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Psicose e Esquizofrenia: Sintomas e Evolução

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4º período Farmacologia Vitória Araújo 
 
 
 
 
Psicose são distúrbios do pensamento, percepção, 
afeto e comportamento que levam a perda do 
contato com a realidades. 
As psicoses podem ter causas: 
 ➢ Funcionais- relacionada a esquizofrenia e 
distúrbios afetivos 
 ➢ Orgânicas- relacionada a demência, síndrome 
de retirada e intoxicação (anfetamina, maconha). 
Manifestação de sintomas psicóticos pela 
utilização ou retirada de drogas. 
 
Esquizofrenia 
É caracterizada por ser um transtorno crônico e 
incapacitante. Não possui cura, somente controle 
de sintomas. 
É uma patologia de natureza complexa e 
manifestações múltiplas. 
É uma patologia relacionada a fatores genéticos e 
fatores ambientais. 
 
 Sintomatologia : 
 
📌 Sintomas positivos (manifesta em excesso) 
Alucinações (alterações na percepção: auditiva, 
visual, olfativa, tátil) 
Delírios (distorções no pensamento: perseguição, 
inveja, megalomania 
Distúrbios de pensamento (fala desorganizada) 
 - Atraem a atenção para doença do paciente. 
 
📌 Sintomas negativos (manifesta menos) 
Falta de iniciativa 
Embotamento afetivo (diminuição da habilidade 
de expressar-se emocionalmente) 
Anedonia (perda de prazer de fazer as coisas) 
Isolamento social 
Pobreza de linguagem 
 - Tendem a prejudicar a pessoa a ter uma vida 
cotidiana normal 
📌 Sintomas cognitivos 
Dificuldades de aprendizado e memória 
 
Traumas na infância podem causar o início da 
psicose que pode vim agravar na vida adolescente. 
 
Sintomas negativos e cognitivos precedem os 
sintomas positivos 
 
 
 
 
 
 
Como é uma doença do neurodesenvolvimento, é 
influenciada por fatores adversos ocorridos na 
infância e da adolescência (fatores estressantes). 
 
Amplamente influenciada por experiências 
ambientais, experiências sociais. 
Fase que antecede a psicose (fase prodrômica): 
comportamento diferente, sintomas negativos. 
Afastamento social, mudanças súbitas nas 
repostas emocionais e déficits cognitivos, e só 
depois (talvez anos depois) manifestam-se os 
sintomas positivos, caracterizados pela psicose. 
 
Evolução da esquizofrenia 
 ➢ Grupo 1 – possui um primeiro surto com 
sintomas positivos e depois não manifesta mais 
surtos após o primeiro. 
 
 ➢ Grupo 2 – apresenta surtos periódicos, 
variam muito o tempo de pessoa para pessoa. 
Somente os sintomas positivos (crise psicótica) 
são periódicos, os sintomas negativos (isolamento 
social, falta de iniciativa) tendem a se manter. 
 
 ➢ Grupo 3 – manifesta sintomas mínimos 
psicóticos entre os surtos. Após o primeiro surto, 
não volta ao nível basal de consciência, ainda 
continua com uma mínima alteração de percepção 
do ambiente. 
 
 ➢ Grupo 4 – grupo mais preocupante, que 
abrange um maior número de pessoas com 
esquizofrenia. 
Apresentam sintomas mesmo entre os surtos 
psicóticos e estes vão se intensificando com o 
tempo. Até o tempo em que ficará constantemente 
com manifestações positivas (surtos psicóticos 
constantes). 
 
ANTIPSICÓTICOS 
4º período Farmacologia Vitória Araújo 
Luiz Wain, um artista do século XX, fascinado 
por gatos, pintou as seguintes telas no período de 
desenvolvimento da esquizofrenia. As pinturas 
marcam estágios progressivos da doença e 
exemplificam as alterações na percepção do 
doente. 
 
Causas: 
São de causas complexas e ainda não bem 
conhecidas, envolvendo componentes genéticos e 
ambientais. 
 
➢Genéticos: 
 - 50% de concordância entre gêmeos univitelinos 
 - 1% da população 
 - Maior incidência entre parentes. 
➢Ambientais: 
 - Infecções maternas no segundo trimestre da 
gestação 
 - Pertencer a grupos minoritários e 
 - Uso intenso de Cannabis Sativa (inicio da 
adolescência, para pessoas que possuem um fator 
genético). 
 
❗formação final do SNC ocorre até os 25 anos. 
 
➢ Uma crise psicótica pode ser precipitada por 
vários fatores, como por exemplo, mudar de casa, 
perder um familiar, rompimento com um(a) 
namorado(a), entrar na universidade... 
Neste tipo de doença, é raro o indivíduo ter 
consciência de que está realmente doente, o que 
torna difícil a adesão ao tratamento. 
 
Obs. importante ⚠: situações estressantes na 
infância e adolescência podem ser fatores 
desencadeantes de sintomas psicóticos se o 
indivíduo possuir carga genética para tal doença. 
 
Fisiopatologia 
➢ Disfunções neuroquímicas (dopamina e 
glutamato) 
Dopamina é a base do transtorno e do tratamento 
➢ Alterações no neurodesenvolvimento 
➢ “Two-hit “– fatores genéticos ou perinatais 
tornam o indivíduo vulnerável a fatores 
socioambientais na adolescência, que é um 
período crítico do neurodesenvolvimento. 
 
Dopamina 
Via mesolímbica está envolvida no controle 
motivacional e de recompensa. 
➢ Aumento de níveis de dopamina nas vias 
mesolímbicas de um paciente esquizofrênico, 
causando assim sintomas positivos pela ativação 
dos receptores D2. 
➢Não se sabe ao certo mas também acredita-se 
que exista uma relação entre diminuição de 
dopamina na via mesocortical, que é responsável 
pela processo cognitivo, humor, processos de 
atenção, dessa forma, sendo responsável pelos 
sintomas negativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações anatômicas: 
 - Redução do tamanho de estruturas subcorticais, 
como amígdala e hipocampo; 
 - Hipofrontalidade; 
Podem estar relacionadas então as alterações de 
comportamento do indivíduo com esquizofrenia. 
 
Tratamento 
 
 
 
 
 
 
 Tem como função diminuir receptores D2 da via 
mesolímbicas, para controlar os sintomas 
positivos. 
 Também conhecido como: tranquilizantes 
maiores, neurolépticos e antipsicóticos típicos (1º 
geração). 
 
Os antipsicóticos reduzem a neurotransmissão 
dopaminérgica, por meio do antagosnismo de 
receptores D2 (inativação) ou facilitação de 
receptação de dopamina para a fenda pre-
sináptica. 
 
Drogas que intensificam a dopamina – induzem 
psicoses. 
 
➢Os fármacos de primeira geração não possuem 
efeito sobre os efeitos negativos da esquizofrenia 
e induzem efeitos extrapiramidais ou tipo-
parkinsonianos, devido ao bloqueio dos receptores 
D2 da via nigro-estriatal (responsável pelo 
Sintomas positivos: excesso de neurotransmissão 
mediada por D2 no sistema límbico (hiperfunção. 
Sintomas negativos: diminuição da neurotransmissão 
mediada por D1 no córtex pré-frontal (hipofunção). 
Antipsicóticos de primeira geração 
(neurolépticos) 
 
Clorpromazina Haloperidol Flupentixol 
 
4º período Farmacologia Vitória Araújo 
 controle de funções motoras). 
➢ Dessa forma, o objetivo é bloquear receptores 
da via mesolímbica, mas acaba afetando a via 
nigro-estriatal causando efeitos extrapiramidais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Além de antagonizar os receptores 
dopaminérgicos, também são responsáveis por 
efeitos colaterais como antagonizar receptores 
muscarínicos, alfa adrenérgicos e histamínicos. 
➢ Efeitos motores a longo prazo - 20 a 25 anos- 
dos antipsicóticos (discinesia tardia) 
➢ Incidência de discinesias tardias aumenta com 
a idade e o tempo de uso crônico de antipsicóticos 
clássicos (neruolépticos). 
 
 
 
Movimentos involuntários da face e da língua. 
Também pode ocorrer em tronco e membros. 
Incapacitante. 
 - Esses sintomas são reversíveis a medida em que 
se tira a medicação, mas retirando a medicação os 
sintomas psicóticos retornam. 
 
 
 
 
 
 
➢ Melhora os sintomas positivos e negativos da 
esquizofrenia. 
➢ Além de não induzir efeitos extrapiramidais ou 
tipo-parkinsonianos. 
➢ Não se sabe ao certo como esses medicamentos 
conseguem reverter tanto os sintomas positivos 
quanto os negativos. 
➢ Antipsicóticos atípicos são usados em doses 
que não induzem significantes efeitos indesejáveis 
extrapiramidais. 
 
↓ propensão de indução de EPS (efeitos 
extrapiramidais) pela provável menor seletividade 
pelos receptores da via dopaminérgica nigro-
estriatal. 
 
- Os efeitos extrapiramidaias, que são alterações 
motoras como actasia e Discinesia, constituem a 
chamada “síndrome parkinsoniana”. São 
decorrentes do bloqueio de D2 davida nigro-
estriatal. 
 
➢ Os Antipsicóticos além de antagonizarem 
receptores de D2, também antagonizam outros 
receptores como muscarínicos (efeitos 
anticolinérgicos - boca seca, constipação, visão 
borrada, retenção urinária), alfa adrenérgico 
(hipotensão postural) e histamínicos (sedação, 
ganho de peso). 
 
➢ Lembrando que apenas o bloqueio dos 
receptores dopaminérgicos é terapêutico, o 
bloqueio de outros receptores faz parte dos efeitos 
colaterais. 
 
❗nenhuma das duas gerações são capazes de 
atuar nos déficits cognitivos da esquizofrenia.❗ 
	
⚠	Atenção:	muita	atenção	na	indicação	e	
utilização	da	clozapina	pois	tem	risco	de	
promover	agranulocitose.	
E	os	outros	(olanzapina,	quetianpina	e	
risperidona)	induzem	alterações	metabólicas.	
	
	
📌 Dificuldade de fazer 
movimentos 
📌 Rigidez muscular 
📌 Tremores finos e de 
extremidades 
📌 Acatsia (incapacidade 
de ficar parado 
📌 Discinesia 
(movimento 
involuntários) 
📌 Tremor 
📌 Bradicnesia (lentidão 
dos movimentos) 
📌 Problemas para 
caminhar 
Antipsicóticos de segunda geração ou 
atípicos 
Clozapina

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