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Farmacodinâmica

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1 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 
Considerações iniciais 
Introdução 
 Resumo das etapas que os fármacos são 
susceptíveis a sofrer: 
1. Introdução do fármaco no organismo; 
2. Absorção (fármaco vai para corrente 
sanguínea) –exceção: Via intravenosa não 
sofre essa etapa; 
3. Se distribui nos tecidos para exercer 
atividade farmacológica ou sofre 
biotransformação e excreção 
 Todas essas etapas fazem parte da 
farmacocinética e dentro dessas etapas, há a 
farmacodinâmica, a qual envolve o sítio de ação 
dos fármacos, interação fármaco-receptor, 
interação celular, efeito farmacológico. 
Farmacodinâmica 
 Ocupa-se do estudo dos efeitos bioquímicos e 
fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos 
de ação; 
 Serve para saber como o fármaco age no 
organismo; 
 Os conhecimentos de farmacodinâmica 
proporcionam as bases para a terapêutica 
racional e para o desenvolvimento de outros 
fármacos mais novos e eficazes. 
Objetivos 
1. Conhecer o alvo terapêutico ou alvo molecular 
de ação do fármaco; 
 
2. Compreender os efeitos farmacológicos 
(terapêuticos); 
3. Compreender efeitos adversos e efeitos 
tóxicos de um fármaco. 
Alvos farmacodinâmicos 
 A ação biológica de um fármaco depende 
essencialmente de sua estrutura química; 
 Os fármacos ligam-se aos receptores (alvos 
terapêuticos) formando um complexo e geram 
uma alteração do funcionamento celular. 
 
Interação fármaco-receptor 
A interação de um fármaco com o seu sítio de 
ação no sistema durante a chamada fase 
farmacodinâmica e é por forças intermoleculares, 
isto é, interações biológico ocorre determinada 
hidrofóbicas, eletrostáticas e estéricas. 
Transdução de sinal 
 É um processo de transcrição que converte o 
estímulo do fármaco com o receptor em uma 
resposta; 
 O fármaco interage com o receptor e produz 
a resposta terapêutica através da transdução 
de sinal; 
 
 
2 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 Através da transdução de sinal o fármaco 
produz resposta terapêutica. 
OBS: Quando uma molécula sinalizadora vai se 
encaixar ao sítio, outros sinais não irão interagir 
com esse receptor. 
Características 
 Especificidade e seletividade: Para ocorrer a 
ligação, a estrutura do fármaco/sinal deve ser 
perfeitamente compatível; 
 Amplificação do sinal: Uma enzima ativada é 
capaz de ativar outras e assim ampliar o 
número de moléculas afetadas pela cascata 
enzimática; 
 Dessensibilização/adaptação: Acontece quando 
um receptor é ativado, disparando um circuito 
de retroalimentação para remover/desligar o 
receptor (atividade que acontece para cessar 
uma ação química); 
 Interação. 
Etapas 
 Sinal: É qualquer estímulo, podendo ser um 
fármaco, um endógeno, uma proteína, uma 
molécula sinalizadora etc; 
 Transdução: Sinal se liga ao receptor, gerando 
uma resposta biológica. 
 
Principais alvos farmacológicos 
 Receptores (principais alvos): 
 Receptores ligados à canais iônicos (ou 
ionotrópicos); 
 Receptores acoplados à proteína G; 
 Receptores enzimáticos (ou do tipo 
proteína quinase); 
 Receptores intracelulares (ou nucleares). 
 Enzimas: Monoamina oxidase (MAO), 
Ciclooxigenase (COX), Enzima conversora de 
angiotensina (ECA), Acetilcolinesterase (AchE); 
 Proteínas transportadoras: Transportador de 
serotonina (SERT), Transportador de 
noradrenalina (NET); 
 Fármacos sem receptores específicos: 
Antiácidos. 
OBS: Os receptores podem está na membrana 
celular ou dentro da celula (lipossóluveis). 
Canais iônicos ou receptores 
ionotrópicos 
 Localizam-se na membrana; 
 São compostos por subunidades proteicas que 
se organizam formando um poro central; 
 Poro central fechado: Receptor inativo; 
 
 
3 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 Poro central aberto: Ligação do fármaco 
ao receptor causa essa abertura. 
 Alteram o fluxo iônico, afetando o potencial de 
membrana, quando um fármaco se liga a esse 
receptor. 
 Fluxo de íons de sódio, potássio e cloreto é 
alterado. 
 Exemplos: acetilcolina, bomba de prótons 
localizados na célula parietal que serve de alvo 
para inibidores da bomba de prótons como 
omeprazol, pantoprazol, esomeprazol. 
Receptores acoplados à proteína 
G ou receptores metabotrópicos 
 Possuem 7 domínios transmembrana 
(inespecífica); 
 São os receptores mais comuns empregados 
como alvo farmacológico; 
 A ativação do receptor promove a ligação da 
proteína G intracelular, responsável por mediar 
a sinalização intracelular; 
 Importantes para a validade de fármacos 
permitindo ampla sinalização intracelular; 
 Diversos fármacos se ligam a receptores 
acoplados à proteínas G; 
 Proteína G não se acopla ao fármaco, se 
acopla nos 7 domínios proteicos; 
 Quando o fármaco se liga à a ativação da 
proteína G intracelular, ocorrendo sinalização 
celular. 
 Como acontece a ativação da proteína G? 
1. Célula em repouso, proteína de superfície 
ainda não ligada ao fármaco, proteína G, 
que apresenta 3 subunidades (alfa, beta e 
gama), não está acoplada a proteína de 
membrana; 
2. O fármaco se liga ao receptor, levando a 
ativação da proteína G, pela troca de GDP 
por GTP, por fosforilação; 
3. A subunidade alfa se desloca até o efetor 
gerando, assim, uma sinalização 
intracelular. 
OBS: Para voltar ao normal, o fármaco se 
desprende do receptor, o GTP será hidrolisado e 
acontece a reconstituição da proteína G, voltando 
ao estado de repouso. 
 Tipos de proteínas G: 
 Proteína G estimuladora: Quando ativada 
vai ativar canais de cálcio e adenilciclase 
como segundos mensageiros; 
 Proteína G inibitória: Ativa canais de 
potássio e inibe a adenociclase; 
 Proteína Go: Inibe os canais de cálcio; 
 Proteína Gq: Ativa a fosfolipase C; 
 Proteína G12/13: Realiza diversas 
interações com transportadores de íons. 
Receptores enzimáticos 
 Também são chamados de receptores de 
tirosina quinase; 
 Localizados na membrana celular, ligados a 
enzimas; 
 Proteínas que podem formar dímeros ou 
complexos; 
 Quando ativados, sofrem alteração 
conformacional e resultam numa atividade 
enzimática intracelular; 
 
 
4 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 São responsáveis pela fosforilação de 
substratos no interior da célula. 
 Existem diversos tipos de enzimas ligadas a 
esses receptores (ampla variedade). 
Receptores intracelulares 
 Se localiza dentro da célula; 
 Para o ligante interagir com esses receptores, 
ele precisa ser lipossolúvel (natureza lipofílica) 
para que assim possa difundir-se pela 
membrana; 
 São alvos, sobretudo, de hormônios com 
características lipofílicas, com destaque para 
os esteroides; 
 Quando o ligante ativa o receptor, ele irá 
promover a transcrição gênica. 
 
 
Conceitos em farmacodinâmica 
Afinidade 
 Tendência de um fármaco para combinem-se 
com um tipo de receptor; 
 A ação biológica de um fármaco depende 
essencialmente de sua estrutura química; 
 Os fármacos ligam-se aos receptores (alvos 
terapêuticos) formando um complexo e geram 
uma alteração do funcionamento celular; 
 Ligaçõesiônicas; 
 Ligações de hidrogênio; 
 Forças de van der Waals; 
 Interações hidrofóbicas; 
 Raramente ligações covalentes (pesticidas 
organofosforados e a enzima 
acetilcolinesterase). 
Atividade intrínseca 
Propriedade apresentada pelo fármaco de, ao se 
ligar ao receptor, promover uma resposta 
intracelular. 
Interação fármaco-receptor 
 Pode gerar: 
 Efeito máximo: Fármaco agonista 
total/pleno; 
 Efeito parcial: Fármaco agonista parcial; 
 Nenhum efeito: Fármaco antagonista (se 
liga ao receptor mas não gera efeito). 
 
Na imagem: 
 
 
5 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 Modelo chave-fechadura tem agonistas totais, 
geralmente ligantes endógenos (naturais); 
 Primero: Exemplo de um ligante endógeno (ex: 
qualquer neurotransmissor que gera um efeito 
ao se ligar ao seu neuroreceptor). Essa 
capacidade que o fármaco tem de gerar esseefeito é chamada de atividade intrínseca, ou 
seja, um efeito intracelular; 
 Segundo: Exemplo de um fármaco como ligante, 
atuando da mesma maneira do ligante 
endógeno, ligando-se ao receptor, gerando um 
efeito intracelular, caracterizando, da mesma 
forma, a atividade intrínseca, propriedade 
apresentada por alguns fármacos, mas não 
todos. 
OBS: quando há uma modificação na chave, a 
exemplo do friso, tem-se um agonista modificado, 
que teve sua estrutura química modificada, 
havendo uma resposta biológica parcial. 
Agonistas 
 Apresentam afinidade e atividade intríscica (ao 
se ligar com o receptor, geram uma resposta 
biológica dentro da célula); 
 Agonistas totais ou plenos: Produzem uma 
resposta máxima ao ocupar todos os 
receptores ou partes deles; 
 Agonistas parciais: Não desencadeiam uma 
resposta máxima mesmo ocupando todos os 
receptores; 
OBS: ligantes endógenos (hormônios, 
neurotransmissores, citocinas...), em geral, são 
agonistas totais. 
 
Na imagem: 
 Dois analgecicos opioides; 
 Morfina angonista total: Chegou a eficácia 
máxima, resposta máxima; 
 Buprenofina é parcial: Chega a certo ponto 
que, mesmo ao haver o aumento da dose, não 
conseguirá aumentar a sua eficácia. 
Comparação de agonistas 
 EC50 ou DE50 (Dose eficaz 50 por cento): 
Medida da quantidade de fármaco necessária 
para produzir 50 % cento da resposta 
máxima. 
 
Na imagem: No eixo Y tem-se o percentual de 
resposta máxima. Quando o percentual de 
resposta for 50% a dose correspondente a esse 
50% vai ser o EC50. 
Eficácia 
 É o tamanho da resposta que o fármaco causa 
quando interage com o receptor; 
 
 
6 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 Maior percentual de resposta = maior a 
eficácia; 
 O Emáx é considera a resposta máxima, que 
não poderá ser aumentada, considerando a 
ocupação dos receptores. 
 
Na imagem: Fármaco X é mais eficaz, pois quanto 
maior a altura da curva, maior a eficacia. 
Potência 
 É a medida da quantidade de fármaco (dose) 
necessária para produzir um efeito de 
determinada intensidade; 
 O EC50 serve de parâmetro para comparar 
dois fármacos; 
 Curva mais para a esquerda = fármaco mais 
potente; 
 Quanto menor o EC5O maior a potencia. 
 
Na imagem: O fármaco X é o mais potente, pois 
para produzir para produzir uma resposta ele 
precisou de menos EC5O. Quanto menor o EC5O 
maior a potencia Quanto mais a curva está para 
direita, maior a potencia. 
OBS: A eficacia dos dois é igual, pois ambos 
chegaram a 100 % da resposta máxima. 
Antagonista 
 Potência: é uma medida da quantidade de 
fármaco necessária para produzir um efeito 
de determinada intensidade 
 Apresentam afinidade (se ligam ao receptor) 
mas não tem atividade intrínseca (não geram 
efeito intracelular); 
 Antagonista competitivo: Competem com o 
agonista pela ligação reversível ao sítio; 
 Antagonista não competitivo: 
 Ligam-se num sítio diferente (sítio 
alostérico) do local de ligação do agonista 
ou podem ligar-se de maneira irreversível 
ao sítio de ligação do agonista; 
 Não disputam o mesmo receptor, se ligam 
em sítios diferentes do receptor, quando 
se liga no sítio alostérico, muda a 
conformação do receptor e bloqueia a 
ligação do agonista (impede que se 
encaixe). 
 
OBS: Muitos antagonistas são utilizados como 
antídotos. Quando um paciente está com 
intoxicação por mofina, pode-se administrar 
naloxona, que é um antagonista, impedindo que a 
morfina se ligue ao seu receptor que poderia 
gerar mais intoxicação. 
 
 
7 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 Propranolol (antagonista de receptores β-
adrenérgicos): indicação clínica na hipertensão 
arterial); 
 Losartana (antagonista do receptor AT1 de 
angiotensina II): indicação clínica na hipertensão 
arterial); 
 Butilbrometo de escopolamina (antagonista de 
receptor muscarínico de acetilcolina): indicação 
clínica nas cólicas agudas do trato 
gastrointestinal e geniturinário. 
Antagonistas competitivos 
 A é o agonista e I o antagonista competitivo; 
 Os dois ligam-se ao mesmo sítio de ligação no 
receptor e competem pelo local; 
 Quando o antagonista é administrado junto ao 
agonista, o antagonista vai promover um 
deslocamento da curva dose-resposta do 
agonista; 
 O antagonista promove o deslocamento da 
curva dose-resposta para a direita (afeta a 
potência, mas não perde a eficácia); 
 Quando se administra um antagonista (segunda 
curva), a curva se deslocou para a direita, 
quando se aumenta a quantidade de 
antagonista desloca ainda mais para a direita 
(afeta a potência do agonista). 
 
A- Agonista e I-Antagonista 
Disputa de sítio de ligação. 
O antagonismo competitivo tem o 
deslocamento dose resposta para direita, 
afetando a potencia do fármaco, não 
perde a eficacia. 
OBS: Eficácia não é para associar a dose, eficácia 
tem a ver com tamanho do efeito. No antagonista 
competitivo o que influencia é a dose, precisa-se 
de doses maiores para conseguir o efeito máximo. 
Antagonistas não competitivos 
 A é o agonista e I o antagonista não 
competitivo; 
 Os dois ligam-se em sítios diferentes no 
receptor; 
 O antagonista promove o achatamento da 
curva dose-resposta do agonista (afeta a 
eficácia); 
 Quando o antagonista se liga ao sítio alostérico 
ocasiona mudança na conformação do sítio 
ativo, impedindo a ligação do agonista, 
diminuindo assim a eficácia. 
 
 
Índice terpêutico 
 É a relação da dose que produz toxicidade 
(dose letal) com a dose que produz efeito 
terapêutico (dose eficaz) em uma população de 
animais experimentais; 
 IT = DL50 / DE50; 
 
 
8 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO 
 Quando a dose letal é próxima da dose eficaz 
não é interessante para o fármaco, pois causa 
maior toxicidade; 
 Quanto mais próximo de 1 for o IT, maior é a 
toxicidade; 
 O ideal é que o fármaco possua uma alta dose 
letal e uma dose eficaz baixa. 
Agonistas inversos e agonistas 
tendenciosos 
 Agonista inverso: 
 Reduz a sinalização de um receptor que é 
constitutivamente ativo; 
 Apresenta o efeito oposto, pois se liga e 
ativa o receptor, mas ativa uma resposta 
farmacológica contrária à de um agonista 
parcial ou de um agonista total; 
 Possui atividade intrínseca, sinalização e 
efeito intracelular (essas características 
não estão presentes no antagonista). 
 Agonista tendencioso: 
 Fármaco que tem preferência por uma 
determinada via de sinalização ou 
determinado receptor. 
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