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1 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Sistema nervoso autônomo Há várias atividades envolvidas com o sistema simpático; Os fármacos simpaticomiméticos aumentam a força de contração, aumenta contratilidade, promovem broncodilatação nos pulmões. Sinapse adrenérgica Sistema nervoso autônomo Principal neurotransmissor da divisão simpática: Noradrenalina (a acetilcolina também participa): Os receptores da noradrenalina são adrenérgicos; Receptores adrenérgicos são divididos em: Receptores alfa adrenérgicos; Receptores beta adrenérgicos. Principal neurotransmissor da divisão parassimpática: Acetilcolina: 1. A acetilcolina é liberada no sistema simpático pelo neurônio pré-ganglionar, na região ganglionar; 2. Acetilcolina é captada por receptores nicotínicos, que estão presentes no neurônio pós-ganglionar; 3. Esse neurônio pós-ganglionar leva a resposta até a célula alvo e, posteriormente, libera noradrenalina e na célula alvo, na célula efetora, na região sináptica. Biossíntese da noradrenalina É sintetizada a partir de um aminoácido, chamado de tirosina; A tirosina serve como percursos para formação de noradrenalina, adrenalina e dopamina (catecolaminas); 1. Tirosina sofre uma hidroxilação pela tirosina hidroxilase, formando dopa; 2. Dopa sofre descarboxilação, tendo a formação da dopamina; 3. Dopamina sofre uma hidroxilação pela enzima dopamina beta hidroxilase formando noradrenalina (principal neurotransmissor). Muitos fármacos atuam exatamente na síntese de noradrenalina: Fármacos de ação direta: Atuam em receptores adrenérgicos; Fármacos de ação indireta: Atuam na biossíntese da noradrenalina. A dopamina entra dentro de uma vesícula através de um transportador chamado VMAT; Dentro da vesícula haverá a formação da noradrenalina; 2 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Dopamina quando entra na vesícula sofre uma hidroxilação e gera a noradrenalina, e essa ficará armazenada na vesícula até que ocorra um potencial de ação para ser liberada para a fenda sináptica; Na fenda sináptica, a noradrenalina pode atuar nos seus receptores (receptores alfa adrenérgicos ou beta adrenérgicos) e também pode ser recaptada: Captação neural: Neurônio capta a noradrenalina (noradrenalina é degrada pela MAO); Captação extraneuronal: Célula efetora capta a noradrenalina (noradrenalina é degrada pela COMT) Após ser recaptada, terá dois caminhos: 1. ou entra novamente na vesícula e fica armazenada esperando ser novamente liberada após o potencial de ação; 2. ou vai ficar no citoplasma e sofrerá a ação de um enzima chamada monoamina oxidase (MAO), sendo degradada e ficando inativa. Nos colinérgicos: Acetilcolina é degradada na fenda sináptica pela acetilcolinesterase; Noradrenalina é recaptada e é degradada no citoplasma da célula através de algumas enzimas, sendo a principal delas a MAO. OBS: Se inibir a receptação da noradrenalina, haverá mais noradrenalina na fenda sináptica. Então, inibidores da receptação da noradrenalina deixam uma concentração maior desse neurotransmissor na fenda sináptica. Receptores adrenérgicos Receptores que irão interagir com a noradrenalina são divididos em 2 grupos: Alfa-adrenérgicos: Subdividios em alfa-1 e alfa-2; Alfa-1: Receptor excitatório. Alfa-2: São inibitórios. Beta-adrenérgicos (excitatórios): Beta-1; Beta-2; Beta-3. Todos são metabotrópicos, isto é, acoplados à proteína G; A noradrenalina é armazenada em vesículas, quando se tem um potencial de ação ela será liberada para a fenda sináptica, e pode agir nos diversos receptores: Alfa 1, Beta 1, Beta 2; Em vários receptores, só que existe um receptor chamado de ALFA 2, que é um receptor pré-sináptico; A noradrenalina é liberada quando se tem um potencial de ação e logo se tem um aumento de cálcio no citoplasma do neurônio, e então ocorrerá a liberação de noradrenalina. Receptor adrenérgico alfa-1 É excitatório; Localizado nos vasos sanguíneos, brônquios, útero, bexiga e íris (realiza contração muscular nesses locais); Quando ativado: Ativa a fosfolipase C e, consequentemente, aumenta a concentração de Inositol trifosfato (IP3) e de Diacil glicerol (DAG), os quais são segundo mensageiros; 3 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Agonista (noradrenalina ou fármaco agonista): Se liga ao receptor alfa-1 e a fosfolipase C é ativada; Fosfolipase C: Atua nos fosfolipídios de membrana e promove a formação de Inositol trifosfato (IP3) e Diacil glicerol (DAG); DRAG: Promove a ativação da proteína C; IP3: Aumenta a concentração de cálcio livre e, consequentemente, esse cálcio promove a ativação de outras proteínas quinases, as quais irão agir na contração no músculo liso vascular. Receptores adrenérgicos alfa-2 São inibitórios; Localizados principalmente nos neurônios pré- sinapáticos, modulando a libração de noradrenalina; Quando ativado: Inibe a liberação da noradrenalina, diminuindo sua concentração (mecanismo de retroalimentação); 1. Quando ativado nibição de adenilase ciclase; 2. Diminuindo cAMP (AMP cíclico) e dos canais de cálcio; 3. Diminui a concentração de cálcio; 4. Aumento da condutância de potássio – inibição neural; Receptores beta-adrenérgicos São excitatórios; Ativam a Adenil ciclase, aumentando o AMPc e promovendo a ativação de proteínas quinases; Proteínas quinases fosforilam outras enzimas e reações biológicas, promovendo o efeito biológico; Beta-1: Localizado densamente no coração; Quando ativados: Aumentam a frequência cardíaca, o débito sanguíneo e a força de contração; É ativado por algum agonista como a adrenalina, noradrenalina ou outro fármaco agonista; 1. Ativa a Adenil cilase; 2. Aumentará a concentração de AMP cíclico; 3. A Proteína Quinase A é ativada; 4. Ocorre fosforilação; 5. Canais de sódio e cálcio são aberto e canais de potássio são fechados; 6. Aumenta a força e frequência cardíaca. Beta-2: Localizado principalmente nos brônquios, além dos vasos sanguíneos, útero, bexiga, vias seminais, ciliar e trato gastrointestinal; Quando ativados: Promovem a função de relaxamento/dilatação. Beta-3: Localizado restritamente no tecido adiposo; Quando ativado: Promove a lipólise; Esse receptor não é um alvo farmacológico. Fármacos que agem sobre a transmissão adrenérgica São utilizados principalmente para: Doenças Cardiovasculares (mais destaque); Doenças Respiratórias (mais destaque); Doenças Psiquiátricas. 4 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Principais alvos farmacológicos: Receptores adrenérgicos, mas também pode inibir o transporte de monoaminas. Agonistas adrenérgicos Atuam ativando os receptores, tanto alfa quanto beta. Alguns são mais seletivos pra beta e outros pra alfa. Na imagem: Os principais fármacos em uma coluna e seus receptores. As cruzes indicam a seletividade, se o fármaco se liga de forma considerável ao receptor. Noradrenalina/Norepinefrina: Não tem seletividade, atua tanto em receptores alfas, como em receptores beta, mas atua de forma mais considerável em receptores alfa; Adrenalina/Epinefrina: Atua bastante em todos os receptores, porém de forma mais acentuada em receptores beta; Isoproperenol: Beta seletivo. Não tem atividade em receptores alfa. Utilizado muito tempo como broncodilatador, em pacientes com asma, bronquite; Não é mais ultilizado, pois tinha grande reação adversa, aumentando a FC. Fenilefrina: Atua em alfa 1, é agonista alfa 1 seletivo. Utilizado como vascoconstrictor em desgongetionantes nasais para melhorar a congestão; Nafasolina (neosoro) é semelhante a fenilefrina. Conidina: Atua em alfa-2 Inibe a liberação de noradrenalina; Utilizada para tratamento de hipertensão. Sabutamol (aerolin): É beta 2 seletivo (mas tem ação em beta 1 também): Usado como broncodilatador; Ação menor comparada ao isotirenol. Terbutalina: Age bastante em beta 2 Usado como broncodilatador. OBS: Esses dois ultimos tem efeitos diminuidos em beta 1, por isso são mais ultilizados para tratamento de qualquer desordem no pulmão. Metoxamina: Por ter uma ação mais específica, não é um fármaco usado em larga escala na terapêutica. Principais fármacos broncodilatadores: fenoterol, salbutamol, terbutalina e teofilina; Princiapis beta 2 seletivos: Fenilefrina, clonidina, salbutamol e terbutalina. Os que mais atuam como agonistas adrenérgicos, por serem mais utilizados na clínica. 5 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Agonistas indiretos Fármacos de ações centrais –anfetaminas: Tem diversas reações no SNC; São ultilizadas como drogas recreativas, ex: Metanfetamina; Metanfetamina: Aumenta a libração de noradrenalina para fenda sinaptica; Utilização clínica: Para tratamento TDAH (Ritalina e Venvanse) e anorexígeno para tratamento de obesidade (Sibutramina). Cocaína: Afeta a transmissão de noradrenalina; Quando ela foi descoberta era utilizada como anestésico; Agora ela não tem mais utilização na clínica devido a seus efeitos adversos sobre o SNA; Inibe a recaptação de noradrenalina, assim mais noradrenalina ficara disponível na fenda sináptica causando efeitos excitatórios; Esse efeito excitatório mais intenso e prolongado pode gerar, inclusive, paradas cardíacas. Antagonistas adrenérgicos Antagonistas adrenérgicos alfa São menos ultilizados que os antagonistas beta na clínica. Antagonistas alfa não seletivos: Fenoxibenzamina, fentolamina (usado no feocromocitoma); São os mais usados, principalmente no tratamento do feocromocitoma (tumor de adrenal). Antagonistas alfa 1 seletivos: Prazosina, doxazosina – anti-hipertensivo e hiperplasia prostática benigna; Atuam no bloqueio da ligação da noradrenalina a alfa 1; Impedem a ligação da noradrenalina, impedindo a vasoconstrição; Usados os mais utilizados como vasodilatadores para tratamento de hipertensão. OBS: irão inibir justamente a contração dos vasos, tendo assim a diminuição da resistência vascular periférica, e consequente queda da pressão arterial (hipotensão postural). Antagonistas alfa 2 seletivos: 6 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Ioimbina, idazoxano (usados na disfunção erétil); Tem uso restrito na clínica; Mesmo no tratamento da disfunção erétil, esse fármaco não é tão usado por não ser tão eficaz quanto outros fármacos que pertencem a outra classe de fármacos. Antagonistas adrnérgicos beta Muito ultilizados na clínica. Uso dos antiadrenérgicos beta: Cardiovasculares: Hipertensão; Angina de peito; Infarto do miocárdio; Arritmias; Insuficiência cardíaca. Outros usos: Glaucoma (diminuir a pressão intraocular); Tireotoxidade (paciente com hipertireoidismo); Ansiedade (para tratar tremores da ansiedade); Profilaxia de enxaqueca (para diminuir a pressão cranial); Tremor essencial benigno (distúrbio familar). Antagonistas beta 1 seletivo: Receptores beta 1 são mais encontrados no coração; Inibem a FC; São os fármacos mais ultilizados no tratamento da hipertensão, angina no peito e insuficiência cardíaca. Antagonistas beta não seletivos: Atuam em beta 1 e beta 2; Antagonizar beta 2: Provoca vasoconstrição nos brônquios; São contraindicados para pacientes asmáticos; São usados principalmente para o controle da pressão arterial. Não seletivos para beta: Mesma coisa que betabloqueador; Propanolol, Alprenolol, Nadolol, Pindolol, Timolol, Sotalol (dois ultimos usados no tratamento do glaucoma); Atua da mesma forma para receptores beta 1 e beta 2; Impede a atuação da noradrenalina no pulmão, com os receptores beta 2; O pulmão terá uma vasoconstrição; Não é indicado para pacientes asmáticos; Utlizado para ansiedade, teremores familares benignos e tratamento de enxqueca. Seletivos para beta 1: 7 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO Atenolol, Acebutol, Practolol, Metropolol e Caverdilol; Ultilizados no tratamento de hipertensão em pacientes asmáticos (já que não tem efeito no pulmão, por ter pouca/nenhuma atividade para beta 2), para ansiedade, teremores familares benignos e tratamento de enxqueca. Antagonistas adrenérgicos indiretos: Não atuam diretamente nos receptores; Afetam diretamente a síntese de noradrenalina; Alfa-metil tirosina é usada no tratamento do feocromocitoma (tumor nas adrenais); Carbidopa – derivado da hidrazina da dopa usado no parkinsonismo, também afetando a síntese de noradrenalina. Fármacos que afetam o armazenamento de Noradrenalina-Dopadescarboxilase: Usados para o tratamento de hipertensão em gestantes (primeiro fármaco de escolha); Estruturalmente é semelhante a dopa, a enzima que irá descarboxilar a dopa, irá confundir a Dopa com a Metildopa e isto acarreta na não formação de norarenalina e sim de alfa-Metilnoradrenalina, que é um falso neurotransmissor; A alfa-Metilnoradrenalina quando é formada vai ativar o receptor alfa 2 adrenérgico, o qual é um receptor inibitório, então a metildopa diminui a liberação de noradrenalina; Efeitos adversos: Seus efeitos adversos são hipotensão, sonolência, diarreia, impotência em homens. Fármacos que afetam o armazenamento de noradrenlina –Reserpina: Atua no SNC; Impedi o armazenamento de noradrenalina em vesícular, fazendo com que a noradrenalina fique no citoplasma; Decradação da monoamina oxidase (IMAO); Reserpina não tem ultilização clinica atualmente, por vários efeitos adversos no SNC. Inibidores da monoaminoxidase (IMAO) São fármacos que irão inibir a enzima MAO; Impedem a degradação da noradrenalina; São utilizados como antidepressivos (Selegilina, Moclobemida). Medicamentos de destaques: Antagonistas beta: Propanolol; Atenolol. Agonistas adrenérgicos –beta seletivos: Salbutamol; Terbutalina; Fenilefrina; Metildopa. Antagonista adrenérgico indireto: Metildopa. 8 GIOVANA NUNES DE ASSUNÇÃO
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