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CASO 8

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CASO CONCRETO Irmãos Souza & Cia. Ltda., grande atacadista de gêneros alimentícios, foi 
autuada em novembro/2008 pela fiscalização do ICMS, por recolhimentos insuficientes do 
imposto durante os anos de 2005 e 2006, tendo o auto de infração totalizado créditos 
tributários (principal, multas, juros e atualização monetária) no valor de R$ 5 milhões. 
Impugnado tempestivamente, o lançamento veio a ser mantido, em fevereiro/2009, pela Junta 
de Revisão Fiscal. Dessa decisão, recorre voluntariamente a empresa para o Conselho de 
Contribuintes, deixando contudo de efetuar depósito de 30% da quantia em discussão, bem 
assim de, alternativamente, oferecer fiança bancária, conforme prevê a legislação de regência, 
para “garantia de instância”. O processo administrativo fiscal é encaminhado ao Presidente do 
Conselho de Contribuintes, que detém o juízo preliminar de admissibilidade do recurso; que se 
vier a ser admitido, será distribuído a uma das Câmaras, a qual poderá rever a decisão 
vestibular de admissibilidade. Como deve o Presidente do Conselho de contribuintes 
proceder? Deve exigir o mencionado depósito prévio administrativo? Responda de acordo com 
o entendimento atual do Supremo Tribunal Federal. 
O Presidente do Conselho deverá receber o recurso e realizar a distribuição do 
mesmo ignorando a falta do depósito prévio. Isso porque o STF entende que a 
exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens, como 
condição de admissibilidade e recurso administrativo é inconstitucional, pois 
fere o direito de petição, ampla de fez contraditório (Súmula Vinculante 21). 
 
QUESTÃO OBJETIVA Pessoa física, contribuinte do Imposto sobre a Renda, apresenta sua 
declaração anual de ajuste, entendendo fazer jus à restituição de R$ 10.000,00. Processada a 
declaração pela Secretaria da Receita Federal durante quase três anos, é finalmente intimado 
o contribuinte, por via postal, de que suas deduções foram glosadas, ocasionando a expedição 
de notificação de lançamento do imposto pela autoridade administrativa, com penalidades e 
acréscimos legais, por entender o Fisco que as despesas eram indedutíveis, sendo, 
consequentemente, indeferida sua restituição. O contribuinte, dois dias depois de haver 
recebido a intimação pelo Correio, busca assistência profissional de um advogado. Indique a 
providência INCORRETA e que não seria tomada pelo advogado: 
 ( ) a. Aguardar a inscrição do crédito tributário em dívida da União e o ajuizamento da 
execução para, garantido o Juízo, opor embargos de devedor 
( ) b. Solicitar à autoridade administrativa que calcule o alegado débito do cliente. Em 
sequência, propor ação anulatória do ato declarativo da dívida precedida do depósito do 
montante integral do alegado crédito da Fazenda Pública, com penalidades, acréscimos legais 
e demais encargos, tal como calculados pela autoridade administrativa, a fim de elidir sua 
inscrição em Dívida Ativa da União e o ajuizamento da execução fiscal, ficando a exigibilidade 
do crédito tributário suspensa pelo depósito 
 ( X ) c. Impugnar a exigência representada pela notificação de lançamento, 60 (sessenta) dias 
depois da data em que tiver sido feita a intimação da exigência ao cliente, isto é, da data de 
recebimento, pelo cliente, da intimação por via postal. 
( ) d. Depois de examinar os fatos e a legislação aplicável, dar parecer escrito ao cliente no 
sentido de que efetivamente não fazia jus à restituição que pleiteou, sendo, portanto, 
procedentes a glosa das despesas e o lançamento; informar ao cliente, ainda, que o seu débito 
poderá ser pago à vista, ou ser parcelado, havendo nessas duas hipóteses possibilidade de 
redução da multa até o fim do prazo de impugnação

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