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Ja in e C a rv a lh o | C lín ic a M é d ic a 1 DELIRIUM Def: é uma alteração aguda da consciência e das funções cognitivas de caráter flutuante, ou seja, há momentos de alteração e momentos não. Há mudança ou flutuação no estado mental, falta de atenção e pensamento desorganizado. Obs.: é uma manifestação cerebral de uma doença sistêmica. Classificação Hiperativo = paciente agitado e confuso Hipoativo = esta confuso e calado Misto = flutuando entre estar hipoativo e hiperativo Epidemiologia Acontece mais em idosos >60 anos Ele aumenta a mortalidade das pessoas que apresentam As pessoas com essa condição a pessoa tem: Maior permanência em UTI Maior tempo de ventilação mecânica Fisiopatologia Começa com insulto sistêmica e inflamação geram citocinas + disfunção endotelial levam a neuroinflamação + desorganização dos neurotransmissores acetilcolina (diminuída) e dopamina (aumentada). Porque o deliruim ocorre? Fatores de risco Fatores predisponentes. Ja in e C a rv a lh o | C lín ic a M é d ic a 2 Quadro clinico Vale ressaltar que há alteração de forma aguda surgindo de horas a dias. E FLUTUANTE. Flutuação do estado mental = hora que o paciente esta mais hipo/hiper Desatenção = não consigo estabelecer uma conversa com a pessoa Pensamento desorganizado = não consegue formar ideias logicas Alteração do nível de consciência = Ansioso, agitado Sonolento Essa pessoa desperta pela voz Alucinação = pode acontecer, mas é muito raro Diagnostico É clinico = anamnese + exame físico. Atualmente existem instrumentos validados para o diagnostico e rastreio da doença. 1-sCAM (CAM-ICU) Obs.: o paciente precisa ter desatenção, se não, não é delirium. Paciente pode errar 2 vezes. Se errou ≥3, passar para o próximo teste. Aqui temos que usar a escala de RASS Ja in e C a rv a lh o | C lín ic a M é d ic a 3 Feito o diagnostico temos que buscar as causas MANIFESTAÇÃO NEUROLOGIA DE UMA DOENÇA SUBJACENTE. As causas mais comuns são infecção. Temos que lembrar também que pacientes idosos se apresentam oligosintomaticos em infecções, por isso temos que fazer um screening infeccioso: Rx tórax Exame de urina Procurar focos de pele Distrurbios hidroeletrolíticos Disfunções orgânicas = renais, hepáticas Drogas = anticolinérgicos, dopaminérgicas Neuroimagem geralmente desncessaria, mas é feito em suspeita de causa neurológica ou quando o paciente esta sendo tratado para uma causa e não melhora. Obs.: quando temos uma suspeita mais aparente, vamos fazer os exames voltados mais para o quadro mais aparente da pessoa. Demencia, depressão e psicose são doenças crônicas e por isso elas demoram para aparecer. Diferente do delirium que é uma condição aguda. Ja in e C a rv a lh o | C lín ic a M é d ic a 4 Tratamento Baseado em um tripé = controle dos fatores de risco + tratamento da causa base + controle sintomático (nos casos de hiperativo). FATORES AMBIENTAIS AGITAÇÃO (controle sintomas) TRATAMENTO DA CAUSA BASE Orientação = onde o paciente esta, dia, hora. Hipoatividade = fatores ambientais. Tratar a pneumonia Estimulo cognitivo = chamar a família para perto Agitação = fatores ambientais Tratar ITU Sono = controle adequado. Luz de dia e sem luz a noite. Protetores auriculares para redução do som. Antipsicoticos = quando o outros tratamento não foram suficientes. Mobilização = permitir que o paciente ande se não tiver perigo para ele ou terceiros Dor = controle Fármacos são usados como medicas provisórias enquanto buscamos e tratamos a causa base. 1-Antipsicotico típico Haloperidol = possui meia vida curta 2-Antipsicotico atípico são usados como manutenção Risperidona Quetiapina Olanzapina 3-Benzodiazepinicos Não são usados naqueles que nunca usaram esse fármaco porque pode ter agitação paradoxal Costuma ser usado em quam já faz uso desse fármaco Fármaco = lorazepam. Temos que monitorar diariamente o paciente e aqui podemos usar as escalas ditas anterioremente. Fatores ambientais Ja in e C a rv a lh o | C lín ic a M é d ic a 5 CASO CLINICO JD, 78 anos, sexo feminino. Procurou hospital com historia de disúria, incontinência urinaria e febre há 2 dias. Hoje evoluiu com sonolência e confusão mental, quando foi trazida à emergência por familiares. Antecedentes pessoais: demência de Alzheimer, sudez e hipertensão arterial. Exame físico: PA: 90x62mmHg. FC: 92 bpm SatO2: 98% aa. Sonolenta, desorientada. Sem déficits focais e sem alterações nos demais segmentos. Foi internada na UTI e a noite evoluiu a noite com agitação perigosa, submetida então a contenção física no leito. 1-Quais hipóteses diagnósticas? ITU = pielonefrite? Delirium = secundário a ITU? Desidratação? Sepse?
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