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SP5 MÃOS DE COSTUREIRA

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Carolina Marques
SP5 “MÃOS DE COSTUREIRA”
http://www.doencasdofigado.com.br/Autoimunidade.pdf
https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cipoi/imunologia-celular/overview/tipos-de-resposta-imune
1. Conceitue doença autoimune e diferencie de degenerativa (leitura sobre tolerância):
Doenças inflamatórias crônicas com comprometimento multissistêmico devido a alterações do sistema imune, que é estimulado a produzir anticorpos contra tecidos próprios (auto-anticorpos) de forma exacerbada, levando a lesão tecidual progressiva.
O estímulo responsável é desconhecido, podendo ser associação de fatores genéticos, ambientais e hormonais. 
Doenças crônico degenerativas são aquelas que, aliadas a um conjunto de fatores, levam à deterioração progressiva da saúde. A sua etiologia é multifatorial e sabe-se que existe uma interação entre comportamento, meio ambiente e perfil genético.
TOLERÂNCIA
Uma das propriedades mais marcantes do sistema imune normal é a sua capacidade de reagir a uma enorme variedade de microrganismos, mas não contra cada antígeno próprio do indivíduo. Esta não responsividade aos antígenos (próprios), também chamada de tolerância imunológica, é mantida apesar do fato de que os mecanismos moleculares pelos quais os receptores dos linfócitos gerados não são tendenciosos para excluir os receptores para antígenos próprios.
Além disso, o sistema imune está em contato constante com muitos antígenos próprios, e dessa maneira a não responsividade a estes antígenos não pode ser mantida simplesmente pela prevenção de estes antígenos serem vistos pelos linfócitos. Isso ocorre porque existem muitos mecanismos para prevenir a resposta imune aos antígenos próprios. 
Esses mecanismos são responsáveis por uma das características de grande importância do sistema imune, sua capacidade de discriminar entre os antígenos próprios e os não próprios (usualmente microbianos). 
Se esses mecanismos falham, o sistema imune pode agredir as células ou tecidos do próprio indivíduo. Tais reações são chamadas de autoimunidade, e as doenças que elas causam são denominadas doenças autoimunes.
TOLERÂNCIA CENTRAL DOS LINFÓCITOS T 
Os principais mecanismos da tolerância central nas células T são a morte celular e a geração de células T reguladoras CD4+ 
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DOS LINFÓCITOS T 
A tolerância periférica dos linfócitos T é induzida quando as células T maduras reconhecem os antígenos próprios nos tecidos periféricos, levando à inativação funcional (anergia) ou morte, ou quando os linfócitos autorreativos são suprimidos pelas células T reguladoras
Anergia 
Anergia nas células T é a inativação funcional de vida longa que ocorre quando essas células reconhecem antígenos sem níveis adequados de coestimuladores que são necessários para a ativação total das células T 
Supressão Imune por Células T Reguladoras 
Células T reguladoras podem-se desenvolver no timo ou nos tecidos periféricos no reconhecimento de antígenos próprios e bloquear a ativação de linfócitos potencialmente prejudiciais específicos para esses antígenos próprios
Visão geral da tolerância imunológica:
-Indivíduos normais são tolerantes aos seus próprios antígenos porque os linfócitos responsáveis pelo reconhecimento dos autoantígenos estão eliminados ou inativados, ou a especificidade destes linfócitos encontra-se alterada.
-A tolerância resulta do reconhecimento dos antígenos por linfócitos específicos.
-A autotolerância pode ser induzida em linfócitos autorreativos imaturos nos órgãos linfoides centrais (tolerância central) ou em linfócitos maduros em locais periféricos (tolerância periférica).
A tolerância central certifica-se de que o repertório de linfócitos maduros se torne incapaz de responder a autoantígenos que são expressos nos órgãos linfoides centrais. Alguns linfócitos autorreativos completam sua maturação, dessa forma a tolerância periférica previne a ativação desses linfócitos potencialmente perigosos.
- A tolerância central ocorre durante um estágio de maturação dos linfócitos, no qual o encontro com um antígeno pode levar à morte celular ou à substituição de um receptor de antígeno autorreativo por outro que não apresente esta condição.
-A tolerância periférica desencadeia-se quando linfócitos maduros reconhecem autoantígenos e morrem por apoptose ou quando se tornam incapazes de serem ativados pela reexposição àquele antígeno.
-A tolerância periférica também é mantida pelas células T regulatórias (Treg) que suprimem ativamente os linfócitos autoantígeno-específicos. A supressão pelas Treg ocorre nos órgãos linfoides secundários e nos tecidos não linfoides.
- Alguns autoantígenos são sequestrados do sistema imunológico e outros antígenos são ignorados: Antígenos podem ser capturados do sistema imunológico por barreiras anatômicas, como nos testículos e nos olhos, e assim, não podem encontrar seus receptores.
2. Explique como ocorre o processo de resposta imunológica de uma doença autoimune e o que é responsável por desencadeá-la:
Macrófagos fagocitam e expressam MHC II TCD4 estimulam plasmócitos complexos imune (Ac-Ag) estimulam o complemento aumenta a inflamação células sinoviais liberam proteases que clivam a cartilagem
•Líquido sinovial fica cheio de neutrófilos, macrófagos, LTh -1 e células dendríticas. •Produção de metaloproteínases pelos macrófagos ativados por IL-1 e TNF- α, clivando colágeno e proteoglicanos.
 
3. Diferencie artrite, artrose e reumatismo: 
Reumatismo é um termo médico antigo, que há muitas décadas deixou de fazer parte dos dicionários médicos, mas que ainda é muito utilizado pela população leiga. Reumatismo costuma ser empregado nos casos de doenças dos sistemas muscular e osteoarticular de origem não traumática, o que, na prática, acaba por englobar centenas doenças de origens distintas.
A artrose (do grego artros, articulação, e do latim ose, desgaste), também chamada de osteoartrose, não é uma doença. Trata-se de um fenômeno absolutamente natural – o desgaste da cartilagem que reveste nossas articulações ou juntas – que faz parte do envelhecimento global do organismo humano, como as rugas ou as chamadas manchas senis em nossas mãos.
Em geral, a artrose é confundida com artrite, que aí, sim, denota uma doença. A artrite (do grego artros, articulação, e do latim ite, inflamação) implica na presença de uma das três características definidas por Galeno (século 3 d.C): dor, calor e rubor.
4. Sobre a artrite reumatóide:
a) Tipos:
b) Causas: 
O aparecimento da Artrite Reumatoide decorre de vários fatores, os quais incluem predisposição genética, exposição a fatores ambientais e possivelmente infecções. 
A causa mais importante é a tendência genética, e acredita-se que alguns genes possam interagir com os outros fatores causais da doença. Apesar desse conhecimento, sabe-se que alguns pacientes com a doença não apresentam estes genes e a presença destes genes não significa que a doença irá sempre aparecer. 
Além dos fatores genéticos, inúmeros vírus e bactérias foram investigados como sendo possíveis causadores da doença, o que não foi confirmado até o momento. Infecções periodontais podem predispor ao aparecimento da doença, ainda que estes novos conhecimentos precisem ser confirmados. Ainda em relação à causa, é sabido que pessoas que fumam têm grande risco de desenvolver a doença, a qual pode mesmo ocorrer com fumantes passivos. Outros fatores de exposição ambiental como os poluentes do tipo sílica também podem predispor à doença. Fatores hormonais também estão relacionados com Artrite Reumatoide e isto justifica o fato de a doença ocorrer três vezes mais em mulheres e apresentar melhora clínica no período da gestação. 
c) Fisiopatologia: 
A Artrite Reumatoide (AR) pode iniciar com apenas uma ou poucas articulações inchadas, quentes e dolorosas (artrite ou sinovite), geralmente acompanhada de rigidez para movimentá-las principalmente pela manhã e que pode durar horas até melhorar. 
Artrite corresponde à inflamação de algum dos componentes da estrutura articular (cartilagem articular, osso subcondral ou membranasinovial). 
Sinovite é a inflamação da membrana sinovial (que recobre a cápsula articular – que envolve a articulação – por dentro), e, geralmente, manifesta-se por vermelhidão, inchaço, calor, dificuldade de movimento e dor. O cansaço (fadiga) também é uma manifestação frequente. 
O quadro clínico mais visto é caracterizado por artrite nos dois lados do corpo, principalmente nas mãos, nos punhos e pés, que vai evoluindo para articulações maiores e mais centrais como cotovelos, ombros, tornozelos, joelhos e quadris. As mãos são acometidas em praticamente todos os pacientes. A evolução é progressiva sem o tratamento adequado, e determinando desvios e deformidades decorrentes do afrouxamento ou da ruptura dos tendões e das erosões articulares. 
A AR pode levar a alterações em todas as estruturas das articulações, como ossos, cartilagens, cápsula articular, tendões, ligamentos e músculos que são os responsáveis pelo movimento articular. Dentre os achados tardios da AR e que levam à incapacidade física para as atividades do dia a dia, podemos citar diversas alterações em diferentes juntas: 
– desvio ulnar dos dedos ou “dedos em ventania”: resultado de múltiplos fatores (ex. deslocamento dos tendões extensores dos dedos, subluxações das metacarpofalangeanas)
 – deformidades em “pescoço de cisne”: hiperextensão das interfalangeanas proximais – IFPs - e flexão das distais - IFDs) 
– deformidades em “botoeira”: flexão das IFPs e hiperextensão das IFDs)
– “mãos em dorso de camelo”: aumento de volume do punho e das articulações metacarpofalangeanas com atrofia interóssea 
– joelhos valgos: desvio medial (“joelhos para dentro”) 
– tornozelos valgos: eversão da articulação subtalar 
– hálux valgo: desvio lateral do hálux (“dedão do pé”) 
– “dedos em martelo”: hiperextensão das metatarsofalangeanas e extensão das IFDs 
– dedos em “crista de galo”: deslocamento dorsal das falanges proximais com exposição da cabeça dos metatarsianos 
– pés planos: arco longitudinal achatado O acometimento da coluna cervical com a subluxação atlanto-axial (deslocamento das primeiras vértebras da coluna cervical) pode ocasionar quadros mais graves. Geralmente, manifesta-se por dor que “caminha” para a região occipital (atrás da cabeça) e dificuldade para mexer o pescoço. 
A AR é uma doença que não atinge só as articulações, mas também pode inflamar os vasos, olhos, pulmões, o coração e sistema nervoso (manifestações extraarticulares). As manifestações extra-articulares correlacionam-se com pior prognóstico. 
d) Exames:
O diagnóstico da Artrite Reumatoide é clínico, ou seja, baseia-se na história clínica e no exame físico feito pelo médico. Mas alguns exames complementares, de sangue ou de imagem, podem ser úteis, incluindo as provas que medem a atividade inflamatória, o fator reumatoide, o anticorpo antipeptídeos citrulinados cíclicos (anti-CCP), radiografias das articulações acometidas e, eventualmente, ultrassonografia ou ressonância das juntas, em caso de dúvida. Outros exames podem ser necessários para afastar outras doenças, dependendo de cada caso
e) Tratamento (mecanismo de ação de corticoesteróides):
Conforme dito antes, trata-se de uma doença autoimune inflamatória crônica. Os medicamentos que controlam a doença são os que regulam essa autoimunidade exagerada, diminuindo a inflamação e suas consequências para as juntas e outros órgãos. 
São da classe dos imunossupressores que funcionam muito mais como reguladores do sistema imunitário. Na reumatologia são chamados de medicamentos antirreumáticos modificadores e controladores da doença, que podem ser sintéticos ou fabricados por engenharia biológica (conhecidos como agentes biológicos ou apenas como “biológicos”). 
Muito se avançou no tratamento da Artrite Reumatoide. Hoje, sabe-se que, quanto antes iniciado o uso desses medicamentos específicos, maior e melhor é a resposta. Embora o tratamento precoce seja, logicamente, mais eficaz em controlar e prevenir as sequelas da doença, tratando em qualquer momento consegue-se melhorar significativamente a inflamação e, portanto, a qualidade de vida dos pacientes. 
Esses medicamentos, apesar de serem muito eficazes, têm um início de ação mais lenta, podendo demorar algumas semanas a meses para ter sua melhor atuação na atividade da doença. Pode ser que apenas uma dessas medicações ou uma combinação delas sejam necessárias para controle da Artrite Reumatoide. Até que as medicações específicas atuem, outros medicamentos (os analgésicos ou antiinflamatórios), para controle sintomático das dores e inflamação, podem ser utilizados. 
Por ser uma doença crônica o seu tratamento também deve ser. O objetivo ideal e possível do tratamento é o de controlar totalmente a doença e suas consequências como as deformidades articulares. O reumatologista, durante as consultas regulares, irá controlar a atividade da Artrite Reumatoide e, também, prevenir ou tratar o acometimento de outros órgãos, caso aconteça. Os medicamentos específicos são seguros para uso a longo prazo e os possíveis efeitos colaterais devem ser prevenidos ou controlados durante as consultas. Após o controle adequado da doença, é necessário manter o tratamento específico por um tempo prolongado.
 Em alguns casos, é possível diminuir ou até suspender os medicamentos. Essa decisão será avaliada cautelosamente pelo seu reumatologista que, mesmo no caso de suspensão das medicações, deverá continuar o acompanhamento, fazendo reavaliações clínicas e com exames complementares regularmente para detectar possíveis recaídas da doença. 
Síntese: Terminamos mais uma sp de imunologia, falamos sobre as doenças autoimunes, a influências genéticas, ambientais e fatores em conjunto que podem resultar na autoimunidade. As tolerâncias também foram abordadas. 
Artrite reumatoide é uma doença autoimune que é caracterizada por inflamação das articulações (juntas) sendo composta por vários tipos

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