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Assuntos da Rodada DIREITO ADMINISTRATIVO: 1. Conceito e fontes do direito administrativo. Natureza e fins da administração. Agentes da administração. 2. Princípios básicos da administração: legalidade, moralidade, impessoalidade, finalidade, publicidade, eficiência. 3. Poderes e deveres do administrador público. Poderes administrativos: poder vinculado e poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia. 4. Atos administrativos. Conceitos e requisitos. Classificação. Espécies. Validade. Formalidade. Motivação. Revogação. Anulação. Modificação. Extinção. Controle de legalidade. 5. Servidores públicos. Classificação e regime jurídico. Normas constitucionais sobre o regime jurídico dos servidores públicos. 6. Cargos públicos. Provimento em cargo público. Direitos e vantagens dos servidores públicos. Deveres e responsabilidades. Sindicância e processo administrativo (Lei n. 8.112, de 11/12/1990, atualizada, aplicável ao Distrito Federal, no que couber, por força da Lei Distrital n° 197/91). 7. Responsabilidade civil do Estado. Ação de indenização. Ação regressiva. 8. Controle da administração pública: conceito. Tipos e formas de controle. Controle interno e externo. Controle prévio, concomitante e posterior. Controle parlamentar. Controle pelos Tribunais de Contas. Controle Rodada #3 Direito Administrativo Professor Moisés Moreira DIREITO ADMINISTRATIVO 2 jurisdicional. Meios de controle jurisdicional. 9. Constituição Federal: Título III, Capítulo VII - Da Administração Pública. 10. Improbidade administrativa (Lei Federal n°. 8.429/1992). Imperícia, negligência e fraude. 11. Código de ética dos servidores da carreira auditoria tributária (Lei Distrital n° 845/1994). DIREITO ADMINISTRATIVO 3 Recados importantes! ➢ NÃO AUTORIZAMOS a venda de nosso material em qualquer outro site. 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De fato, sendo o Estado uma pessoa jurídica, que possui poderes próprios e pratica atos administrativos, sua atuação se materializa por meio de pessoas físicas, que são agentes públicos. 1.3. Por exemplo, quando a Constituição determina aos entes políticos (União, Estado, DF e Municípios) preservarem as florestas e protegerem os bens de valor histórico, tal competência será executada, materialmente, por agentes públicos. 1.4. Se tais agentes atuarem de modo contrário à lei ou aos princípios da administração pública, podem vir a ser processados por improbidade administrativa. 1.5. Vamos estudar tudo isso! 2. Agentes públicos – Agentes públicos são os que exercem função pública, mesmo que em caráter temporário ou sem remuneração. 2.1. Nos termos do art. 2º da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992), agente público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer DIREITO ADMINISTRATIVO 5 outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública. 2.2. Reparem que a noção de agentes públicos é bastante ampla. Trata-se, na verdade, de gênero, que abrange várias espécies: a) agentes políticos; b) agentes administrativos; c) agentes honoríficos; d) agentes delegados; e) agentes credenciados. Esta é a classificação de Hely Lopes, que é adotada pela maioria da doutrina. Vamos nos basear nela: 2.2.1. Agentes políticos – São os que exercem função pública de alta direção do Estado, possuindo ampla liberdade funcional. 2.2.1.1. São investidos no cargo, em regra, por meio de eleição, nomeação ou designação. Suas competências advêm diretamente da CF. Não se sujeitam às mesmas normas aplicáveis aos demais servidores públicos, tampouco se subordinam hierarquicamente a outras autoridades (ressalvados os auxiliares imediatos dos chefes do Poder Executivo, a exemplo dos Ministros de Estado). 2.2.1.2. Exemplos: Presidente da República, governadores e prefeitos, bem como seus ministros e secretários; senadores, deputados e vereadores; juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores; promotores de justiça e procuradores da república; e os ministros ou conselheiros dos tribunais de contas. 2.2.1.3. Atenção! Olha a dica para a prova! 2.2.1.3.1. Parte da doutrina (Celso Antônio e José dos Santos) considera que os membros da magistratura e do ministério público são servidores públicos titulares de cargos vitalícios, e DIREITO ADMINISTRATIVO 6 não agentes políticos. Todavia, as provas de concurso não têm adotado esse posicionamento. 2.2.1.3.2. Portanto, se a pergunta vier numa questão fechada, marque como correta a que afirma que os juízes e promotores são agentes políticos. 2.2.1.3.3. Numa prova aberta, discorra sobre a divergência doutrinária e aponte que a corrente dominante no STF se baseia em Hely Lopes Meirelles (agentes políticos). 2.2.2. Agentes administrativos - São aqueles sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico determinado pela entidade a que pertencem. 2.2.2.1. Inserem-se nesse conceito os servidores públicos, os empregados públicos e os servidores temporários. a) Servidores púbicos são os titulares de cargos públicos, sujeitos ao regime estatutário (fruto de um estatuto, previsto em lei). Exemplo: Servidores do INSS, que são vinculados ao regime estatutário da Lei 8.112/90. b) Empregados púbicos são os ocupantes de empregos públicos, sujeitos ao regime celetista (regime jurídico contratual trabalhista). Exemplo: Empregados do Banco do Brasil. c) Temporários são os contratados transitoriamente para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do art. 37, IX, da CF. Estabelecem relação contratual com a Administração Pública (contrato de direito público), mas não se confundem com os empregados públicos, pois não são regidos pela CLT. Exemplo: Os contratados pelo IBGE. DIREITO ADMINISTRATIVO 7 Atenção! Conforme destacam os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, apesar das diferenças apontadas, o termo “servidores públicos” costuma ser empregado em sentido amplo, abrangendo os servidores públicos em sentido estrito (estatutários) e os empregados públicos (celetistas). Vejam o quadro comparativo: Servidores públicos estatutários Empregados públicos celetistas Devem fazer concurso público. Devem fazer concurso público. São funcionários públicos para fins penais. São funcionários públicos para fins penais. Sujeitam-se a estágio probatório. Sujeitam-se a período de experiência de até 90 dias (CLT, art. 445, parágrafo único). Adquirem estabilidade, só podendo ser demitidos por sentença judicial; processo administrativo disciplinar; avaliação de desempenho e para redução de despesas. Não possuem estabilidade, mas,conforme decidiu o STF, a demissão deve ser motivada e deve haver ampla defesa e contraditório. Cuidado! Para o TST, a dispensa motivada somente é exigida para os Correios, não se aplicando às demais entidades. Estão sujeitos a alterações unilaterais em seu regime (não há direito adquirido ao regime estatutário). Como se trata de relação contratual, não se admite alteração por uma só das partes. 2.2.3. Agentes delegados - São os encarregados de exercer determinada atividade, obra ou serviço público, em nome próprio, mas sob fiscalização do Estado. DIREITO ADMINISTRATIVO 8 2.2.3.1. Colaboram com a Administração e não são considerados servidores públicos. 2.2.3.2. Exemplos: concessionários e permissionários de serviços públicos; leiloeiros etc. 2.2.4. Agentes honoríficos – São pessoas requisitadas ou designadas para desempenharem, transitoriamente, uma função pública. 2.2.4.1. Exemplos: Jurados, mesários eleitorais etc. 2.2.5. Agentes credenciados – Nas palavras de Hely Lopes, são os que recebem a incumbência da administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do poder público credenciante. 2.2.5.1. Exemplo: Médicos credenciados. 2.3. Atenção! Não se emprega mais a expressão funcionário público, exceto para fins penais. De acordo com o art. 327 do Código Penal, considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 3. Disciplina constitucional dos agentes públicos – Amigos, para a prova, a leitura dos arts. 37 a 41 da CF é essencial. Vamos destacar, a seguir, os pontos que envolvem os agentes públicos, com maior probabilidade de serem cobrados: 3.1. Primeiro, convém saber a diferença entre cargo, emprego e função, pois é importante para entendermos o que virá adiante: 3.1.1. Cargo público é o “lugar” dentro da estrutura da administração, com atribuições e responsabilidades, ocupados por servidores públicos dos DIREITO ADMINISTRATIVO 9 órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional pública. Podem ser efetivos (concurso público) ou em comissão (de livre nomeação e exoneração, também chamados de cargos de confiança). 3.1.2. Emprego público também designa o “lugar” ocupado dentro de uma estrutura. A diferença em relação ao cargo é que o emprego possui natureza contratual, celetista, enquanto que o cargo é estatutário, vinculado a lei específica. Os empregados públicos, apesar de vinculados à CLT, sujeitam-se a um regime jurídico híbrido, pois algumas normas de direito público, a exemplo do concurso, lhe são exigíveis. 3.1.3. Já a função pública é formada por um conjunto de atribuições que não necessariamente corresponde a um cargo ou a um emprego. Na CF, há dois exemplos: as funções exercidas pelos servidores temporários e as funções de confiança (chefia, direção e assessoramento). 3.1.3.1. Atenção! As funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo. Já os cargos em comissão devem observar as condições e percentuais mínimos exigidos em lei. 3.2. Acesso a cargos públicos - Amigos, tanto os brasileiros que preencham os requisitos previstos em lei, quanto os estrangeiros, na forma da lei, podem ser servidores públicos (CF, art. 37, I). 3.2.1. Exemplo: No âmbito federal, a Lei 8.112/90 estabelece, em seu art. 5º, §3º, que as universidades federais poderão prover seus cargos com professores estrangeiros. 3.2.2. Pessoal, cuidado! É possível que haja exigências específicas para o ingresso em determinados cargos, tais como idade e altura. DIREITO ADMINISTRATIVO 10 3.2.2.1. Todavia, qualquer restrição tem de constar de lei (e não somente do edital) e deve atender aos princípios da razoabilidade e impessoalidade. Não se pode fazer exigências absurdas, do tipo altura mínima para um concurso de auditor! 3.2.2.2. Já viram como são alguns concursos para a carreira militar, por exemplo? Exige-se idade e altura mínimas. O STF entende que essa restrição somente é legítima se constar de lei específica e se for razoável diante da atividade exercida. 3.2.2.3. E psicotécnico? O concurso pode exigi-lo? Sim, desde que seja previsto em lei e observe critérios objetivos de caráter científico. 3.3. Concurso púbico – O acesso aos cargos e empregos públicos depende de prévia aprovação em concurso de provas ou de provas e títulos, conforme a natureza e complexidade do cargo, exceto as nomeações para cargo em comissão (CF, art. 37, II). 3.3.1. A exigência de concurso público advém do princípio da impessoalidade e da isonomia. Visa garantir que todos tenham acesso ao cargo ou empregos públicos. 3.3.1.1. São exceções: a) nomeação em cargo de comissão (CF, art. 37, II); b) contratação temporária para atender a interesse público (CF, art. 37, IX); c) contratação de agentes comunitários de saúde e para combate a endemias (CF, art. 198, §4º - observa-se um processo seletivo simplificado); d) cargos eletivos. 3.3.2. Nos termos da CF, art. 37, III, o prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável uma vez por igual período. DIREITO ADMINISTRATIVO 11 3.3.3. Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira (CF, art. 37, IV). 3.3.4. Deverá ser assegurado um percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência (CF, art. 37, VIII). 3.3.4.1. Só para vocês terem uma ideia, no âmbito federal, devem ser reservadas entre 5% a 20% das vagas. 3.3.4.2. Vale registrar a edição da Lei 12.990/2014, que reserva aos negros 20% das vagas na esfera federal, pelo prazo de 10 anos. 3.3.4.3. Os Estados deverão legislar sobre o assunto. Em Rondônia, por exemplo, aos deficientes devem ser reservadas 10% das vagas. 3.3.5. Atenção! De acordo com o STF, o candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas indicado no edital tem direito subjetivo de ser nomeado, respeitado o prazo de validade do concurso. 3.3.5.1. Assim, se o concurso previu cinco vagas, pelo menos 5 aprovados têm de ser nomeados. 3.4. Estabilidade – Os servidores, nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, são estáveis após três anos de efetivo exercício (CF, art. 41). 3.4.1. Notem, amigos, que a estabilidade se aplica somente aos servidores titulares de cargo de provimento efetivo. É errado afirmar que os empregados públicos, por exemplo, são estáveis. DIREITO ADMINISTRATIVO 12 3.4.2. Também, é preciso o “efetivo exercício”, ou seja, os períodos de licença e afastamento não serão computados para os três anos. 3.4.3. É necessária, ainda, a avaliação especial de desempenho, condição inserida pela EC 19/1998, em atenção ao princípio da eficiência. 3.4.4. Podemos inserir como requisito à aquisição de estabilidade a aprovação em estágio probatório, que na esfera federal tem duração de dois anos. 3.4.5. Pessoal, para fechar o tópico, vamos guardar os casos em que o servidor estável poderá perder o cargo: a) Em virtude de sentença judicial transitada em julgado; b) Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; c) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. d) Quando o excesso de gastos com pessoal impedir o cumprimento dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (CF, art. 169, §3º). 3.4.6. Atenção! Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem,sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 3.4.7. Cuidado! Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração DIREITO ADMINISTRATIVO 13 proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 3.5. Direito de associação sindical e de greve – O art. 37, VI e VII, da CF, assegura esses direitos aos servidores públicos civis. 3.5.1. Cuidado! Aos militares são vedadas a sindicalização e a greve (CF, art. 142, §3º, IV). 3.5.2. Atenção! A livre associação sindical é um direito autoaplicável (norma de eficácia plena), porém o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica (norma de eficácia limitada). 3.5.3. A lei da greve no serviço público até hoje não foi editada. Diante disso, o STF determinou a aplicação ao serviço público, naquilo que for compatível, da lei de greve do setor privado (Lei 7.783/1989). 3.6. Direitos trabalhistas aplicáveis aos servidores públicos – Nos termos do art. 39, §3º, aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público os seguintes direitos trabalhistas: a) Salário-mínimo; b) 13º salário; c) Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno; d) Salário-família em razão dos dependentes de baixa renda nos termos da lei; e) Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 44 horas semanais; f) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; g) Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; h) Licença à gestante; i) Licença paternidade; j) Proteção do mercado de trabalho da mulher; l) Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; m) Proibição de diferença de salários, de exercício de DIREITO ADMINISTRATIVO 14 funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 3.7. Remuneração dos agentes públicos – Primeiramente, temos de diferenciar vencimento, remuneração e subsídio. a) Vencimento é a retribuição básica a que o agente público faz jus pelo exercício do cargo, em valor previsto em lei, sem vantagem adicional. b) Remuneração consiste na soma do vencimento e das demais vantagens pecuniárias, variáveis ou não. c) Subsídio é a retribuição pecuniária paga a determinados agentes públicos (chefes do poder executivo, juízes, promotores etc.), em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. 3.7.1. De acordo com o art. 37, X, da CF, a remuneração dos servidores púbicos e os subsídios somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa de cada Poder em relação aos seus servidores, assegurada a revisão geral e anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. 3.7.1.1. Amigos, os salários dos empregados públicos não se sujeitam a tal regra, pois não dependem de lei. 3.7.1.2. Atenção! A remuneração dos deputados, senadores, do Presidente e dos Ministros são fixados por meio de decreto legislativo do Congresso Nacional (CF, art. 49, VII e VIII). 3.7.2. O art. 37, XI, da CF, estabelece o teto constitucional, ou seja, o limite máximo da remuneração e do subsídio dos servidores públicos: DIREITO ADMINISTRATIVO 15 A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando- se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. 3.7.2.1. Pessoal, todos os ocupantes de cargos, empregos e funções públicas da Administração direta, autárquica ou fundacional, de todos os poderes de todos os entes políticos (União, Estados, DF e Municípios) estão sujeitos ao teto. 3.7.2.2. Mas cuidado! No tocante às empresas públicas, sociedades de economia mista e subsidiárias, nos termos da CF, art. 37, §9º, o teto do STF somente se aplica se receberem recursos do ente para pagamento de pessoal ou de custeio em geral. DIREITO ADMINISTRATIVO 16 3.7.2.3. Não serão computadas, para efeito de limitação ao teto, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei (diárias, por exemplo). 3.7.2.4. Amigos, além do teto geral do STF, existem subtetos: a) Nos Municípios, o subsídio do prefeito é o teto; b) Nos Estados, temos que, em relação ao Poder Executivo, o teto é o subsídio do governador; em relação ao Poder Legislativo, o teto é o subsídio dos deputados estaduais; e em relação ao Poder Judiciário, o teto é o subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça; c) Fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores; d) O subsídio dos deputados estaduais e distritais está limitado a 75% do subsídio dos deputados federais. Já o subsídio dos vereadores poderá vaiar de 20% a 75 % do subsídio dos deputados estaduais. 3.7.3. É proibida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. DIREITO ADMINISTRATIVO 17 3.7.3.1. Atenção! A própria CF cria hipóteses de equiparação (por exemplo, quando dispõe que os Ministros do TCU são equiparados aos Ministros do STJ) e de vinculação (entre os subsídios dos Ministros do STF e os dos Tribunais Superiores). Trata-se de exceção! 3.7.4. São irredutíveis os subsídios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos, em regra. 3.7.4.1. Atenção! A irredutibilidade não afasta a adequação ao teto constitucional. Também constitui exceção eventual redução remuneratória advinda da oscilação de gratificação de desempenho. É muito comum hoje servidores receberem uma parcela variável, vinculada ao seu desempenho. Qualquer decréscimo nesse sentido não é impedido pela irredutibilidade. 3.7.4.2. Trata-se de irredutibilidade nominal, que impede a redução do valor numérico (Se ganho 15 mil, tenho de continuar a ganhar, pelo menos, 15 mil). Esta irredutibilidade não garante a reposição de perdas inflacionárias. 3.8. Acumulação de cargos, empregos e funções públicas – Pessoal este ponto da matéria despenca em provas. Portanto, muita atenção! 3.8.1. A regra geral é de que é proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, e desde que haja compatibilidade de horários: a) a de dois cargos de professor. b) A de um cargo de professor com outro técnico ou científico. DIREITO ADMINISTRATIVO 18 c) A dedois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas. 3.8.2. Ou seja, nas situações citadas é possível o acúmulo legal de funções públicas remuneradas (CF, art. 37, XVI). 3.8.3. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. 3.8.4. Claro, amigos, a vedação aqui estudada não impede o exercício de atividades privadas, desde que estas sejam lícitas e compatíveis quanto ao horário. 3.8.5. Além da permissão contida no inciso XVI do art. 37, há outros casos previstos na CF, a exemplo dos: a) Servidores da administração direta, autárquica ou fundacional, investidos no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberão as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo (CF, art. 38, III). b) Juízes e promotores podem exercer o magistério (CF, art. 95, parágrafo único, I; e art. 128, §5º, II, “d”). 3.8.6. Ainda sob a perspectiva da proibição de acúmulo de cargos públicos, dispõe o art. 37, §10, da CF que é vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis, os cargos eletivos e os caros em comissão. DIREITO ADMINISTRATIVO 19 3.8.6.1. Tal regra aplica-se aos regimes próprios dos servidores públicos estatutários e militares, não alcançando o Regime Geral de Previdência Social. 3.8.6.1.1. Olha que interessante, amigos! Como não alcança do RGPS, os aposentados deste regime podem retornar à atividade e acumular os proventos com a remuneração do novo cargo. Todavia, os aposentados do Regime Próprio não podem, salvo nas permissões constitucionais (cargos acumuláveis, cargos eletivos e cargos em comissão). 3.8.6.1.2. Exemplo: Servidor do INSS (Regime Próprio) aposentado que seja aprovado num concurso do Banco do Brasil (Regime Geral), não poderá acumular (não se insere nas permissões constitucionais), devendo optar por uma das remunerações. Por outro lado, um empregado aposentado do Banco do Brasil aprovado num concurso do INSS, poderá acumular. 3.9. A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei. 3.9.1. Amigos, não se poderá impedir ou dificultar o exercício das atividades fiscais. Tal norma, porém, não é autoaplicável e depende de regulamentação para definir como se dará, na prática, a precedência citada. 3.9.2. Além disso, as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas DIREITO ADMINISTRATIVO 20 atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 3.10. Mandatos eletivos – Pessoal, os servidores públicos podem exercer mandato eletivo? Sim! Desde que respeitas as regras constitucionais previstas no art. 38, da CF, cujas regras foram simplificadas no quadro a seguir: Tipo de mandato Consequência Federal, estadual ou distrital (Presidente, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Governador). Servidor deverá ser afastado do seu cargo, recebendo apenas a remuneração do mandato eletivo. Mandato de prefeito. Servidor deverá ser afastado do seu cargo, mas pode optar pela remuneração. Mandato de vereador. Se houver compatibilidade de horários, o servidor poderá exercer seu cargo e o mandato. Se não houver, deverá ser afastado de seu cargo, mas poderá optar pela remuneração. 3.11. Regime jurídico dos servidores públicos - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas (CF, art. 39). 3.11.1. Notem que estamos tratando somente dos servidores públicos em sentido estrito. Notem, também, que a CF menciona “regime jurídico único”, sem mencionar qual deve ser adotado. 3.11.2. Tal regime único deixou de ser obrigatório a partir da EC 19/1998. Todavia, em virtude de decisão liminar do STF, que suspendeu a eficácia DIREITO ADMINISTRATIVO 21 da alteração promovida por referida emenda, desde 08/2007, voltou a vigorar a redação original do art. 39, que prevê o regime jurídico único. 3.11.3. Na esfera federal, por exemplo, existe a Lei 8.112/90, que instituiu o regime jurídico único dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas. Trata-se do regime estatutário dos servidores públicos federais! 3.11.4. Amigos, via de regra, o estabelecimento de vínculo estatuário exige concurso público. 3.11.4.1. Todavia, nos termos do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias: Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público. 3.12. Regime de previdência dos servidores públicos estatutários – No Brasil, existem dois regimes básicos de previdência social: O Regime Geral (RGPS) e o Regime Próprio (RPPS). Além desses, há outro, de natureza complementar e de caráter facultativo: A Previdência Complementar. 3.12.1. O RGPS é operacionalizado pelo INSS e é disciplinado pelos art. 201 e 202 da CF. Ampara um rol imenso de trabalhadores, inclusive aqueles ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, função temporária ou de emprego público. DIREITO ADMINISTRATIVO 22 3.12.2. Já o RPPS se aplica aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações. 3.12.3. De fato, dispõe o art. 40 da CF que aos titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto no citado artigo. 3.12.3.1. Notem que somente os titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é que terão assegurada a previdência pública – São os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). 3.12.3.2. Por óbvio, caso o Ente não tenha instituído RPPS, mesmo em relação aos servidores ocupantes de cargo efetivo, haverá vinculação ao RGPS. 3.12.3.3. Atenção! Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvados os militares federais. 3.12.3.4. O custeio dos RPPS se dá mediante contribuições dos servidores públicos efetivos, dos aposentados e dos pensionistas, além das contribuições dos respectivos entes federativos. DIREITO ADMINISTRATIVO 23 3.12.3.5. Atenção! A obrigação de os aposentados e pensionistas contribuírem para o RPPS foi instituída pela EC 41/2003. Todavia, tal contribuição incidirá somente sobre a parcela que exceder o teto do RGPS que, atualmente, é de R$ 5.531,31. Se o benefício do RPPS respeitaresse limite, haverá imunidade. 3.12.3.6. Atenção! A EC 47/2005 atenuou a regra de incidência de contribuição par os aposentados e pensionistas portadores de doença incapacitante. Estes somente deverão contribuir se o benefício ultrapassar o dobro do teto do RGPS. 3.12.3.7. O RPPS, nos termos do §12, do art. 40, da CF, observará, no que couber, os requisitos e os critérios fixados para o RGPS. Assim, o RGPS aplica-se, subsidiariamente, ao RPPS, nos casos em que este, por exemplo, for omisso quanto à data do início de um benefício de pensão por morte (STJ, AgRg no REsp 1015492 / MG, DJe 13/11/2012). 3.12.3.8. Vale destacar que, nos termos do §14, do art. 40, da CF, A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo RPPS, o teto do RGPS. Certo, pessoal? Qualquer dos entes políticos, se instituir previdência complementar, poderá fixar como limite de suas aposentadorias e pensões o valor de R$ 5.531,31. 3.12.3.9. Conforme art. 40, §1º, da CF, os servidores do RPPS se aposentarão da seguinte forma: DIREITO ADMINISTRATIVO 24 a) Por invalidez permanente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, e invalidez permanente, com proventos integrais nos casos de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável. b) Compulsoriamente aos 75 anos, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. c) Voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observando-se: I – 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, para os homens, e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição para as mulheres; II – 65 anos de idade para os homens e 60 anos de idade para as mulheres, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; III - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em 5 anos para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio (CF, art. 40, §5º). 3.12.3.10. Conforme previsão do §4º, do art. 40, da CF/88, podem ser adotados critérios diferenciados, nos termos definidos em leis complementares, para concessão de aposentadorias no RPPS apenas nos casos relativos aos portadores de deficiência, aos que exerçam atividades de risco e àqueles sujeitos a condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. DIREITO ADMINISTRATIVO 25 3.12.3.11. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer. Num primeiro momento, a pensão correspondia ao valor integral dos proventos ou da remuneração do servidor na data do óbito. 3.12.3.11.1. Todavia, a partir da EC 41/2003, foi fixada uma redução para as pensões que ultrapassarem o teto do RGPS. De fato, dispõe o §7º, do art. 40, da CF, que a pensão por morte será igual ao valor da totalidade dos proventos ou da remuneração do servidor no cargo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, acrescido de 70% da parcela excedente a este limite. 3.12.3.12. Nos termos do §19, do art. 40, da CF, incluído pela EC 41/2003, o servidor que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a (60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se homem; e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição, se mulher), e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória (75 anos de idade). 4. Improbidade administrativa – Amigos, se os agentes públicos praticarem atos contrários à lei ou aos princípios constitucionais, estarão sujeitos a uma série de consequências. Algumas das mais relevantes encontram-se previstas na Lei 8.429/1992, que trata de sanções de natureza civil, administrativa e política, e não penal, a serem aplicadas a tais agentes. DIREITO ADMINISTRATIVO 26 4.1. Antes de nos adentrarmos na Lei de Improbidade, é preciso saber como a CF trata o tema. Nos termos do art. 37, §4º, os atos de improbidade administrativa importarão: Suspensão dos direitos políticos; perda da função pública; indisponibilidade dos bens; ressarcimento ao erário. 4.2. A regulamentação do dispositivo constitucional se deu pela Lei 8.429/92, que possui abrangência nacional, aplicando-se a todas as pessoas políticas. 4.2.1. Referida Lei conferiu maior concretude ao princípio da moralidade administrativa, referindo-se, também, ao princípio da legalidade. 4.3. Abrangência da Lei de Improbidade – Atos praticados por qualquer agente público (servidores, ocupantes de mandato eletivo e particulares que exerçam função pública). 4.3.1. Também abrange atos de particulares, desde que estes induzam, concorram ou se beneficiem dos atos de improbidade (não podem estar sozinhos). 4.4. Sujeitos passivos - são os que podem ser atingidos diretamente por atos de improbidade, e que dispõem, concorrentemente com o Ministério Público, de legitimidade ativa ad causam para ajuizar a ação de improbidade. São eles: a) Administração pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; b) EMPRESA incorporada ao patrimônio público e ENTIDADE para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual; c) ENTIDADE que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público, bem como aquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 50% do DIREITO ADMINISTRATIVO 27 patrimônio ou da receita anual (nesses casos, a sanção patrimonial limita-se à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos). 4.5. Sujeitos ativos – aqueles que podem praticar atos de improbidade, e que dispõem de legitimidade passiva em face de uma ação de improbidade. São eles: a) Agentes públicos em sentido amplo, salvo o Presidente da República. Aqui, pessoal, entram os governadores, prefeitos etc.; b) pessoas que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 4.6. Natureza das sanções - A Lei 8.429/92 estabelece sanções de natureza administrativa, civil e política. O rol de sanções previsto no § 4º, do art. 37, da Constituição Federal, é exemplificativo e, por isso, a lei pode estabelecer outras. 4.6.1. A Lei 8.429/92 não estabelece sanções penais, mas isso não impede a condenação na área criminal, uma vez que algumas condutas descritas como atos de improbidade administrativa na Lei 8.429/92 coincidem com tipos penais. 4.7. Descrição legal dos atos de improbidade administrativa e sanções aplicáveis: 4.7.1. GRUPO I: atos de improbidade administrativa que importam em enriquecimento ilícito (art. 9º da Lei 8.429/92). O beneficiário é o próprio autor. São atos dolosos. 4.7.1.1. Cominações: DIREITO ADMINISTRATIVO 28 a) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio particular; b) ressarcimento integral do dano, quando houver; c) perda da função pública; d) suspensão dos direitos políticos (8 a 10 anos) e) multa de até três vezes o valor auferido ilicitamente; f) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios (por 10 anos). 4.7.2. GRUPO II: atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário (art. 10 da Lei 8.429/92). O beneficiário é um terceiro.São atos dolosos ou culposos. 4.7.2.1. Cominações: a) ressarcimento integral do dano; b) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio particular, se for o caso; c) perda da função pública; d) suspensão dos direitos políticos (5 a 8 anos); e) multa de até duas vezes o valor do dano; f) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios (por 5 anos). DIREITO ADMINISTRATIVO 29 4.7.3. GRUPO III: atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da administração pública (art. 11 da Lei 8.429/92). São atos dolosos. 4.7.3.1. Cominações: a) ressarcimento integral do dano, se houver; b) perda da função pública; c) suspensão dos direitos políticos (3 a 5 anos); d) multa de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente; e) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios (por 3 anos). 4.7.4. Atenção, amigos! Cuidado com a atualização da legislação! A Lei Complementar 157, publicada no dia 30/12/2016, trouxe um novo tipo de improbidade administrativa – aquele decorrente de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro e tributário. 4.7.4.1. Nos termos do art. 10-A, inserido na Lei de Improbidade pela Lei Complementar 157/2016, constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 4.7.4.1.1. A LC 116/2003 traz normas gerais relativas ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN), de competência dos municípios e do Distrito Federal. A alíquota mínima desse DIREITO ADMINISTRATIVO 30 imposto é de 2%, sendo vedada a concessão de isenções, incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, sob qualquer forma, que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a decorrente da aplicação da referida alíquota mínima 2%, exceto para determinados serviços na própria LC 116/2003 discriminados. 4.7.4.1.2. Notem que a criação do novo tipo de improbidade tem por objetivo fortalecer a proibição mencionada no item anterior. 4.7.4.2. O disposto no art. 10-A da Lei 8.429/92 produzirá efeitos a partir do dia 30/12/2017, conforme consta do §1º, do art. 7º, da LC 157/2016. 4.7.4.3. Cominações: a) perda da função pública; b) suspensão dos direitos políticos (5 a 8 anos); c) multa de até três vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido. 4.7.5. Todas as cominações previstas na lei podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato, sem prejuízo das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica. 4.7.6. Para a fixação das penas, o juiz deverá levar em conta a extensão do dano, bem como o proveito patrimonial obtido pelo agente. Para Di Pietro, a expressão “extensão do dano causado” tem que ser entendida em sentido amplo, de modo que abranja não só o dano ao erário, ao DIREITO ADMINISTRATIVO 31 patrimônio público em sentido econômico, mas também ao patrimônio moral do Estado e da sociedade. 4.8. Procedimentos administrativos e ações judiciais: 4.8.1. A Lei 8.429/92 permite que qualquer pessoa represente à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. Se o autor da denúncia fizer uma acusação falsa, ele estará praticando crime. 4.8.2. Atendidos os requisitos da representação (escrita e assinada, qualificação do representante, informações sobre o fato e sua autoria e provas), a autoridade administrativa tem o dever de determinar a imediata apuração dos fatos, mediante a instauração de um processo administrativo disciplinar. 4.8.3. A comissão encarregada da instrução do processo administrativo deve dar conhecimento da existência dele ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas competente. 4.8.4. Se os atos sob investigação tiverem causado lesão ao patrimônio público ou ensejado enriquecimento ilícito, a comissão processante representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão ou entidade em que esteja tramitando o PAD para que seja requerida ao juízo competente a decretação do sequestro (“penhora” de bens específicos para garantir futura execução). 4.8.5. O Ministério Público pode requisitar de ofício a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo para apurar qualquer ilícito previsto na Lei 8.429/92. Não depende de qualquer representação. DIREITO ADMINISTRATIVO 32 4.8.6. A ação judicial de improbidade administrativa seguirá o rito ordinário. É considerada uma espécie de ação civil pública (Di Pietro) e, por isso, são aplicáveis à ação de improbidade administrativa os preceitos da Lei 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública) subsidiariamente. 4.8.7. Atenção! Pode vir na prova! A ação judicial pode ser proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada. 4.8.8. Tramitação da ação judicial de improbidade administrativa: 4.8.9. É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações por atos de improbidade administrativa. 4.8.10. Quanto ao Juízo competente, o STF entende que não cabe cogitar foro especial na ação de improbidade administrativa, pois ela é uma ação de natureza cível (somente há foro especial por prerrogativa de função nos procedimentos de caráter penal). Assim, o processo e o julgamento, em princípio, ocorrerão no juízo ordinário de primeiro grau. 4.8.11. Prescrição: As ações destinadas à aplicação das sanções previstas na Lei 8.429/92 prescrevem em até 5 anos após o término do exercício de mandato, cargo em comissão ou de função de confiança. 4.8.12. Se o agente for titular de cargo efetivo ou emprego público, o prazo de prescrição das referidas ações será o estabelecido em lei específica Petição inicial Notificação do requerido para se manifestar dentro do prazo de 15 dias O Juiz, no prazo de 30 dias após o recebimento da manifestação do requerido, poderá rejeitar a petição (decisão fundamentada) ou receber a petição, caso em que ocorrerá a citação do réu para apresentar contestação. DIREITO ADMINISTRATIVO 33 para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público (ex.: servidor público federal: 5 anos – Lei 8.112/90). 4.8.13. Atenção! Pode vir na prova: A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. 4.8.13.1. Tal declaração, quando for o caso, abrangerá o patrimônio do cônjuge ou companheiro, dos filhos ou de outros que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. 4.8.13.2. Será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. 4.8.13.3. A declaração dos bens pode ser substituída pela cópia da declaração anual de imposto de renda. 4.9. Amigos, segue quadro comparativo para facilitar os estudos (lembrando que com a LC 157/2016, foi previsto um quarto tipo de improbidade, já visto): Enriquecimento ilícito. Prejuízo ao erário. Ofensa aos princípios. Artigo da Lei 8.429/92 Art. 9º Art. 10 Art. 11 Especificidades Geram vantagem patrimonial indevida para o agente. Provocam perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens públicos. Não provocam prejuízo financeiro ao erário, porém desobedecem as regras de honestidade, moralidade, imparcialidade.Tipo de conduta Dolosa. Dolosa ou culposa. Dolosa. Exemplos Receber dinheiro; perceber vantagem Facilitar ou concorrer para incorporação ao Retardar ou deixar de praticar, DIREITO ADMINISTRATIVO 34 econômica; usar em proveito próprio bens, rendas, verbas etc. patrimônio particular de bens públicos; permitir ou concorrer para que pessoa física utilize bens públicos sem observar as formalidades legais; doar à pessoa física bens públicos sem observar as formalidades legais. indevidamente, ato de ofício; negar publicidade aos atos oficiais; deixar de prestar contas quando obrigado a fazê-lo. Sanções Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; ressarcimento integral do dano, quando houver; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos por 8 a 10 anos. Ressarcimento integral do dano; perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se for o caso; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos. Ressarcimento integral do dano, se houver; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos por 3 a 5 anos; pagamento de multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente. Sanções Pagamento de multa civil de até 3 vezes o valor do acréscimo patrimonial; proibição de contratar com o Poder Público ou dele receber benefícios fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por meio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos. Pagamento de multa civil de até 2 vezes o valor do dano; proibição de contratar com o Poder Público ou dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por meio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 anos. proibição de contratar com o Poder Público ou dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por meio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 anos. DIREITO ADMINISTRATIVO 35 b. Mapas mentais DIREITO ADMINISTRATIVO 36 DIREITO ADMINISTRATIVO 37 DIREITO ADMINISTRATIVO 38 DIREITO ADMINISTRATIVO 39 c. Revisão 1 QUESTÃO 01 – FGV – ESPECIALISTA LEGISLATIVO - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – ALERJ – 2017 Augusto foi convidado, pelo Prefeito do Município em que vive, para ingressar no serviço público. Logo após a conversa, consultou a legislação municipal e constatou que o Município dispunha de cargos de provimento efetivo, cargos em comissão e funções de confiança. Por desconhecer as características gerais dessas figuras, procurou um advogado, que o informou que o seu ingresso no serviço público: a) somente seria possível, sem a prévia realização de concurso público, com a nomeação direta para um cargo em comissão; b) somente seria possível com a nomeação direta para um cargo de provimento efetivo ou para um cargo em comissão; c) somente seria possível, sem a prévia realização de concurso público, com a nomeação para uma função de confiança; d) exigiria a prévia aprovação em concurso público para a nomeação para um cargo de provimento efetivo, um cargo em comissão ou uma função de confiança; e) seria possível com a nomeação direta para um cargo de provimento efetivo, um cargo em comissão ou uma função de confiança. QUESTÃO 02 – CESPE – TCE SC – AUDITOR – 2016 Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item que se segue. DIREITO ADMINISTRATIVO 40 O servidor público ocupante exclusivamente de cargo em comissão adquire a estabilidade após três anos de efetivo exercício. QUESTÃO 03 – CESPE – MPOG – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – 2015 Julgue o item subsequente, relativo a agente público. Se tiver de contratar pessoal por tempo determinado para prestar assistência em situações de calamidade pública, a administração pública federal, estadual, distrital ou municipal poderá fazê-lo mediante processo seletivo simplificado, pois estará caracterizada a necessidade temporária de excepcional interesse público. QUESTÃO 04 – FGV – ANALISTA - RECURSOS HUMANOS - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL – IBGE – 2016 Determinado servidor, ocupante do cargo de Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas, está prestes a completar 03 (três) anos de serviço público. Ao realizar avaliação especial de desempenho, constata-se que o servidor demonstra desconhecimento quanto à noção de pesquisa e atividade estatística. Diante desse fato, aponte a medida adequada: a) o servidor inapto deverá ser readaptado em cargo diverso, cujas atribuições sejam mais adequadas ao seu conhecimento; b) admite-se a exoneração de ofício, pela autoridade competente, por não cumprimento das condições do estágio probatório; c) promove-se demissão de ofício, uma vez que não houve cumprimento das atribuições definidas no edital de concurso; d) o servidor deverá permanecer no cargo e aguardar o cumprimento do período necessário para aquisição de estabilidade; DIREITO ADMINISTRATIVO 41 e) demanda-se a abertura de processo administrativo disciplinar para que ele seja demitido, uma vez que o servidor já adquiriu estabilidade no cargo. QUESTÃO 05 – FGV – ANALISTA - RECURSOS HUMANOS - ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL – IBGE – 2016 O responsável pelo Departamento de gestão de recursos humanos de determinada Autarquia Federal, durante um processo de rotina de análise de documentos, percebe que Bruna, ocupante do cargo efetivo de Tecnologista, ocupa, igualmente, cargo de Professora de Estatística em Universidade Estadual, em regime de jornada de 20 horas semanais. Nessa hipótese, a situação da servidora configura: a) acumulação ilegal de cargos públicos, passível de sanção disciplinar de demissão pelo seu superior hierárquico; b) acumulação ilegal de cargos públicos, passível de sanção disciplinar de advertência; c) acumulação lícita de cargos públicos, sendo-lhe vedada a percepção de uma das aposentadorias, a critério da Administração; d) acumulação ilegal de cargo público, passível de sanção disciplinar de suspensão; e) acumulação lícita de cargos públicos, desde que comprovada a compatibilidade de horários. QUESTÃO 06 – FGV – ANALISTA JUDICIÁRIO - CONTABILIDADE - REAPLICAÇÃO – TJ-BA – 2015 Rafael, servidor público estadual ocupante de cargo efetivo, foi demitido. Inconformado, ajuizou ação judicial e obteve a anulação de sua demissão, porque não foram observados o contraditório e a ampla defesa no curso do processo administrativo disciplinar. O retorno DIREITO ADMINISTRATIVO 42 de Rafael ao cargo efetivo de origem, por força de decisão judicial transitada em julgado, é conhecido como: a) aproveitamento; b) reintegração; c) recondução; d) readaptação; e) recolocação. QUESTÃO 07 – FGV – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO - CIÊNCIAS CONTÁBEIS – TCM-SP – 2015 Epaminondas, servidor público estadual, ao refletir sobre a possibilidade de concorrer a um mandato eletivo, procurou um advogado e pediu orientação a respeito da sistemática constitucional de acumulação de cargos públicos. A esse respeito, é correto afirmar que o servidor público: a) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, terá o tempo de serviço contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; b) pode acumular qualquer cargo público, desde que haja compatibilidade de horários e seja observado o teto remuneratório constitucional; c) pode acumular, dentre outros, dois cargos de natureza técnica ou científica, desde que haja compatibilidade de horários e seja observado o teto remuneratórioconstitucional; d) não pode acumular nenhum cargo público, ainda que haja compatibilidade de horários e seja observado o teto remuneratório constitucional; DIREITO ADMINISTRATIVO 43 e) no exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, deverá ficar sempre afastado do cargo, emprego ou função junto à administração pública direta ou indireta. d. Revisão 2 QUESTÃO 08 – CESPE – TRT 17ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2009 DIREITO ADMINISTRATIVO 44 Em relação aos regimes jurídicos dos ocupantes de cargos, empregos e funções públicas, julgue os itens a seguir. As limitações impostas pela Constituição Federal de 1988 à acumulação de cargos públicos são extensíveis aos denominados empregos públicos, porém não são aplicáveis às sociedades controladas indiretamente pelo poder público. QUESTÃO 09 – FGV – AUDITOR SUBSTITUTO – TCE-RJ – 2015 A Constituição de 1988 procurou cuidar de vários temas sobre os servidores públicos, como o teto remuneratório; a perspectiva da revisão geral dos valores vencimentais e a estabilidade. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: I – A percepção de subsídio por servidor público exclui o direito a quaisquer outras vantagens, inclusive diárias e verbas indenizatórias. II – A revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos se dá de forma automática, prescindindo de lei que a preveja. III – A estabilidade alcança os empregados públicos que hajam sido admitidos por aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos. São corretas as seguintes alternativas: a) I, II e III; b) somente I e II; c) somente I e III; d) somente II e III; e) nenhuma delas. DIREITO ADMINISTRATIVO 45 QUESTÃO 10 – CESPE – TCE PE – AUDITOR – 2017 João, aprovado em concurso público para auditor de controle externo no tribunal de contas de seu estado, foi lotado em sua cidade natal. Ao ter ciência desse fato, o prefeito do município, amigo da família de João, resolveu presenteá-lo com um veículo, a fim de facilitar a sua locomoção até o local de trabalho. João aceitou o presente. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, à luz do disposto na Lei n.º 8.429/1992. João cometeu ato de improbidade administrativa que importou enriquecimento ilícito. QUESTÃO 11 – FGV – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – SSP-AM – 2015 Fabrício é servidor público estadual estável, mas, por força de nova lei, seu cargo efetivo acaba de ser extinto. De acordo com o regime jurídico previsto no texto constitucional sobre o tema, Fabrício: a) ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de contribuição, até sua adequada reintegração em outro cargo, de carreira diversa; b) será imediatamente reintegrado em outro cargo de similar natureza e remuneração; c) ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo; d) será imediatamente readaptado em outro cargo de similar natureza e remuneração; e) será imediatamente exonerado, sem prejuízo aos cofres públicos, pelo princípio da supremacia do interesse público. DIREITO ADMINISTRATIVO 46 QUESTÃO 12 – FGV – ODONTÓLOGO – TJ-SC – 2015 - ADAPTADA Alexandre é servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e está lotado no gabinete de determinado desembargador. Em matéria de regime jurídico, com amparo no texto constitucional, é correto afirmar que a Alexandre: a) não se aplica a vedação constitucional de acumulação de cargos e empregos públicos; b) não se aplica o teto constitucional de remuneração de servidores públicos; c) aplica-se o regime próprio de previdência; d) aplica-se a estabilidade, após três anos de efetivo exercício; e) aplica-se o chamado regime geral de previdência social. QUESTÃO 13 – FGV – ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA – TJ-BA – 2015 Em matéria de concurso público, a Constituição da República de 1988 estabelece que: a) a investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, quando se tratar da Administração Direta, não sendo tal obrigatoriedade exigida para entidades da Administração Indireta; b) o prazo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos, prorrogável uma vez, por igual período, a critério da Administração Pública e do presidente da comissão organizadora do concurso; DIREITO ADMINISTRATIVO 47 c) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; d) as funções de confiança e os cargos em comissão apenas podem ser preenchidos por servidores não concursados, desde que sejam exercidas atribuições de direção, chefia e assessoramento; e) os cargos em comissão recaem exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo e destinam-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento. QUESTÃO 14 – FGV – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ADVOGADO – PROCEMPA – 2014 Sobre matéria remuneratória de servidores públicos, analise as afirmativas a seguir. I. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. II. É vedada a vinculação ou a equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. III. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. DIREITO ADMINISTRATIVO 48 e. Revisão 3 QUESTÃO 15 – FGV – ESPECIALISTA LEGISLATIVO – ALERJ – 2017 A Lei nº 8.429/1992 dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de função na administração pública. Acerca das disposições legais relativas à declaração de bens pelos agentes públicos, é correto afirmar que: a) a posse no cargo do agente público é condicionada à apresentação de declaração de bens; b) a declaração de bens do agente público está limitada ao seu patrimônio pessoal; c) a declaração de bens só precisa ser atualizada quando houver alterações significativas no patrimônio do agente público; d) é obrigatória a entrega de cópia da declaração anual de imposto de renda do agente público; e) a pena para o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens é a suspensão. QUESTÃO 16 – FGV – ESPECIALISTA LEGISLATIVO - CIÊNCIAS CONTÁBEIS – ALERJ – 2017 A Lei Federal nº 8.429/1992 trata dos atos de improbidade administrativa praticados por agentes públicos e os apresenta em três tipos: os que importam enriquecimento ilícito, os que causam prejuízo ao erário e os que atentam contra os princípios da Administração Pública. Constitui um exemplo de ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito: DIREITO ADMINISTRATIVO 49 a) agir negligentemente na arrecadação de tributos; b) deixar de prestar contas quando estiver obrigado a fazê-lo; c) frustrar a licitude de concurso público; d) ordenar a realização de despesas não autorizadas; e) usar, em proveito próprio, bens integrantes do patrimônio das entidades públicas. QUESTÃO 17 – CESPE – FUNPRESP JUD – ASSISTENTE - 2016 Dois agentes públicos de um tribunal de justiça — um ocupante exclusivamente de cargo em comissão e o outro emcargo de caráter efetivo — foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, por terem cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal. Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei de Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992. Assim como a administração direta e indireta, os órgãos do Poder Judiciário podem ser sujeitos passivos de atos de improbidade administrativa. QUESTÃO 18 – FGV – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO - PROCESSUAL – MPE-RJ – 2016 Leandro, Prefeito Municipal, confeccionou e distribuiu pela cidade, utilizando verba pública, vinte mil panfletos intitulados “boletim informativo”, contendo sua imagem em diversas fotografias de inauguração de obras públicas com os seguintes dizeres: “O Prefeito Leandro continua cuidando de seu povo e construindo postos de saúde e escolas municipais para sua família! Com o seu apoio, darei continuidade às minhas ações beneficentes no próximo mandato!!!”. No caso em tela, Leandro: DIREITO ADMINISTRATIVO 50 a) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque, na qualidade de agente político, não se sujeita ao regime da lei de improbidade, respondendo apenas por crime de responsabilidade; b) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque a legislação permite que seja feita publicidade de caráter institucional, para dar ciência à população das ações sociais do Município; c) não cometeu ato de improbidade administrativa, porque não houve dano ao erário, já que a publicação veiculou obras públicas que efetivamente existiram, mas cometeu ilícito de natureza eleitoral por propaganda antecipada; d) cometeu ato de improbidade administrativa, porque a publicidade não teve caráter educativo, informativo ou de orientação social, e sim de promoção pessoal, com ofensa aos princípios da moralidade e impessoalidade; e) cometeu ato de improbidade administrativa, porque implicitamente solicitou votos para a próxima eleição e, por isso, está sujeito à cassação de seus direitos políticos e outras sanções previstas na lei de improbidade. QUESTÃO 19 – FGV – ANALISTA - PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DISCIPLINARES – IBGE – 2016 Francisco, servidor de fundação pública federal de direito público, percebeu vantagem econômica direta, consistente na quantia de cem mil reais em espécie, para facilitar a alienação de bem público da fundação por preço inferior ao valor de mercado, beneficiando seu cunhado, que é Deputado Federal. Descoberta a fraude, por meio de investigações levadas a cabo pelo Ministério Público Federal, o parquet ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa em face de todos os envolvidos. O processo deve tramitar perante o: DIREITO ADMINISTRATIVO 51 a) juízo de competência cível da Justiça Federal do primeiro grau de jurisdição; b) juízo de competência criminal da Justiça Federal do primeiro grau de jurisdição; c) órgão colegiado de competência cível do respectivo Tribunal Regional Federal; d) órgão colegiado de competência criminal do respectivo Tribunal Regional Federal; e) Supremo Tribunal Federal. QUESTÃO 20 – FGV – ANALISTA - PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DISCIPLINARES – IBGE – 2016 Em relação ao ato de improbidade administrativa, de acordo com a doutrina, a jurisprudência e a Lei nº 8.429/92, é correto afirmar que: a) o sujeito ativo é o agente público responsável pelo ato ímprobo, excluído o particular beneficiário do ato; b) o ato de improbidade administrativa pode ocorrer sem que haja dano ou prejuízo ao erário público; c) o dolo é imprescindível para configuração do ato de improbidade, não existindo a modalidade culposa; d) a conduta que configura o ato de improbidade é a comissiva, não existindo a modalidade omissiva, diante do princípio da tipicidade estrita; e) as sanções previstas na lei de improbidade englobam todas as punições aplicáveis aos agentes, não podendo haver outras sanções penais, civis ou administrativas pelos mesmos fatos. DIREITO ADMINISTRATIVO 52 QUESTÃO 21 – FGV – ANALISTA - PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DISCIPLINARES – IBGE – 2016 Com escopo de preservar o princípio da moralidade administrativa, a Constituição da República de 1988 estabelece que os atos de improbidade administrativa importarão, na forma e gradação previstas em lei: a) a pena privativa de liberdade, o ressarcimento ao erário e a demissão a bem do serviço público; b) a pena privativa de liberdade, o sequestro dos bens adquiridos ilicitamente e o ressarcimento ao erário; c) a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário; d) a cassação dos direitos políticos, a perda da função pública, a multa e o ressarcimento ao erário; e) a suspensão do cadastro nacional de pessoa física e jurídica, a demissão a bem do serviço público e o ressarcimento ao erário. DIREITO ADMINISTRATIVO 53 f. Normas utilizadas Constituição Federal (Art. 37, 38, 39, 40 e 41) Art. 37. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; Atenção! Se existe direito subjetivo à nomeação se houver aprovação dentro do número de vagas. Também existe esse direito se forem criadas novas vagas ou se houver contratação de agentes sem concurso, desde isso ocorra durante o prazo de validade do concurso. V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; DIREITO ADMINISTRATIVO 54 Gravem este inciso! É muito cobrado! VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; Notem que é a remuneração e subsídio dos servidores e não dos empregados públicos! XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídiomensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder DIREITO ADMINISTRATIVO 55 Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; Esta previsão se refere aos cargos iguais ou semelhantes nos Podres. Como, na prática, não existe tal semelhança, esta norma constitucional é, praticamente, “letra morta”. Na verdade, no Executivo estão as menores remunerações. XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; Assim, por exemplo, para um servidor que receba R$ 5.000,00 de vencimento básico e R$ 2.000,00 a título de gratificação, se uma lei conceder um aumento geral de 20%, somente o vencimento é que será reajustado e não a gratificação. XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; DIREITO ADMINISTRATIVO 56 c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; Desssspenncaaa em prova! XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. DIREITO ADMINISTRATIVO 57 § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo- lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. DIREITO ADMINISTRATIVO 58 Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. DIREITO ADMINISTRATIVO 59 § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. Lei 8.429/92 (Art. 1º ao 13) CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta
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