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Medicina tropical @estudandocommariana Índice Primeira Parcial 1. Introdução a Medicina Tropical 2. Doenças emergentes e reemergentes 3. HIV no trópico Introdução à Medicina tropical/@estudandocommariana 1 17 de agosto de 2021 A grande maioria das doenças tropicais são transmitidas por picada de inseto principalmente em climas tropicais com regiões quentes e úmidas criam condições adequadas para a vida destes insetos que atuam como vetores transmitindo de um homem infectado a um homem saudável os parasitas, bactérias ou vírus que são os que realmente causam as doenças. Ex. Dengue, Chikungunya, Febre amarela O clima de regiões tropicais são ideais para que os insetos possam reproduzir-se e ser um veículo transmissor de doenças. É a parte da Medicina que se encarrega de estudar as patologias dos trópicos e as doenças infecciosas. A geografia médica ou geopatologia se encarrega do estudo dos padrões de saúde e doenças em relações ou umas características geográficas determinadas. Deste ponto de vista pode distinguir doenças universais, autóctonas e importadas. Universais = Doenças que estão presentes em todos os lugares e países. Ex. gripe, covid, H1N1, VIH, tuberculose, sífilis. Se encontram tanto em zonas frias como em quentes. Autóctonas = São aquelas doenças da região. Também podemos nomear de comunitárias e como exemplo temos a dengue, que ficam mais em regiões com geografias com tempo nublado, muitas nuvens e calor. Não aparece em regiões como Rússia, Canadá, então é difícil que essas doenças sejam próprias dessas regiões. Importadas = Que vem de outras regiões. Como outras definições vamos ter que: O conceito médico de doença tropical é: “patologia predominantemente infecciosa prevalente nos países com as condições higiênico-sanitárias, socio-economicas e ambientais conhecidos como trópicos.” A malária, a dengue, a amebíase, a esquistossomose, a cólera e a filariose são as doenças tropicais mais comuns. Existem doenças de distribuição cosmopolita que são muito frequentes nos países denominados tropicais como: tuberculose, tétano, hepatites virais, salmoneloses, a febre tifóide e outras. Introdução a Medicina Tropical Nas últimas décadas vem aumentando as comunicações internacionais, onde as pessoas atravessam cada vez mais as fronteiras de países e continentes por prazer ou por diversão, o que facilita a redistribuição geográfica de muitas doenças endêmicas como as tropicais. Introdução à Medicina tropical/@estudandocommariana 2 17 de agosto de 2021 Nos países tropicais devido as suas características climáticas e ao seu subdesenvolvimento econômico e sanitário existem muitas doenças infecciosas que apresentam alto risco de contágio entre as populações e sobretudo entre os visitantes de outros países já que não possuem imunização natural. Imunidade natural = Adquirida através da contração de uma doença e seu corpo fez uma reação produzindo anticorpo dessa doença. Imunidade inata = suco gástrico, pele, macrófagos que estão debaixo da lâmina própria. As pessoas já nascem com essas defesas, é inato ao corpo. Imunidade adquirida = Produzem os anticorpos, linfócitos CD4 As pessoas que vivem em certas regiões endêmicas já possuem uma imunidade natural a estes tipos de microorganismos o que difere das outras pessoas que não vivem. O Paraguai tem três tipos de clima: clima semiárido cálido, Clima tropical de sabana e clima tropical úmido. Na região do alto paraná vamos ter um clima tropical úmido propicio para a propagação de insetos como aedes aegypti. A maior parte da população vive na região central. 33% da população está concentrada nessa região e o resto está distribuídos. Na região ocidental do Paraguai tem 3 departamentos, pouca chuva, solo seco e árido, temperaturas elevadas. Poucas elevações e pouca população. Na região oriental temos 14 departamentos, maior população, abundante chuva, presença de cordilheira, relevo variado, terras aptas para o cultivo, maior quantidade de centros educativos, sanitário, serviços básicos e comunicações, mas em subdesenvolvimento e um sistema sanitário que está agonizando, por isso é propício para estes insetos que tenham bastante mobilidade quando em momentos de chuva e sol esses insetos podem se reproduzir sem nenhum tipo de dificuldades. Cada ano se faz boletim, orientam as pessoas a limparem suas áreas, que não deixem vasos vazios, pneus velhos. O Paraguai está numa zona de alta umidade, com temperaturas altas o ano todo, verões com calor e chuva e invernos suaves com mudanças de temperaturas que podem chegar a provocar geadas em todo o território nacional assim como dias muito quentes. Sem saída ao mar. Introdução à Medicina tropical/@estudandocommariana 3 17 de agosto de 2021 A classificação se deve a: Categoria I: Doença emergente ou incontrolada Categoria II: Existe estratégia de controle, mas persiste o impacto da doença. Categoria III: Provada e efetiva estratégia de controle, seu impacto diminui e sua eliminação está prevista. Na fase 0 do COVID em que categoria estávamos? R. Categoria I porque era uma doença emergente e incontrolada. Todos estavam com medo e ficaram em suas causas. Tivemos a quarentena total. Hoje o COVID se encontra na categoria II tendo como estratégia de controle como vacinas, distanciamento social, pedidas de proteção como máscaras. As vacinas não são 100% efetivas e por isso que as pessoas já vacinas necessitam seguir as medidas de segurança porque elas podem adquirir o vírus. É necessário lavar as mãos e não só passar álcool em gel. Não podemos falar de categoria 3 para a covid porque ainda não temos um prazo para a eliminação do COVID 80% das pessoas da China já estavam vacinas e por isso começaram a fazer reuniões sem uso de máscaras e sem distanciamento social e depois de 1 mês ao meio-dia a quantidade de pessoas que estavam sendo incineradas superava a 50, estavam queimando os corpos fora do hospital e por isso surgiu a variante delta. Estudo das doenças na comunidade Fatores que determinam sua frequência e distribuição. Muitos médicos ignoram a epidemiologia, o grande valor dos dados epidemiológicos. Se tem esses dados podem controlar as doenças e ter assim uma comunidade sana. Se os dados estiverem desatualizados seremos um apagador de chamas Agente causal = habitat, modo de transmissão. Suscetibilidade dos indivíduos de ficarem doentes Características da doença (no tempo e espaço) Determinantes da sua presença na comunidade. Precisa conhecer o seu inimigo e a doença para saber em que momento atuar, então saberemos como atacar seus habitats, saber quais são as pessoas mais suscetíveis como as crianças, as gravidas e os idosos porque suas reservas biológicas estão diminuídas Em relação as características da doença são importantes saber as complicações que podem ter. O que esta comunidade está fazendo para que essa doença possa avançar ou diminuir e na maioria das vezes a comunidade não ajuda porque não sabem como fazer, não tem conhecimento. Epidemiologia Introdução à Medicina tropical/@estudandocommariana 4 17 de agosto de 2021 Utilizando como exemplo a dengue temos: Agente causal = Vírus da dengue Vetor = Aedes Aegypti Reservatório = Homem ou animais domésticos, mas o principal reservatório é o ser humano. Fonte (origem)= Água parada limpas ou sujas Mecanismo de transmissão = Pela picada do mosquito fêmea contaminada. Hospedeiro suscetíveis = Todos os humanos, ou melhor a pessoa que fica mais tempo na casa Para barrar a cadeia de infecção deve-se atacar a fonte, evitar o desmatamento, usar repelentes. Mosquito que te pica é o mosquito quevocê criou porque ele vai só até 20 metros e por isso tem que limpar. Agente causal: Cajkbkracterísticas Contagiosidade: É a capacidade de propagação que tem uma doença, por exemplo o COVID – 19 que tem uma capacidade de propagação imensa, muito fácil de transmitir. Patogenicidade: Capacidade de gerar uma doença em um hospedeiro suscetível. Virulência: A virulência é o grau de patogenicidade de um sorotipo, de uma cepa ou de uma colônia microbiana em um hospedeiro suscetível. Não confundir patogenicidade com virulência. Patogenicidade é a capacidade de uma bactéria para produzir uma doença infecciosa em um hospedeiro ou espécie e a virulência é a quantificação da patogenicidade, ou seja, determina a severidade da patologia (cepa). O coronavírus produz gripe normalmente que depois começou a variar até chegar ao COVID – 19. Patogenicidade: Coronavírus, Virulência: COVID – 19. O homem doente pode ter manifestações típicas (contágio por ter contato com uma pessoa doente) e atípicas (pessoas idosas, pessoas que tem outras doenças de base, que tem algum tipo de doença terminal), por exemplo nos casos de pneumonia muitos dos idosos não tem febre o que seria uma manifestação atípica, quando na sociedade a maioria tem febre o que seria uma manifestação típica. Inaparente/ portador convalecente. Portador saudável, ou seja, aquelas pessoas que têm o vírus do COVID-19 mas não manifestam a doença clinicamente, são chamados também de portadores assintomáticos, outro exemplo são as pessoas portadora de HIV. Introdução à Medicina tropical/@estudandocommariana 5 17 de agosto de 2021 Animais (zoonoses): quando as doenças que são próprias dos animais e passa aos humanos é chamada de zoonose, como por exemplo a raiva, H1N1, leishmaniose, tenioses, lepra, brucelose, toxoplasmose. Animal (solo, água e fômites): Formas especiais a resistência; Condições ambientais Seres de vida livre durante parte do seu ciclo evolutivo Patógenos oportunistas de vida livre. Fômites: objetos inanimados onde várias pessoas tocam e que podem levar a doença, por exemplo o telefone, roupas íntimas, caixas de banco. Origem humana (90%): Própria flora por autoinfecção (70%) Outras pessoas 30% Origem animal 8% Salmonella-ovos, por exemplo alimentos que são ofertados nas ruas como hamburgueres, falta de higiene quando as pessoas vão no banheiro e não lavam as mãos. Ambiental 2% Legionella – ar condicionado As pessoas normalmente se auto infectam com suas próprias bactérias e vírus Vias de eliminação Capacidade de supervivência Porta de entrada no hospede Dose infectiva A capacidade de supervivência depende de cada microorganismo e aporta de entrada do hospedeiro, seja adquirido por via oral, ou por contato inalatório e a dose infectiva que pode ser aguda ou crônica Curto período de tempo Os microorganismos não sofrem modificação Microorganismo não resistentes ao meio externo Contato físico. E.T.S (enfermidades de transmisión sexual). As ETS geralmente que não usam camisinha, que tem vários parceiros sexuais. Transmissão vertical (sífilis, toxoplasmose, rubéola, transmissão vertical da mãe para o filho). Infecções congênitas. Inoculação direta. Seringas Depende muito também da virulência e da patogenicidade da doença. Período prolongado de tempo Os microorganismos podem sofrer modificações Microorganismos resistentes ao meio externo, como aqueles resistentes a natureza que esperam o melhor momento para desenvolver. Ex: Clostridium tetani. Objetos contaminados Mãos Introdução à Medicina tropical/@estudandocommariana 6 17 de agosto de 2021 Devemos lavar as mãos corretamente porque se não lavamos tocamos nas superfícies das coisas e podemos passar a doença por meio indireto ou a nós mesmos por autoinfecção. Ar: Gotículas de Pffügge com 150 micras. Núcleos de Well de 1 a 20 micras Espirro a quantidade de gotículas que uma pessoa pode expelir ao exterior e isso pode alcançar as outras pessoas e infectar com estreita proximidade ou mediante ao pó (microorganismos resistentes a condições externas. Por isso utilizamos máscaras para evitar a transmissão do COVID – 19 que se pode expandir pelo ar. As partículas de salivas contaminadas podem transmitir de um indivíduo a outro. Essa situação piora quando estamos em espaços pequenos com ar condicionado, então facilmente essas gotículas se espalham por tudo. Veículos comuns: Água e alimentos Transmissão a múltiplos hospedeiros. Alimentos em mal estado ou pessoas com mas condiciones de higiene, aguas contaminadas onde as pessoas consomem água de rio, não fervem a agua para beber. Vetores (artrópos): Passivos (mecânico) Ativo (biológico) Quando vou em piscinas comunitárias e minha conjuntiva está irritada pode ser porque algumas pessoas que não tem bons hábitos de higiene não se limpando direito ou crianças que podem fazer coco na água, essas partículas ficam na água, assim como urina. Essa água teria de ser trocada o mais rápido possível, além disso pode pegar uma micose como a tiña que são muito difíceis de tratar. A pele tem células mortas que ficam na água da piscina e também podem produzir irritação nos olhos. Fatores extrínsecos: Estilos de vida (sedentarismo, excesso de álcool, tabagismo, drogas ilícitas, má alimentação), ou seja, essa pessoa tem um monte de hábitos que faz com que seu estilo de vida seja insalubre além de encurtar a sua vida na terra, ao invés de morrer aos 80 anos morrera aos 50 anos de um Infarto Agudo do Miocárdio ou por câncer de pulmão. Nível socioeconômico Nível Sóciosanitário. Os fatores extrínsecos podem ser mudados, menos o nível sociosanitario que depende diretamente do estado. As gotículas de Flügge: São partículas diminutas expelidas ao falar, tossir, espirrar que podem transportas germes infecciosos de um indivíduo a outro. Essas partículas medem de 0,5 a 10mm e podem permanecer até 30 minutos no ar em suspensão os quais os permitem ingressar nas vias aéreas menores e sacos alveolares. Introdução à Medicina tropical/@estudandocommariana 7 17 de agosto de 2021 Fatores intrínsecos: Doenças prévias/crônicas (HTA, insuficiência renal crônica, diabetes, hipertireoidismo, hipotireoidismo) Infecções associadas Estado imunitário idade Fatores genéticos Doenças autoimunes. Esses fatores não se podem modificar porque são intrínsecos. Com um estilo de vida saudável a expectativa de vida melhora muito. 1. Humano (Enfermo portador) Vamos diagnosticar, tratar precocemente, fazer um questionário epidemiológica para saber com quem esteve nos últimos dias e faremos um isolamento ou quarentena se falamos de uma doença que necessita. Comunica-se a vigilância epidemiológica e se faz uma busca ativa de portadores. 2. Animais Diagnóstico e tratamento precoce Isolamento Sacrifício em doenças que não pode tratar. 3. Reservatório ambiental Desinfecção de espaços fechados. Controle da qualidade do meio ambiente para prevenir uma doença. 4. Mecanismos de transmissão: Saneamento integral Desinfecção Dedetização Higiene alimentaria Isso tudo para evitar a propagação de doenças infecciosas 5. Contato direto: Métodos de barreira Educação sexual oportuna com os pais de acordo evita o contágio de muitas doenças sexualmente transmissível. Higiene pessoal 6. Contato indireto: Higiene pessoal Lavagem das mãos Limpeza do meio ambiente Esterilização de instrumental crítico 7. Ar Ventilação Limpeza dos locais Fluxo laminar Máscaras 8. Águas Saneamento integral: potabilização e controle de águas residuais. 9. Alimentos: Controle de alimentos (veterinário, transporte) Controle dos manipuladores Educação dos consumidores 10. Vetores Controle sobre os animais Desinsectação, desratificação Controle de resíduos 11. População suscetível:Profilaxia específica (de disposição): Introdução à Medicina tropical/@estudandocommariana 8 17 de agosto de 2021 Quimioprofilaxia Imunoprofilaxia passiva Imunização ativa: vacinas DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana Doenças emergentes: A maioria das doenças emergentes tem etiologia infecciosa e incluem doenças bacterianas. São chamadas de emergentes porque são doenças novas ou que apareceram pela primeira vez naquela região. Ou que apresentam manifestações desconhecidas ou indiferenciadas. Doenças por: legionela, doença de lyme, campilobacterioses, helicobacter pylori; virais (HIV, ebola, antivírus, vírus da hepatite B e C) e parasitarias (criptosporidioses e ciclospora). Outras de difícil classificação como a encefalopatia espongiforme. Muitas dessas doenças são de origem zoonóticas que ocorrem principalmente devido a mudanças ecológicas como extinção de animais exóticos, desmatamentos, contaminação do solo e do ar, o que tem consequências catastróficas ao meio ambiente e com isso também traz o aparecimento de novas doenças. Nós podemos facilitar o aparecimento de certos germes, por exemplo de pessoas que não higienizam as suas mãos corretamente. Exemplo de doenças emergentes:, , ebola, cólera, SARS, SIDA, doença dos legionários, hantavírus, doença de lyme, encefalopatia espongiforme Doença emergente H1N1 H5N1 influenza aviar ebola ebola SARS Sida Legionella hantavirus espongiforme Lyme DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana Doenças reemergentes: Aquelas doenças que reaparecem, como doenças que aparentemente haviam sido erradicadas ou sua incidência diminuída. São todas aquelas doenças infecciosas conhecidas que depois de não constituir um problema de saúde aparecem cobrando proporções epidêmicas. Em relação a dengue por exemplo querem modificar geneticamente os mosquitos machos para que a fêmea não possa mais colocar os ovos. São doenças infecciosas descobertas nos últimos anos ou as já conhecidas consideradas controladas, em descenso ou quase desaparecidas, que voltaram a emerger. Dentre os grupos de doenças reemergentes temos: Dengue, hepatite C, Influenza, E. coli enterohemorrágicos, malária, cólera, leptospiroses, febre amarela, zyka, Chikungunya. Fatores causais relacionados com a emergência das infecções podem classificar-se: - Fatores demográficos de comportamento: Quanto mais pessoas tem mais recursos vamos necessitar, mais água, mais lojas, mais terrenos, a custa da vida da fauna e da flora que chegou antes, aparecimento de mais empresas, mais alimentos, mais roupas. Maior interação humano e consequentemente um maior contágio. Se temos muitas pessoas acabamos não tendo muito saneamento. - Fatores tecnológicos: Avança a medicina e tem sua parte negativa também como a contaminação. Contaminação do solo, o ar, a água, com um desequilíbrio que o homem esta provocando sobre a biofesra. .A migração da fauna a novos biotipos por destruição de bosques faz com que o homem seja intermediário de agentes patógenos que afetam animais e que podem ser novos para ele. - Adaptação e mudanças dos organismos: Vão mudando e resistindo, por exemplo quando tomamos antibióticos sem receita com dose, tempo errado, má utilização deles. Pessoas que creem que tem a pressão alta começam a tomar medicações para a pressão o que modifica seu coração. - Fatores derivados do desenvolvimento econômico e utilização da terra: Produtos organofosforados e organoclorados produzem alterações teratogênicas. As pressões comerciais e populacionais vem conduzido a invasão de bosques e selvas, expondo as populações a agentes exóticos e doenças enzooticas como a febre amarela, a raiva transmitida pelos murcielagos e febres hemorrágicas por Arenavirus - Comércio internacional: Onde temos uma facilidade de cruzar a fronteira e um comercio internacional fluido e facilitam a propagação de doenças. Pode trazer doenças endêmicas daquela região DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana Impacto muito grande além de sanitário é social e depende de numerosos fatores: O contínuo e global crescimento das populações e a urbanização rápida e desordenada, sobre população, falta de água potável e baixa higiene. As pessoas procuram melhor qualidade de vida, mas para chegar a essa estabilidade eles tem de passar por coisas ruins, preconceito, e os locais não estão preparados para essa superpopulação e também atender essas pessoas que vem em busca de trabalho, tem baixa higiene, sistema imunológico enfraquecido, sem seguro médico ou casa. As migrações para as cidades ou países desenvolvidos criam comunidades de imigrantes com condições de higiene e de vida inadequadas. Que geram situações epidemiológicas novas, nativos receptivos que não contam com uma imunidade comunitária para estes novos agentes. São vulneráveis a doenças infecto-contagiosas.. Expulsos pelas guerras, bioterrorismo, desastres naturais, superlotação, viagem, comercio, turismo a nível internacional proveem de transporte eficiente a organismos patógenos infecciosos através de seus vetores humanos ou animais. As guerras também facilitam com que as pessoas busquem outros lugares e consequentemente facilitam o aparecimento de doenças. DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana Outra causa é a adaptação e mudança dos microorganismos A drogorresistência é um dos fatores mais preocupantes que se associa com automedicação com uso de doses insuficientes, ciclos incompletos de tratamento inadequados, uso de antibióticos em hospitais, escassa documentação sobre ensaios clínicos e a inexistência de vigilância e notificação de padrões de resistência. Antimicrobiana. Transformamos nossas bactérias em super bactérias quando tomamos antibióticos de forma inadequada, pois elas passam a informação de resistência a outras bactérias graças aos plasmídeos. Geralmente se administra 7 dias de antibióticos, mas claro que depende de qual antibiótico. Quando as pessoas não tomam de forma correta muitas bactérias morrem mas aquelas que não morrem se tornam resistentes e devido a isso quando vamos utilizar o antibiótico ele não funciona e precisamos fazer uso de outro muito mais fortes. O costume de se auto medicar é muito ruim. Os débeis sistemas de saúde pública em regiões em processo de desenvolvimento que ainda passam por crises econômicas, fazem que as doenças que se encontravam sobre controle o que devem estar controladas floresçam novamente. O atendimento de pacientes com diferentes patologias faz com que se cruze e que se dê super germens, por isso é importante que os jalecos estejam abotoados e deve-se retirar os jalecos quando não estiverem trabalhando para não passar esses germens para outros lugares. É uma irresponsabilidade cívica sair e caminhar com os jalecos. É necessário a utilização de luvas porque as superfícies das camas estão muito contaminadas. A recomendação é que os alunos tenham um jaleco para as práticas e um que fica nos hospitais. Muitos médicos levam seus jalecos nos bancos dos automóveis contaminando-os. Precisamos ser mais preventivistas, ter vigilância epidemiológica para evitar que essas catástrofes ocorram. O comportamento humano e seus hábitos, também influi na introdução e disseminação de infecções. DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana O início das reações sexuais precoce aumenta o risco de ETS/VIH. Adolescentes de 14/15 anos começam a ter relações sexuais sem se prevenir e a internet ajuda com conteúdos eróticos. Se encontra em muitos países com o aumento da hepatite B e a infecção por HIV. Causam uma dependência muito grande em pessoas privadas de liberdade que compartilham a mesma seringa com a mesma agulha e vai passando a doença de um para outro facilitando o aparecimento de hepatites B e C e HIV.Educação do profissional de saúde em seus diferentes níveis, a comunidade através de seus líderes. - Treinamento e capacitação continuada relacionado aos riscos - Triagem (Classificação de Manchester onde classificamos os nossos pacientes por cor como vermelho, amarelo, verde, azul para identificar quais são aqueles pacientes que precisam de uma atenção imediata, saber diferenciar uma urgência de uma emergência médica para isso necessita de profissionais capacitados e treinados - Controle - Normativas de segurança - Resposta a emergência sanitária e laboral - Detecção rápida e oportuna para uma resposta imediata por parte dos profissionais de saúde, da comunidade e do governo. DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana - Boa infraestrutura sanitária e de serviços de saúde, precisamos de uma infra estrutura que esteja de acordo com as necessidades da comunidade. Precisa-se educar a população para evitar a ignorância e dessa maneira ver que o sistema de saúde funcione e acuda essa população - O apoio da sociedade, dos líderes do setor de saúde, do governo, organismos internacionais, ONG e uso dos meios de informação para a difusão Independente de sua causa inicial, isto afeta o avanço de um país pelo alto custo de tratamento. Se temos uma boa saúde em âmbito primário onde as pessoas se vacinam, fazem seu controle. No Paraguai as pessoas já chegam precisando de um atendimento mais especializado e esses locais as UTIs são de alto custo e quando falamos de alto custo em um sistema público isso gera um custo para a nação, um gasto ao país. E além disso se perde uma pessoa para a atividade laboral. Perda da capacidade laboral, muitas empresas quebraram, perderam funcionários gerando então um impacto econômico. Impacto no desenvolvimento econômico Equipe multidisciplinar (salud humana, animal, agropecuaria e ambiental vinculados ao ecosistema). Trabalhamos também com os veterinários para saber quais são as doenças próprias dos animais que podem ser zoonóticas aos homens, é preciso se comunicar com os engenheiros ambientais para saber o grau de contaminação dos produtos porque podemos nos contaminar com os agrotóxicos. Manter uma cooperação internacional ativa e transparente Os profissionais de saúde devem desenvolver programas de investigação aplicada com fins epidemiológicos. Sanitário e social para reforçar a vigilância e o controle das doenças através de intervenções selecionadas e oportunas. DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana Em 2014 se dava uma porcentagem de 3% no Paraguai para as pesquisas, era um fundo que dava para as pessoas que queriam investigar, com o passar do tempo esse valor diminuiu 0,5% e os programas de investigação se veem muito afetados porque não tem apoio, se quiser investigar precisa bancar as investigações ou tem que buscar ajuda a uma entidade privada. O primeiro passo para controlar as doenças transmissíveis e reconhecer a aparição de novas doenças corresponde a detecção e identificação imediata. Para ele é essencial contar com um sistema organizado de vigilância das doenças prevalentes, conhecidas e diagnosticadas e das novas e desconhecidas. Essa identificação imediata muitas vezes não ocorre de imediato como no caso do COVID, só passamos a identificar com a prova rápida de IgM e IgG e nós começamos a usar o isolamento social, máscaras e quarentena até que chegaram as vacinas. Na atualidade o mundo se enfrenta ao risco de expansão de novas e velhas doenças como resultado da combinação microorganismo-homem-meio ambiente. A luta contra as doenças infectocontagiosas se distancia muito em culminar em êxito, e apesar dos avances alcançados em matéria de antibióticos e vacinas, as doenças infecciosas continuam sendo uma das primeiras causas de morte a nível mundial. A primeira causa de morte a nível mundial são as doenças cardiovasculares Somente uma resposta rápida reduz a morbilidade (pessoas que adoecem) e mortalidade (morte) na população afetada e limita o poder de disseminação da doença em questão. A vigilância epidemiológica é a chave de uma resposta oportuna e eficiente. Cada ano se busca produzir suficientes quantidades de vacinas para as cepas que mais provavelmente possam chegar a produzir epidemias na próxima temporada. A menor arma disponível na prevenção das infecções por influenza é a vacinação. Atualmente se usam em todo o mundo vacinas de influenza inativadas que necessitam ser adaptadas anualmente para acomodá-las as contínuas mudanças antigênicas. 1 HIV no trópico/ @estudandocommariana Doença venérea que se transmite mais por contato sexual que ataca as células de defesa Desde o pico alcançado em 1996, as novas infecções pelo HIV vem reduzindo em 47%. 36,9 milhões (31,1 milhões – 43,9 milhões) de pessoas que conviveram com o HIV em 2017 em todo o mundo. 21,7 milhões (19,1 milhões – 22,6 milhões) de pessoas teriam acesso a terapia antirretrovírica em 2017. Um grande número de pessoas tem acesso aos antiretrovirais que são dados em forma de coquetéis. Algumas pessoas não toleram certos tipos de medicamentos como a lamivudina, mas há uma ampla quantidade de medicamentos para as pessoas que tem HIV. Essa estigmatização do HIV é uma sentença de morte, mas a medida que vai avançando vão descobrindo novas formas de tratar, novas formas de prolongar a vida. Hoje qualquer pessoas que seja soro positivo pode ter uma vida normal, pode ir trabalhar, não tem porque ficar isolado da sociedade. Essa doença não se transmite pela saliva ou pelo beijo e muitas pessoas não sabem disso e por isso não querem ficar perto de outra pessoa com HIV positivo, há certo racismo. Não podemos ignorar que esta é uma realidade porque temos de educar e informar as pessoas quais são os métodos de barreira. O diagnóstico de HIV é completamente confidencial, não podemos divulgar que uma pessoa é HIV + se ela não quer, devemos manter o segredo profissional, porque ela pode ser estigmatizada, a sociedade pode afastá-la. ONUSIDA: Desde que declararam os primeiros casos de infecção por HIV, faz mais de 35 anos, 78 milhões de pessoas contraíram o vírus e 35 milhões vieram a óbito por doenças relacionadas ao HIV. Dia mundial da luta contra o SIDA No dia 01 de dezembro, recordamos o “Dia mundial da luta contra o SIDA”, comemoração que oferece a oportunidade de conscientizar, educar e melhorar a compreensão do HIV como um problema de saúde pública a nível global. 2 HIV no trópico/ @estudandocommariana HIV Vírus da imunodeficiência humana, é um retrovírus pertencente ao grupo dos lentivirus. São dois os vírus que provocam a imunodeficiência nos seres humanos, o mais extendido e virulento é o VIH1, o VIH2 é menos virulento e se encontra principalmente na África ocidental. O vírus do HIV tem uma ezima de transcrição que tem uma enzima transcriptasa inversa. Ao ter o RNA e ter uma enzima isso o deixa bastante favorável para que a informação do RNA viral possa integrar-se ao DNA dos linfócitos CD4. Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios onde vai conseguir uma capa de glicoproteínas que obteve de alguma célula já que eles não têm mitocôndrias, não tem citoplasma, não tem RNA ele só tem a informação genética junto com sua enzima transcriptasa reversa ou inversa, então essa capsula com a bicapa lipídica de glicoproteínas de P41 e GP120 foram roubadas de uma célula e assim já esta pronto para invadir uma outra célula. Além da informação genética junto com sua enzima vamos ver um envoltório que é uma dupla capa bilipidica e as proncipais lipoproteínas que são a GP120 que está mais externa e a GP 41 e o capsidio onde vamos ter o antígeno P24. Em uma fotomicrografia de um linfócito CD4 podemos encontrar os brotes por onde sai os vírus do HIV, por gemação também. Nosso sistema imunológico não encontrou uma maneira de deter o HIV, porisso é uma doença incurável. 3 HIV no trópico/ @estudandocommariana O primeiro passo que realiza o HIV para introduzir-se no citoplasma do nosso linfócito CD4, ou seja, abrir a chave para que a envoltura possa unir-se ao da célula e a primeira chave que usa é a GP120, é como um receptor e um acoplador de membrana. Na membrana bilipídica temos receptores, um dos receptores se acoplam ao GP120 que reconhece como próprio da sua membrana, mas para liberar o material genético ao citoplasma do linfócito CD4 utiliza-se a segunda chave que é a GP41, a parte disso precisa-se de um correceptor chamado CCR5, ao unir a GP41 com o correceptor o material genético é liberado ao citoplasma. O material genético do vírus fica envolto em uma capa bilipídica que é da mesma natureza que a do linfócito CD4 e por isso podem encostar sem problemas e fazer parte da membrana e para que essa membrana possa reconhecer como natural ou como própria necessita da GP120 e da 41. A parte disso necessita de um correceptor que é o CCR5 ao ter esses dois o material genético é liberado no citoplasma, ao liberar o RNA, este tem uma grande facilidade para entrar no núcleo da célula através dos poros por difusão passiva. Depois se usa as integrasas que são enzimas que integram o material genético do HIV ao DNA da nossa célula. As respostas de defesa do linfócito CD4 não se dão conta do que esta passando, o material genético já está introduzido no núcleo e sem dar conta essa célula se tornou uma célula que não pode produzir apoptose porque não se evidenciou algum tipo de erro e começam a produzir a multiplicação e a maduração de RNA viral e ai sai para fazer o mesmo processo. Existe uma porcentagem de 2 a 3% que o correceptor mudou e como o vírus não consegue liberar seu material genético no citoplasma o vírus não se replica e morre. Existem medicamentos que interferem na união do GP120, na GP41, no correceptor, essas medicações normalmente têm efeitos adversos bastante importantes também. Ciclo vital do HIV - Acoplamento, união ao correceptor e fusão GP41, GP120 - Transcrição reversa - Integração - Transcrição - Ensamblagem - Gemação 4 HIV no trópico/ @estudandocommariana Quando um antígeno se introduz no corpo as células apresentadoras de antígenos, as células de langerhans (macrófagos tissulares) que ficam debaixo da pele e fazem parte da imunidade inata, são as primeiras células que aparecem para fagocitar esse antígeno. Os macrófagos tissulares não têm a capacidade de desintegrar o vírus do HIV, como não podem chegam então os linfócitos T helper (CD4) ativado que é o mestre da imunidade, é o mais adaptado e que tem a memória de outras patologias e começam a produzir os anticorpos, por isso ele é considerado o mestre da imunidade. O órgão diana do HIV é o linfócito CD4 helper e os macrófagos levam eles direto para o alvo e devido a isso os linfócitos B (humoral) (produz anticorpo) e T CD8 (celular)(células natural killers) não funcionam porque os Linfocitos T helper (CD4) precisa enviar um sinal então o vírus do HIV já ganhou a batalha, por isso é tão mortífero, tão letal e como a partir dai não encontra nenhuma resistência eles começam a infestar todas as células do sistema imunológico principalmente aos linfócitos T CD4 O vírus do HIV não mata as pessoas o que matam são as doenças oportunistas devido à falta de imunidade (defesas). Os linfócitos B produzem citocinas para estimular a produção de imunoglobulina IgG. Definição de SIDA Etapa avançada da infecção pelo vírus de imunodeficiência humana (HIV). Trata-se de um retrovírus que ataca as defesas do organismo e altera a capacidade para defenderse das doenças ocasionadas por outros vírus, bactérias, parasitos e fungos. O sistema imunológico agrupa diversos tipos de células, entre outros glóbulos brancos encarregados de lutar contra os agressores externos. O HIV concretamente mata um tipo de células, os linfócitos CD4 que integram o sistema imunológico. Transmissão do vírus Existem só 3 mecanismos de transmissão da infecção por HIV: Células de langerhans, macrófago tissular, CPA Linfocitos T helper (CD4) activado Linfócito B (humoral) Linfocitos T CD8 celular 5 HIV no trópico/ @estudandocommariana - Transmissão sexual - Transmissão parenteral - Transmissão vertical - Exposição das pessoas da área da saúde A causa mais frequente de HIV/SIDA é a via sexual. É importante ter um parceiro sexual, usar preservativos para diminuir o risco de HIV. É um problema de saúde pública, precisa de promoção, prevenção e hábitos sexuais saudáveis Os únicos fluídos que podem transmitir o HIV são: - Sangue - Semen - Líquido pré seminal - Secreções vaginais - Leite Materna A infecção ocorre quando os fluídos de uma pessoa com HIV + entram na circulação sanguínea com uma pessoa HIV – por meio das seguintes formas: - Relações sexuais sem o uso de preservativos - Contato com sangue contaminada por transfusão, acidente, por compartilhar agulha ou objetos penetrantes como tatuagens e piercings. - De uma mãe infectada ao seu bebê, durante a gravidez, o parto, a lactância Práticas sexuais de risco que aumentam a probabilidade de ser HIV +: - Sexo anal, orgias, muitos parceiros, uso de drogas IV porque as seringas e agulhas são compartilhadas. No sexo anal pelo maior risco de sangramento, porque temos orifícios apropriados para determinadas ações, a mucosa que reveste o reto e o anus não esta preparada para a penetração e para fricção sendo mais fácil lacerar e entrar em contato direto com o vírus ou que ela ejacule e tenha contato. No sêmen tem 10.000 vezes mais vírus do HIV que no sangue. Muitas medicações são administradas de forma retal porque tem um plexo é uma região vascularizada. O HIV também pode ser transmitido por sexo oral por uma ferida que se contamina, herpes. HIV e lactância materna 6 HIV no trópico/ @estudandocommariana Segundo a OMS: O problema tem sido encontrar um equilíbrio entre o risco de que o lactante adquira o HIV através da lactância materna e o risco de falecimento por ouras causas diferentes do HIV, em particular a má nutrição e as doenças graves como a diarreia ou a pneumonia, dos bebes que não se alimentam com o leite materno. Para ele, o pessoal da saúde tem enfrentado a um verdadeiro desafio na hora de determinar e promover a prática de alimentação mais idônea dos lactantes aos que atendem cujas mães estão infectadas por HIV. Em regiões muito pobres isso é um dilema não dar de mama e o bebe morrer por desnutrição ou amamentar e dar um tempo a mais de vida. O vírus pode ser transmitido durante a gravidez, no parto e na lactância, mas o risco é maior durante o parto porque começam a mesclar os fluidos Os serviços de detecção em HIV e assessoramento devem cumprir os seguintes princípios: Princípios d0s 5 Cs Consejo o consejería: Se realiza antes da prova e durante a entrega do resultado. Proporcionar toda a informação necessária para o uso correto e consistente de barreiras de infecção. Confidencialidade: A informação trocada entre o profissional e o usuário não pode ser revelada a terceiros sem o consentimento do interessado. Estimular e apoiar os usuários. Consentimento informado: Garante que o usuário conheça e concorde com a prova. O consentimento pode ser oral. Qualidade dos resultados: Assegurar que os resultados que facilite aos usuários sejam corretos e evita diagnósticos errados. Conexão aos serviços: Deve assegurar sempre a vinculação da pessoa diagnosticada aos serviços de atenção. Primeiro se faz o teste rápido se o resultado for positivo faremos o exame de sangue, ou se pode usar os testes diretos. Diagnóstico indireto: Emprega duas técnicas - ELISA: sensibilidade 99,5% e especificidade menor. - WESTERN-BLOT: Específico para GP41, GP120, P24. - JUNTOS tem uma certeza de 99%. Diagnóstico direto (mais Caros): - Antigenemia: antígenoP24 - Detecção de ácidos nucleicos por PCR (RT-PCR) - Carga viral em copias de RNA por ml (contagem) - Carga viral indetectável umbral de 50 copias/ml 7 HIV no trópico/ @estudandocommariana As provas rápidas se realizam em todos os níveis de atenção dentro da rede de serviços do MSPBS, e estão disponíveis para a população geral, com ênfases em: - Gravidez - População chave (mulheres trabalhadoras sexuais) - Homens que tem sexo com homens e pessoas trans - População privada de liberdade - Povos indígenas que praticam incesto, eles não se cuidam. - Sintomáticos respiratórios e pessoas com tuberculose precisa saber se o paciente é HIV positivo. Promedio de vida de uma pessoa que é HIV positivo que não faz tratamento vai depender se a pessoa é atleta que viva de 10 a 12 anos, agora se a pessoa é diabética, hipertensa, hipotireoidismo ai teremos um promedio de 2 anos e provavelmente morrerá por outras causas. Classificação clínica - Categoria A: Primoinfecção clínica ou síndrome retroviral agudo. Fase assintomática ou presença de adenopatia generalizada persistente. Presença de gânglios linfáticos maiores a 1 cm em dois ou mais localizações extrainguinais por mais de 3 meses sem causa aparente. A pessoa não se dá conta, mas começa a ter adenomas no pescoço, lembrando que no pescoço tem o esternocleidomastoideo que tem uma cadeia anterior, cervical e posterior e a pessoa começa a ter gânglios linfáticos indolores em torno de 1 cm que podem aparecer no pescoço e axila e permanecem em torno de 3 meses. Essa categoria pode ser chamada de Síndrome Retroviral aguda. - Categoria B: Patologias não inclusas na categoria A e C. - Categoria C: Doenças oportunistas típicas da fase avançada da doença. Aqui ele já está na etapa terminal e sintomática do SIDA. Uma pessoa que é HIV+ e não se cuida tem um promedio de 11 a 12 anos. Dividimos a história natural do HIV em 3 fases: - Primeira etapa: Replicação viral, 0 conversão. Sobe a quantidade de vírus e a quantidade de linfócito CD4 (normal: 1000) diminui muito em um só mês pode chegar a 300 e pode aparecer sintomatologia com aparecimento de gânglio, cansaço e essa fase dura ao redor de 1 mês, e não se faz o diagnóstico aqui. - Segunda fase: Assintomática, que é a fase mais larga de todas onde a pessoa vive 7, 10, 15 anos. Aqui não tem nenhum tipo de sintoma, onde os linfócitos CD4 se replicam e o número começa a subir outra vez até 650, mas nunca mais ele chegará aos 1000 novamente, vai manter 550 ou 650. Há um momento em que ocorre o set point, onde a replicação viral vai caindo e sobe a quantidade de CD4, é uma trégua, chegaram a um equilíbrio, tanto os vírus que estão invadindo o sistema imunológico quanto os linfócitos CD4 e isso se mantém durante muitos anos e com isso vamos perdendo 50 linfocitos CD4 por ano. Então os 650 linfócitos vão caindo 50 por ano. Chega um ponto onde a quantidade 8 HIV no trópico/ @estudandocommariana de linfócitos CD4 é tão baixa chegando a 200 ou menor que isso que começamos a entrar nessa faze sintomática. Nesse período não tem nenhum tipo de evidencia. - Terceira fase: Sintomática, que é a fase SIDA. Replicação viral vai aumentando e nessa fase aparecem as doenças oportunistas e a pessoa morre por derrame cerebral, derrame pleural, tuberculose e pneumonia. Isso é o que ocorre sem intervenção, sem medicação. Quando tomamos a medicação queremos evitar uma carga viral alta, queremos ela baixa porque o sistema imunológico estará mais estável. Evitamos que a replicação se descontrole. Procuramos manter 650 os linfócitos CD4. Vamos medicar a pessoa desde que se diagnostica, no momento que se confirma o diagnóstico. Pode se iniciar o tratamento em qualquer das fases, apesar que o mais indicado é no momento do diagnóstico. Tratamento antirretroviral - Tratamento antirretroviral (TAR) está recomendado para todas as pessoas que vivem com HIV, independentemente do reconto de linfócitos TCD4 e da presença ou não de sintomas, com o objetivo de reduzir o risco de progressão da doença, suas complicações e prevenir a transmissão do HIV. - O HIV produz morbilidade e mortalidade por três vias: 1. Imunodeficiênci, porque se reduz os linfócitos CD4 nos deixando expostos a outras doenças 2. Dano direto a certos órgãos blandos e de maneira indireta por inflamação de órgãos. 3. Dano nestes órgãos pela inflamação crônica produzida pelo próprio vírus Quando tem relação sexual com seu companheiro sempre tem de usar camisinha mesmo com carga viral baixa porque a pessoa que não tem o vírus pode passar outras doenças para a pessoa que tem o que não é bom devido a possibilidade de infecções. As cinco fases para a aceitação da doença Primeira etapa: Negação Quinta etapa: Aceitação Quarta etapa: Depressão Terceira etapa: Negociação Segunda etapa: Ira ou enfado 9 HIV no trópico/ @estudandocommariana Os objetivos para se iniciar a terapia antirretroviral são: - Supressão máxima e prolongada da carga viral plasmática, quanto menos a carga viral plasmática mais linfócitos tendo mais células para defender o organismo. - Recuperação e conservação da função imunológica - Redução da morbilidade e mortalidade associada a infecção de HIV. - Evitar o efeito nocivo da replicação do HIV sobre possíveis comorbidades existentes. - A prevenção da transmissão do HIV. Os aspectos a considerar para selecionar uma pauta adequada de tratamento antirretroviral (TAR), devem ter em conta: - Os efeitos secundários ou adversos (vômito, náusea, dor de cabeça, síndrome do intestino irritável) - A aderência ao tratamento, a possibilidade de futuras opções terapêuticas (quanto mais rápido fizer o tratamento maior a expectativa de vida) - As doenças preexistentes ou concomitantes - Gravidez - A administração simultânea de outros medicamentos - O risco de aquisição primária de cepas resistentes - A acessibilidade e disponibilidade em forma oportuna e sustentada - Uso de drogas ilícitas 10 HIV no trópico/ @estudandocommariana Benefícios de se começar cedo a terapia antiretroviral Controle e redução da carga viral Atraso na progressão da infecção, evitando a apresentação de infecções oportunistas e neoplasias associadas. Diminuição da transmissão viral Diminuição da incidência de doenças não definitivas de SIDA Diminuição da ativação imune e o estado inflamatório crônico Prolonga a expectativa de vida. Desvantagens de se começar cedo a terapia antiretroviral Implica um ótimo cumprimento na toma dos medicamentos Percepção do maior risco de transmitir ou reinfectarse pelo HIV e o não cumprimento das relações sexuais protegidas. Desenvolvimento precoce da resistência ao vírus, não tendo uma boa aderência ao TAR e transmissão de vírus resistentes a certos ARV Possível deterioro da qualidade de vida pelos efeitos secundários e tóxicos 11 HIV no trópico/ @estudandocommariana Condições que levam a considerar o atraso no início da terapia antiretroviral: - Falta de aceitação e convencimento da pessoa sobre os benefícios do tratamento. - Presença de comorbidades que complicam ou contraindicam a terapia (cirurgia, medicação concomitante com interações farmacológicas desfavoráveis) - Risco de tomada inadequada de medicamentos por ma prescrição para o cumprimento na tomados medicamentos. Os fármacos ARV se dividem em 6 famílias de acordo a seu mecanismo de ação: Os efeitos do HIV sobre outras infecções endêmicas são as seguintes: - Facilita a co infecção - Aumenta a razão da doença: infecção - Muda a apresentação da doença - Acelera o curso da doença A imunidade não é estéril na maioria das infecções oportunistas tropicais por protozoários ou fungos.
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