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RESUMO PRÓTESE DENTÁRIA MOLDAGEM ANATÔMICA: - Tipos de moldagem em PT: preliminar, anatômica, de estudo ou inicial. - Obtenção da moldagem preliminar para: -> Diagnóstico (estudo da área basal) -> Plano de tratamento -> Confecção de moldeira individual - Materiais de moldagem: • Hidrocolóide irreversível (alginato) • Godiva em placa • Silicona (denso/pesado) - Posição do paciente: para moldar a maxila, o profissional deve se posicionar atrás da cadeira odontológica. Enquanto na mandíbula, o profissional deve se posicionar na frente do paciente. - Para realizar a moldagem o cirurgião dentista deve escolher qual moldeira será utilizado (perfurada ou não perfurada) e qual o tamanho (pequena, média ou grande). - Para realizar a moldagem: • A moldeira é introduzida de um lado da boca do paciente e o dedo indicador do profissional do profissional afastará a comissura labial do lado oposto. • A borda posterior da moldeira deve coincidir com a linha entre o limite do palato duro e mole. • O tamanho da moldeira deve abranger todo o arco maxilar, com um espaço de 3 a 4 mm. Suas bordas não podem forçar muito o fundo de vestíbulo. GODIVA: são misturas de ceras, resinas termoplásticas, materiais de carga e agentes corantes. A godiva se plastifica sobre a ação do calor e solidifica quando é resfriada, sem a ocorrência de reação química. - Contração: é média no resfriamento entre a temperatura da boca e ambiente de 25° e varia. Acima da temperatura de 55° a godiva se torna amolecida, plástica e lisa, permitindo a realização de uma moldagem. - Moldagem: introdução --> centralização --> compreensão (tracionamento da musculatura). - BAIXA CONDUTIBILIDADE TÉRMICA. VANTAGENS: alta viscosidade, escoa bem, afasta os tecidos, baixo custo e reutilização. DESVANTAGENS: temperatura, deformação dos tecidos de suporte e infecção cruzada. Limpeza e desinfecção dos moldes: - Hipoclorito de sódio a 1%. - Imersão ou spray por 10 minutos. - Clorexidina 2% ou 4%. ALGINATO: hidrocolóide irreversível, tempo de trabalho (60 segundos) e tempo de presa (3 a 4 minutos). OBS: para retardar uma reação utiliza água fria. VANTAGENS: fácil manipulação, menor deformação, menor viscosidade, boa fidelidade de cópia, baixo custo. DESVANTAGENS: não escoa além da borda (cera), não afasta os tecidos adequadamente, sinérese e embebição. SILICONE DE CONDENSAÇÃO: pasta base e pasta catalisadora. Características: grande distorção, recuperação elástica, alteração dimensional, rigidez – baixa/moderada. MOLDEIRA INDIVIDUAL → São confeccionadas especialmente para o paciente, utilizando o modelo preliminar. Objetivo: determinar os limites da área chapeável, de acordo com a fisiologia dos elementos anatômicos presentes. - Limites gerais da área chapeável: • É a área tecidual que será recoberta pela base da prótese total. • A base da prótese: deve cobrir a área de suporte que é composta pelo rebordo residual (parte óssea) + fibromucosa (tecido mole). MAXILA: - Espaço coronomaxilar: é delimitado lateralmente pelo processo coronóide da mandíbula e medialmente pela tuberosidade da maxila. - Fundo de vestíbulo bucal: principal estrutura anatômica envolvida pelo músculo bucinador, pela vestibular na região posterior (tomar cuidado com os freios). - Fundo de vestíbulo labial: envolvida pelos músculos orbiculares, pela vestibular na parte anterior. (envolve a estética do paciente). - Freio labial: prega mucosa sagital mediana, o freio ou fênulo do lábio. (inserção dos freios: importância clínica). - Término posterior: chamada de zona de postdamming, proporciona o vedamento posterior, para restringir ao deslocamento horizontal da prótese. CUIDADO: ao invadir o ligamento pterigomandibular, pois tem o potencial de deslocar a prótese. MANDÍBULA: - Chanfradura do masseter: músculo masseter – a atividade desse músculo pode deslocar a prótese caso esteja devidamente aliviada. - Fundo de vestíbulo bucal (pela vestibular). - Fundo de vestíbulo labial (pela vestibular). - Fossa retroalveolar. - Assoalho bucal (pela lingual). - Freio lingual. - Papila retromolar: a base da prótese deverá recobrir esta região. ZONAS DE PENDLETON 1. Zona principal de suporte 2. Zona secundária de suporte 3. Zona de vedamento (selado) periférico. 4. Zona do selado posterior 5. Zona de alívio MAXILA: MANDÍBULA: Zona principal de suporte: - Maxila: toda a crista do rebordo alveolar de tuberosidade a tuberosidade, respeitando áreas de alívio. - Mandíbula: toda a crista do rebordo alveolar em toda a extensão (região do trígono retromolar, respeitando o alívio na papila retromolar). - Função: receber o maior esforço durante a mastigação. Zona secundária de suporte: localizada abaixo da zona principal de suporte. Maxila: toda vertente vestibular e palatina do rebordo até a rafe palatina (abóbada palatina). Para posterior até o limite palato duro e início do palato mole; Mandíbula: vertentes vestibular e lingual do rebordo alveolar. OBS: Outra função da zona secundária de suporte é criar uma retenção da Prótese total no sentido horizontal, às custas das vertentes Vestibulares linguais e Palatinas do rebordo, assim, a prótese total fica encavalada sobre o rebordo. Função: absorver as cargas mastigatórias no sentido horizontal (Parte lateral da prótese). Zona do Selado Periférico: É uma faixa de 2 a 3 mm da mucosa que contorna a área chapeável (em fundo de sulco) . As principais estruturas que fazem parte são: Maxila: localizada vestibularmente aos rebordos alveolares, sulco gengivo-labial. Mandíbula: região de fundo de sulco gengivo-labial, vestibular e lingual (assoalho bucal). O selamento da prótese é mecânico, sendo desempenhado em grande parte pela saliva. Função: vedamento periférico, só até fundo de sulco. É formado pelas áreas que devem ser contornadas para que a prótese tenha uma maior adesão, impossibilitando a entrada de alimentos entre a prótese e a mucosa. Zona de Selamento Posterior: Maxila: faixa de tecido que se estende desde o fim da abóbada palatina e início do palato mole, podemos situá-la como uma linha que ligue as tuberosidades, passando pelos forames palatinos (região entre palato duro e palato mole) Mandíbula: a região do trígono-retromolar, sobrepondo a papila retro-molar. Função: resistência às forças de alavanca (manter o vedamento posterior) e ajudar na retenção da futura prótese total. Zona de alívio: região onde não pode receber esforços mastigatórios, pois irá comprimir a mucosa. Maxila: região do Tórus Palatino, Forame Palatino, Rafe Palatina e Rugosidades Palatinas (regiões nobres de emergência de vasos e nervos que não devem ser comprimidas) Mandíbula: é o forame mentoniano, fossa retroalveolar e papila retromolar. Requisitos da moldeira individual: - Extensão: sobre ou subextensão afeta a retenção da moldeira. - Delimitação: acompanha os limites fisiológicos da área chapeável. - Maxila/mandíbula: alívio de 1 a 2 mm aquém do fundo de fórnix ou fundo de vestíbulo e do assoalho bucal. O que pode acontecer na falta desses alívios? R: na falta desses alívios pode ocorrer a compressão dos tecidos e se a espessura estiver anormal pode prejudicar o selado periférico. MOLDAGEM FUNCIONAL É toda moldagem obtida através de uma ação dinâmica das estruturas relacionadas com a prótese. Registra todos os detalhes da área chapeável, das inserções musculares e seus movimentos, utilizando material de moldagem em moldagem individual previamente ajustada. Requisitos fundamentais: As manobras de moldagem buscam dois objetivos: 1°) Possuir contato íntimoentre a superfície interna da prótese total e os tecidos de suporte, fazendo com que seja reduzida, a um mínimo, a película de saliva interposta (adesão). 2°) Obtenção de selamento periférico perfeito na borda marginal, durante todos os movimentos da musculatura paraprotética (ao redor da prótese), de maneira que esses tecidos se justaponham a borda do aparelho, impedindo o rompimento do menisco líquido (entrada de ar e alimentos). Podemos dividir as forças que agem sobre a prótese total em dois grupos: - Forças intrusivas: geradas pela oclusão equilibrada e que tendem a assentar e manter o aparelho protético em posição. - Forças extrusivas: geradas pelos movimentos mastigatórios e tecidos paraprotéticos e que tendem a deslocar o aparelho de sua posição. O profissional precisa eliminar essas forças para que não desloque a prótese total. - Os elementos utilizados para contrapor essas forças de deslocamento da protése são: retenção, suporte e estabilidade. Retenção: é a capacidade da prótese de resistir as forças extrusivas, que tendem a deslocá-la de sua posição. OBS: temos também a adesão por contato que é uma atração molecular entre a fibromucosa, a saliva e a base da prótese, que depende do contato íntimo entre as superfícies. Esta adesão se opõe ao deslocamento vertical da prótese e relaciona-se com a superfície recoberta que é considerada como fator ativo na retenção. Suporte: depende da capacidade da fibromucosa e do osso alveolar de resistir a pressão mastigatória. Estabilidade: é a capacidade da prótese total de conservar a sua posição correta durante o trabalho mastigatório. De um modo geral, notamos que a estabilidade influi na retenção de tal maneira, que uma prótese sem estabilidade perderá a retenção que porventura apresente. >> Toda e qualquer correção da moldeira individual deverá ser executada antes de qualquer manobra de moldagem, utilizando para ajuste a caneta de baixa rotação, peça reta, disco de carburundum e brocas maxcut e minicut. Os ajustes necessários são: 1 a 2 mm aquém dos limites da área chapeável. NA MAXILA - Alívio de 1 a 2 mm aquém do Freio labial superior; - Alívio de 1 a 2 mm aquém dos Freios laterais superiores; - Alívio de 1 a 2 mm aquém Fundo de Fórnix (fundo de vestíbulo labial e bucal); - Na região posterior superior a moldeira ficará no limite entre o palato duro e palato mole. NA MANDÍBULA - Alívio de 1 a 2 mm aquém do Freio labial inferior; - Alívio de 1 a 2 mm aquém do Freios laterais inferiores; - Alívio de 1 a 2 mm aquém Fundo de fornix (fundo de vestíbulo labial e bucal); - Alívio de 1 a 2 mm aquém Assoalho bucal e freio lingual; - Na região posterior inferior a moldeira terminará atrás da papila retromolar (papila piriforme) a envolvendo. Depois das moldeiras individuais estarem perfeitamente ajustadas e adaptadas, podemos realizar a moldagem funcional da maxila e da mandíbula. Esse modelo que vamos obter chamamos de: modelo definitivo, modelo funcional ou modelo de trabalho. É importante que a moldagem das bordas seja sempre executada em função, em movimento dinâmico, nunca em estático. A adaptação nessas áreas depende da exata reprodução das posições ocupadas pelos tecidos em sua dinâmica. TÉCNICA DE MOLDAGEM FUNCIONAL: Dividida em duas fases distintas, mas que se complementam: 1. Vedamento periférico (selamento periférico). 2. Moldagem funcional (área chapeável ou rebordo). SELAMENTO PERIFÉRICO OU POSTERIOR • Godiva de baixa fusão em bastão ou silicone de condensação densa ou pesada. MOLDAGEM FUNCIONAL: • Pasta de óxido de zinco e eugenol. • Silicone de condensação fluída ou leve, silicone de adição, poliéter e polissulfeto. ❖ 1° etapa: moldagem do selamento periférico e posterior. - Obtém-se um vedamento em toda a periferia e região posterior da base da prótese. - Essa técnica consiste em permitir que os tecidos musculares estabeleçam suas próprias relações de contato com o material de moldagem, modelando-o as suas necessidades funcionais. Correspondem ao contato das bordas da PT com os tecidos subjacentes e adjacentes. - O bom vedamento diminui o afluxo de alimentos entre a base da PT e a mucosa, durante a mastigação. - Uma borda subestendida dificulta a fomração do menisco salivar e facilita a entrada de ar e de alimentos. - Uma borda sobre estendida irá invadir os tecidos musculares presentes na cavidade bucal, interferindo na adaptação e retenção da PT. Moldagem do selado periférico superior (maxila): 3 regiões 1a região: Fundo de fórnix (ou de vestíbulo) bucal, freios laterais e Fundo de fórnix labial de um lado; junto com o freio labial. 2a região: Fundo de fórnix bucal, freios laterais e Fundo de fórnix labial do outro lado da boca. 3a região: Término posterior (limite entre o palato duro e palato mole) Moldagem do selado periférico inferior (mandíbula): 3 regiões 1a região: Fundo de fórnix labial, buca, freio labial e freios laterais de um lado. 2ªregião: Fundo de fórnix labial, bucal e freios laterais do outro lado. 3a região: Região do assoalho bucal (região sublingual e Músculos Genioglosso e Milohióideo, e freio lingual) e término posterior inferior. Moldagem do selado periférico utilizando silicone de condensação denso (Zetalabor): - Realizar retenções, aplicar adesivo em toda a moldeira, fazer a moldagem seguindo as técnicas: Na maxila: 1° e 2° região – realizando moldagem dinâmica, tracionando a musculatura dos lábios e bochecha - 3° região entre o palato duro e mole, pedir ao paciente para abrir um pouco a boca para movimentação da região do palato mole. Na mandíbula: 1° e 2° região – realizando moldagem dinâmica, tracionando a musculatura dos lábios e bochecha – 3° região pedir ao paciente que movimente a língua colocando-a sucessivamente para fora em toda a sua extensão, para fora e para direita, para fora e para esquerda e finalmente, a ponta da língua tocando o palato em sua porção mais posterior e término posterior atrás da papila piriforme. • Recortar os excessos do material de moldagem que tenham escoado para zona secundária de suporte, utilizando o Lecron. Moldagem do selado periférico utilizando godiva de baixa fusão em bastão:
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