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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL Resenha Crítica de Caso Alexandre França Trabalho da disciplina: LOGÍSTICA E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Tutor: Elca Barcelos Alves Rio de Janeiro 2020 http://portal.estacio.br/ 2 ESTUDO DE CASO: TRIBUTAÇÃO DE TAXAS DE PERFORMANCE Referência: (BARON, David P. Tributação de taxas de Performance. Stanford: Graduate School of Business. Stanford, 2008, p.56) A resenha crítica refere-se à um estudo de caso Harvard, onde o Congresso Americano ameaçou aumentar de 15 por cento para 35 por cento, o imposto pago sobre os rendimentos dos sócios de empresas privadas, de capital de risco, algumas do setor imobiliário e as de exploração de petróleo e gás. Uma peculiaridade na legislação tributária era o que permitia certas pessoas de alto poder aquisitivo a recolherem baixos impostos. A proposta não foi bem aceita pelo motivo de que modificaria décadas de uma legislação já estabelecida sobre tributações de sociedades, com isso, um novo padrão seria criado, onde as reservas das taxas de ganhos de capital serviriam apenas para aqueles que com recursos para investir em uma empresa. Críticas do atual modelo tributário, foram impostas por alguns setores, incluindo os sindicados. Os mesmos eram contrários às empresas de participação privada, pelo motivo de frequentemente, empregos eram eliminados quando as empresas adquiridas sofriam uma reestruturação. Outros críticos citaram os altíssimos rendimentos dos sócios de empresas de participação privada. O projeto de lei para aumentar o imposto sobre a taxa de performance foi apresentado na Câmara, e alguns senadores criticaram pois, aparentemente o motivo da mudança não aparentava ser de grande importância, contudo, o real motivo estava “invisível” aos olhos de muitos, que era o fato de uma falha na legislação tributária da renda pessoal e uma promessa de “pagamento imediato” feita por congressistas. O problema estava no imposto mínimo ajustado (AMT) que poderia impor uma carga tributária adicional para 23 milhões de contribuintes. O AMT havia sido promulgado com a finalidade de garantir que indivíduos ricos não conseguissem evitar o imposto sobre a renda pessoal porém, não houve ajuste pela inflação sobre a renda na qual o AMT entrou em vigor. Caso nada fosse feito, no ano de 2007 a renda de isenção sofreria uma alta 3 queda para os contribuintes de declaração conjunta e um aumento para os contribuintes únicos. Em 1990, com objetivo de reduzir o déficit orçamentário, foi aprovada pelo congresso a regra de “pagamento imediato”. A medida foi utilizada até 2002, quando foi extinta por motivos políticos. Porém em 2006, foi retomada com o intuito de demonstrar a responsabilidade fiscal do atual congresso. A norma exigia que qualquer receita fiscal perdida com a redução ou eliminação do AMT seria composta por aumentos na receita de outros. Com a posse do novo presidente do House Ways and Means Committee (Comitê de Meios da Câmara), foi instalada a principal legislação da reforma tributária, através da Lei de Redução e Reforma Tributária de 2007, que previa a revogação permanente do AMT, além de uma redução de 35 por cento para 30,5 por cento, da taxa de imposto sobre os lucros das empresas. A perca de arrecadação seria compensada pela tributação da taxa de performance em 35 por cento, além de 4 por cento aos rendimentos individuais superiores a US$ 150 mil e US$ 200 mil para casais com declaração conjunta. Houve críticas e elogios as medidas adotadas, sendo que o projeto foi chamado por alguns políticos de “mãe de todas as revisões de impostos” e enquanto outros o rotularam como “mãe de todos os aumentos de impostos”, contudo, os empresários em geral foram os mais satisfeitos com a eliminação do AMT e redução da taxa tributária empresarial. Por outro lado, o governo da época era contra qualquer aumento de impostos com a alegação de que a capacidade de competição das empresas e trabalhadores, considerando uma economia global poderiam ser afetadas. O fato era que a mudança da legislação proporcionou opiniões diversas, boas ou ruins. Alguns defendiam que a mudança deveria ser entendida como uma compensação baseada no desempenho para os serviços de gerenciamento ... em vez de um retorno sobre o capital financeiro investido por esse tal parceiro, outros eram contrários à proposta com a alegação de que as empresas americanas poderiam se tornar menos competitivas comparadas as estrangeiras, e até mesmo com governos estrangeiros, indo na contra mão dos governos que se esforçam para tornar seus sistemas fiscais mais competitivos, com intuito de atrair capital estrangeiro. Diante do grande impasse e de inúmeras opiniões positivas e negativas, o Senado americano procurou apresentar projetos de lei os quais pudessem equalizar ao máximo possível, as reações do mercado financeiro, das 4 empresas e contribuintes em geral, nesse sentido foi aprovado um projeto fiscal próprio do Senado, que resultou na eliminação do AMT para 19 milhões de contribuintes deixando o projeto de reforma tributária em segundo plano devido à sua complexidade e à necessidade de lidar com a questão do AMT. Com a necessidade do envio do projeto para assinatura do Presidente e o tempo cada dia mais apertado, a Câmara e o Senado chegaram à um acordo sobre o AMT, congelando o assunto porém, esqueceram o aumento do imposto sobre a taxa de performance. Em resumo, percebemos que o assunto em pauta é muito complexo pois envolve interesses políticos, empresariais e de lobistas, quando se trata de lucros ou perdas e ter uma resposta concreta sobre o que pode acontecer de fato com a taxa de performance, seria mera especulação pois, sem a votação e aprovação da reforma tributária principal, não podemos chegar a uma conclusão plausível.
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