazer isso provoca sua destruição fazendo com que a imunidade celular caia. Esse vírus não altera muito 
a imunidade humoral – não no início, posteriormente sim, mais para o final. 
Como esse vírus tem uma grande capacidade de multiplicação e nós também produzimos uma grande quantidade de 
linfócitos diariamente. No início existe um equilíbrio entre destruição e produção de linfócitos. 
No entanto, ao longo do tempo, essa infecção se faz de maneira permanente e de repente lentamente perdemos linfócitos 
TCD4 e surge a deficiência da imunidade celular, que vai caracterizar infecções definidoras de AIDS, que é quando 
entramos na AIDS propriamente dita 
O vírus chega e se liga ao receptor CD4. Esse vírus pode se ligar no encéfalo e causar lesão, pode se ligar na medula, mas 
sobretudo o CD4 que sofre ação do vírus. 
A espícula é a GP120, que vai ser utilizada para se ligar ao receptor CD4. A GP41 permite que o vírus penetre a célula. 
Ao penetrar a célula, todo o material genético do vírus é introduzido, inclusive a suas enzimas já mencionadas. 
Esse vírus é de RNA e se liga ao cromossomo da célula que é de DNA. Ele vai utilizar material nucleico das células para sua 
própria reprodução. Ele vai utilizar a transcriptase reversa e muda de RNA para DNA. Nessa forma de DNA ele é capaz de 
penetrar o núcleo. 
No núcleo ele usa a integrase que possibilita sua entrada no núcleo e a utilização do material cromossômico para sua 
própria reprodução. Já que agora ele está na forma de vírus DNA. 
Vão sair do núcleo novas partículas virais na forma de RNA. 
Utiliza especialmente os ribossomos para produzir proteínas. Utiliza as proteases para fazer o envoltório proteico e a 
assembleia das partículas. A nova partícula viral é constituída e sai da célula. Assim se dá o ciclo de reprodução do HIV. 
RESUMO DO CICLO: 
1. Vírus penetra na célula 
2. Transcriptase reversa muda para ADN 
3. Integrasse possibilita sua integração ao cromossomo da célula 
4. Utilização desse material nucleico para sua replicação 
5. Saída de novas partículas virais 
6. Protease fazendo a constituição proteica daquele vírus 
7. Partícula viral sai para infectar novas células. 
Obs.: a célula será destruída à medida que o vírus se multiplica nela, por consequência do exaurimento de seus recursos, 
dada a multiplicação lenta e constante dos retrovírus. 
Gânglio normal rico em linfócitos X gânglio infectado por AIDS 
O gânglio infectado quase não apresenta linfócitos. O HIV vai destruindo progressivamente nossa imunidade celular, 
nossos linfócitos CD4. Ao longo do tempo, nossa capacidade de repor a quantidade de linfócitos vai sendo perdida, 
demora de 8 aos 10 anos. 
PROGNÓSTICO 
Ao longo da infecção pelo HIV sem tratamento: 
 4% das pessoas vão desenvolver AIDS em 3-4 anos. 
 50 – 70%, A maioria das pessoas vai desenvolver a AIDS 8 a 10 anos após ter tido a infecção. 
 10 – 15% das pessoas infectadas não desenvolverão AIDS mesmo após 20 anos da infecção. 
Existem muitos estudos tentando entender o que essas pessoas que não desenvolverão aids têm de diferente. Elas 
possuem o vírus, transmitem, mas não desenvolveram a AIDS. Isso é inicialmente visto em prostitutas na África e 
posteriormente em outras pessoas. 
Além de haver o receptor CD4 existe um outro tipo de receptor chamado CO-RECEPTORES que facilitam a penetração do 
vírus. São os co-receptores chamados CCR5. 
O CD4 abre a porta, mas quem leva o vírus para dentro, que facilita sua penetração, são os co-receptores 
Assim, pode-se compreender por que há diferenças significativas na manifestação da AIDS nos pacientes infectados pelo 
HIV. Infere-se que: 
1. Pessoas que não evoluem para aids não apresentam co-receptores. 
2. Pessoas que evoluem de forma rápida apresentam mais co-receptores 
3. Pessoas que evoluem lentamente (como acontece na maioria), são heterozigóticas e com isso tem menos co-
receptores. 
Então, nós aprendemos que há pessoas que são infectadas pelo HIV, as suas células infectam pouco por isso tem menos 
imunodeficiência. Também aprendemos porque algumas evoluem rapidamente. 
Podemos, portanto, combater em várias etapas: 
1. Neutralizando a transcriptase reversa – Foram as primeiras drogas utilizadas e são 
utilizadas até hoje. 
2. Inibir a integrase – impedindo a penetração do vírus no núcleo da célula 
3. Inibir a protease – vírus não faz a partícula viral completa 
4. Bloqueando a entrada: 
▪ Bloquear o CD4 – inibir a ligação do vírus com a célula 
▪ Bloquear os co-receptores–dificultar a penetração do vírus. 
As drogas mais modernas são os inibidores de integrase. São drogas mais potentes e de pouca toxicidade para nós seres 
humanos. 
Uma vez infectados, os linfócitos inicialmente caem, existe uma alteração no nível de saúde. Os CD4 vão caindo e os níveis 
de saúde vão caindo também. 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da infecção pelo HIV sempre foi sorológico, então se uma pessoa tiver uma carga viral adequada e eu 
identificar a fase aguda, o médico posteriormente terá que ter sorologia positiva para confirmar que ele fez anticorpo 
para aquela doença. 
Testes para diagnóstico (soro ou plasma): 
 Sorológicos: 
▪ Elisa: Teste de triagem, mais barato,muito sensível e muito específico. Fácil execução. Atentar para falso positivo 
em doenças autoimunes, gestações múltiplas, alcoolismo crônico, erro técnico e falso negativo em janela 
imunológica, colapso imunológico. 
▪ Western-blot (wb) ou imunoblot (ib): Alta sensibilidade e especificidade, usado como teste confirmatório, muito 
caro. Resultado positivo na presença de duas entre: p24, gp41, gp120/160 
▪ Testes rápidos 
▪ Imunofluorescência indireta (em progressivo desuso): usa como teste confirmatório, simples execução, sujeito ao 
viés do observador. 
 
 Detecção de partículas virais 
▪ TESTE DO ANTÍGENO p24 
▪ CARGA VIRAL (RNA-HIV) – cuidado! 
▪ NAT (teste de ácido nucleico) 
Conceitos gerais para solicitação de exames sorológicos: 
 Os anticorpos anti-HIV desenvolvem-se de 3 a 12 semanas após a exposição. Então, devemos pesquisar 
comportamento de risco até 3 meses atrás. Se não houver comportamento de risco, é preciso entender que pode 
haver uma janela imunológica mais para frente. 
 Em crianças até 18 meses, um resultado positivo pode não significar infecção, porque ela tem anticorpos da mãe, o 
que passa é o IgG. 
 Sempre fazer aconselhamento antes de fazer o exame. Esse momento é para conversar sobre a doença, “cercar o 
terreno”. Deve-se dar informação sobre práticas de risco, sobre o teste a ser realizado, deve-se também quando 
necessário falar sobre a janela imunológica. 
 O médico sempre deve ter o consentimento da pessoa ou do responsável legal (em casos de pessoas abaixo de 18 
anos). 
 Não se deve solicitar exame anti-HIV sem o consentimento da pessoa. 
 Sempre se deve fazer aconselhamento depois do resultado, seja ele positivo ou negativo, porque devemos reforçar a 
prática segura e conversar sobre o impacto da doença, o que aquilo representa na vida da pessoa. 
 Quais as pessoas da família podem saber do diagnóstico? A única pessoa que o médico está autorizado a revelar o 
diagnóstico sem o consentimento do paciente é o seu/sua parceiro/a sexual. Devemos informar ao paciente que todos 
seus parceiros têm direito de saber do seu diagnóstico. 
 Devemos nos atentar sempre para a última relação sexual. 
Detecção de anticorpos; 
 Infecção aguda: HIV em abundância, LTCD8 citotóxico em atividade para controlar a infecção, início da produção de 
anticorpos, pode durar de 2 a 4 semanas, ou seja, anticorpo nessa fase não é detectável. 
 Infecção crônica ou assintomática: ele está assintomático, mas o teste está positivo porque os anticorpos já estão 
formados. 
Em resumo: 
 O aconselhamento no processo do diagnóstico da infecção pelo HIV é mandatório. 
 Informações clínicas e epidemiológicas são componentes-chave para alimentar a suspeição de infecção aguda pelo 
HIV. 
 O diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV deve ter mais de um teste sorológico positivo em duas amostras 
diferentes. 
 Deve se levar em conta a fase de doença em que o indivíduo se encontra na hora de utilizar os testes diagnósticos.

Continue navegando