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PARTES, REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL, PROCURADORES E TERCEIROS AULA 6 PARTES: Conceito: aquele que demanda em nome próprio a prestação jurisdicional do Estado, ou mesmo a pessoa em cujo nome é demandada. Em outras palavras, partes são o autor, que demanda a tutela jurisdicional, e o réu, contra quem a atuação é postulada. Na esfera trabalhista a titulação diferencia-se do processo civil, constando como partes o Reclamante e o reclamado. CAPACIDADE POSTULATÓRIA: A capacidade de ser parte (ou capacidade de direito) diz respeito à possibilidade de a pessoa (física ou jurídica) se apresentar em juízo como autor ou réu, ocupando um dos polos do processo. Quanto à capacidade processual, também conhecida como capacidade de estar em juízo (ou capacidade de fato ou de exercício), é outorgada pelo art. 70 do CPC, o qual estabelece que: “Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo”. Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Portanto, adquirida a capacidade de ser parte, impõe-se verificar se os sujeitos do processo podem praticar os atos processuais pessoalmente, sem o auxílio ou acompanhamento de outras pessoas, ou seja, se possuem capacidade processual plena para se manterem na relação processual sem amparo de qualquer espécie. Por último, quanto à capacidade postulatória, no âmbito do processo civil, é a mesma privativa de advogado regularmente inscrito - na OAB, não sendo permitido à própria parte (em regra) elaborar e subscrever a petição inicial, exigindo-se que esta manifestação processual seja praticada por profissional devidamente habilitado. Obs: A capacidade processual se difere da capacidade civil, visto que diante da figura dos absolutamente incapazes e dos relativamente incapazes, apesar de possuirem capacidade para serem partes, precisam de representação e assistencia, respectivamente. INCAPACIDADE ABSOLUTA: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. INCAPACIDADE RELATIVA São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos. SUCESSÃO A sucessão processual pode ocorrer tanto em relação ao empregado quanto ao empregador. A sucessão processual da parte pessoa física se dá com a sua morte. Logo, falecendo o empregado ou o empregador no curso da ação, serão os mesmos substituídos pelo espólio, representado pelo inventariante. • Obs: A sucessão processual não se confunde com a substituição processual, uma vez que na sucessão uma pessoa sucede a outra na relação processual, assumindo a titularidade da ação, seja no polo ativo ou passivo, enquanto na substituição processual, o substituto pleiteia, em nome próprio, direito alheio. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL A regularidade da representação processual é pressuposto de validade do processo, sendo imprescindível a juntada do instrumento procuratório, em que a parte confere poderes ao patrono para representá-la, devendo o magistrado intimá-la, uma vez constatado o vício, na forma do artigo 76 , do CPC . - PROCURAÇÃO TÁCITA - PROCURAÇÃO EXPRESSA DIREITO DA ADVOGADA GESTANTE, LACTANTE, ADOTANTE OU QUE DER A LUZ • Lei 13.363, de 25 de novembro de 2016 • entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; • lactante, adotante ou que der à luz: acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê; • gestante, lactante, adotante ou que der à luz: preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição; • adotante ou que der à luz: suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. Obs: Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação. LITISCONSÓRCIO: • Ativo: Ocorre litisconsórcio quando duas ou mais pessoas ajuizam uma mesma ação com o mesmo objeto e causa de pedir. OBS: Muitos reclamantes em uma só demanda ferem o Princípio da Ampla Defesa, pois o réu tem que se defender em relação a cada um dos reclamantes. Por isso, apesar de a lei não se manifestar a respeito, a jurisprudência criou um limite que permite a outra parte (réu) se defender, sendo-lhe garantida a ampla defesa. Em face disso, o máximo de pessoas que pode ajuizar uma mesma ação é de cinco pessoas. • Passivo: Pluralidade de réus (mais de um réu na mesma ação). Exemplo: terceirização (se não for fraudulenta, gera responsabilidade subsidiária; se for fraudulenta, gera responsabilidade solidária), grupo de empresas, gera responsabilidade subsidiária sucessão de empregadores. • Litisconsórcio Misto: Pluralidade de autores e de réus. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS - EC N°45/04. Conceito: Caracteriza-se na interferencia em uma relação processual, de uma pessoa estranha às partes componentes da lide original, com algum interesse jurídico em sua solução, seja em benefício de uma das partes, seja em benefício próprio, exclusivamente. “dá-se a intervenção de terceiros quando uma pessoa ou ente, não sendo, originariamente, parte na causa, nela ingressa para defender seus próprios interesses [jurídicos] ou os de uma das partes primitivas da relação processual” - obrigatoriedade de intervenção com matéria laboral em razão da competência da justiça do trabalho. • Assistência: Em uma demanda já ajuizada, em auxílio a uma das partes, com o fim de garantir a essa parte uma sentença favorável. Portanto, o interesse jurídico do assistente é obter uma manifestação jurisdicional benéfica ao assistido. • Nomeação a autoria A nomeação à autoria é provocada pelo réu, que nomeia terceiro estranho à relação processual, o qual entende ser parte legítima na relação processual erroneamente formada entre ele (réu e nomeante) e o autor. Os artigos 62 e 63 do Código de Processo Civil indicam as possibilidades em que o réu poderá valer-se desse instituto, in litteris: “Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor. Art. 63. Aplica-se também o disposto no artigo antecedente à ação de indenização, intentada pelo proprietário ou pelo titular de um direito sobre a coisa, toda vez que o responsável pelos prejuízos alegar que praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de terceiro.” • Denunciação da lide A denunciação da lide poderá ser provocada pelo autor ou pelo réu em processo judicial no qual a respectiva parte corra o risco de sucumbir e indenizar a contraparte. A única hipótese admitida no processo laboral, entre as arroladas no art. 70 do Código de Processo Civil, é a disposta em seu inciso III, que admite a denunciação contra aquele que estiver obrigado, por lei ou contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. Aqui mais uma vez observa-se a prevalência dos princípios da celeridade e da economia processual. • Chamamento ao processo. Será possível quando, entre todos os devedores solidários, o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial ou totalmente, a dívida comum. Nesse caso, o réu, devedor, chama para comporemo polo passivo terceiros, devedores solidários, para que o ônus da sucumbência possa com eles ser dividido. Com isso o réu busca solucionar definitivamente a questão judicializada, homenageando outra vez o princípio da economia processual.
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