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Endometriose e Adenomiose: Doenças Benignas do Útero

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PATOLOGIA BENIGNA DO ÚTERO 
ENDOMETRIOSE 
SAÚDE DA MULHER 
 
• A endometriose é uma doença enigmática na sua 
origem, nos seus efeitos sobre a fertilidade, exceto 
quando destrói a anatomia pélvica e, com 
frequência, polemica na forma de ser tratada 
• Maior acometimento dos ovários 
CONCEITO 
• É uma doença benigna que se caracteriza pelo 
crescimento anormal de tecido (tecido que cresce 
de forma anormal, saindo da cavidade uterina) 
histologicamente semelhante ao endométrio 
(glândulas e estroma) em localizações diferentes do 
leito uterino habitual 
o É um tecido responsivo aos hormônios 
• Epidemiologia 
• Mulheres no menacme (período reprodutivo, com 
maior quantidade de hormônios ) – 30 aos 45 anos 
• 10 a 15% da população feminina 
• Mulheres brancas de melhor nível social 
o Engravidam menos 
o Amamentação à prolactina inibe o eixo, 
então os focos ectópicos não são 
estimulados pelo estrogênio 
• Nulíparas (sem filhos) 
• Associação com infertilidade varia de 2 a 50% 
• Herança familiar 
TEORIAS 
• Regurgitação transtubária do material menstrual 
o Mulheres com sistema imune competente 
não irá permitir que as células se adiram ao 
útero, formando focos ectópicos 
• Disseminação linfática ou sanguínea 
o Células endometriais iriam para os órgãos 
além do útero 
• Metaplasia celômica 
o Homens com câncer de próstata, tratados 
com estrogênio, sob estímulo desse 
hormônio, teriam células imaturas 
diferenciadas em células endometriais 
• Classificação – pela videolaparoscopia 
• O estadiamento mais comumente usado é a 
classificação revisada da American Society of 
Reproductive Medicine (ASRM) que leva em 
consideração: tamanho, profundidade, localização 
dos implantes endometrióticos e gravidade das 
aderências 
• Estagio 1 – doença mínima: implantes isolados e 
sem aderências significativas 
• Estágio 2 – doença leve: implantes superficiais com 
menos de 5 cm, sem aderências significativas 
• Estágio 3 – doença moderada: múltiplos implantes, 
aderências peritubárias e periovarianas evidentes 
• Estágio 4 – doença grave: multiplos implantes 
superficiais e profundos, incluindo edometriomas 
(endometriose dos ovários) e aderências densas e 
firmes 
• Não há correlação do estágio com o prognostico da 
doença e nível da dor. A dor é influenciada pela 
profundidade do implante e pela sua localização em 
área com maior inervação 
DIAGNÓSTICO 
• Quadro clínico – sintomas clássicos 
o Dismenorreia – 78% (primária x 
secundária) 
▪ Progressiva -> secundaria 
o Dispareunia – 39% (superficial x profunda) 
▪ Presença de nódulos em fundo de 
saco à endométrio – útero 
endurecido, inflamado 
o Dor pélvica – 32% 
▪ Cíclica, difusa, variável 
intensidade 
o Infertilidade – 2 a 50% 
▪ Nas formas moderadas e severas 
▪ Endometriose à processo 
inflamatório à alterações 
tubárias, ovarianas... 
• Exame físico 
o Quando focos ectópicos sangram, há o 
acumulo de hemossiderina, que tem cor 
escurecida à lesões escurecidas indicam 
endometrioses antigas à em lesões 
recentes, a lesão é rósea/vermelha 
o Endometriose umbilical 
• Exame especular 
o Endometriose cervical – colo uterino 
o toque vaginal 
▪ palpação do fundo de saco 
(anterior, laterais, posterior – 
mais contaminado – fundo de 
saco de Douglas) 
o endometriose pode repousar em fundo de 
saco posterior à mt inervado à dor à grito 
de Douglas 
• USG 
o Transvaginal à não enxerga focos 
ectópicos, apenas endometriomas 
• TC 
o Endometriose intestinal 
• RM 
o Observação do grau de profundidade da 
lesão, para não haver complicações, 
perfurações, no momento da retirada 
• Diagnostico laparoscópico 
o Diagnóstico (biópsia) e terapêutica 
(cauterização) 
o Vídeo-laparoscópico – padrão ouro 
TRATAMENTO 
• Clínico 
o Expectante à “não faz nada” 
o Farmacológico à bloquear produtores de 
estrogênio 
• Cirúrgico 
o Exérese 
o Laparotomia 
▪ Radical à histerectomia 
o Laparoscopia à conservadora 
• Combinado 
o Cirúrgico + farmacológico 
TRATAMENTO COMBINADO – ENDOMETRIOSE DO 
SEPTO RETO-VAGINAL 
• Cauterização dos focos 
• Análogos do GnRH 
o Se prendem aos receptores de GnRH, 
bloqueando a liberação do mesmo, não 
havendo, assim, a produção de 
gonadrotrofinas 
TRATAMENTO COMBINADO – ENDOMETRIOSE 
OVARIANA 
• Endometriomas maiores do que 2cm 
o Abertura da cápsula 
o Drenagem 
o Cauterização 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
• ACO (taxa de gravidez após interrupção 40%) 
• Progestágenos à progesterona tem efeito contrário 
aos estrógenos 
• Gestrinona (antiprofestagênico e antiestrogênico) 
• DANAZOL (alteração do perfil lipídico e não melhora 
a fertilidade) 
• Análogoso do GnRH (complexo hormônio-receptor 
é removido após 1 semana). Retorno à ovulação 
após 1 a 2 meses 
ADENOMIOSE 
• Endométrio não sai do útero, mas muda de camada. 
o Vai para o miométrio 
o Endométrio que se invagina para o 
miométrio é a camada basal do 
endométrio, que não é responsivo a 
hormônio, é a que sofre descamação 
o Por isso, tais focos não sangram, não tem 
acúmulo de hemossiderina 
• Adenomiose difusa 
• Adenomiose focal 
ANATOMIA 
• Aumento uterino global (superfície e contornos 
regulares) 
• Focos ectópicos oriundos da camada basal 
PATOGÊNESE 
• Fragilidade muscular 
o Gravidez 
o Endometrite crônica 
o Cirurgias 
o Abortamentos, curetagem 
FATORES DE RISCO 
• Paridade (90% dos casos) 
• Idade (80% 40 – 60 anos) 
• Tamoxifeno 
SINTOMAS 
• Quanto mais profundo, mais sintomas 
• Menorragia à resulta da vascularização aumentada 
e anormal desse endométrio 
• Dismenorreia 
• Infertilidade não é uma queixa frequente 
DIAGNÓSTICO 
• CA 125 (antígeno de câncer 125) 
• USG transvaginal 
• ressonância magnética 
 
TRATAMENTO 
• reduzir a dor e o sangramento 
• clínico 
o AINEs à inibe a cascata de prostaglandinas 
o ACO combinados ou só com 
progestagênios 
o DIU medicado à mirena/cayana – 
diminuem a vascularização do endotélio 
• Cirúrgico conservador 
o Ablação endometrial 
▪ Cauterização do endométrio feito 
através de uma vídeo-
histeroscopis + ressectoscópia 
o Embolização da artéria uterina 
▪ Como uma necrose da principal 
artéria que irriga o útero à artéria 
uterina 
o Tratamento cirúrgico radical 
▪ Histerectomia total 
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