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Delirium: Alteração Aguda da Consciência

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DELIRIUM 
Def: é uma alteração aguda da consciência e das funções cognitivas de caráter flutuante, ou 
seja, há momentos de alteração e momentos não. 
Há mudança ou flutuação no estado mental, falta de atenção e pensamento desorganizado. 
Obs.: é uma manifestação cerebral de uma doença sistêmica. 
Classificação 
 Hiperativo = paciente agitado e confuso 
 Hipoativo = esta confuso e calado 
 Misto = flutuando entre estar hipoativo e hiperativo 
Epidemiologia 
 Acontece mais em idosos >60 anos 
 Ele aumenta a mortalidade das pessoas que apresentam 
 As pessoas com essa condição a pessoa tem: 
 Maior permanência em UTI 
 Maior tempo de ventilação mecânica 
Fisiopatologia 
Começa com insulto sistêmica e inflamação  geram citocinas + disfunção endotelial  levam 
a neuroinflamação + desorganização dos neurotransmissores acetilcolina (diminuída) e 
dopamina (aumentada). 
Porque o deliruim ocorre? Fatores de risco 
 Fatores predisponentes.
 
 
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Quadro clinico 
Vale ressaltar que há alteração de forma aguda  surgindo de horas a dias. E FLUTUANTE. 
 Flutuação do estado mental = hora que o paciente esta mais hipo/hiper 
 Desatenção = não consigo estabelecer uma conversa com a pessoa 
 Pensamento desorganizado = não consegue formar ideias logicas 
 Alteração do nível de consciência = 
 Ansioso, agitado 
 Sonolento 
 Essa pessoa desperta pela voz 
 Alucinação = pode acontecer, mas é muito raro 
Diagnostico 
É clinico = anamnese + exame físico. 
Atualmente existem instrumentos validados para o diagnostico e rastreio da doença. 
1-sCAM (CAM-ICU) 
 
Obs.: o paciente precisa ter desatenção, se não, não é delirium. 
 
 
 
Paciente pode 
errar 2 vezes. Se 
errou ≥3, passar 
para o próximo 
teste. 
Aqui temos que 
usar a escala 
de RASS 
 
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Feito o diagnostico temos que buscar as causas  MANIFESTAÇÃO NEUROLOGIA DE UMA 
DOENÇA SUBJACENTE. 
As causas mais comuns são infecção. Temos que lembrar também que pacientes idosos se 
apresentam oligosintomaticos em infecções, por isso temos que fazer um screening infeccioso: 
 Rx tórax 
 Exame de urina 
 Procurar focos de pele 
 Distrurbios hidroeletrolíticos 
 Disfunções orgânicas = renais, hepáticas 
 Drogas = anticolinérgicos, dopaminérgicas 
 Neuroimagem  geralmente desncessaria, mas é feito em suspeita de causa neurológica 
ou quando o paciente esta sendo tratado para uma causa e não melhora. 
Obs.: quando temos uma suspeita mais aparente, vamos fazer os exames voltados mais para o 
quadro mais aparente da pessoa. 
 
 
 
 
 
Demencia, depressão e psicose 
são doenças crônicas e por isso 
elas demoram para aparecer. 
Diferente do delirium que é uma 
condição aguda. 
 
 
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Tratamento 
Baseado em um tripé = controle dos fatores de risco + tratamento da causa base + controle 
sintomático (nos casos de hiperativo). 
 
 
FATORES AMBIENTAIS AGITAÇÃO (controle sintomas) TRATAMENTO DA CAUSA BASE 
Orientação = onde o paciente 
esta, dia, hora. 
Hipoatividade = fatores 
ambientais. 
Tratar a pneumonia 
Estimulo cognitivo = chamar a 
família para perto 
Agitação = fatores ambientais Tratar ITU 
Sono = controle adequado. 
Luz de dia e sem luz a noite. 
Protetores auriculares para 
redução do som. 
Antipsicoticos = quando o 
outros tratamento não foram 
suficientes. 
 
Mobilização = permitir que o 
paciente ande se não tiver 
perigo para ele ou terceiros 
 
Dor = controle 
 
Fármacos são usados como medicas provisórias  enquanto buscamos e tratamos a causa 
base. 
1-Antipsicotico típico 
 Haloperidol = possui meia vida curta 
2-Antipsicotico atípico  são usados como manutenção 
 Risperidona 
 Quetiapina 
 Olanzapina 
3-Benzodiazepinicos 
 Não são usados naqueles que nunca usaram esse fármaco porque pode ter agitação 
paradoxal 
 Costuma ser usado em quam já faz uso desse fármaco 
 Fármaco = lorazepam. 
Temos que monitorar diariamente o paciente e aqui podemos usar as escalas ditas 
anterioremente. 
 
 
 
 
 
Fatores 
ambientais 
 
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CASO CLINICO 
JD, 78 anos, sexo feminino. 
Procurou hospital com historia de disúria, incontinência urinaria e febre há 2 dias. Hoje evoluiu 
com sonolência e confusão mental, quando foi trazida à emergência por familiares. 
Antecedentes pessoais: demência de Alzheimer, sudez e hipertensão arterial. 
Exame físico: 
PA: 90x62mmHg. 
FC: 92 bpm 
SatO2: 98% aa. 
Sonolenta, desorientada. Sem déficits focais e sem alterações nos demais segmentos. 
Foi internada na UTI e a noite evoluiu a noite com agitação perigosa, submetida então a 
contenção física no leito. 
1-Quais hipóteses diagnósticas? 
 ITU = pielonefrite? 
 Delirium = secundário a ITU? Desidratação? Sepse?

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