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CIVIL V

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A FAMÍLIA SUBSTITUTA NO CONTEXTO DA PLURALIDADE DAS FAMÍLIAS
Com as diversas modificações advindas da vida em sociedade e da metamorfose que as relações perpassam todos os dias, a família que antes se constituía pelo casamento, considerada uma estrutura quase que “estática”, no sentido da sua composição estar sempre constituída por homem, mulher e seus filhos, passou a dar lugar às pluralidades das relações familiares.
A família substituta surge assim como o tipo familiar prevista através da lei Lei nº 8.069/1990, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), art.28, a qual prevê a sua excepcionalidade, por se tratar de uma modalidade familiar na qual a criança ou adolescente é posta em um novo grupo familiar. Tal condição é assegurada através da concessão de guarda, tutela ou até mesmo a adoção e amparada pela preparação da criança e/ou adolescente que nesse processo terá acompanhamento de profissionais.
Por se tratar de uma medida excepcional, ela também é mencionada no, art. 39, § 1º desta mesma lei, que reafirma que a adoção se trata de “medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei”. 
Ainda convém lembrar que o instituto da família substituta visa suprir e preencher o papel que outrora seria da família biológica, trazendo ao indivíduo a oportunidade de usufruir dos benefícios que uma estrutura familiar poderá ofertá-lo.
Mesmo divergente da família originária, aquela cujos laços consanguíneos são indiscutíveis, a família substituta em geral não é composta por membros com qualquer laço de parentesco. Ela visa assim trazer garantias ao menor, como o direito fundamental de ser provido de uma família, ter uma educação e uma criação amparada no seu seio.
Em vista dos argumentos apresentados podemos concluir que a família substituta surge com o papel de oferecer e assumir proteção e responsabilidades na circunstancia em que a família natural não tenha aptidão para faze-lo, presando sempre pelo que seja melhor para o menor.
REFERENCIAS 
Manual de Direito Civil; volume único/Pablo Stolze Gagiliano e Rodolfo Pamplona Filho.-2. Ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm, acesso em 14 de março de 2021;

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