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UNIVERSIDADE SAVE Necessidades Educativas Especiais III Grupo Armando Júnior Benaldina João Licenciatura em Ensino de Biologia Beatriz Magul Necessidades Educativas Especiais Auditivas Maimuna Matsinhe Nucha Chiundzo Orívan Laquene Pedro Mapsanganhe Sifaida Marrime Massinga Tiago Romano 2021 Zoina Nhocue Necessidades Educativas Especiais auditivas Conceitos Para NEVES (2014), a deficiência auditiva consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir. É considerado surdo todo o individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, é considerado parcialmente surdo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. Para SERRA at al. (2006), a deficiência auditiva é a incapacidade total ou parcial de audição. Se a incapacidade for total o indivíduo designa-se como surdo. Características dos alunos com necessidades especiais auditivas Não consegue compreender enunciados orais nem o que está a ser ensinado se o discurso obedecer a um ritmo usual; Pode compreender a informação se for repetida muito lentamente; Não consegue identificar de que direcção vem o som; Não reconhece a identidade de sons comuns; Não consegue distinguir a voz do professor de entre outras vozes; Não segue as instruções; Causas da deficiência auditiva A surdez da criança pode ter muitas origens, mas didacticamente pode-sem separadas em causas congênitas e adquiridas. Congénita- o indivíduo nasce surdo. A surdez congénita pode ser consequência de factores: 1-Hereditários: devido unicamente a características transmitidas pelos genes. 2-Pré-natais: devido a situações que ocorrem durante a gravidez, como resultado por exemplo de doenças que afectam a mãe - rubéola, taxoplasmose, drogas, alcoolismo materno, desnutrição, carências alimentares, pressão alta, diabetes; exposição à radiação, entre outras. Cont. 3- Peri-natais: consequência de alterações durante o parto ou até às primeiras horas de vida do bebé. Exemplo falta de oxigénio no cérebro, peso reduzido. Adquirida- é aquela que afecta as crianças com audição normal à nascença e que pode ser provocada por lesões, ou seja, o individuo nasce com audição normal, mas a perde devido a uma doença ou acidente. Exemplo: Obstrução da trompa de Eustáquio Otites Infecções (tifo, caxumba, meningite, sarampo, etc.) Cont. Inflamações, tumores, traumas. Intoxicações (as mais frequentes são por medicamentos); Tóxicos. Classificação das deficiências auditivas As deficiências auditivas podem ser classificadas quanto ao tipo e quanto ao grau de surdez. Quanto ao tipo, as deficiências auditivas podem ser: Primeiro Pré-linguístico- quando perde audição antes dos três anos e assim não consegue desenvolver a fala; Cont. Pós-linguístico- quando perde audição depois dos três anos e ainda conseguiu desenvolver a fala; Hipoacústico- se a sua audição, ainda que deficiente é funcional no seu dia a dia, com ou sem aparelho auditivo. Segundo Auditiva condutiva- em que há uma dificuldade ou impedimento na passagem de vibrações sonoras para o ouvido Cont. Auditiva sensório-neural- que tem origem no ouvido interno e é consequência de doenças ou malformações de origem hereditária. Também pode ser provocada por factores tóxicos, traumas ou excessiva exposição do ouvido a níveis elevados de poluição sonora. Normalmente também é designada como surdez de percepção, nervosa ou de ouvido interno. Auditiva mista- em que o ouvido médio ou interno sofre lesões ou alterações que lhes estão associadas. Central-que tem origem numa disfunção ou mal desenvolvimento das vias auditivas do sistema nervoso central. Cont. Terceiro Unilateral- em um só ouvido; Bilateral- em ambos os ouvidos. Classificação da deficiência auditiva quanto ao grau de perda COSTA (1994) afirma que a perda auditiva é mensurável, e para tanto é utilizado um audiômetro, que é um instrumento eletrônico que mede os níveis de audição em um espectro de frequências. A unidade de medida sonora é o decibel (dB). A perda auditiva pode ser leve, moderada, severa e profunda. Cont. Limiares normais De 0 a 20dB Surdez ligeira ou leve De 20 a 40dB Surdez moderada ou média De 40 a 69 ou 70dB Surdez severa De 70 a 90dB Surdez profunda Acima 90dB Surdez ligeira ou leve (20 a 40 dB) Essa perda impede que o aluno perceba igualmente todos os fonemas da palavra. Além disso, a voz fraca ou distante não é ouvida. Em geral, esse aluno é considerado desatento, solicitando, frequentemente, a repetição daquilo que lhe falam. Essa perda auditiva não impede a aquisição normal de linguagem, mas poderá ser causa de algum problema articulatório ou dificuldade na leitura ou escrita. Aspectos a ter em conta Deve dar-se atenção ao desenvolvimento do vocabulário; Pode beneficiar de ajudas auditivas quando a perda auditiva está perto dos 40 db; Cont. Pode beneficiar de ajudas auditivas quando a perda auditiva está perto dos 40 dB; Deve dar-se atenção à localização da criança na sala de aula; Pode precisar de mais atenção da parte do educador para adquirir uma fala correcta Surdez moderada ou média (40 a 69 ou 70 dB) Aqui a criança só consegue ouvir a palavra, quando esta é de intensidade forte. Cont. São frequentes o atraso de linguagem e as alterações articulatórias, havendo em alguns casos, problemas linguísticos mais graves. Esse aluno tem maior dificuldade em discriminação auditiva em lugares ruidosos. Há também necessidade do uso de próteses, de treino auditivo e estimulação da linguagem. Aspectos a ter em conta Pode beneficiar de ajudas auditivas gerais ou individuais. Deve beneficiar de uma localização privilegiada na sala, principalmente nas primeiras idades; Deve dar-se mais atenção à aprendizagem do vocabulário e da leitura; Surdez severa (70 a 90 dB) Este tipo de perda permite que ele o aluno ou criança identifique alguns ruídos familiares e poderá perceber apenas a voz forte, podendo chegar até quatro ou cinco anos sem aprender a falar. Mesmo usando próteses têm dificuldade em distinguir vogais de consoantes. Estes alunos têm algumas dificuldades psicológicas, perturbações na aquisição da linguagem, perturbações na voz e na palavra. Aspectos a ter em conta Beneficiará com ajudas auditivas individuais; Pode necessitar de linguagem gestual tanto para se expressar como para compreender os outros; Cont. Precisará de programas com grande ênfase no desenvolvimento da linguagem, na formação de conceitos, na fala. Surdez profunda (acima de 90 dB) A gravidade dessa perda é tal, que o priva das informações auditivas necessárias para perceber e identificar a voz humana, impedindo-o de adquirir naturalmente a linguagem oral. A construção da linguagem oral é uma tarefa longa e bastante complexa, envolvendo aquisições como: tomar conhecimento sonoro, aprender a utilizar todas as vias perceptivas que podem complementar a audição, perceber e conservar a necessidade de comunicação e de expressão, compreender a linguagem e aprender a expressar-se. Recorre-se á linguagem gestual Sinais de alerta aos alunos com Necessidades Auditivas SILVA (2008), afirma que certos tipos de sinais de deficiência auditiva entre as crianças podem ser observados pelos professores, ou por pessoas que trabalham com elas. Ao seu comportamento Adormece frequentemente durante o dia; Parece desatento; Parece preguiçoso; Está calado e quieto em alturas não habituais; Aparentemente está tenso ou demasiado ansioso; Cont. Parece ouvir melhor uns dias que outros; Pedidos para que se repitam palavras e instruções; Uso demasiado de (o que? Como?); Cabeça virada para ouvir melhor, em posições pouco comuns. Escolaridade deficiente; Ditados com muitos erros; Olhar dirigido mais para os lábios do interlocutor do que para os olhos; Falta de interesse principalmente por jogos e atividades em grupo; À linguagem oral Tem dificuldades em compreenderinstruções orais; O seu discurso não é suficientemente claro para o seu nível etário; Utiliza palavras isoladas em vez de frases completas; Não forma correctamente as frases; É lento a organizar as ideias para se exprimir; Perante uma palavra dada tem dificuldade em soletrá-la, som por som; Tem dificuldade em associar as letras impressas aos sons respectivos; Cont. Tem dificuldade em discriminar e aprender os sons das vogais breves; Tem dificuldade em aprender a divisão silábica e a acentuação correcta das palavras; Tem dificuldade em aprender conceitos abstractos. Particularidades de atendimento aos alunos com NEE auditivas Auxiliares de comunicação; Teclados ampliados e adaptados, teclados de conceitos; Sinalizadores; Leitores ópticos; Cont. Sintetizadores de fala; Visualizadores de fala; Dicionários de gestos; Utilização de gestos visuais e auditivos e integração destas sensações com outras modalidades sensoriais. Obrigado pela atenção dispensada
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