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HIPERTENSÃO RESUMÃO

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HIPERTENSÃO ARTERIAL 
SISTÊMICA 
 
INTRODUÇÃO 
*Níveis elevados e sustentados da Pressão Arterial maior 
ou igual a 140 e/ou 90 mmHg. 
*A principal causa de morte de origem cardiovascular 
atualmente é o AVC, acometendo as mulheres em maior 
proporção. A segunda causa é o IAM. 
FISIOPATOLOGIA 
*Duas teorias: 
 Teoria Neurogênica: o sistema nervoso autônomo 
teria o seu setpoint pressórico alterado para um 
patamar mais elevado, determinando elevação da 
PA. 
 Teoria do desbalanço na absorção de sódio e 
água: ocorre perda da capacidade de excreção 
adequada de sódio frente à quantidade de sódio 
ingerida, determinando a retenção de sódio e 
água. 
*O sistema renina-angiotensina-aldosterona é o principal 
mecanismo de regulação da PA: 
 Em situações de hipoperfusão renal, por estímulo 
da mácula densa, ocorre a liberação da renina, 
uma enzima renal. A renina ativa o 
angiotensinogênio, produzido no fígado, 
transformando-o em angiotensina I, que sofre 
ação da enzima conversora de angiotensina, 
presente nos pulmões, originando a angiotensina 
II, um hormônio que provoca aumento da 
atividade simpática e contração das paredes 
musculares das arteríolas, aumentando a PA. A 
angiotensina II também desencadeia a liberação do 
hormônio aldosterona pelas glândulas 
suprarrenais, provocando a retenção de sódio e, 
dessa forma, provocando a expansão do volume 
sanguíneo e o aumento da PA. 
 
 
FATORES DE RISCO 
 
*São fatores de risco independentes, 
predisponentes e condicionantes: idade, gênero 
(até os 50 anos, a prevalência é maior entre 
homens, invertendo-se a tendência após essa 
idade), negros, sobrepeso e obesidade, ingesta de 
sal, álcool, sedentarismo, fatores 
socioeconômicos, história familiar e genética. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
*PA maior ou igual a 140 x 90 mmHg em pelo 
menos 2 consultas (pelo menos 2 medidas por 
consulta). Exceções: PA ≥ 180 X 110; PA ≥ 140 X 
190 com risco CV alto. 
 
*Medida da PA: manguito apropriado para a 
circunferência do braço (o cuff insuflável deve 
recobrir, pelo menos, 80% da circunferência do 
braço), com repouso de, no mínimo, 5-10 minutos 
e abstinência de nicotina, álcool e cafeína de ao 
menos 30 minutos. 
 
*Quanto mais for apertado o manguito, maior será 
o valor da PA (superestimada); quanto mais 
folgado for o manguito, menor será a PA 
(subestimada). 
 
*Devem ser realizadas medidas nos 2 braços, 
considerando a medida de maior valor para 
referência, certificando-se de que o indivíduo não 
está de bexiga cheia ou pernas cruzadas, nem 
praticou exercício nos últimos 60 minutos. 
 
*Para a avaliação e diagnóstico de HAS, são necessárias 3 
medidas da PA durante a consulta. Utilizamos a média das 
duas últimas medidas. 
*OBS: caso haja uma diferença superior a 4 mmHg entre a 
PAS e/ou PAD, devem ser realizadas novas medidas até que 
se obtenha diferença inferior. 
*Pesquisa de hipotensão postural (ortostática) em idosos, 
diabéticos, portadores de disautonomias, etilistas e/ou em 
uso de medicação anti-hipertensiva. Redução da PAS maior 
ou igual a 20 mmHg ou de PAD maior ou igual a 10 mmHg, 
após 3 minutos, na posição supina. 
SONS DE 
KOROTKOFF 
 
 
 
FASE 1 
Aparecimento do 1º ruído, 
passagem do primeiro 
fluxo, turbulento 
(PRESSÃO SISTÓLICA). 
 
 
FASE 2 
Sons da fase 1 seguidos de 
sons sibilantes ou sopro. 
 
FASE 3 Amplificação dos sons da 
fase 2. 
 
FASE 4 Abafamento dos sons. 
 
FASE 5 
Cessam os sons, fluxo 
laminar 
(PESSÃO DIASTÓLICA). 
 
 
*Medida Residencial da PA (MAPA): obtenção de 3 
medições pela manhã, antes do desjejum e da tomada da 
medicação, e 3 à noite, antes do jantar durante 5 dias. Uma 
opção é realizar duas medições em cada uma dessas duas 
sessões, durante 7 dias. 
*Medida Ambulatorial da PA (MAPA): método que 
permite o registro indireto e intermitente da PA durante 24 
horas ou mais, enquanto o paciente realiza suas atividades 
habituais durante os períodos de vigília e sono. 
*Automedida da PA (AMPA): automedida da PA em 
horários aleatórios. Não é mais recomendada. 
*Indicações de MAPA e MRPA: discordância entre PA 
domiciliar e do consultório; suspeita de HAB e HM; 
confirmação de HAS resistente. 
*HAS do Jaleco Branco (HAB): valores anormais no 
consultório; valores normais na MAPA ou MRPA. 
*HAS Mascarada (HM): valores normais no consultório; 
valores anormais na MAPA ou MRPA. 
*Efeito do Jaleco Branco: diferença maior ou igual a 20 
mmHg na PAS e/ou maior ou igual a 10 mmHg na PAD. Essa 
situação não muda o diagnóstico! 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 CLASSIFICAÇÃO SBC 
 
 
 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO AHA 
CLASSIFICAÇÃO PAS PAS 
NORMAL < 120 E < 80 
ELEVADA 120-129 E < 80 
ESTÁGIO 1 130-139 OU 80-89 
ESTÁGIO 2 ≥ 140 OU ≥ 90 
 
*Quando a PAS e a PAD se situarem em categorias 
diferentes, a maior deve ser utilizada para 
classificação da PA. 
 
*Considera-se hipertensão sistólica isolada, se 
PAS maior ou igual a 140 e PAD menor que 90, 
devendo ser classificada em estágio 1, 2 ou 3; este 
tipo de hipertensão é comum em idosos e parece 
ter risco ainda maior do que hipertensão arterial 
diastólica para eventos cardiovasculares do tipo 
AVC isquêmico e hemorrágico. 
 
 
 
 
 
CATEGORIA PAS PAD 
Consultório Maior ou igual a 
140 
Maior ou igual a 
90 
MAPA vigília Maior ou igual a 
135 
Maior ou igual a 
85 
MAPA sono Maior ou igual a 
120 
Maior ou igual a 
70 
MAPA 24 horas Maior ou igual a 
135 
Maior ou igual a 
80 
MRPA Maior ou igual a 
135 
Maior ou igual a 
85 
C CLASSIFICAÇÃO 
R RISCO 
M METAS 
CLASSIFICAÇÃO PAS PAS 
NORMAL ≤ 120 ≤ 80 
PRÉ-HIPERTENSO 121-139 81-89 
HIPERTENSÃO 1 140-159 90-99 
HIPERTENSÃO 2 160-179 100-109 
HIPERTENSÃO 3 ≥ 180 ≥ 110 
RISCO 
*Avaliação clínica: medição da PA nos dois braços; peso, 
altura, IMC e FC; circunferência abdominal; sinais de LOA; 
cérebro (déficits motores ou sensoriais); retina (lesões à 
fundoscopia); artérias (ausência de pulsos, assimetrias ou 
reduções, lesões cutâneas, sopros); coração (desvio do 
ictus, presença de B3 ou B4, sopros, arritmias, edema 
periférico, crepitações pulmonares); sinais que sugerem 
causas secundárias; características cushingoides; palpação 
abdominal (rins aumentados – rins policísticos); sopros 
abdominais ou torácicos (renovascular, coartação de aorta, 
doença da aorta ou de ramos); pulsos femorais diminuídos 
(coartação de aorta, doença da aorta ou ramos); diferença 
da PA nos braços (coartação de aorta e estenose de 
subclávia). 
*Índice Tornozelo-Braço (ITB): medição da PAS no braço e 
no tornozelo, em ambos os lados. Define-se como normal 
uma relação PAS braço-PAS tornozelo acima de 0,9. 
Doença artéria periférica leve (0,71 a 0,90), moderada 
(0,41 a 0,7), grave (0 a 0,4). O ITB, quando alterado, 
demonstra presença de aterosclerose, representando LOA. 
Deve ser realizado em paciente com idade entre 50 e 69 
anos, tabagistas/diabéticos, idade maior ou igual a 70 anos, 
dor na perna com exercício, doença arterial coronariana, 
carotídea ou renal e risco cardiovascular intermediário. 
*Avaliação laboratorial: 
 Exames iniciais básicos: análise de urina, potássio 
plasmático, creatinina plasmática estimativa da 
TFG, glicemia de jejum (DM = ALTO RISCO), 
colesterol total, HDL, triglicérides plasmáticos, 
ácido úrico plasmático, ECG. 
 O colesterol LDL é calculado pela fórmula (quando 
triglicérides < 400 mg/dL): 
 
LDL = CT – HDL – (triglicérides/5) 
 
 Deve-se calcular a depuração de creatinina pela 
fórmula de Crockroft-Gault: 
 
 Deve-se calcular o Ritmo de Filtração Glomerular 
estimado (RFGe) pela fórmula do CKD-EPI. 
 
 
 
 
*Outros exames: 
 Microalbuminúria (recomendado para 
pacientes com HAS associada a DM, SM ou 
dois ou mais fatores de risco): índice 
albumina/creatinina em amostra isolada 
de urina; valor normal é < 30 mg/g. 
 TTOG:recomendado para pacientes com 
glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/Dl. 
 Radiografia de tórax: se suspeita clínica de 
acometimento cardíaco/pulmonar. 
 Ecocardiograma: se evidência 
eletrocardiográfica de HVE ou evidência 
clínica de IC. 
 USG de carótidas: se sopro carotídeo ou 
evidência de doença ateroesclerótica 
arterial de outro território ou com sinais de 
doença cerebrovascular. 
 USG abdome: se sopros ou massa 
abdominal. 
 Hb1c: se HF de DM2 ou diagnóstico prévio 
de DM2 e obesidade. 
 Teste ergométrico: na suspeita de doença 
arterial coronariana estável, DM ou 
história familiar de DAC em pacientes com 
PA controlada. 
 
 
*Cond. Clínica: presença de LOA, DCV, DRC ou DM. 
 
*HAS RESISTENTE: PA não controlada apesar do 
uso de 3 anti-hipertensivos de classes diferentes 
(IECA ou BRA + BCC + tiazídico); doses máximas 
preconizadas. 
 
*OBS: 4º fármaco sugerido – espironolactona ou 
bloqueador simpático central (clonidina). 
 
*HAR CONTROLADA: PA controlada com 4 ou + 
anti-hipertensivos. 
 
*HAR NÃO CONTROLADA: PA não controlada com 
4 ou + anti-hipertensivos. 
 
*HAR REFRATÁRIA: Fenótipo extremo da HAR não 
controlada com 5 ou + anti-hipertensivos. 
HAS SECUNDÁRIA 
*Deve-se suspeitar nos casos de: início precoce (< 30 anos), 
início tardio (> 50 anos), ausência de história familiar, 
descontrole inesperado da PA e HAS resistente. 
*A doença parenquimatosa renal é a principal causa de 
HAS secundária, em especial a glomerulopatia diabética e 
a glomeruloesclerose segmentar focal idiopática. 
*Antes de investigar causa secundária, devem-se excluir 
medida inadequada da PA, tratamento inadequado (não 
adesão) e interação com medicamentos. 
CAUSAS DE HAS 
SECUNDÁRIA 
 
 
 
USO DE ESTROGÊNIOS 
Mais comum em mulheres 
acima dos 35 anos. Em 
geral, a PA retorna ao 
normal algumas semanas 
após a suspensão da 
medicação. 
 
 
DOENÇA RENAL 
Causa mais comum de HAS 
secundária, pode ser 
resultado de doença 
glomerular, tubular, 
policística ou nefropatia 
diabética. 
 
 
 
 
DOENÇA RENOVASCULAR 
Presente em 1-2% dos 
hipertensos. Em jovens, a 
causa mais comum é 
displasia fibromuscular. 
No restante, deve-se à 
doença aterosclerótica da 
porção proximal das 
artérias renais; pode ser 
uni ou bilateral. 
 
*Doença Renal Crônica: 
 CLcr < 60 ml/min/1,73m2; ureia e creatinina; 
exame de urina; USG de rins e vias urinárias. 
*SD da Apneia Obstrutiva do Sono: 
 Principal causa de HAS resistente; 
Polissonografia; tto: CPAP. 
*Hiperaldosteronismo Primário: 
 Ocorre, geralmente, por adenoma de 
suprarrenal ou hiperplasia; hipocalemia 
(espontânea ou induzida por diurético); 
alcalose metabólica; baixo nível de renina 
plasmática; HAS resistente. Diag. Inicial: 
aldosterona/atividade de renina plasmática > 
30 = positivo. 
*Hipertensão Renovascular: 
 Casos de início precoce ou tardio, presença de 
sopro abdominal (epigástrico), presença de 
insuficiência arterial periférica e piora de 
função renal com IECA; exame de eleição: 
arteriografia; USG com Doppler de artérias 
renais. 
 Estenose total/parcial/uni ou bilateral; 
isquemia renal, aterosclerose (90%); displasia 
fibromuscular. 
*Feocromocitoma: 
 Tríade: cefaleia + sudorese + palpitações. 
 HAS resistente + paroxismos. 
 Diagnóstico: metanefrinas urinárias no 
plasma ou urina (24 h); dosagem de 
catecolaminas na urina ou no plasma. OBS: 
a metanefrina é um metabólito das 
catecolaminas. 
*Outros distúrbios metabólicos: Síndrome de 
Cushing, acromegalia, hipertireoidismo e 
hipotireoidismo. 
*Drogas: imunossupressores (ciclosporina, 
tacrolimo), anti-inflamatórios (glicocorticoide, 
AINEs), anorexígenos/sacietógenos 
(anfepramona, sibutramina, vasoconstritores, 
incluindo derivados do ergot), hormônios 
(eritropoietina humana, ACOs, TRH, GH), 
antidepressivos (inibidor da 
monoaminoxidase, tricíclicos), drogas ilícitas e 
álcool (anfetamina, cocaína e derivados). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MESTAS PRESSÓRICAS 
META RISCO BAIXO 
OU MODERADO 
ALTO RISCO 
PAS < 140 120 – 129 
PAD < 90 70-79 
 
*De forma geral, PA < 140 x 90 mmHg, mas não menor que 
120 x 70 mmHg. 
*Risco baixo ou moderado: se tolerada, próximo a 120 x 80 
mmHg. 
*Doença coronária e ICFEr: PA < 130 x 80 mmHg, mas não 
inferior a 120 x 70 mmHg. OBS: a perfusão das coronárias 
ocorre principalmente durante a diástole, então não pode 
diminuir muito a PAD. 
*DM: < 130 x 80 mmHg. 
*AVC: PAS entre 120 e 130 mmHg. 
*DRC: PA < 130 x 80 mmHg, independente de DM. 
*Idosos: 
 Hígidos: PAS 130 – 139 e PAD 70-79. 
 Frágeis: PAS 140-149 e PAD 70-79. 
TRATAMENTO 
*Sem risco adicional: tratamento não medicamentoso 
isolado. 
*Risco baixo: tratamento não medicamento isolado por até 
6 meses e, caso a meta pressórica não seja atingida, deve-
se associar tratamento medicamentoso. 
*Risco moderado, alto ou muito alto: tratamento não 
medicamentoso associado a tratamento medicamentoso. 
*Tratamento Não Farmacológico: 
 Perda ponderal (5-20 mmHg para cada 10 kg de 
peso reduzido ou 1 mmHg para cada kg de peso 
reduzido), dieta DASH, restrição de sódio, restrição 
de álcool, atividade física (150 min de atividade 
moderada/semana), suplementação de potássio, 
cálcio e magnésio. 
*Tratamento Farmacológico: 
 Medicações de 1ª linha: tiazídicos, IECA, BRA, BCC. 
*DIURÉRICOS: 
 Melhor efeito em negros e idosos. 
 Benefício adicional na ICC e na IRC. 
 Efeitos colaterais: hiperuricemia, hiperglicemia, 
aumento de LDL, rash cutâneo, hipocalemia e 
disfunção erétil. 
DIURÉTICOS 
 
 
 
 
 
 
Diuréticos Tiazídicos 
-Efeito diurético e 
natriurético; redução do 
volume extracelular; 
redução da RVP. 
 
-Hidroclorotiazida e 
Clortalidona. 
 
-Evitar: CLcr<30 ml/min; 
creatinina > 2 mg/dl. 
 
-HIPOs: Volemia, Natemia, 
Kalemia, Magnesemia. 
-HIPERs: Glicemia, 
Lipidemia, Uricemia. 
 
 
 
 
 
Diuréticos de Alça 
-Furosemida, bumetanida, 
ácido etacrínico e 
torasemida. 
 
-CLcr<30 ml/min; 
insuficiência cardíaca; 
congestão pulmonar. 
 
-Efeito colateral: 
HipoKalemia; 
ototoxicidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poupadores de Potássio 
-Bloqueadores do canal 
epitelial de sódio: 
amilorida, triantereno. 
 
-Antagonistas da 
aldosterona: 
espironolactona. 
 
-HAS resistente, 
hiperaldosteronismo 
primário, em associação a 
outros diuréticos, 
hiperaldo secundário e 
cirrose hepática (diurético 
de escolha). 
 
-Efeitos: HiperKalemia, 
ginecomastia. 
 
OBS: Diurético Osmótico (manitol) – para controle 
de crise aguda de glaucoma e hipertensão 
intracraniana. Não é utilizado para controle da PA. 
OBS: Inibidor de anidrase carbônica (acetazolamida) – para 
controle de glaucoma, alcalose metabólica e edema 
periférico discreto. 
*IECA: 
 Inibe a conversão de angiotensina I em II. 
 Ótima opção para IC, DM (protege os rins), pós-
IAM. 
 Captopril, enalapril, lisinopril, ramipril. 
 Efeitos colaterais: tosse seca (acúmulo de 
bradicininas), hipercalemia (devido à redução da 
aldosterona), angioedema, elevação transitória da 
ureia e da creatinina, lúpus secundário (captopril), 
piora da função renal em pacientes com disfunção 
renal prévia. 
 Ci: gestantes, estenose de artéria renal bilateral, 
estenose de artéria renal em rim único, 
hipercalemia. 
*BRA: 
 Bloqueia os receptores AT1 para a ação da 
angiotensina II. 
 Os BRAs ligam-se aos AT1 e não aos AT2. Então os 
inibidores da ECA bloqueiam a formação da 
agitensina II e os BRÁS, por atuarem nos AT1 
receptores, liberam os AT2 para formarem a 
Angiotensina II. Portanto, a predominante ação 
dos BRAs é relatada como bloqueando o SRAA e 
também a ação da angiotensina II no AT1 receptor. 
 Mesmas indicações que os IECA. 
 Mesmos efeitos colaterais, exceto tosse seca! 
 Losartana, candesartana, irbesartana. 
 Losartana possui efeito uricosúrico! 
*BCC: 
 Boa indicação para coronariopatas, com efeito 
melhor emnegros e idosos. 
 Pacientes asmáticos ou com enxaqueca podem se 
beneficiar. 
 Diidropiridínicos (ação prolongada): anlodipino; 
redução da RVP; edema maleolar bilateral; dose 
dependente. 
 Não diidropiridínicos: verapamil, ditiazem; 
inotrópico e cronotrópico negativo; NÃO utilizar na 
IC com FE reduzida. 
*BB: 
 NÃO são mais de 1ª linha! 
 Propanolol, atenolol, carvedilol, metoprolol. 
 Mais utilizados em jovens, trazem benefício 
adicional a pacientes com angina estável, IAM 
prévio, manifestações somáticas de ansiedade, 
enxaqueca e insuficiência cardíaca (apenas 
carvedilol, bisoprolol e metoprolol), arritmia, 
hipertireoidismo. 
 
 
*Agentes de ação simpatolítica central: 
 Metildopa e clonidina. 
 Para hipertensão severa, não controlada com 
as demais medicações. 
 Baixa adesão devido aos efeitos colaterais 
(disfunção erétil, depressão, anemia 
hemolítica e teste de Coombs positivo) e ao 
risco de hipertensão rebote quando o uso é 
interrompido abruptamente. 
*Vasodilatadores arteriolares diretos: 
 Hidralazina e minoxidil. 
 Podem causar taquicardia reflexa e, quando 
suspensos, produzir hipertensão rebote. 
 Utilizados na hipertensão de difícil controle, 
principalmente quando em associação com 
hipertensão renal. 
 Efeitos colaterais possíveis: hipertensão, 
taquicardia. 
 
 
SITUAÇÕES CLÍNICAS MEDICAMENTOS 
BENÉFICOS 
DM 1 com proteinúria IECA 
DM 2 IECA e inibidor AT2 
ICC IECA, BB e diuréticos 
Pós-IAM BB e IECA 
HAS sistólica isolada 
(idosos) 
Diuréticos e BCC 
Negros Tiazídicos ou BCC 
Idosos Tiazídicos e BB, BCC, 
IECA/BRA 
Gestantes Alfametildopa, BCC, BB 
Angina BB e BCC 
Doença aterosclerótica IECA 
Fibrilação atrial BB 
Tremor essencial BB 
Enxaqueca BB e BCC 
Osteoporose Tiazídicos 
Prostatismo Alfabloqueador 
(prazosina) 
IRC IECA e inibidor AT2 
 
SITUAÇÕES CLÍNICAS MEDICAMENTOS COM 
EFEITOS INDESEJÁVEIS 
Broncoespasmo BB 
Depressão BB e alfa-agonista central 
Gota Diurético 
BAV BB e BCC (não 
diidropiridínico) 
ICC Alfabloqueador, BCC e BB 
Doença vascular 
periférica 
BB 
Gravidez IECA e inibidor AT2 
IRC Agentes poupadores de 
potássio 
Doença renovascular 
bilateral 
IECA e inibidor AT2 
 
 
Medicamento 
Dose 
mínima 
(mg) 
Dose 
máxima 
(mg) 
Nº de 
tomadas 
Hidroclorotiazida 12,5 25 1 
Furosemida 20 --- 1 a 2 
Espironolactona 25 100 1 a 2 
Captopril 25 150 2 a 3 
Enalapril 5 40 1 a 2 
Losartana 25 100 1 
Anlodipino 2,5 10 1 
Verapamil 120 480 1 a 2 
Diltiazem 180 480 1 a 2 
Propanolol/ 
propanolol (LA) 
40/80 240/160 2 a 3/ 
1 a 3 
Atenolol 25 100 1 a 2 
Bisoprolol 2,5 10 1 a 2 
Carvedilol 12,5 50 1 a 2 
Metoprolol 50 200 1 a 2 
Metildopa 500 1.500 2 a 3 
Clonidina 0,2 0,6 2 a 3 
Hidralazina 50 150 2 a 3 
Minoxidil 2,5 80 2 a 3

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