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Apostila Resumos Medicina Tropical

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Medicina 
tropical 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@estudandocommariana 
Índice 
Primeira Parcial 
1. Introdução a Medicina Tropical 
2. Doenças emergentes e reemergentes 
3. HIV no trópico 
 
Introdução à Medicina tropical/@estudandocommariana 
1 17 de agosto de 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A grande maioria das doenças tropicais são 
transmitidas por picada de inseto principalmente em 
climas tropicais com regiões quentes e úmidas criam 
condições adequadas para a vida destes insetos que 
atuam como vetores transmitindo de um homem 
infectado a um homem saudável os parasitas, 
bactérias ou vírus que são os que realmente causam 
as doenças. Ex. Dengue, Chikungunya, Febre amarela 
O clima de regiões tropicais são ideais para que os 
insetos possam reproduzir-se e ser um veículo 
transmissor de doenças. 
 
 
É a parte da Medicina que se encarrega de estudar 
as patologias dos trópicos e as doenças infecciosas. 
A geografia médica ou geopatologia se encarrega 
do estudo dos padrões de saúde e doenças em 
relações ou umas características geográficas 
determinadas. 
Deste ponto de vista pode distinguir doenças 
universais, autóctonas e importadas. 
Universais = Doenças que estão presentes em todos 
os lugares e países. Ex. gripe, covid, H1N1, VIH, 
tuberculose, sífilis. Se encontram tanto em zonas 
frias como em quentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autóctonas = São aquelas doenças da região. 
Também podemos nomear de comunitárias 
e como exemplo temos a dengue, que ficam 
mais em regiões com geografias com tempo 
nublado, muitas nuvens e calor. Não aparece 
em regiões como Rússia, Canadá, então é 
difícil que essas doenças sejam próprias 
dessas regiões. 
Importadas = Que vem de outras regiões. 
Como outras definições vamos ter que: 
O conceito médico de doença tropical é: 
“patologia predominantemente infecciosa 
prevalente nos países com as condições 
higiênico-sanitárias, socio-economicas e 
ambientais conhecidos como trópicos.” 
A malária, a dengue, a amebíase, a 
esquistossomose, a cólera e a filariose são as 
doenças tropicais mais comuns. 
Existem doenças de distribuição cosmopolita 
que são muito frequentes nos países 
denominados tropicais como: tuberculose, 
tétano, hepatites virais, salmoneloses, a febre 
tifóide e outras. 
 
Introdução a Medicina Tropical 
Nas últimas décadas vem aumentando as comunicações internacionais, 
onde as pessoas atravessam cada vez mais as fronteiras de países e 
continentes por prazer ou por diversão, o que facilita a redistribuição 
geográfica de muitas doenças endêmicas como as tropicais. 
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Nos países tropicais devido as suas características 
climáticas e ao seu subdesenvolvimento econômico 
e sanitário existem muitas doenças infecciosas que 
apresentam alto risco de contágio entre as 
populações e sobretudo entre os visitantes de 
outros países já que não possuem imunização 
natural. 
Imunidade natural = Adquirida através da contração 
de uma doença e seu corpo fez uma reação 
produzindo anticorpo dessa doença. 
Imunidade inata = suco gástrico, pele, macrófagos 
que estão debaixo da lâmina própria. As pessoas já 
nascem com essas defesas, é inato ao corpo. 
Imunidade adquirida = Produzem os anticorpos, 
linfócitos CD4 
As pessoas que vivem em certas regiões endêmicas 
já possuem uma imunidade natural a estes tipos de 
microorganismos o que difere das outras pessoas 
que não vivem. 
O Paraguai tem três tipos de clima: clima semiárido 
cálido, Clima tropical de sabana e clima tropical úmido. 
Na região do alto paraná vamos ter um clima tropical 
úmido propicio para a propagação de insetos como 
aedes aegypti. A maior parte da população vive na 
região central. 33% da população está concentrada 
nessa região e o resto está distribuídos. 
Na região ocidental do Paraguai tem 3 
departamentos, pouca chuva, solo seco e árido, 
temperaturas elevadas. Poucas elevações e pouca 
população. 
Na região oriental temos 14 departamentos, maior 
população, abundante chuva, presença de 
cordilheira, relevo variado, terras aptas para o 
cultivo, maior quantidade de centros educativos, 
sanitário, serviços básicos e comunicações, mas 
em subdesenvolvimento e um sistema sanitário 
que está agonizando, por isso é propício para estes 
insetos que tenham bastante mobilidade quando 
em momentos de chuva e sol esses insetos podem 
se reproduzir sem nenhum tipo de dificuldades. 
Cada ano se faz boletim, orientam as pessoas a 
limparem suas áreas, que não deixem vasos vazios, 
pneus velhos. 
O Paraguai está numa zona de alta umidade, com 
temperaturas altas o ano todo, verões com calor e 
chuva e invernos suaves com mudanças de 
temperaturas que podem chegar a provocar 
geadas em todo o território nacional assim como 
dias muito quentes. Sem saída ao mar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A classificação se deve a: 
Categoria I: Doença emergente ou incontrolada 
Categoria II: Existe estratégia de controle, mas 
persiste o impacto da doença. 
Categoria III: Provada e efetiva estratégia de 
controle, seu impacto diminui e sua eliminação está 
prevista. 
Na fase 0 do COVID em que categoria estávamos? 
R. Categoria I porque era uma doença emergente e 
incontrolada. Todos estavam com medo e ficaram 
em suas causas. Tivemos a quarentena total. Hoje o 
COVID se encontra na categoria II tendo como 
estratégia de controle como vacinas, distanciamento 
social, pedidas de proteção como máscaras. 
As vacinas não são 100% efetivas e por isso que as 
pessoas já vacinas necessitam seguir as medidas de 
segurança porque elas podem adquirir o vírus. 
É necessário lavar as mãos e não só passar álcool 
em gel. 
Não podemos falar de categoria 3 para a covid 
porque ainda não temos um prazo para a eliminação 
do COVID 
80% das pessoas da China já estavam vacinas e por 
isso começaram a fazer reuniões sem uso de 
máscaras e sem distanciamento social e depois de 1 
mês ao meio-dia a quantidade de pessoas que 
estavam sendo incineradas superava a 50, estavam 
queimando os corpos fora do hospital e por isso 
surgiu a variante delta. 
 
 
Estudo das doenças na comunidade 
Fatores que determinam sua frequência e 
distribuição. 
Muitos médicos ignoram a epidemiologia, o 
grande valor dos dados epidemiológicos. Se tem 
esses dados podem controlar as doenças e ter 
assim uma comunidade sana. Se os dados 
estiverem desatualizados seremos um apagador 
de chamas 
 
 
Agente causal = habitat, modo de transmissão. 
Suscetibilidade dos indivíduos de ficarem doentes 
Características da doença (no tempo e espaço) 
Determinantes da sua presença na comunidade. 
 
Precisa conhecer o seu inimigo e a doença para 
saber em que momento atuar, então saberemos 
como atacar seus habitats, saber quais são as 
pessoas mais suscetíveis como as crianças, as 
gravidas e os idosos porque suas reservas 
biológicas estão diminuídas 
Em relação as características da doença são 
importantes saber as complicações que podem 
ter. O que esta comunidade está fazendo para 
que essa doença possa avançar ou diminuir e na 
maioria das vezes a comunidade não ajuda 
porque não sabem como fazer, não tem 
conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
Epidemiologia 
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Utilizando como exemplo a dengue temos: 
Agente causal = Vírus da dengue 
Vetor = Aedes Aegypti 
Reservatório = Homem ou animais domésticos, mas 
o principal reservatório é o ser humano. 
Fonte (origem)= Água parada limpas ou sujas 
Mecanismo de transmissão = Pela picada do 
mosquito fêmea contaminada. 
Hospedeiro suscetíveis = Todos os humanos, ou 
melhor a pessoa que fica mais tempo na casa 
Para barrar a cadeia de infecção deve-se atacar a 
fonte, evitar o desmatamento, usar repelentes. 
Mosquito que te pica é o mosquito quevocê criou 
porque ele vai só até 20 metros e por isso tem que 
limpar. 
 
 
Agente causal: Cajkbkracterísticas 
Contagiosidade: É a capacidade de propagação 
que tem uma doença, por exemplo o COVID – 
19 que tem uma capacidade de propagação 
imensa, muito fácil de transmitir. 
Patogenicidade: Capacidade de gerar uma 
doença em um hospedeiro suscetível. 
Virulência: A virulência é o grau de 
patogenicidade de um sorotipo, de uma 
cepa ou de uma colônia microbiana em um 
hospedeiro suscetível. 
Não confundir patogenicidade com 
virulência. Patogenicidade é a capacidade 
de uma bactéria para produzir uma 
doença infecciosa em um hospedeiro ou 
espécie e a virulência é a quantificação da 
patogenicidade, ou seja, determina a 
severidade da patologia (cepa). 
O coronavírus produz gripe normalmente 
que depois começou a variar até chegar 
ao COVID – 19. Patogenicidade: 
Coronavírus, Virulência: COVID – 19. 
O homem doente pode ter manifestações 
típicas (contágio por ter contato com uma 
pessoa doente) e atípicas (pessoas idosas, 
pessoas que tem outras doenças de base, 
que tem algum tipo de doença terminal), 
por exemplo nos casos de pneumonia 
muitos dos idosos não tem febre o que 
seria uma manifestação atípica, quando na 
sociedade a maioria tem febre o que seria 
uma manifestação típica. 
Inaparente/ portador convalecente. 
Portador saudável, ou seja, aquelas 
pessoas que têm o vírus do COVID-19 mas 
não manifestam a doença clinicamente, 
são chamados também de portadores 
assintomáticos, outro exemplo são as 
pessoas portadora de HIV. 
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5 17 de agosto de 2021 
Animais (zoonoses): quando as doenças 
que são próprias dos animais e passa aos 
humanos é chamada de zoonose, como 
por exemplo a raiva, H1N1, leishmaniose, 
tenioses, lepra, brucelose, toxoplasmose. 
 
Animal (solo, água e fômites): 
Formas especiais a resistência; 
Condições ambientais 
Seres de vida livre durante parte do seu 
ciclo evolutivo 
Patógenos oportunistas de vida livre. 
 
Fômites: objetos inanimados onde várias 
pessoas tocam e que podem levar a 
doença, por exemplo o telefone, roupas 
íntimas, caixas de banco. 
 
 
 
 
Origem humana (90%): 
Própria flora por autoinfecção (70%) 
Outras pessoas 30% 
 
Origem animal 8% 
Salmonella-ovos, por exemplo alimentos que são 
ofertados nas ruas como hamburgueres, falta de 
higiene quando as pessoas vão no banheiro e não 
lavam as mãos. 
Ambiental 2% 
Legionella – ar condicionado 
 
As pessoas normalmente se auto infectam com suas 
próprias bactérias e vírus 
 
 
 
 
Vias de eliminação 
Capacidade de supervivência 
Porta de entrada no hospede 
Dose infectiva 
 
A capacidade de supervivência depende de cada 
microorganismo e aporta de entrada do hospedeiro, 
seja adquirido por via oral, ou por contato inalatório e a 
dose infectiva que pode ser aguda ou crônica 
 
 
 
 
Curto período de tempo 
Os microorganismos não sofrem modificação 
Microorganismo não resistentes ao meio externo 
Contato físico. E.T.S (enfermidades de transmisión 
sexual). As ETS geralmente que não usam camisinha, 
que tem vários parceiros sexuais. 
Transmissão vertical (sífilis, toxoplasmose, rubéola, 
transmissão vertical da mãe para o filho). Infecções 
congênitas. 
Inoculação direta. Seringas 
 
Depende muito também da virulência e da 
patogenicidade da doença. 
 
 
 
Período prolongado de tempo 
Os microorganismos podem sofrer modificações 
Microorganismos resistentes ao meio externo, como 
aqueles resistentes a natureza que esperam o melhor 
momento para desenvolver. Ex: Clostridium tetani. 
Objetos contaminados 
Mãos 
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6 17 de agosto de 2021 
Devemos lavar as mãos corretamente porque se 
não lavamos tocamos nas superfícies das coisas e 
podemos passar a doença por meio indireto ou a 
nós mesmos por autoinfecção. 
 
Ar: Gotículas de Pffügge com 
150 micras. 
Núcleos de Well de 1 a 20 
micras 
Espirro a quantidade de 
gotículas que uma pessoa 
pode expelir ao exterior e isso 
pode alcançar as outras 
pessoas e infectar com estreita 
proximidade ou mediante ao 
pó (microorganismos 
resistentes a condições 
externas. 
 
Por isso utilizamos máscaras para evitar a 
transmissão do COVID – 19 que se pode expandir 
pelo ar. As partículas de salivas contaminadas 
podem transmitir de um indivíduo a outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa situação piora quando estamos em espaços 
pequenos com ar condicionado, então facilmente 
essas gotículas se espalham por tudo. 
 
Veículos comuns: 
Água e alimentos 
Transmissão a múltiplos hospedeiros. 
Alimentos em mal estado ou pessoas com mas 
condiciones de higiene, aguas contaminadas onde as 
pessoas consomem água de rio, não fervem a agua 
para beber. 
 
Vetores (artrópos): 
Passivos (mecânico) 
Ativo (biológico) 
 
Quando vou em piscinas comunitárias e minha 
conjuntiva está irritada pode ser porque algumas 
pessoas que não tem bons hábitos de higiene não 
se limpando direito ou crianças que podem fazer 
coco na água, essas partículas ficam na água, assim 
como urina. Essa água teria de ser trocada o mais 
rápido possível, além disso pode pegar uma micose 
como a tiña que são muito difíceis de tratar. 
A pele tem células mortas que ficam na água da 
piscina e também podem produzir irritação nos 
olhos. 
 
 
 
Fatores extrínsecos: 
Estilos de vida (sedentarismo, excesso de álcool, 
tabagismo, drogas ilícitas, má alimentação), ou seja, 
essa pessoa tem um monte de hábitos que faz com 
que seu estilo de vida seja insalubre além de encurtar 
a sua vida na terra, ao invés de morrer aos 80 anos 
morrera aos 50 anos de um Infarto Agudo do 
Miocárdio ou por câncer de pulmão. 
Nível socioeconômico 
Nível Sóciosanitário. 
 
Os fatores extrínsecos podem ser mudados, menos 
o nível sociosanitario que depende diretamente do 
estado. 
 
 
As gotículas de Flügge: São partículas diminutas 
expelidas ao falar, tossir, espirrar que podem 
transportas germes infecciosos de um indivíduo a 
outro. Essas partículas medem de 0,5 a 10mm e 
podem permanecer até 30 minutos no ar em 
suspensão os quais os permitem ingressar nas vias 
aéreas menores e sacos alveolares. 
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7 17 de agosto de 2021 
Fatores intrínsecos: 
Doenças prévias/crônicas (HTA, insuficiência renal 
crônica, diabetes, hipertireoidismo, hipotireoidismo) 
Infecções associadas 
Estado imunitário idade 
Fatores genéticos 
Doenças autoimunes. 
 
Esses fatores não se podem modificar porque 
são intrínsecos. 
 
Com um estilo de vida saudável a expectativa de 
vida melhora muito. 
 
 
 
1. Humano (Enfermo portador) 
Vamos diagnosticar, tratar precocemente, fazer 
um questionário epidemiológica para saber com 
quem esteve nos últimos dias e faremos um 
isolamento ou quarentena se falamos de uma 
doença que necessita. 
Comunica-se a vigilância epidemiológica e se faz 
uma busca ativa de portadores. 
 
2. Animais 
Diagnóstico e tratamento precoce 
Isolamento 
Sacrifício em doenças que não pode tratar. 
 
3. Reservatório ambiental 
Desinfecção de espaços fechados. 
Controle da qualidade do meio ambiente para 
prevenir uma doença. 
 
4. Mecanismos de transmissão: 
Saneamento integral 
Desinfecção 
Dedetização 
Higiene alimentaria 
Isso tudo para evitar a propagação de doenças 
infecciosas 
 
5. Contato direto: 
Métodos de barreira 
Educação sexual oportuna com os pais de acordo 
evita o contágio de muitas doenças sexualmente 
transmissível. 
Higiene pessoal 
 
6. Contato indireto: 
Higiene pessoal 
Lavagem das mãos 
Limpeza do meio ambiente 
Esterilização de instrumental crítico 
 
7. Ar 
Ventilação 
Limpeza dos locais 
Fluxo laminar 
Máscaras 
 
8. Águas 
Saneamento integral: potabilização e controle de 
águas residuais. 
 
9. Alimentos: 
Controle de alimentos (veterinário, transporte) 
Controle dos manipuladores 
Educação dos consumidores 
 
10. Vetores 
Controle sobre os animais 
Desinsectação, desratificação 
Controle de resíduos 
 
11. População suscetível:Profilaxia específica (de 
disposição): 
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8 17 de agosto de 2021 
Quimioprofilaxia 
Imunoprofilaxia passiva 
Imunização ativa: vacinas 
 
 
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana 
 
 
Doenças emergentes: A maioria das doenças emergentes tem etiologia infecciosa e incluem 
doenças bacterianas. São chamadas de emergentes porque são doenças novas ou que 
apareceram pela primeira vez naquela região. Ou que apresentam manifestações desconhecidas 
ou indiferenciadas. 
Doenças por: legionela, doença de lyme, campilobacterioses, helicobacter pylori; virais (HIV, ebola, 
antivírus, vírus da hepatite B e C) e parasitarias (criptosporidioses e ciclospora). Outras de difícil 
classificação como a encefalopatia espongiforme. 
Muitas dessas doenças são de origem zoonóticas que ocorrem principalmente devido a 
mudanças ecológicas como extinção de animais exóticos, desmatamentos, contaminação do solo 
e do ar, o que tem consequências catastróficas ao meio ambiente e com isso também traz o 
aparecimento de novas doenças. 
Nós podemos facilitar o aparecimento de certos germes, por exemplo de pessoas que não 
higienizam as suas mãos corretamente. Exemplo de doenças emergentes:, , ebola, cólera, SARS, 
SIDA, doença dos legionários, hantavírus, doença de lyme, encefalopatia espongiforme 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doença emergente 
H1N1 
H5N1 influenza aviar 
ebola 
ebola 
SARS 
Sida 
Legionella hantavirus 
espongiforme 
Lyme 
 
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana 
Doenças reemergentes: Aquelas doenças que reaparecem, como doenças que aparentemente 
haviam sido erradicadas ou sua incidência diminuída. 
São todas aquelas doenças infecciosas conhecidas que depois de não constituir um problema 
de saúde aparecem cobrando proporções epidêmicas. 
Em relação a dengue por exemplo querem modificar geneticamente os mosquitos machos para 
que a fêmea não possa mais colocar os ovos. 
São doenças infecciosas descobertas nos últimos anos ou as já conhecidas consideradas 
controladas, em descenso ou quase desaparecidas, que voltaram a emerger. 
Dentre os grupos de doenças reemergentes temos: Dengue, hepatite C, Influenza, E. coli 
enterohemorrágicos, malária, cólera, leptospiroses, febre amarela, zyka, Chikungunya. 
 
Fatores causais relacionados com a emergência das infecções podem classificar-se: 
- Fatores demográficos de comportamento: Quanto mais pessoas tem mais recursos vamos 
necessitar, mais água, mais lojas, mais terrenos, a custa da vida da fauna e da flora que chegou 
antes, aparecimento de mais empresas, mais alimentos, mais roupas. Maior interação humano e 
consequentemente um maior contágio. Se temos muitas pessoas acabamos não tendo muito 
saneamento. 
- Fatores tecnológicos: Avança a medicina e tem sua parte negativa também como a 
contaminação. Contaminação do solo, o ar, a água, com um desequilíbrio que o homem esta 
provocando sobre a biofesra. .A migração da fauna a novos biotipos por destruição de bosques 
faz com que o homem seja intermediário de agentes patógenos que afetam animais e que 
podem ser novos para ele. 
- Adaptação e mudanças dos organismos: Vão mudando e resistindo, por exemplo quando 
tomamos antibióticos sem receita com dose, tempo errado, má utilização deles. Pessoas que 
creem que tem a pressão alta começam a tomar medicações para a pressão o que modifica 
seu coração. 
- Fatores derivados do desenvolvimento econômico e utilização da terra: Produtos 
organofosforados e organoclorados produzem alterações teratogênicas. As pressões comerciais 
e populacionais vem conduzido a invasão de bosques e selvas, expondo as populações a agentes 
exóticos e doenças enzooticas como a febre amarela, a raiva transmitida pelos murcielagos e 
febres hemorrágicas por Arenavirus 
- Comércio internacional: Onde temos uma facilidade de cruzar a fronteira e um comercio 
internacional fluido e facilitam a propagação de doenças. Pode trazer doenças endêmicas daquela 
região 
 
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana 
Impacto muito grande além de sanitário é social e depende de numerosos fatores: 
O contínuo e global crescimento das populações e a urbanização rápida e desordenada, sobre 
população, falta de água potável e baixa higiene. 
As pessoas procuram melhor qualidade de vida, mas para chegar a essa estabilidade eles tem 
de passar por coisas ruins, preconceito, e os locais não estão preparados para essa 
superpopulação e também atender essas pessoas que vem em busca de trabalho, tem baixa 
higiene, sistema imunológico enfraquecido, sem seguro médico ou casa. 
As migrações para as cidades ou países desenvolvidos criam comunidades de imigrantes com 
condições de higiene e de vida inadequadas. 
Que geram situações epidemiológicas novas, nativos receptivos que não contam com uma 
imunidade comunitária para estes novos agentes. 
São vulneráveis a doenças infecto-contagiosas.. 
 
Expulsos pelas guerras, bioterrorismo, 
desastres naturais, superlotação, viagem, 
comercio, turismo a nível internacional 
proveem de transporte eficiente a 
organismos patógenos infecciosos através 
de seus vetores humanos ou animais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As guerras também facilitam com que as 
pessoas busquem outros lugares e 
consequentemente facilitam o 
aparecimento de doenças. 
 
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana 
Outra causa é a adaptação e mudança dos microorganismos 
A drogorresistência é um dos fatores mais preocupantes que se 
associa com automedicação com uso de doses insuficientes, 
ciclos incompletos de tratamento inadequados, uso de antibióticos 
em hospitais, escassa documentação sobre ensaios clínicos e a 
inexistência de vigilância e notificação de padrões de resistência. 
Antimicrobiana. 
Transformamos nossas bactérias em super bactérias quando tomamos antibióticos de forma 
inadequada, pois elas passam a informação de resistência a outras bactérias graças aos 
plasmídeos. Geralmente se administra 7 dias de antibióticos, mas claro que depende de qual 
antibiótico. 
Quando as pessoas não tomam de forma correta muitas bactérias morrem mas aquelas que 
não morrem se tornam resistentes e devido a isso quando vamos utilizar o antibiótico ele não 
funciona e precisamos fazer uso de outro muito mais fortes. O costume de se auto medicar é 
muito ruim. 
 
Os débeis sistemas de saúde pública em regiões em processo de desenvolvimento que ainda 
passam por crises econômicas, fazem que as doenças que se encontravam sobre controle o 
que devem estar controladas floresçam novamente. 
O atendimento de pacientes com diferentes patologias faz com que se cruze e que se dê super 
germens, por isso é importante que os jalecos estejam abotoados e deve-se retirar os jalecos 
quando não estiverem trabalhando para não passar esses germens para outros lugares. É uma 
irresponsabilidade cívica sair e caminhar com os jalecos. É necessário a utilização de luvas porque 
as superfícies das camas estão muito contaminadas. 
A recomendação é que os alunos tenham um jaleco para as práticas e um que fica nos hospitais. 
Muitos médicos levam seus jalecos nos bancos dos automóveis contaminando-os. 
Precisamos ser mais preventivistas, ter vigilância epidemiológica para evitar que essas catástrofes 
ocorram. 
O comportamento humano e seus hábitos, também influi na introdução e disseminação de 
infecções. 
 
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana 
O início das reações sexuais precoce aumenta o risco de ETS/VIH. 
Adolescentes de 14/15 anos começam a ter relações sexuais sem se prevenir e a internet ajuda 
com conteúdos eróticos. 
Se encontra em muitos países com o aumento da hepatite 
B e a infecção por HIV. Causam uma dependência muito 
grande em pessoas privadas de liberdade que compartilham 
a mesma seringa com a mesma agulha e vai passando a 
doença de um para outro facilitando o aparecimento de 
hepatites B e C e HIV.Educação do profissional de saúde em seus diferentes níveis, a comunidade através de seus 
líderes. 
- Treinamento e capacitação continuada relacionado aos riscos 
- Triagem (Classificação de Manchester onde classificamos os nossos pacientes por cor como 
vermelho, amarelo, verde, azul para identificar quais são aqueles pacientes que precisam de uma 
atenção imediata, saber diferenciar uma urgência de uma emergência médica para isso necessita 
de profissionais capacitados e treinados 
- Controle 
- Normativas de segurança 
- Resposta a emergência sanitária e laboral 
- Detecção rápida e oportuna para uma resposta imediata por parte dos profissionais de saúde, 
da comunidade e do governo. 
 
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana 
- Boa infraestrutura sanitária e de serviços de saúde, precisamos de uma infra estrutura que 
esteja de acordo com as necessidades da comunidade. Precisa-se educar a população para evitar 
a ignorância e dessa maneira ver que o sistema de saúde funcione e acuda essa população 
- O apoio da sociedade, dos líderes do setor de saúde, do governo, organismos internacionais, 
ONG e uso dos meios de informação para a difusão 
Independente de sua causa inicial, isto afeta o avanço de um país pelo alto custo de tratamento. 
Se temos uma boa saúde em âmbito primário onde as pessoas se vacinam, fazem seu controle. 
No Paraguai as pessoas já chegam precisando de um atendimento mais especializado e esses 
locais as UTIs são de alto custo e quando falamos de alto custo em um sistema público isso gera 
um custo para a nação, um gasto ao país. E além disso se perde uma pessoa para a atividade 
laboral. 
Perda da capacidade laboral, muitas empresas quebraram, perderam funcionários gerando então 
um impacto econômico. 
Impacto no desenvolvimento econômico 
 
Equipe multidisciplinar (salud humana, animal, agropecuaria e ambiental vinculados ao ecosistema). 
Trabalhamos também com os veterinários para saber quais são as doenças próprias dos animais 
que podem ser zoonóticas aos homens, é preciso se comunicar com os engenheiros ambientais 
para saber o grau de contaminação dos produtos porque podemos nos contaminar com os 
agrotóxicos. 
Manter uma cooperação internacional ativa e transparente 
 
Os profissionais de saúde devem desenvolver programas de investigação aplicada com fins 
epidemiológicos. 
Sanitário e social para reforçar a vigilância e o controle das doenças através de intervenções 
selecionadas e oportunas. 
 
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES | @estudandocommariana 
Em 2014 se dava uma porcentagem de 3% no Paraguai para as pesquisas, era um fundo que 
dava para as pessoas que queriam investigar, com o passar do tempo esse valor diminuiu 0,5% 
e os programas de investigação se veem muito afetados porque não tem apoio, se quiser 
investigar precisa bancar as investigações ou tem que buscar ajuda a uma entidade privada. 
O primeiro passo para controlar as doenças transmissíveis e reconhecer a aparição de novas 
doenças corresponde a detecção e identificação imediata. 
Para ele é essencial contar com um sistema organizado de vigilância das doenças prevalentes, 
conhecidas e diagnosticadas e das novas e desconhecidas. 
Essa identificação imediata muitas vezes não ocorre de imediato como no caso do COVID, só 
passamos a identificar com a prova rápida de IgM e IgG e nós começamos a usar o isolamento 
social, máscaras e quarentena até que chegaram as vacinas. 
 
Na atualidade o mundo se enfrenta ao risco de expansão de novas e velhas doenças como 
resultado da combinação microorganismo-homem-meio ambiente. 
A luta contra as doenças infectocontagiosas se distancia muito em culminar em êxito, e apesar 
dos avances alcançados em matéria de antibióticos e vacinas, as doenças infecciosas continuam 
sendo uma das primeiras causas de morte a nível mundial. A primeira causa de morte a nível 
mundial são as doenças cardiovasculares 
Somente uma resposta rápida reduz a morbilidade (pessoas que adoecem) e mortalidade (morte) 
na população afetada e limita o poder de disseminação da doença em questão. A vigilância 
epidemiológica é a chave de uma resposta oportuna e eficiente. 
 
Cada ano se busca produzir suficientes quantidades de vacinas para as cepas que mais 
provavelmente possam chegar a produzir epidemias na próxima temporada. 
A menor arma disponível na prevenção das infecções por influenza é a vacinação. 
Atualmente se usam em todo o mundo vacinas de influenza inativadas que necessitam ser 
adaptadas anualmente para acomodá-las as contínuas mudanças antigênicas. 
 
1 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
 
 
 
 
Doença venérea que se transmite mais por contato sexual que ataca as células de defesa 
Desde o pico alcançado em 1996, as novas infecções pelo HIV vem reduzindo em 47%. 36,9 milhões (31,1 milhões – 
43,9 milhões) de pessoas que conviveram com o HIV em 2017 em todo o mundo. 
21,7 milhões (19,1 milhões – 22,6 milhões) de pessoas teriam acesso a terapia antirretrovírica em 2017. Um grande 
número de pessoas tem acesso aos antiretrovirais que são dados em forma de coquetéis. Algumas pessoas não 
toleram certos tipos de medicamentos como a lamivudina, mas há uma ampla quantidade de medicamentos para as 
pessoas que tem HIV. 
Essa estigmatização do HIV é uma sentença de morte, mas a medida que vai avançando vão descobrindo novas formas 
de tratar, novas formas de prolongar a vida. Hoje qualquer pessoas que seja soro positivo pode ter uma vida normal, 
pode ir trabalhar, não tem porque ficar isolado da sociedade. Essa doença não se transmite pela saliva ou pelo beijo e 
muitas pessoas não sabem disso e por isso não querem ficar perto de outra pessoa com HIV positivo, há certo 
racismo. 
 
 
 
 
 
 
Não podemos ignorar que esta é uma realidade porque temos de educar e informar as pessoas quais são os métodos 
de barreira. O diagnóstico de HIV é completamente confidencial, não podemos divulgar que uma pessoa é HIV + se ela 
não quer, devemos manter o segredo profissional, porque ela pode ser estigmatizada, a sociedade pode afastá-la. 
 
 
 
 
ONUSIDA: Desde que declararam os primeiros casos de infecção por HIV, 
faz mais de 35 anos, 78 milhões de pessoas contraíram o vírus e 35 
milhões vieram a óbito por doenças relacionadas ao HIV. 
Dia mundial da luta contra o SIDA 
No dia 01 de dezembro, recordamos o “Dia mundial da luta contra o 
SIDA”, comemoração que oferece a oportunidade de conscientizar, 
educar e melhorar a compreensão do HIV como um problema de 
saúde pública a nível global. 
 
2 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
HIV 
Vírus da imunodeficiência humana, é um retrovírus 
pertencente ao grupo dos lentivirus. 
São dois os vírus que provocam a imunodeficiência nos seres 
humanos, o mais extendido e virulento é o VIH1, o VIH2 é 
menos virulento e se encontra principalmente na África 
ocidental. 
O vírus do HIV tem uma ezima de transcrição que tem uma 
enzima transcriptasa inversa. Ao ter o RNA e ter uma 
enzima isso o deixa bastante favorável para que a 
informação do RNA viral possa integrar-se ao DNA dos 
linfócitos CD4. 
 
Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios onde vai conseguir 
uma capa de glicoproteínas que obteve de alguma célula já que eles 
não têm mitocôndrias, não tem citoplasma, não tem RNA ele só tem 
a informação genética junto com sua enzima transcriptasa reversa 
ou inversa, então essa capsula com a bicapa lipídica de glicoproteínas 
de P41 e GP120 foram roubadas de uma célula e assim já esta pronto 
para invadir uma outra célula. 
Além da informação genética junto com sua enzima vamos ver um 
envoltório que é uma dupla capa bilipidica e as proncipais lipoproteínas 
que são a GP120 que está mais externa e a GP 41 e o capsidio onde 
vamos ter o antígeno P24. 
 
Em uma fotomicrografia de um linfócito CD4 
podemos encontrar os brotes por onde sai os 
vírus do HIV, por gemação também. 
Nosso sistema imunológico não encontrou uma 
maneira de deter o HIV, porisso é uma doença 
incurável. 
 
 
 
3 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
O primeiro passo que realiza o HIV para introduzir-se 
no citoplasma do nosso linfócito CD4, ou seja, abrir a 
chave para que a envoltura possa unir-se ao da célula 
e a primeira chave que usa é a GP120, é como um 
receptor e um acoplador de membrana. Na 
membrana bilipídica temos receptores, um dos 
receptores se acoplam ao GP120 que reconhece 
como próprio da sua membrana, mas para liberar o 
material genético ao citoplasma do linfócito CD4 
utiliza-se a segunda chave que é a GP41, a parte disso 
precisa-se de um correceptor chamado CCR5, ao 
unir a GP41 com o correceptor o material genético é 
liberado ao citoplasma. 
O material genético do vírus fica envolto em uma capa bilipídica que é da mesma natureza que a do linfócito CD4 e por 
isso podem encostar sem problemas e fazer parte da membrana e para que essa membrana possa reconhecer como 
natural ou como própria necessita da GP120 e da 41. A parte disso necessita de um correceptor que é o CCR5 ao ter 
esses dois o material genético é liberado no citoplasma, ao liberar o RNA, este tem uma grande facilidade para entrar 
no núcleo da célula através dos poros por difusão passiva. 
Depois se usa as integrasas que são enzimas que integram o material genético do HIV ao DNA da nossa célula. 
As respostas de defesa do linfócito CD4 não se dão conta do que esta passando, o material genético já está introduzido 
no núcleo e sem dar conta essa célula se tornou uma célula que não pode produzir apoptose porque não se evidenciou 
algum tipo de erro e começam a produzir a multiplicação e a maduração de RNA viral e ai sai para fazer o mesmo 
processo. 
Existe uma porcentagem de 2 a 3% que o correceptor mudou e como o vírus não consegue liberar seu material 
genético no citoplasma o vírus não se replica e morre. Existem medicamentos que interferem na união do GP120, na 
GP41, no correceptor, essas medicações normalmente têm efeitos adversos bastante importantes também. 
Ciclo vital do HIV 
- Acoplamento, união ao correceptor e fusão GP41, GP120 
- Transcrição reversa 
- Integração 
- Transcrição 
- Ensamblagem 
- Gemação 
 
4 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando um antígeno se introduz no corpo as células apresentadoras de antígenos, as células de langerhans (macrófagos 
tissulares) que ficam debaixo da pele e fazem parte da imunidade inata, são as primeiras células que aparecem para 
fagocitar esse antígeno. 
Os macrófagos tissulares não têm a capacidade de desintegrar o vírus do HIV, como não podem chegam então os 
linfócitos T helper (CD4) ativado que é o mestre da imunidade, é o mais adaptado e que tem a memória de outras 
patologias e começam a produzir os anticorpos, por isso ele é considerado o mestre da imunidade. 
O órgão diana do HIV é o linfócito CD4 helper e os macrófagos levam eles direto para o alvo e devido a isso os linfócitos 
B (humoral) (produz anticorpo) e T CD8 (celular)(células natural killers) não funcionam porque os Linfocitos T helper 
(CD4) precisa enviar um sinal então o vírus do HIV já ganhou a batalha, por isso é tão mortífero, tão letal e como a 
partir dai não encontra nenhuma resistência eles começam a infestar todas as células do sistema imunológico 
principalmente aos linfócitos T CD4 
O vírus do HIV não mata as pessoas o que matam são as doenças oportunistas devido à falta de imunidade (defesas). 
Os linfócitos B produzem citocinas para estimular a produção de imunoglobulina IgG. 
Definição de SIDA 
Etapa avançada da infecção pelo vírus de imunodeficiência humana (HIV). Trata-se de um retrovírus que ataca as 
defesas do organismo e altera a capacidade para defenderse das doenças ocasionadas por outros vírus, bactérias, 
parasitos e fungos. 
O sistema imunológico agrupa diversos tipos de células, entre outros glóbulos brancos encarregados de lutar contra os 
agressores externos. O HIV concretamente mata um tipo de células, os linfócitos CD4 que integram o sistema 
imunológico. 
Transmissão do vírus 
Existem só 3 mecanismos de transmissão da infecção por HIV: 
Células de langerhans, macrófago tissular, CPA 
Linfocitos T helper (CD4) activado 
Linfócito B (humoral) Linfocitos T CD8 celular 
 
5 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
- Transmissão sexual 
- Transmissão parenteral 
- Transmissão vertical 
- Exposição das pessoas da área da saúde 
A causa mais frequente de HIV/SIDA é a via sexual. É importante ter um parceiro sexual, usar preservativos para 
diminuir o risco de HIV. 
É um problema de saúde pública, precisa de promoção, prevenção e hábitos sexuais saudáveis 
Os únicos fluídos que podem transmitir o HIV são: 
- Sangue 
- Semen 
- Líquido pré seminal 
- Secreções vaginais 
- Leite Materna 
A infecção ocorre quando os fluídos de uma pessoa com HIV + entram na circulação sanguínea com uma pessoa HIV – 
por meio das seguintes formas: 
- Relações sexuais sem o uso de preservativos 
- Contato com sangue contaminada por transfusão, acidente, por compartilhar agulha ou objetos penetrantes como 
tatuagens e piercings. 
- De uma mãe infectada ao seu bebê, durante a gravidez, o parto, a lactância 
Práticas sexuais de risco que aumentam a probabilidade de ser HIV +: 
- Sexo anal, orgias, muitos parceiros, uso de drogas IV porque as seringas e agulhas são compartilhadas. 
No sexo anal pelo maior risco de sangramento, porque temos orifícios apropriados para determinadas ações, a 
mucosa que reveste o reto e o anus não esta preparada para a penetração e para fricção sendo mais fácil lacerar 
e entrar em contato direto com o vírus ou que ela ejacule e tenha contato. No sêmen tem 10.000 vezes mais vírus 
do HIV que no sangue. 
Muitas medicações são administradas de forma retal porque tem um plexo é uma região vascularizada. 
O HIV também pode ser transmitido por sexo oral por uma ferida que se contamina, herpes. 
HIV e lactância materna 
 
6 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
Segundo a OMS: O problema tem sido encontrar um equilíbrio entre o risco de que o lactante adquira o HIV através da 
lactância materna e o risco de falecimento por ouras causas diferentes do HIV, em particular a má nutrição e as 
doenças graves como a diarreia ou a pneumonia, dos bebes que não se alimentam com o leite materno. Para ele, o 
pessoal da saúde tem enfrentado a um verdadeiro desafio na hora de determinar e promover a prática de alimentação 
mais idônea dos lactantes aos que atendem cujas mães estão infectadas por HIV. 
Em regiões muito pobres isso é um dilema não dar de mama e o bebe morrer por desnutrição ou amamentar e dar um 
tempo a mais de vida. 
O vírus pode ser transmitido durante a gravidez, no parto e na lactância, mas o risco é maior durante o parto porque 
começam a mesclar os fluidos 
Os serviços de detecção em HIV e assessoramento devem cumprir os seguintes princípios: 
Princípios d0s 5 Cs 
Consejo o consejería: Se realiza antes da prova e durante a entrega do resultado. Proporcionar toda a 
informação necessária para o uso correto e consistente de barreiras de infecção. 
Confidencialidade: A informação trocada entre o profissional e o usuário não pode ser revelada a terceiros 
sem o consentimento do interessado. Estimular e apoiar os usuários. 
Consentimento informado: Garante que o usuário conheça e concorde com a prova. O consentimento pode ser 
oral. 
Qualidade dos resultados: Assegurar que os resultados que facilite aos usuários sejam corretos e evita 
diagnósticos errados. 
Conexão aos serviços: Deve assegurar sempre a vinculação da pessoa diagnosticada aos serviços de atenção. 
 
Primeiro se faz o teste rápido se o resultado for positivo faremos o exame de sangue, ou se pode usar os testes 
diretos. 
Diagnóstico indireto: Emprega duas técnicas 
- ELISA: sensibilidade 99,5% e especificidade menor. 
- WESTERN-BLOT: Específico para GP41, GP120, P24. 
- JUNTOS tem uma certeza de 99%. 
Diagnóstico direto (mais Caros): 
- Antigenemia: antígenoP24 
- Detecção de ácidos nucleicos por PCR (RT-PCR) 
- Carga viral em copias de RNA por ml (contagem) 
- Carga viral indetectável umbral de 50 copias/ml 
 
7 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
 
As provas rápidas se realizam em todos os níveis de atenção dentro da rede de serviços do MSPBS, e estão 
disponíveis para a população geral, com ênfases em: 
- Gravidez 
- População chave (mulheres trabalhadoras sexuais) 
- Homens que tem sexo com homens e pessoas trans 
- População privada de liberdade 
- Povos indígenas que praticam incesto, eles não se cuidam. 
- Sintomáticos respiratórios e pessoas com tuberculose precisa saber se o paciente é HIV positivo. 
Promedio de vida de uma pessoa que é HIV positivo que não faz tratamento vai depender se a pessoa é atleta que viva 
de 10 a 12 anos, agora se a pessoa é diabética, hipertensa, hipotireoidismo ai teremos um promedio de 2 anos e 
provavelmente morrerá por outras causas. 
Classificação clínica 
- Categoria A: Primoinfecção clínica ou síndrome retroviral agudo. Fase assintomática ou presença de adenopatia 
generalizada persistente. Presença de gânglios linfáticos maiores a 1 cm em dois ou mais localizações extrainguinais por 
mais de 3 meses sem causa aparente. A pessoa não se dá conta, mas começa a ter adenomas no pescoço, lembrando 
que no pescoço tem o esternocleidomastoideo que tem uma cadeia anterior, cervical e posterior e a pessoa começa a 
ter gânglios linfáticos indolores em torno de 1 cm que podem aparecer no pescoço e axila e permanecem em torno de 
3 meses. Essa categoria pode ser chamada de Síndrome Retroviral aguda. 
- Categoria B: Patologias não inclusas na categoria A e C. 
- Categoria C: Doenças oportunistas típicas da fase avançada da doença. Aqui ele já está na etapa terminal e sintomática 
do SIDA. 
Uma pessoa que é HIV+ e não se cuida tem um promedio de 11 a 12 anos. Dividimos a história natural do HIV em 3 fases: 
- Primeira etapa: Replicação viral, 0 conversão. Sobe a quantidade de vírus e a quantidade de linfócito CD4 (normal: 
1000) diminui muito em um só mês pode chegar a 300 e pode aparecer sintomatologia com aparecimento de gânglio, 
cansaço e essa fase dura ao redor de 1 mês, e não se faz o diagnóstico aqui. 
- Segunda fase: Assintomática, que é a fase mais larga de todas onde a pessoa vive 7, 10, 15 anos. Aqui não tem 
nenhum tipo de sintoma, onde os linfócitos CD4 se replicam e o número começa a subir outra vez até 650, mas nunca 
mais ele chegará aos 1000 novamente, vai manter 550 ou 650. Há um momento em que ocorre o set point, onde a 
replicação viral vai caindo e sobe a quantidade de CD4, é uma trégua, chegaram a um equilíbrio, tanto os vírus que estão 
invadindo o sistema imunológico quanto os linfócitos CD4 e isso se mantém durante muitos anos e com isso vamos 
perdendo 50 linfocitos CD4 por ano. Então os 650 linfócitos vão caindo 50 por ano. Chega um ponto onde a quantidade 
 
8 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
de linfócitos CD4 é tão baixa chegando a 200 ou menor que isso que começamos a entrar nessa faze sintomática. 
Nesse período não tem nenhum tipo de evidencia. 
- Terceira fase: Sintomática, que é a fase SIDA. Replicação viral vai aumentando e nessa fase aparecem as doenças 
oportunistas e a pessoa morre por derrame cerebral, derrame pleural, tuberculose e pneumonia. 
Isso é o que ocorre sem intervenção, sem medicação. Quando tomamos a medicação queremos evitar uma carga viral 
alta, queremos ela baixa porque o sistema imunológico estará mais estável. Evitamos que a replicação se descontrole. 
Procuramos manter 650 os linfócitos CD4. 
Vamos medicar a pessoa desde que se diagnostica, no momento que se confirma o diagnóstico. Pode se iniciar o 
tratamento em qualquer das fases, apesar que o mais indicado é no momento do diagnóstico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento antirretroviral 
- Tratamento antirretroviral (TAR) está recomendado para todas as pessoas que vivem com HIV, independentemente 
do reconto de linfócitos TCD4 e da presença ou não de sintomas, com o objetivo de reduzir o risco de progressão da 
doença, suas complicações e prevenir a transmissão do HIV. 
- O HIV produz morbilidade e mortalidade por três vias: 
1. Imunodeficiênci, porque se reduz os linfócitos CD4 nos deixando expostos a outras doenças 
2. Dano direto a certos órgãos blandos e de maneira indireta por inflamação de órgãos. 
3. Dano nestes órgãos pela inflamação crônica produzida pelo próprio vírus 
Quando tem relação sexual com seu companheiro sempre tem de usar camisinha mesmo com carga viral baixa porque 
a pessoa que não tem o vírus pode passar outras doenças para a pessoa que tem o que não é bom devido a possibilidade 
de infecções. 
 
As cinco fases para a aceitação da doença 
Primeira etapa: Negação 
Quinta etapa: Aceitação Quarta etapa: Depressão 
Terceira etapa: Negociação Segunda etapa: Ira ou enfado 
 
9 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
Os objetivos para se iniciar a terapia antirretroviral são: 
- Supressão máxima e prolongada da carga viral plasmática, quanto menos a carga viral plasmática mais linfócitos 
tendo mais células para defender o organismo. 
- Recuperação e conservação da função imunológica 
- Redução da morbilidade e mortalidade associada a infecção de HIV. 
- Evitar o efeito nocivo da replicação do HIV sobre possíveis comorbidades existentes. 
- A prevenção da transmissão do HIV. 
 
Os aspectos a considerar para selecionar uma pauta adequada de tratamento antirretroviral (TAR), devem ter em 
conta: 
- Os efeitos secundários ou adversos (vômito, náusea, dor de cabeça, síndrome do intestino irritável) 
- A aderência ao tratamento, a possibilidade de futuras opções terapêuticas (quanto mais rápido fizer o tratamento 
maior a expectativa de vida) 
- As doenças preexistentes ou concomitantes 
- Gravidez 
- A administração simultânea de outros medicamentos 
- O risco de aquisição primária de cepas resistentes 
- A acessibilidade e disponibilidade em forma oportuna e sustentada 
- Uso de drogas ilícitas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Benefícios de se começar cedo a terapia antiretroviral 
Controle e redução da 
carga viral 
Atraso na progressão da 
infecção, evitando a 
apresentação de infecções 
oportunistas e neoplasias 
associadas. 
Diminuição da transmissão viral 
Diminuição da incidência de 
doenças não definitivas de 
SIDA 
Diminuição da ativação imune e 
o estado inflamatório crônico 
Prolonga a expectativa de vida. 
Desvantagens de se começar cedo a terapia antiretroviral 
Implica um ótimo 
cumprimento na toma 
dos medicamentos 
Percepção do maior risco de transmitir ou 
reinfectarse pelo HIV e o não cumprimento das 
relações sexuais protegidas. 
Desenvolvimento precoce da resistência 
ao vírus, não tendo uma boa aderência 
ao TAR e transmissão de vírus 
resistentes a certos ARV 
Possível deterioro da qualidade de vida pelos efeitos 
secundários e tóxicos 
 
11 HIV no trópico/ @estudandocommariana 
Condições que levam a considerar o atraso no início da terapia antiretroviral: 
- Falta de aceitação e convencimento da pessoa sobre os benefícios do tratamento. 
- Presença de comorbidades que complicam ou contraindicam a terapia (cirurgia, medicação concomitante com 
interações farmacológicas desfavoráveis) 
- Risco de tomada inadequada de medicamentos por ma prescrição para o cumprimento na tomados medicamentos. 
Os fármacos ARV se dividem em 6 famílias de acordo a seu mecanismo de ação: 
 
 
Os efeitos do HIV sobre outras infecções endêmicas são as seguintes: 
- Facilita a co infecção 
- Aumenta a razão da doença: infecção 
- Muda a apresentação da doença 
- Acelera o curso da doença 
A imunidade não é estéril na maioria das infecções oportunistas tropicais por protozoários ou fungos.

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