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Assuntos da Rodada 
DIREITO ADMINISTRATIVO: 1. Conceito e fontes do direito administrativo. Natureza e 
fins da administração. Agentes da administração. 2. Princípios básicos da 
administração: legalidade, moralidade, impessoalidade, finalidade, publicidade, 
eficiência. 3. Poderes e deveres do administrador público. Poderes administrativos: 
poder vinculado e poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder 
regulamentar, poder de polícia. 4. Atos administrativos. Conceitos e requisitos. 
Classificação. Espécies. Validade. Formalidade. Motivação. Revogação. Anulação. 
Modificação. Extinção. Controle de legalidade. 5. Servidores públicos. Classificação e 
regime jurídico. Normas constitucionais sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos. 6. Cargos públicos. Provimento em cargo público. Direitos e vantagens dos 
servidores públicos. Deveres e responsabilidades. Sindicância e processo 
administrativo (Lei n. 8.112, de 11/12/1990, atualizada, aplicável ao Distrito Federal, no 
que couber, por força da Lei Distrital n° 197/91). 7. Responsabilidade civil do Estado. 
Ação de indenização. Ação regressiva. 8. Controle da administração pública: conceito. 
Tipos e formas de controle. Controle interno e externo. Controle prévio, concomitante 
e posterior. Controle parlamentar. Controle pelos Tribunais de Contas. Controle 
 
Rodada #3 
Direito Administrativo 
 
Professor Moisés Moreira 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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jurisdicional. Meios de controle jurisdicional. 9. Constituição Federal: Título III, Capítulo 
VII - Da Administração Pública. 10. Improbidade administrativa (Lei Federal n°. 
8.429/1992). Imperícia, negligência e fraude. 11. Código de ética dos servidores da 
carreira auditoria tributária (Lei Distrital n° 845/1994). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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a. Teoria 
 
1. Olá, amigos! Na rodada de hoje vamos estudar os agentes públicos, bem como a 
improbidade administrativa, itens importantes para nosso concurso. 
1.1. São dois assuntos importantes para nosso aprendizado, especialmente agora 
que já vimos a Administração Pública, os poderes e os atos administrativos. 
1.2. De fato, sendo o Estado uma pessoa jurídica, que possui poderes próprios e 
pratica atos administrativos, sua atuação se materializa por meio de pessoas 
físicas, que são agentes públicos. 
1.3. Por exemplo, quando a Constituição determina aos entes políticos (União, 
Estado, DF e Municípios) preservarem as florestas e protegerem os bens de 
valor histórico, tal competência será executada, materialmente, por agentes 
públicos. 
1.4. Se tais agentes atuarem de modo contrário à lei ou aos princípios da 
administração pública, podem vir a ser processados por improbidade 
administrativa. 
1.5. Vamos estudar tudo isso! 
 
2. Agentes públicos – Agentes públicos são os que exercem função pública, mesmo 
que em caráter temporário ou sem remuneração. 
2.1. Nos termos do art. 2º da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992), 
agente público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer 
 
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outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função 
pública. 
2.2. Reparem que a noção de agentes públicos é bastante ampla. Trata-se, na 
verdade, de gênero, que abrange várias espécies: a) agentes políticos; b) 
agentes administrativos; c) agentes honoríficos; d) agentes delegados; e) 
agentes credenciados. Esta é a classificação de Hely Lopes, que é adotada pela 
maioria da doutrina. Vamos nos basear nela: 
2.2.1. Agentes políticos – São os que exercem função pública de alta 
direção do Estado, possuindo ampla liberdade funcional. 
2.2.1.1. São investidos no cargo, em regra, por meio de eleição, 
nomeação ou designação. Suas competências advêm diretamente 
da CF. Não se sujeitam às mesmas normas aplicáveis aos demais 
servidores públicos, tampouco se subordinam hierarquicamente a 
outras autoridades (ressalvados os auxiliares imediatos dos chefes 
do Poder Executivo, a exemplo dos Ministros de Estado). 
2.2.1.2. Exemplos: Presidente da República, governadores e prefeitos, 
bem como seus ministros e secretários; senadores, deputados e 
vereadores; juízes, desembargadores e ministros de tribunais 
superiores; promotores de justiça e procuradores da república; e os 
ministros ou conselheiros dos tribunais de contas. 
2.2.1.3. Atenção! Olha a dica para a prova! 
2.2.1.3.1. Parte da doutrina (Celso Antônio e José dos Santos) 
considera que os membros da magistratura e do ministério 
público são servidores públicos titulares de cargos vitalícios, e 
 
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não agentes políticos. Todavia, as provas de concurso não têm 
adotado esse posicionamento. 
2.2.1.3.2. Portanto, se a pergunta vier numa questão fechada, 
marque como correta a que afirma que os juízes e promotores 
são agentes políticos. 
2.2.1.3.3. Numa prova aberta, discorra sobre a divergência 
doutrinária e aponte que a corrente dominante no STF se 
baseia em Hely Lopes Meirelles (agentes políticos). 
2.2.2. Agentes administrativos - São aqueles sujeitos à hierarquia funcional 
e ao regime jurídico determinado pela entidade a que pertencem. 
2.2.2.1. Inserem-se nesse conceito os servidores públicos, os 
empregados públicos e os servidores temporários. 
a) Servidores púbicos são os titulares de cargos públicos, sujeitos 
ao regime estatutário (fruto de um estatuto, previsto em lei). 
Exemplo: Servidores do INSS, que são vinculados ao regime 
estatutário da Lei 8.112/90. 
b) Empregados púbicos são os ocupantes de empregos públicos, 
sujeitos ao regime celetista (regime jurídico contratual trabalhista). 
Exemplo: Empregados do Banco do Brasil. 
c) Temporários são os contratados transitoriamente para 
atender à necessidade temporária de excepcional interesse 
público, nos termos do art. 37, IX, da CF. Estabelecem relação 
contratual com a Administração Pública (contrato de direito 
público), mas não se confundem com os empregados públicos, pois 
não são regidos pela CLT. Exemplo: Os contratados pelo IBGE. 
 
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Atenção! Conforme destacam os professores Marcelo Alexandrino 
e Vicente Paulo, apesar das diferenças apontadas, o termo 
“servidores públicos” costuma ser empregado em sentido amplo, 
abrangendo os servidores públicos em sentido estrito (estatutários) 
e os empregados públicos (celetistas). 
Vejam o quadro comparativo: 
Servidores públicos estatutários Empregados públicos celetistas 
Devem fazer concurso público. Devem fazer concurso público. 
São funcionários públicos para fins 
penais. 
São funcionários públicos para fins 
penais. 
Sujeitam-se a estágio probatório. Sujeitam-se a período de experiência 
de até 90 dias (CLT, art. 445, parágrafo 
único). 
Adquirem estabilidade, só podendo 
ser demitidos por sentença judicial; 
processo administrativo disciplinar; 
avaliação de desempenho e para 
redução de despesas. 
Não possuem estabilidade, mas,conforme decidiu o STF, a demissão 
deve ser motivada e deve haver ampla 
defesa e contraditório. 
Cuidado! Para o TST, a dispensa 
motivada somente é exigida para os 
Correios, não se aplicando às demais 
entidades. 
Estão sujeitos a alterações unilaterais 
em seu regime (não há direito 
adquirido ao regime estatutário). 
Como se trata de relação contratual, 
não se admite alteração por uma só 
das partes. 
 
2.2.3. Agentes delegados - São os encarregados de exercer determinada 
atividade, obra ou serviço público, em nome próprio, mas sob 
fiscalização do Estado. 
 
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2.2.3.1. Colaboram com a Administração e não são considerados 
servidores públicos. 
2.2.3.2. Exemplos: concessionários e permissionários de serviços 
públicos; leiloeiros etc. 
2.2.4. Agentes honoríficos – São pessoas requisitadas ou designadas para 
desempenharem, transitoriamente, uma função pública. 
2.2.4.1. Exemplos: Jurados, mesários eleitorais etc. 
2.2.5. Agentes credenciados – Nas palavras de Hely Lopes, são os que 
recebem a incumbência da administração para representá-la em 
determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante 
remuneração do poder público credenciante. 
2.2.5.1. Exemplo: Médicos credenciados. 
2.3. Atenção! Não se emprega mais a expressão funcionário público, exceto para 
fins penais. De acordo com o art. 327 do Código Penal, considera-se 
funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente 
ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
 
3. Disciplina constitucional dos agentes públicos – Amigos, para a prova, a leitura dos 
arts. 37 a 41 da CF é essencial. Vamos destacar, a seguir, os pontos que envolvem 
os agentes públicos, com maior probabilidade de serem cobrados: 
3.1. Primeiro, convém saber a diferença entre cargo, emprego e função, pois é 
importante para entendermos o que virá adiante: 
3.1.1. Cargo público é o “lugar” dentro da estrutura da administração, com 
atribuições e responsabilidades, ocupados por servidores públicos dos 
 
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órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional 
pública. Podem ser efetivos (concurso público) ou em comissão (de livre 
nomeação e exoneração, também chamados de cargos de confiança). 
3.1.2. Emprego público também designa o “lugar” ocupado dentro de uma 
estrutura. A diferença em relação ao cargo é que o emprego possui 
natureza contratual, celetista, enquanto que o cargo é estatutário, 
vinculado a lei específica. Os empregados públicos, apesar de vinculados 
à CLT, sujeitam-se a um regime jurídico híbrido, pois algumas normas de 
direito público, a exemplo do concurso, lhe são exigíveis. 
3.1.3. Já a função pública é formada por um conjunto de atribuições que 
não necessariamente corresponde a um cargo ou a um emprego. Na CF, 
há dois exemplos: as funções exercidas pelos servidores temporários e 
as funções de confiança (chefia, direção e assessoramento). 
3.1.3.1. Atenção! As funções de confiança são exercidas 
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. Já os 
cargos em comissão devem observar as condições e percentuais 
mínimos exigidos em lei. 
3.2. Acesso a cargos públicos - Amigos, tanto os brasileiros que preencham os 
requisitos previstos em lei, quanto os estrangeiros, na forma da lei, podem 
ser servidores públicos (CF, art. 37, I). 
3.2.1. Exemplo: No âmbito federal, a Lei 8.112/90 estabelece, em seu art. 
5º, §3º, que as universidades federais poderão prover seus cargos com 
professores estrangeiros. 
3.2.2. Pessoal, cuidado! É possível que haja exigências específicas para o 
ingresso em determinados cargos, tais como idade e altura. 
 
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3.2.2.1. Todavia, qualquer restrição tem de constar de lei (e não 
somente do edital) e deve atender aos princípios da razoabilidade 
e impessoalidade. Não se pode fazer exigências absurdas, do tipo 
altura mínima para um concurso de auditor! 
3.2.2.2. Já viram como são alguns concursos para a carreira militar, por 
exemplo? Exige-se idade e altura mínimas. O STF entende que essa 
restrição somente é legítima se constar de lei específica e se for 
razoável diante da atividade exercida. 
3.2.2.3. E psicotécnico? O concurso pode exigi-lo? Sim, desde que seja 
previsto em lei e observe critérios objetivos de caráter científico. 
3.3. Concurso púbico – O acesso aos cargos e empregos públicos depende de 
prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e títulos, conforme a 
natureza e complexidade do cargo, exceto as nomeações para cargo em 
comissão (CF, art. 37, II). 
3.3.1. A exigência de concurso público advém do princípio da 
impessoalidade e da isonomia. Visa garantir que todos tenham acesso 
ao cargo ou empregos públicos. 
3.3.1.1. São exceções: a) nomeação em cargo de comissão (CF, art. 37, 
II); b) contratação temporária para atender a interesse público (CF, 
art. 37, IX); c) contratação de agentes comunitários de saúde e para 
combate a endemias (CF, art. 198, §4º - observa-se um processo 
seletivo simplificado); d) cargos eletivos. 
3.3.2. Nos termos da CF, art. 37, III, o prazo de validade do concurso será 
de até dois anos, prorrogável uma vez por igual período. 
 
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3.3.3. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, 
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos 
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir 
cargo ou emprego, na carreira (CF, art. 37, IV). 
3.3.4. Deverá ser assegurado um percentual de cargos e empregos 
públicos para as pessoas portadoras de deficiência (CF, art. 37, VIII). 
3.3.4.1. Só para vocês terem uma ideia, no âmbito federal, devem ser 
reservadas entre 5% a 20% das vagas. 
3.3.4.2. Vale registrar a edição da Lei 12.990/2014, que reserva aos 
negros 20% das vagas na esfera federal, pelo prazo de 10 anos. 
3.3.4.3. Os Estados deverão legislar sobre o assunto. Em Rondônia, 
por exemplo, aos deficientes devem ser reservadas 10% das vagas. 
3.3.5. Atenção! De acordo com o STF, o candidato aprovado em concurso 
público dentro do número de vagas indicado no edital tem direito 
subjetivo de ser nomeado, respeitado o prazo de validade do concurso. 
3.3.5.1. Assim, se o concurso previu cinco vagas, pelo menos 5 
aprovados têm de ser nomeados. 
3.4. Estabilidade – Os servidores, nomeados para cargo de provimento efetivo em 
virtude de concurso público, são estáveis após três anos de efetivo exercício 
(CF, art. 41). 
3.4.1. Notem, amigos, que a estabilidade se aplica somente aos servidores 
titulares de cargo de provimento efetivo. É errado afirmar que os 
empregados públicos, por exemplo, são estáveis. 
 
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3.4.2. Também, é preciso o “efetivo exercício”, ou seja, os períodos de 
licença e afastamento não serão computados para os três anos. 
3.4.3. É necessária, ainda, a avaliação especial de desempenho, condição 
inserida pela EC 19/1998, em atenção ao princípio da eficiência. 
3.4.4. Podemos inserir como requisito à aquisição de estabilidade a 
aprovação em estágio probatório, que na esfera federal tem duração de 
dois anos. 
3.4.5. Pessoal, para fechar o tópico, vamos guardar os casos em que o 
servidor estável poderá perder o cargo: 
a) Em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
b) Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
defesa; 
c) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na 
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
d) Quando o excesso de gastos com pessoal impedir o cumprimento 
dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (CF, art. 169, §3º). 
3.4.6. Atenção! Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor 
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, 
reconduzido ao cargo de origem,sem direito a indenização, aproveitado 
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
3.4.7. Cuidado! Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o 
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração 
 
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proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em 
outro cargo. 
3.5. Direito de associação sindical e de greve – O art. 37, VI e VII, da CF, assegura 
esses direitos aos servidores públicos civis. 
3.5.1. Cuidado! Aos militares são vedadas a sindicalização e a greve (CF, art. 
142, §3º, IV). 
3.5.2. Atenção! A livre associação sindical é um direito autoaplicável (norma 
de eficácia plena), porém o direito de greve será exercido nos termos e 
nos limites definidos em lei específica (norma de eficácia limitada). 
3.5.3. A lei da greve no serviço público até hoje não foi editada. Diante 
disso, o STF determinou a aplicação ao serviço público, naquilo que for 
compatível, da lei de greve do setor privado (Lei 7.783/1989). 
3.6. Direitos trabalhistas aplicáveis aos servidores públicos – Nos termos do art. 
39, §3º, aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público os seguintes 
direitos trabalhistas: 
a) Salário-mínimo; b) 13º salário; c) Remuneração do trabalho noturno 
superior ao diurno; d) Salário-família em razão dos dependentes de baixa 
renda nos termos da lei; e) Duração do trabalho normal não superior a oito 
horas diárias e 44 horas semanais; f) Repouso semanal remunerado, 
preferencialmente aos domingos; g) Gozo de férias anuais remuneradas 
com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; h) Licença à gestante; 
i) Licença paternidade; j) Proteção do mercado de trabalho da mulher; l) 
Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança; m) Proibição de diferença de salários, de exercício de 
 
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funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou 
estado civil. 
3.7. Remuneração dos agentes públicos – Primeiramente, temos de diferenciar 
vencimento, remuneração e subsídio. 
a) Vencimento é a retribuição básica a que o agente público faz jus pelo 
exercício do cargo, em valor previsto em lei, sem vantagem adicional. 
b) Remuneração consiste na soma do vencimento e das demais vantagens 
pecuniárias, variáveis ou não. 
c) Subsídio é a retribuição pecuniária paga a determinados agentes públicos 
(chefes do poder executivo, juízes, promotores etc.), em parcela única, 
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, 
verba de representação ou outra espécie remuneratória. 
3.7.1. De acordo com o art. 37, X, da CF, a remuneração dos servidores 
púbicos e os subsídios somente poderão ser fixados ou alterados por lei 
específica, observada a iniciativa privativa de cada Poder em relação aos 
seus servidores, assegurada a revisão geral e anual, sempre na mesma 
data e sem distinção de índices. 
3.7.1.1. Amigos, os salários dos empregados públicos não se sujeitam 
a tal regra, pois não dependem de lei. 
3.7.1.2. Atenção! A remuneração dos deputados, senadores, do 
Presidente e dos Ministros são fixados por meio de decreto 
legislativo do Congresso Nacional (CF, art. 49, VII e VIII). 
3.7.2. O art. 37, XI, da CF, estabelece o teto constitucional, ou seja, o limite 
máximo da remuneração e do subsídio dos servidores públicos: 
 
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A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e 
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de 
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, 
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos 
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de 
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, 
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-
se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados 
e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do 
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no 
âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do 
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, 
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos 
Procuradores e aos Defensores Públicos. 
3.7.2.1. Pessoal, todos os ocupantes de cargos, empregos e funções 
públicas da Administração direta, autárquica ou fundacional, de 
todos os poderes de todos os entes políticos (União, Estados, DF e 
Municípios) estão sujeitos ao teto. 
3.7.2.2. Mas cuidado! No tocante às empresas públicas, sociedades de 
economia mista e subsidiárias, nos termos da CF, art. 37, §9º, o teto 
do STF somente se aplica se receberem recursos do ente para 
pagamento de pessoal ou de custeio em geral. 
 
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3.7.2.3. Não serão computadas, para efeito de limitação ao teto, as 
parcelas de caráter indenizatório previstas em lei (diárias, por 
exemplo). 
3.7.2.4. Amigos, além do teto geral do STF, existem subtetos: 
a) Nos Municípios, o subsídio do prefeito é o teto; 
b) Nos Estados, temos que, em relação ao Poder Executivo, o teto 
é o subsídio do governador; em relação ao Poder Legislativo, o 
teto é o subsídio dos deputados estaduais; e em relação ao 
Poder Judiciário, o teto é o subsídio dos desembargadores do 
Tribunal de Justiça; 
c) Fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu 
âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei 
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos 
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
não se aplicando aos subsídios dos Deputados Estaduais e 
Distritais e dos Vereadores; 
d) O subsídio dos deputados estaduais e distritais está limitado a 
75% do subsídio dos deputados federais. Já o subsídio dos 
vereadores poderá vaiar de 20% a 75 % do subsídio dos 
deputados estaduais. 
3.7.3. É proibida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço 
público. 
 
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3.7.3.1. Atenção! A própria CF cria hipóteses de equiparação (por 
exemplo, quando dispõe que os Ministros do TCU são equiparados 
aos Ministros do STJ) e de vinculação (entre os subsídios dos 
Ministros do STF e os dos Tribunais Superiores). Trata-se de 
exceção! 
3.7.4. São irredutíveis os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de 
cargos e empregos públicos, em regra. 
3.7.4.1. Atenção! A irredutibilidade não afasta a adequação ao teto 
constitucional. Também constitui exceção eventual redução 
remuneratória advinda da oscilação de gratificação de 
desempenho. É muito comum hoje servidores receberem uma 
parcela variável, vinculada ao seu desempenho. Qualquer 
decréscimo nesse sentido não é impedido pela irredutibilidade. 
3.7.4.2. Trata-se de irredutibilidade nominal, que impede a redução do 
valor numérico (Se ganho 15 mil, tenho de continuar a ganhar, pelo 
menos, 15 mil). Esta irredutibilidade não garante a reposição de 
perdas inflacionárias. 
3.8. Acumulação de cargos, empregos e funções públicas – Pessoal este ponto da 
matéria despenca em provas. Portanto, muita atenção! 
3.8.1. A regra geral é de que é proibida a acumulação remunerada de 
cargos públicos, exceto, e desde que haja compatibilidade de horários: 
a) a de dois cargos de professor. 
b) A de um cargo de professor com outro técnico ou científico. 
 
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c) A dedois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, 
com profissões regulamentadas. 
3.8.2. Ou seja, nas situações citadas é possível o acúmulo legal de funções 
públicas remuneradas (CF, art. 37, XVI). 
3.8.3. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia 
mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
3.8.4. Claro, amigos, a vedação aqui estudada não impede o exercício de 
atividades privadas, desde que estas sejam lícitas e compatíveis quanto 
ao horário. 
3.8.5. Além da permissão contida no inciso XVI do art. 37, há outros casos 
previstos na CF, a exemplo dos: 
a) Servidores da administração direta, autárquica ou fundacional, 
investidos no mandato de vereador, havendo compatibilidade de 
horários, perceberão as vantagens de seu cargo, emprego ou função, 
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo (CF, art. 38, III). 
b) Juízes e promotores podem exercer o magistério (CF, art. 95, 
parágrafo único, I; e art. 128, §5º, II, “d”). 
3.8.6. Ainda sob a perspectiva da proibição de acúmulo de cargos públicos, 
dispõe o art. 37, §10, da CF que é vedada a percepção simultânea de 
proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo, emprego ou 
função pública, ressalvados os cargos acumuláveis, os cargos eletivos e 
os caros em comissão. 
 
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3.8.6.1. Tal regra aplica-se aos regimes próprios dos servidores 
públicos estatutários e militares, não alcançando o Regime Geral de 
Previdência Social. 
3.8.6.1.1. Olha que interessante, amigos! Como não alcança do 
RGPS, os aposentados deste regime podem retornar à 
atividade e acumular os proventos com a remuneração do 
novo cargo. Todavia, os aposentados do Regime Próprio não 
podem, salvo nas permissões constitucionais (cargos 
acumuláveis, cargos eletivos e cargos em comissão). 
3.8.6.1.2. Exemplo: Servidor do INSS (Regime Próprio) aposentado 
que seja aprovado num concurso do Banco do Brasil (Regime 
Geral), não poderá acumular (não se insere nas permissões 
constitucionais), devendo optar por uma das remunerações. 
Por outro lado, um empregado aposentado do Banco do Brasil 
aprovado num concurso do INSS, poderá acumular. 
3.9. A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas 
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores 
administrativos, na forma da lei. 
3.9.1. Amigos, não se poderá impedir ou dificultar o exercício das 
atividades fiscais. Tal norma, porém, não é autoaplicável e depende de 
regulamentação para definir como se dará, na prática, a precedência 
citada. 
3.9.2. Além disso, as administrações tributárias da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao 
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras 
específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
20 
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o 
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei 
ou convênio. 
3.10. Mandatos eletivos – Pessoal, os servidores públicos podem exercer mandato 
eletivo? Sim! Desde que respeitas as regras constitucionais previstas no art. 
38, da CF, cujas regras foram simplificadas no quadro a seguir: 
Tipo de mandato Consequência 
Federal, estadual ou distrital (Presidente, 
Senadores, Deputados Federais e 
Estaduais, Governador). 
Servidor deverá ser afastado do seu cargo, 
recebendo apenas a remuneração do 
mandato eletivo. 
Mandato de prefeito. Servidor deverá ser afastado do seu cargo, 
mas pode optar pela remuneração. 
Mandato de vereador. Se houver compatibilidade de horários, o 
servidor poderá exercer seu cargo e o 
mandato. Se não houver, deverá ser 
afastado de seu cargo, mas poderá optar 
pela remuneração. 
 
3.11. Regime jurídico dos servidores públicos - A União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime 
jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração 
pública direta, das autarquias e das fundações públicas (CF, art. 39). 
3.11.1. Notem que estamos tratando somente dos servidores públicos em 
sentido estrito. Notem, também, que a CF menciona “regime jurídico 
único”, sem mencionar qual deve ser adotado. 
3.11.2. Tal regime único deixou de ser obrigatório a partir da EC 19/1998. 
Todavia, em virtude de decisão liminar do STF, que suspendeu a eficácia 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
21 
da alteração promovida por referida emenda, desde 08/2007, voltou a 
vigorar a redação original do art. 39, que prevê o regime jurídico único. 
3.11.3. Na esfera federal, por exemplo, existe a Lei 8.112/90, que instituiu o 
regime jurídico único dos servidores públicos civis da União, das 
Autarquias e das Fundações Públicas. Trata-se do regime estatutário dos 
servidores públicos federais! 
3.11.4. Amigos, via de regra, o estabelecimento de vínculo estatuário exige 
concurso público. 
3.11.4.1. Todavia, nos termos do art. 19 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias: 
Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das 
fundações públicas, em exercício na data da promulgação da 
Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não 
tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da 
Constituição, são considerados estáveis no serviço público. 
3.12. Regime de previdência dos servidores públicos estatutários – No Brasil, 
existem dois regimes básicos de previdência social: O Regime Geral (RGPS) e 
o Regime Próprio (RPPS). Além desses, há outro, de natureza complementar e 
de caráter facultativo: A Previdência Complementar. 
3.12.1. O RGPS é operacionalizado pelo INSS e é disciplinado pelos art. 201 
e 202 da CF. Ampara um rol imenso de trabalhadores, inclusive aqueles 
ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, função temporária 
ou de emprego público. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
22 
3.12.2. Já o RPPS se aplica aos servidores titulares de cargos efetivos da 
União, dos Estados, do DF e dos Municípios, incluídas suas autarquias e 
fundações. 
3.12.3. De fato, dispõe o art. 40 da CF que aos titulares de cargos efetivos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas 
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter 
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente 
público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados 
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto no 
citado artigo. 
3.12.3.1. Notem que somente os titulares de cargo efetivo da União, dos 
Estados, do DF e dos Municípios, incluídas suas autarquias e 
fundações, é que terão assegurada a previdência pública – São os 
Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). 
3.12.3.2. Por óbvio, caso o Ente não tenha instituído RPPS, mesmo em 
relação aos servidores ocupantes de cargo efetivo, haverá 
vinculação ao RGPS. 
3.12.3.3. Atenção! Fica vedada a existência de mais de um regime 
próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos 
efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime 
em cada ente estatal, ressalvados os militares federais. 
3.12.3.4. O custeio dos RPPS se dá mediante contribuições dos 
servidores públicos efetivos, dos aposentados e dos pensionistas, 
além das contribuições dos respectivos entes federativos. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
23 
3.12.3.5. Atenção! A obrigação de os aposentados e pensionistas 
contribuírem para o RPPS foi instituída pela EC 41/2003. Todavia, tal 
contribuição incidirá somente sobre a parcela que exceder o teto 
do RGPS que, atualmente, é de R$ 5.531,31. Se o benefício do RPPS 
respeitaresse limite, haverá imunidade. 
3.12.3.6. Atenção! A EC 47/2005 atenuou a regra de incidência de 
contribuição par os aposentados e pensionistas portadores de 
doença incapacitante. Estes somente deverão contribuir se o 
benefício ultrapassar o dobro do teto do RGPS. 
3.12.3.7. O RPPS, nos termos do §12, do art. 40, da CF, observará, no 
que couber, os requisitos e os critérios fixados para o RGPS. Assim, 
o RGPS aplica-se, subsidiariamente, ao RPPS, nos casos em que 
este, por exemplo, for omisso quanto à data do início de um 
benefício de pensão por morte (STJ, AgRg no REsp 1015492 / MG, 
DJe 13/11/2012). 
3.12.3.8. Vale destacar que, nos termos do §14, do art. 40, da CF, A 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que 
instituam regime de previdência complementar para os seus 
respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para 
o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo 
RPPS, o teto do RGPS. Certo, pessoal? Qualquer dos entes políticos, 
se instituir previdência complementar, poderá fixar como limite de 
suas aposentadorias e pensões o valor de R$ 5.531,31. 
3.12.3.9. Conforme art. 40, §1º, da CF, os servidores do RPPS se 
aposentarão da seguinte forma: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
24 
a) Por invalidez permanente, com proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição, e invalidez permanente, com proventos 
integrais nos casos de acidente em serviço, moléstia profissional ou 
doença grave, contagiosa ou incurável. 
b) Compulsoriamente aos 75 anos, com proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição. 
c) Voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 
anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo 
efetivo em que se dará a aposentadoria, observando-se: 
I – 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, para os homens, e 
55 anos de idade e 30 anos de contribuição para as mulheres; 
II – 65 anos de idade para os homens e 60 anos de idade para as 
mulheres, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; 
III - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão 
reduzidos em 5 anos para o professor que comprove 
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de 
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio 
(CF, art. 40, §5º). 
3.12.3.10. Conforme previsão do §4º, do art. 40, da CF/88, podem ser 
adotados critérios diferenciados, nos termos definidos em leis 
complementares, para concessão de aposentadorias no RPPS 
apenas nos casos relativos aos portadores de deficiência, aos que 
exerçam atividades de risco e àqueles sujeitos a condições 
prejudiciais à saúde ou à integridade física. 
 
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25 
3.12.3.11. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes 
do segurado que falecer. Num primeiro momento, a pensão 
correspondia ao valor integral dos proventos ou da remuneração 
do servidor na data do óbito. 
3.12.3.11.1. Todavia, a partir da EC 41/2003, foi fixada uma 
redução para as pensões que ultrapassarem o teto do RGPS. 
De fato, dispõe o §7º, do art. 40, da CF, que a pensão por morte 
será igual ao valor da totalidade dos proventos ou da 
remuneração do servidor no cargo em que se deu o 
falecimento, até o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do RGPS, acrescido de 70% da parcela excedente a 
este limite. 
3.12.3.12. Nos termos do §19, do art. 40, da CF, incluído pela EC 41/2003, 
o servidor que tenha completado as exigências para aposentadoria 
voluntária estabelecidas no § 1º, III, a (60 anos de idade e 35 anos 
de contribuição, se homem; e 55 anos de idade e 30 anos de 
contribuição, se mulher), e que opte por permanecer em atividade 
fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua 
contribuição previdenciária até completar as exigências para 
aposentadoria compulsória (75 anos de idade). 
 
4. Improbidade administrativa – Amigos, se os agentes públicos praticarem atos 
contrários à lei ou aos princípios constitucionais, estarão sujeitos a uma série de 
consequências. Algumas das mais relevantes encontram-se previstas na Lei 
8.429/1992, que trata de sanções de natureza civil, administrativa e política, e não 
penal, a serem aplicadas a tais agentes. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
26 
4.1. Antes de nos adentrarmos na Lei de Improbidade, é preciso saber como a CF 
trata o tema. Nos termos do art. 37, §4º, os atos de improbidade 
administrativa importarão: Suspensão dos direitos políticos; perda da função 
pública; indisponibilidade dos bens; ressarcimento ao erário. 
4.2. A regulamentação do dispositivo constitucional se deu pela Lei 8.429/92, que 
possui abrangência nacional, aplicando-se a todas as pessoas políticas. 
4.2.1. Referida Lei conferiu maior concretude ao princípio da moralidade 
administrativa, referindo-se, também, ao princípio da legalidade. 
4.3. Abrangência da Lei de Improbidade – Atos praticados por qualquer agente 
público (servidores, ocupantes de mandato eletivo e particulares que exerçam 
função pública). 
4.3.1. Também abrange atos de particulares, desde que estes induzam, 
concorram ou se beneficiem dos atos de improbidade (não podem estar 
sozinhos). 
4.4. Sujeitos passivos - são os que podem ser atingidos diretamente por atos de 
improbidade, e que dispõem, concorrentemente com o Ministério Público, de 
legitimidade ativa ad causam para ajuizar a ação de improbidade. São eles: 
a) Administração pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
b) EMPRESA incorporada ao patrimônio público e ENTIDADE para cuja 
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% 
do patrimônio ou da receita anual; 
c) ENTIDADE que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou 
creditício, de órgão público, bem como aquelas para cuja criação ou 
custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 50% do 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
27 
patrimônio ou da receita anual (nesses casos, a sanção patrimonial 
limita-se à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres 
públicos). 
4.5. Sujeitos ativos – aqueles que podem praticar atos de improbidade, e que 
dispõem de legitimidade passiva em face de uma ação de improbidade. São 
eles: 
a) Agentes públicos em sentido amplo, salvo o Presidente da República. 
Aqui, pessoal, entram os governadores, prefeitos etc.; 
b) pessoas que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra 
para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer 
forma direta ou indireta. 
4.6. Natureza das sanções - A Lei 8.429/92 estabelece sanções de natureza 
administrativa, civil e política. O rol de sanções previsto no § 4º, do art. 37, da 
Constituição Federal, é exemplificativo e, por isso, a lei pode estabelecer 
outras. 
4.6.1. A Lei 8.429/92 não estabelece sanções penais, mas isso não impede 
a condenação na área criminal, uma vez que algumas condutas descritas 
como atos de improbidade administrativa na Lei 8.429/92 coincidem 
com tipos penais. 
4.7. Descrição legal dos atos de improbidade administrativa e sanções aplicáveis: 
4.7.1. GRUPO I: atos de improbidade administrativa que importam em 
enriquecimento ilícito (art. 9º da Lei 8.429/92). O beneficiário é o próprio 
autor. São atos dolosos. 
4.7.1.1. Cominações: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
28 
a) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio 
particular; 
b) ressarcimento integral do dano, quando houver; 
c) perda da função pública; 
d) suspensão dos direitos políticos (8 a 10 anos) 
e) multa de até três vezes o valor auferido ilicitamente; 
f) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios (por 10 anos). 
4.7.2. GRUPO II: atos de improbidade administrativa que causam prejuízo 
ao erário (art. 10 da Lei 8.429/92). O beneficiário é um terceiro.São atos 
dolosos ou culposos. 
4.7.2.1. Cominações: 
a) ressarcimento integral do dano; 
b) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio 
particular, se for o caso; 
c) perda da função pública; 
d) suspensão dos direitos políticos (5 a 8 anos); 
e) multa de até duas vezes o valor do dano; 
f) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios (por 5 anos). 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
29 
4.7.3. GRUPO III: atos de improbidade administrativa que atentam contra 
os princípios da administração pública (art. 11 da Lei 8.429/92). São atos 
dolosos. 
4.7.3.1. Cominações: 
a) ressarcimento integral do dano, se houver; 
b) perda da função pública; 
c) suspensão dos direitos políticos (3 a 5 anos); 
d) multa de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo 
agente; 
e) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios (por 3 anos). 
4.7.4. Atenção, amigos! Cuidado com a atualização da legislação! A Lei 
Complementar 157, publicada no dia 30/12/2016, trouxe um novo tipo 
de improbidade administrativa – aquele decorrente de concessão ou 
aplicação indevida de benefício financeiro e tributário. 
4.7.4.1. Nos termos do art. 10-A, inserido na Lei de Improbidade pela 
Lei Complementar 157/2016, constitui ato de improbidade 
administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou 
manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem 
o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de 
julho de 2003. 
4.7.4.1.1. A LC 116/2003 traz normas gerais relativas ao imposto 
sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN), de competência 
dos municípios e do Distrito Federal. A alíquota mínima desse 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
30 
imposto é de 2%, sendo vedada a concessão de isenções, 
incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, sob 
qualquer forma, que resulte, direta ou indiretamente, em 
carga tributária menor que a decorrente da aplicação da 
referida alíquota mínima 2%, exceto para determinados 
serviços na própria LC 116/2003 discriminados. 
4.7.4.1.2. Notem que a criação do novo tipo de improbidade tem 
por objetivo fortalecer a proibição mencionada no item 
anterior. 
4.7.4.2. O disposto no art. 10-A da Lei 8.429/92 produzirá efeitos a 
partir do dia 30/12/2017, conforme consta do §1º, do art. 7º, da LC 
157/2016. 
4.7.4.3. Cominações: 
a) perda da função pública; 
b) suspensão dos direitos políticos (5 a 8 anos); 
c) multa de até três vezes o valor do benefício financeiro ou 
tributário concedido. 
4.7.5. Todas as cominações previstas na lei podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato, sem prejuízo das 
sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica. 
4.7.6. Para a fixação das penas, o juiz deverá levar em conta a extensão do 
dano, bem como o proveito patrimonial obtido pelo agente. Para Di 
Pietro, a expressão “extensão do dano causado” tem que ser entendida 
em sentido amplo, de modo que abranja não só o dano ao erário, ao 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
31 
patrimônio público em sentido econômico, mas também ao patrimônio 
moral do Estado e da sociedade. 
4.8. Procedimentos administrativos e ações judiciais: 
4.8.1. A Lei 8.429/92 permite que qualquer pessoa represente à autoridade 
administrativa competente para que seja instaurada investigação 
destinada a apurar a prática de ato de improbidade. Se o autor da 
denúncia fizer uma acusação falsa, ele estará praticando crime. 
4.8.2. Atendidos os requisitos da representação (escrita e assinada, 
qualificação do representante, informações sobre o fato e sua autoria e 
provas), a autoridade administrativa tem o dever de determinar a 
imediata apuração dos fatos, mediante a instauração de um processo 
administrativo disciplinar. 
4.8.3. A comissão encarregada da instrução do processo administrativo 
deve dar conhecimento da existência dele ao Ministério Público e ao 
Tribunal de Contas competente. 
4.8.4. Se os atos sob investigação tiverem causado lesão ao patrimônio 
público ou ensejado enriquecimento ilícito, a comissão processante 
representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão ou 
entidade em que esteja tramitando o PAD para que seja requerida ao 
juízo competente a decretação do sequestro (“penhora” de bens 
específicos para garantir futura execução). 
4.8.5. O Ministério Público pode requisitar de ofício a instauração de 
inquérito policial ou procedimento administrativo para apurar qualquer 
ilícito previsto na Lei 8.429/92. Não depende de qualquer representação. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
32 
4.8.6. A ação judicial de improbidade administrativa seguirá o rito 
ordinário. É considerada uma espécie de ação civil pública (Di Pietro) e, 
por isso, são aplicáveis à ação de improbidade administrativa os 
preceitos da Lei 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública) subsidiariamente. 
4.8.7. Atenção! Pode vir na prova! A ação judicial pode ser proposta pelo 
Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada. 
4.8.8. Tramitação da ação judicial de improbidade administrativa: 
 
 
 
 
4.8.9. É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações por atos de 
improbidade administrativa. 
4.8.10. Quanto ao Juízo competente, o STF entende que não cabe cogitar 
foro especial na ação de improbidade administrativa, pois ela é uma ação 
de natureza cível (somente há foro especial por prerrogativa de função 
nos procedimentos de caráter penal). Assim, o processo e o julgamento, 
em princípio, ocorrerão no juízo ordinário de primeiro grau. 
4.8.11. Prescrição: As ações destinadas à aplicação das sanções previstas na 
Lei 8.429/92 prescrevem em até 5 anos após o término do exercício de 
mandato, cargo em comissão ou de função de confiança. 
4.8.12. Se o agente for titular de cargo efetivo ou emprego público, o prazo 
de prescrição das referidas ações será o estabelecido em lei específica 
Petição 
inicial 
Notificação do 
requerido para se 
manifestar dentro 
do prazo de 15 dias 
O Juiz, no prazo de 30 dias após o 
recebimento da manifestação do 
requerido, poderá rejeitar a 
petição (decisão fundamentada) 
ou receber a petição, caso em 
que ocorrerá a citação do réu 
para apresentar contestação. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
33 
para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público 
(ex.: servidor público federal: 5 anos – Lei 8.112/90). 
4.8.13. Atenção! Pode vir na prova: A posse e o exercício de agente público 
ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores 
que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no 
serviço de pessoal competente. 
4.8.13.1. Tal declaração, quando for o caso, abrangerá o patrimônio do 
cônjuge ou companheiro, dos filhos ou de outros que vivam sob a 
dependência econômica do declarante, excluídos apenas os 
objetos e utensílios de uso doméstico. 
4.8.13.2. Será anualmente atualizada e na data em que o agente público 
deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. 
4.8.13.3. A declaração dos bens pode ser substituída pela cópia da 
declaração anual de imposto de renda. 
4.9. Amigos, segue quadro comparativo para facilitar os estudos (lembrando que 
com a LC 157/2016, foi previsto um quarto tipo de improbidade, já visto): 
 Enriquecimento ilícito. Prejuízo ao erário. Ofensa aos princípios. 
Artigo da Lei 8.429/92 Art. 9º Art. 10 Art. 11 
Especificidades Geram vantagem 
patrimonial indevida 
para o agente. 
Provocam perda 
patrimonial, desvio, 
apropriação, 
malbaratamento ou 
dilapidação dos bens 
públicos. 
Não provocam 
prejuízo financeiro ao 
erário, porém 
desobedecem as 
regras de honestidade, 
moralidade, 
imparcialidade.Tipo de conduta Dolosa. Dolosa ou culposa. Dolosa. 
Exemplos Receber dinheiro; 
perceber vantagem 
Facilitar ou concorrer 
para incorporação ao 
Retardar ou deixar de 
praticar, 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
34 
econômica; usar em 
proveito próprio bens, 
rendas, verbas etc. 
patrimônio particular 
de bens públicos; 
permitir ou concorrer 
para que pessoa física 
utilize bens públicos 
sem observar as 
formalidades legais; 
doar à pessoa física 
bens públicos sem 
observar as 
formalidades legais. 
indevidamente, ato de 
ofício; negar 
publicidade aos atos 
oficiais; deixar de 
prestar contas quando 
obrigado a fazê-lo. 
Sanções Perda dos bens ou 
valores acrescidos 
ilicitamente ao 
patrimônio; 
ressarcimento integral 
do dano, quando 
houver; perda da 
função pública; 
suspensão dos direitos 
políticos por 8 a 10 
anos. 
Ressarcimento integral 
do dano; perda dos 
bens ou valores 
acrescidos ilicitamente 
ao patrimônio, se for o 
caso; perda da função 
pública; suspensão dos 
direitos políticos de 5 a 
8 anos. 
Ressarcimento 
integral do dano, se 
houver; perda da 
função pública; 
suspensão dos direitos 
políticos por 3 a 5 
anos; pagamento de 
multa civil de até 100 
vezes o valor da 
remuneração 
percebida pelo agente. 
Sanções Pagamento de multa 
civil de até 3 vezes o 
valor do acréscimo 
patrimonial; proibição 
de contratar com o 
Poder Público ou dele 
receber benefícios 
fiscais ou creditícios, 
direta ou 
indiretamente, ainda 
que por meio de 
pessoa jurídica da qual 
seja sócio majoritário, 
pelo prazo de 10 anos. 
Pagamento de multa 
civil de até 2 vezes o 
valor do dano; 
proibição de contratar 
com o Poder Público ou 
dele receber benefícios 
ou incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda 
que por meio de pessoa 
jurídica da qual seja 
sócio majoritário, pelo 
prazo de 5 anos. 
proibição de contratar 
com o Poder Público 
ou dele receber 
benefícios ou 
incentivos fiscais ou 
creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda 
que por meio de 
pessoa jurídica da qual 
seja sócio majoritário, 
pelo prazo de 3 anos. 
 
 
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35 
b. Mapas mentais 
 
 
 
 
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39 
c. Revisão 1 
 
QUESTÃO 01 – FGV – ESPECIALISTA LEGISLATIVO - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – ALERJ – 
2017 
Augusto foi convidado, pelo Prefeito do Município em que vive, para ingressar no serviço 
público. Logo após a conversa, consultou a legislação municipal e constatou que o Município 
dispunha de cargos de provimento efetivo, cargos em comissão e funções de confiança. 
Por desconhecer as características gerais dessas figuras, procurou um advogado, que o 
informou que o seu ingresso no serviço público: 
a) somente seria possível, sem a prévia realização de concurso público, com a nomeação 
direta para um cargo em comissão; 
b) somente seria possível com a nomeação direta para um cargo de provimento efetivo ou 
para um cargo em comissão; 
c) somente seria possível, sem a prévia realização de concurso público, com a nomeação 
para uma função de confiança; 
d) exigiria a prévia aprovação em concurso público para a nomeação para um cargo de 
provimento efetivo, um cargo em comissão ou uma função de confiança; 
e) seria possível com a nomeação direta para um cargo de provimento efetivo, um cargo em 
comissão ou uma função de confiança. 
 
QUESTÃO 02 – CESPE – TCE SC – AUDITOR – 2016 
Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item que se segue. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
40 
O servidor público ocupante exclusivamente de cargo em comissão adquire a estabilidade 
após três anos de efetivo exercício. 
 
QUESTÃO 03 – CESPE – MPOG – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – 2015 
Julgue o item subsequente, relativo a agente público. Se tiver de contratar pessoal por tempo 
determinado para prestar assistência em situações de calamidade pública, a administração 
pública federal, estadual, distrital ou municipal poderá fazê-lo mediante processo seletivo 
simplificado, pois estará caracterizada a necessidade temporária de excepcional interesse 
público. 
 
QUESTÃO 04 – FGV – ANALISTA - RECURSOS HUMANOS - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL – 
IBGE – 2016 
Determinado servidor, ocupante do cargo de Técnico em Informações Geográficas e 
Estatísticas, está prestes a completar 03 (três) anos de serviço público. Ao realizar avaliação 
especial de desempenho, constata-se que o servidor demonstra desconhecimento quanto à 
noção de pesquisa e atividade estatística. Diante desse fato, aponte a medida adequada: 
a) o servidor inapto deverá ser readaptado em cargo diverso, cujas atribuições sejam mais 
adequadas ao seu conhecimento; 
b) admite-se a exoneração de ofício, pela autoridade competente, por não cumprimento das 
condições do estágio probatório; 
c) promove-se demissão de ofício, uma vez que não houve cumprimento das atribuições 
definidas no edital de concurso; 
d) o servidor deverá permanecer no cargo e aguardar o cumprimento do período necessário 
para aquisição de estabilidade; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
41 
e) demanda-se a abertura de processo administrativo disciplinar para que ele seja demitido, 
uma vez que o servidor já adquiriu estabilidade no cargo. 
 
QUESTÃO 05 – FGV – ANALISTA - RECURSOS HUMANOS - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL – 
IBGE – 2016 
O responsável pelo Departamento de gestão de recursos humanos de determinada 
Autarquia Federal, durante um processo de rotina de análise de documentos, percebe que 
Bruna, ocupante do cargo efetivo de Tecnologista, ocupa, igualmente, cargo de Professora 
de Estatística em Universidade Estadual, em regime de jornada de 20 horas semanais. Nessa 
hipótese, a situação da servidora configura: 
a) acumulação ilegal de cargos públicos, passível de sanção disciplinar de demissão pelo seu 
superior hierárquico; 
b) acumulação ilegal de cargos públicos, passível de sanção disciplinar de advertência; 
c) acumulação lícita de cargos públicos, sendo-lhe vedada a percepção de uma das 
aposentadorias, a critério da Administração; 
d) acumulação ilegal de cargo público, passível de sanção disciplinar de suspensão; 
e) acumulação lícita de cargos públicos, desde que comprovada a compatibilidade de 
horários. 
 
QUESTÃO 06 – FGV – ANALISTA JUDICIÁRIO - CONTABILIDADE - REAPLICAÇÃO – TJ-BA – 2015 
Rafael, servidor público estadual ocupante de cargo efetivo, foi demitido. Inconformado, 
ajuizou ação judicial e obteve a anulação de sua demissão, porque não foram observados o 
contraditório e a ampla defesa no curso do processo administrativo disciplinar. O retorno 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
42 
de Rafael ao cargo efetivo de origem, por força de decisão judicial transitada em julgado, é 
conhecido como: 
a) aproveitamento; 
b) reintegração; 
c) recondução; 
d) readaptação; 
e) recolocação. 
 
QUESTÃO 07 – FGV – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO - CIÊNCIAS CONTÁBEIS – TCM-SP – 2015 
Epaminondas, servidor público estadual, ao refletir sobre a possibilidade de concorrer a um 
mandato eletivo, procurou um advogado e pediu orientação a respeito da sistemática 
constitucional de acumulação de cargos públicos. A esse respeito, é correto afirmar que o 
servidor público: 
a) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, terá o 
tempo de serviço contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por 
merecimento; 
b) pode acumular qualquer cargo público, desde que haja compatibilidade de horários e 
seja observado o teto remuneratório constitucional; 
c) pode acumular, dentre outros, dois cargos de natureza técnica ou científica, desde que 
haja compatibilidade de horários e seja observado o teto remuneratórioconstitucional; 
d) não pode acumular nenhum cargo público, ainda que haja compatibilidade de horários e 
seja observado o teto remuneratório constitucional; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
43 
e) no exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, deverá ficar sempre 
afastado do cargo, emprego ou função junto à administração pública direta ou indireta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d. Revisão 2 
 
QUESTÃO 08 – CESPE – TRT 17ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2009 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
44 
Em relação aos regimes jurídicos dos ocupantes de cargos, 
empregos e funções públicas, julgue os itens a seguir. 
As limitações impostas pela Constituição Federal de 1988 à acumulação de cargos públicos 
são extensíveis aos denominados empregos públicos, porém não são aplicáveis às 
sociedades controladas indiretamente pelo poder público. 
 
QUESTÃO 09 – FGV – AUDITOR SUBSTITUTO – TCE-RJ – 2015 
A Constituição de 1988 procurou cuidar de vários temas sobre os servidores públicos, como 
o teto remuneratório; a perspectiva da revisão geral dos valores vencimentais e a 
estabilidade. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: 
I – A percepção de subsídio por servidor público exclui o direito a quaisquer outras 
vantagens, inclusive diárias e verbas indenizatórias. 
II – A revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos se dá de forma automática, 
prescindindo de lei que a preveja. 
III – A estabilidade alcança os empregados públicos que hajam sido admitidos por aprovação 
em concurso público de provas ou provas e títulos. 
São corretas as seguintes alternativas: 
a) I, II e III; 
b) somente I e II; 
c) somente I e III; 
d) somente II e III; 
e) nenhuma delas. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
45 
 
QUESTÃO 10 – CESPE – TCE PE – AUDITOR – 2017 
 João, aprovado em concurso público para auditor de controle externo no tribunal de contas 
de seu estado, foi lotado em sua cidade natal. Ao ter ciência desse fato, o prefeito do 
município, amigo da família de João, resolveu presenteá-lo com um veículo, a fim de facilitar 
a sua locomoção até o local de trabalho. João aceitou o presente. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, à luz do disposto na 
Lei n.º 8.429/1992. 
João cometeu ato de improbidade administrativa que importou enriquecimento ilícito. 
 
QUESTÃO 11 – FGV – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – SSP-AM – 2015 
Fabrício é servidor público estadual estável, mas, por força de nova lei, seu cargo efetivo 
acaba de ser extinto. De acordo com o regime jurídico previsto no texto constitucional sobre 
o tema, Fabrício: 
a) ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de contribuição, até 
sua adequada reintegração em outro cargo, de carreira diversa; 
b) será imediatamente reintegrado em outro cargo de similar natureza e remuneração; 
c) ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu 
adequado aproveitamento em outro cargo; 
d) será imediatamente readaptado em outro cargo de similar natureza e remuneração; 
e) será imediatamente exonerado, sem prejuízo aos cofres públicos, pelo princípio da 
supremacia do interesse público. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
46 
 
QUESTÃO 12 – FGV – ODONTÓLOGO – TJ-SC – 2015 - ADAPTADA 
Alexandre é servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e está lotado no 
gabinete de determinado desembargador. Em matéria de regime jurídico, com amparo no 
texto constitucional, é correto afirmar que a Alexandre: 
a) não se aplica a vedação constitucional de acumulação de cargos e empregos públicos; 
b) não se aplica o teto constitucional de remuneração de servidores públicos; 
c) aplica-se o regime próprio de previdência; 
d) aplica-se a estabilidade, após três anos de efetivo exercício; 
e) aplica-se o chamado regime geral de previdência social. 
 
QUESTÃO 13 – FGV – ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA – TJ-BA – 2015 
Em matéria de concurso público, a Constituição da República de 1988 estabelece que: 
a) a investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, quando se tratar da Administração Direta, não sendo tal 
obrigatoriedade exigida para entidades da Administração Indireta; 
b) o prazo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos, prorrogável uma vez, por 
igual período, a critério da Administração Pública e do presidente da comissão organizadora 
do concurso; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
47 
c) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em 
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre 
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
d) as funções de confiança e os cargos em comissão apenas podem ser preenchidos por 
servidores não concursados, desde que sejam exercidas atribuições de direção, chefia e 
assessoramento; 
e) os cargos em comissão recaem exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo 
e destinam-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
QUESTÃO 14 – FGV – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ADVOGADO – PROCEMPA – 2014 
Sobre matéria remuneratória de servidores públicos, analise as afirmativas a seguir. 
I. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados para fins 
de concessão de acréscimos ulteriores. 
II. É vedada a vinculação ou a equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o 
efeito de remuneração de pessoal do serviço público. 
III. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
48 
e. Revisão 3 
 
QUESTÃO 15 – FGV – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – ALERJ – 2017 
A Lei nº 8.429/1992 dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de função na administração pública. 
Acerca das disposições legais relativas à declaração de bens pelos agentes públicos, é 
correto afirmar que: 
a) a posse no cargo do agente público é condicionada à apresentação de declaração de bens; 
b) a declaração de bens do agente público está limitada ao seu patrimônio pessoal; 
c) a declaração de bens só precisa ser atualizada quando houver alterações significativas no 
patrimônio do agente público; 
d) é obrigatória a entrega de cópia da declaração anual de imposto de renda do agente 
público; 
e) a pena para o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens é a suspensão. 
 
QUESTÃO 16 – FGV – ESPECIALISTA LEGISLATIVO - CIÊNCIAS CONTÁBEIS – ALERJ – 2017 
A Lei Federal nº 8.429/1992 trata dos atos de improbidade administrativa praticados por 
agentes públicos e os apresenta em três tipos: os que importam enriquecimento ilícito, os 
que causam prejuízo ao erário e os que atentam contra os princípios da Administração 
Pública. 
Constitui um exemplo de ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento 
ilícito: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
49 
a) agir negligentemente na arrecadação de tributos; 
b) deixar de prestar contas quando estiver obrigado a fazê-lo; 
c) frustrar a licitude de concurso público; 
d) ordenar a realização de despesas não autorizadas; 
e) usar, em proveito próprio, bens integrantes do patrimônio das entidades públicas. 
 
QUESTÃO 17 – CESPE – FUNPRESP JUD – ASSISTENTE - 2016 
Dois agentes públicos de um tribunal de justiça — um ocupante exclusivamente de cargo 
em comissão e o outro emcargo de caráter efetivo — foram presos em flagrante em uma 
operação da Polícia Federal, por terem cometido desvio de verba pública em um processo 
licitatório do tribunal. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei de 
Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992. 
Assim como a administração direta e indireta, os órgãos do Poder Judiciário podem ser 
sujeitos passivos de atos de improbidade administrativa. 
 
QUESTÃO 18 – FGV – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO - PROCESSUAL – MPE-RJ – 2016 
Leandro, Prefeito Municipal, confeccionou e distribuiu pela cidade, utilizando verba pública, 
vinte mil panfletos intitulados “boletim informativo”, contendo sua imagem em diversas 
fotografias de inauguração de obras públicas com os seguintes dizeres: “O Prefeito Leandro 
continua cuidando de seu povo e construindo postos de saúde e escolas municipais para 
sua família! Com o seu apoio, darei continuidade às minhas ações beneficentes no próximo 
mandato!!!”. No caso em tela, Leandro: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
50 
a) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque, na qualidade de agente político, 
não se sujeita ao regime da lei de improbidade, respondendo apenas por crime de 
responsabilidade; 
b) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque a legislação permite que seja 
feita publicidade de caráter institucional, para dar ciência à população das ações sociais do 
Município; 
c) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque não houve dano ao erário, já que 
a publicação veiculou obras públicas que efetivamente existiram, mas cometeu ilícito de 
natureza eleitoral por propaganda antecipada; 
d) cometeu ato de improbidade administrativa, porque a publicidade não teve caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, e sim de promoção pessoal, com ofensa aos 
princípios da moralidade e impessoalidade; 
e) cometeu ato de improbidade administrativa, porque implicitamente solicitou votos para 
a próxima eleição e, por isso, está sujeito à cassação de seus direitos políticos e outras 
sanções previstas na lei de improbidade. 
 
QUESTÃO 19 – FGV – ANALISTA - PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DISCIPLINARES – IBGE – 
2016 
Francisco, servidor de fundação pública federal de direito público, percebeu vantagem 
econômica direta, consistente na quantia de cem mil reais em espécie, para facilitar a 
alienação de bem público da fundação por preço inferior ao valor de mercado, beneficiando 
seu cunhado, que é Deputado Federal. Descoberta a fraude, por meio de investigações 
levadas a cabo pelo Ministério Público Federal, o parquet ajuizou ação civil pública por ato 
de improbidade administrativa em face de todos os envolvidos. O processo deve tramitar 
perante o: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
51 
a) juízo de competência cível da Justiça Federal do primeiro grau de jurisdição; 
b) juízo de competência criminal da Justiça Federal do primeiro grau de jurisdição; 
c) órgão colegiado de competência cível do respectivo Tribunal Regional Federal; 
d) órgão colegiado de competência criminal do respectivo Tribunal Regional Federal; 
e) Supremo Tribunal Federal. 
 
QUESTÃO 20 – FGV – ANALISTA - PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DISCIPLINARES – IBGE – 
2016 
Em relação ao ato de improbidade administrativa, de acordo com a doutrina, a 
jurisprudência e a Lei nº 8.429/92, é correto afirmar que: 
a) o sujeito ativo é o agente público responsável pelo ato ímprobo, excluído o particular 
beneficiário do ato; 
b) o ato de improbidade administrativa pode ocorrer sem que haja dano ou prejuízo ao 
erário público; 
c) o dolo é imprescindível para configuração do ato de improbidade, não existindo a 
modalidade culposa; 
d) a conduta que configura o ato de improbidade é a comissiva, não existindo a modalidade 
omissiva, diante do princípio da tipicidade estrita; 
e) as sanções previstas na lei de improbidade englobam todas as punições aplicáveis aos 
agentes, não podendo haver outras sanções penais, civis ou administrativas pelos mesmos 
fatos. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
52 
QUESTÃO 21 – FGV – ANALISTA - PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DISCIPLINARES – IBGE – 
2016 
Com escopo de preservar o princípio da moralidade administrativa, a Constituição da 
República de 1988 estabelece que os atos de improbidade administrativa importarão, na 
forma e gradação previstas em lei: 
a) a pena privativa de liberdade, o ressarcimento ao erário e a demissão a bem do serviço 
público; 
b) a pena privativa de liberdade, o sequestro dos bens adquiridos ilicitamente e o 
ressarcimento ao erário; 
c) a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens 
e o ressarcimento ao erário; 
d) a cassação dos direitos políticos, a perda da função pública, a multa e o ressarcimento ao 
erário; 
e) a suspensão do cadastro nacional de pessoa física e jurídica, a demissão a bem do serviço 
público e o ressarcimento ao erário. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
53 
f. Normas utilizadas 
Constituição Federal (Art. 37, 38, 39, 40 e 41) 
Art. 37. 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham 
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, 
por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado 
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
Atenção! Se existe direito subjetivo à nomeação se houver aprovação dentro do número 
de vagas. Também existe esse direito se forem criadas novas vagas ou se houver 
contratação de agentes sem concurso, desde isso ocorra durante o prazo de validade 
do concurso. 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de 
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira 
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
54 
Gravem este inciso! É muito cobrado! 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas 
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público; 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa 
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem 
distinção de índices; 
Notem que é a remuneração e subsídio dos servidores e não dos empregados públicos! 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos 
da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de 
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens 
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídiomensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos 
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal 
do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e 
Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal 
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
55 
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e 
aos Defensores Públicos; 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão 
ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; 
Esta previsão se refere aos cargos iguais ou semelhantes nos Podres. Como, na prática, 
não existe tal semelhança, esta norma constitucional é, praticamente, “letra morta”. Na 
verdade, no Executivo estão as menores remunerações. 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para 
o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados 
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
Assim, por exemplo, para um servidor que receba R$ 5.000,00 de vencimento básico e 
R$ 2.000,00 a título de gratificação, se uma lei conceder um aumento geral de 20%, 
somente o vencimento é que será reajustado e não a gratificação. 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são 
irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
56 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; 
Desssspenncaaa em prova! 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e 
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas 
de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na 
forma da lei; 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores 
de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades 
e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de 
informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos 
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao 
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer 
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento. 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do 
art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, 
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os 
cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
57 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o 
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos 
Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas 
Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos 
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte 
e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados 
Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no 
exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu 
cargo, emprego ou função; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
lhe facultado optar pela sua remuneração; 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá 
as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo 
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu 
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por 
merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão 
determinados como se no exercício estivesse. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
58 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de 
sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da 
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime 
de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo 
ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios 
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, 
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito 
a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
59 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial 
de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
 
Lei 8.429/92 (Art. 1º ao 13) 
CAPÍTULO I 
Das Disposições Gerais 
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, 
contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa 
incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário 
haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta

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