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A2 - GESTÃO DA INOVAÇÃO - EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

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A2 - GESTÃO DA INOVAÇÃO - EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
PROFESSOR: RONALDO ALIPIO DA COSTA PILOTO
O Empreendedorismo no Brasil e em todo mundo têm servido de mola para o desenvolvimento. Empreendedores em todos os países costumam ser pessoas mais criativas, mais arrojadas, movidas por uma ideia central de sucesso, que as impulsionam em busca de novas oportunidades. Nesse movimento, geram renda, empregos, receita tributária e novas demandas. O Empreendedorismo ganha um grande impulso na sua proposta de sucesso quando forma uma aliança com a inovação, seja na tecnologia utilizada, no processo de trabalho, seja no marketing de divulgação do serviço ou produto.
É interessante que vários autores do Empreendedorismo tentam definir algumas características que são essenciais a essa figura do Empreendedor de sucesso. Embora essas características por si só não sejam fatores condicionantes do sucesso, o fato é que uma delas você pode vislumbrar na figura desses empreendedores que hoje obtém sucesso no mercado. O empreendedor é aquela pessoa que enxerga sempre uma melhor forma de se fazer alguma coisa. Dentre essas concepções é muito interessante também a ideia do empreendedor ser uma pessoa "significativa", uma pessoa que pensa em ideias que tornam o mundo um lugar melhor, que melhora a qualidade de vida das pessoas, que são capazes de solucionar problemas graves da atualidade, como tecnologias que proporcionam inclusão social para pessoas com determinadas limitações, por exemplo. Algumas características da figura do empreendedor, é que ele é motivado, visionário, sonha alto e que sabe da necessidade de se correr riscos para obter sucesso, é uma pessoa que planeja muito bem as suas ações. 
As habilidades de um empreendedor são diversas assim como as características. Podem ser ensinadas, partindo do princípio da criatividade. As técnicas e característas são como saber escrever, ouvir as pessoas, captar informações, ser bom em oratória, ser organizado, liderar, trabalhar em equipe, ser bom negociador, ser disciplinado, assumir riscos, ser persistente entre outras características.
Inclusive, segundo Filion, o empreendedorismo pode ser aprendido. Não há dúvida de que algumas pessoas já nascem com perfil empreendedor e por sinal, tinha-se como crença no passado que apenas as pessoas dotadas de aptidão para negócio tinham sucesso como empreendedores. Mas hoje está provado que se aprende a ser empreendedor, sendo, para isso, necessário o desenvolvimento das características e habilidadades que compõem o perfil empreendedor.
As Teorias da Administração começaram a perdurar a partir do século XX, acompanhando as ideias de Taylor e Fayol (Teoria Clássica), entre outros, bem como os movimentos socioeconômicos daquele período. 
No ponto de vista de Filion, o ato de empreender é o ato de também inovar. A Inovação é uma renovação ou uma novidade que é colocada em prática.
Do ponto de vista de Schumpeter, o desenvolvimento econômico inicia-se a partir de inovações, ou seja, por meio da introdução de novos recursos ou pela combinação diferenciada dos recursos produtivos já existentes.
E de acordo com Dornelas, empreendedor é aquele que vê uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.
De acordo com os estudos do projeto Global Entrepreneurship Monitor - GEM, o empreendedorismo é qualquer criação de um projeto, empresa ou expansão de um projeto já existente.
Com a criação do Sebrae e a Softex na década de 1990, o empreendedorismo começa a aparecer no Brasil, durante a abertura que o povo teve para a economia e o país começou a ser palco para diversos projetos empreendedores. 
O Processo Empreendedor se inicia quando Fatores Ambientais, Sociais e Pessoais ou um somatório de todos eles aliados às aptidões pessoais do empreendedor surgem possibilitando o início de um novo negócio.
As Fases do Processo Empreendedor se dão após a decisão de tornar-se empreendedor, composta de uma sequência de quatro fases para efetivação do processo empreendedor. São elas:
- Inovação;
- Desenvolvimento do Evento Inicial;
- Implementação;
- Crescimento.
Tendo visto uma visão da história do empreendedorismo, das características do empreendedor e dos processos de um empreendimento, vemos agora o processo de identificação de oportunidades e inovação. A Inovação é a criação ou adoção de algo novo ou significativamente melhorado e que tenha a possibilidade de trazer ganhos econômicos para a empresa. Diferente do que muita gente pensa, uma ideia não significa uma oportunidade de negócio. Empreendedores sem sucesso confundem ideia com oportunidade. A ideia causa fascínio. O empreededor deve aprender a ver sua ideia com distanciamento emocional, de modo a fazer uma análise detalhada dela.
Dolabela diz que existem diversos pré-requisitos para se identificar uma oportunidade, como: idenficação de desejos e recursos ou quando se procuram problemas e soluções; estão presentes em todos os lugares; exigem grandes esforços; 
possuem hora certa para ocorrer; devem se ajustar ao empreendedor, entre outras.
A criatividade é uma das fontes geradoras de oportunidade e pode ser aprendida e desenvolvida, fazendo com que as pessoas transformem seus sonhos em oportunidades reais. A atividade empreendedora realmente se inicia quando o empreendedor tem um sonho. Neste caso, os sonhos são aqueles em que se sonha acordado, onde se imagina algo específico no futuro, algo que o faz ter motivação para desenvolver e torná-lo realidade. Para se tornar concreto, o sonho deve se transformar em uma visão, um projeto de ação, uma ideia de empreendimento. A visão é originada por causas circunstanciais, influenciadas por múltiplos fatores. É formada por tudo que envolve a vida do indivíduo, pelas transformações etárias, aquisição de conhecimento, maturidade, relações, crenças, valores, variações na forma de representação do mundo, e que devem ser influenciadas por diversos educadores ao passar da vida do indivíduo.
Investir na abertura de um negócio e ser seu próprio chefe é uma ideia que atrai bastante as pessoas. Entretanto, os desafios se apresentam logo no início do processo: diante de tantos modelos de negócios, como escolher a opção ideal?
Para que uma empresa prospere, certos investimentos em inovação não podem ser negligenciados pelos gestores. Independentemente da opção do empresário dentre os vários modelos de negócios, o primeiro pensamento deve ser o de trazer diferencial para o seu segmento. O empreendedor deverá escolher qual o segmento, o tipo de empreendimento que ele aplicará seu tempo e seus esforços. Pode ser no ramo de agronegócios, construção, consultoria, franquias, hospitalidade, manufatura, serviços terceirizados, entre outros. E após essa definição, o empreendedor deverá buscar mais informações sobre o ramo escolhido, assim como buscar informações sobre estoque, os custos envolvidos no processo (mão de obra, materiais, equipamentos, energia), distribuição desses produtos ou serviços, etc. Existem vários tipos de estoque, como: materiais auxiliares (não são incorporados no produto final mas devem ser mantidos); matéria prima (compõem o produto final); produtos em processo (em linha de produção); produtos acabados (disponíveis para comercialização).
O preço de venda é composto por custos, despesas e mais uma margem que se baseia no percentual de lucro desejado.
Essas informações ditas acima são extremamente importantes, pois dessa forma o empreendedor entende sobre a empresa e o ramo escolhido, sabendo como ela funciona e evitando perdas.
A ideia de Plano de Negócios é transformar o seu negócio, a sua ideia, em algo palpável antes de você começar a empreendê-la e assim obter suceso. É indispensável no início de uma empresa, pois é um relatório onde você irá documentar todas as etapas, todo o dia-a-dia, a ideia, o concorrente, mesclando tudo numa documentação para que você tenha números em que se basear. Através dele, antes mesmo de montar a empresa você já saberá quanto investir,
onde investir e qual será o prazo de retorno. Seu objetivo é estruturar a formação de uma organização e diminuir o alto índice de mortalidade das micro e pequenas empresas. Existem diferentes etapas que devem ser abordados num Plano de Negócios, como:
- Sumário Executivo: é um resumo do Plano de Negócio. É uma maneira de apresentar as principais informações do plano, principalmente indicadores de viabilidade. Irá despertar a atenção dos leitores para o plano de negócios.
- Resumo da Empresa: devem ser colocados os dados de identificação da empresa, como CNPJ, onde será a empresa, missão da empresa (o porquê ela existe), visão (o que se espera dela), descrição de seus produtos/serviços, estratégias de entrada e crescimento.
- Plano de Marketing: demonstração de como alcançar clientes, expondo mercado alvo, produtos/serviços oferecidos, preços, distribuição até o mercado alvo, vendas, publicidade, previsão de vendas.
- Plano Operacional: descrição detalhada de como funciona o negócio, dizendo quais são os fornecedores, prazos, custos da empresa, e permanência no mercado. É feito de forma simples para que se tenha uma ideia do fluxo operacional do negócio.
- Plano Financeiro: revela os números do seu negócio. Quanto de capital será necessário para iniciar o negócio e mantê-lo funcionando até que comece a dar lucro. 
A Inovação é a criação ou adoção de algo novo ou significativamente melhorado e que tenha a possibilidade de trazer ganhos econômicos para a empresa. A inovação é um processo. Esse processo possui como participação vários atores e sofre a influência de inúmeras variáveis. Nesse contexto, o empreendedorismo como essa arte de se propor o novo, ele é materializado através da própria figura do empreendedor. Então, é impossível pensar em inovação sem considerar o espiríto empreendedor. Embora a recíproca não seja verdadeira, pois existe a possibilidade de se empreender sem inovar.
Schumpeter observava que a inovação tecnológica cria diferenciação para as empresas, representando um papel central no desenvolvimento de uma empresa e consequentemente numa região ou país.
O Processo da Inovação é dividido em três fases:
- Invenção: se refere à criação de um processo, técnica ou produto inédito e ter uma aplicação comercial efetiva.
- Inovação: acontece com a aplicação prática de uma invenção.
- Difusão: aplicação de produtos e processos pelo mercado, se a invenção for aceita pelo mesmo.
Nos Estudos da Inovação, existem seus conceitos, como exibidos na imagem abaixo:
*Imagem*
-Inovação de Produtos: está dentro da concepção, por exemplo, da inovação de bens e serviços.
-Inovação de Processos: adição de incrementos a um determinado produto ou processo. Seriam pequenas melhorias em processos e produtos, como por exemplo, CD duplo em relação ao CD single. 
-Inovação Radical: transformação completa de um produto ou serviço. Muda paradigmas, por exemplo, a evolução do vinil para o CD. 
-Inovação de Marketing: novas estratégias de marketing no mercado. 
-Inovação Organizacional: relacionada à forma de organizar o negócio.
Esses conceitos de Inovação são também abordados no que diz respeito à legislação brasileira, na própria Lei da Inovação, então, para o pequeno empreendedor é interessante que ele conheça esses conceitos de inovação porque em muito dos casos o gozo de diversos benefícios e captação de recursos via subvenção econômica, além, é claro, de permitir que a empresa seja reconhecida por seus clientes por meio dos produtos/serviços comercializados/prestados.
Lembrando que a inovação está altamente ligada à criatividade.
A Educação Empreendedora se dá através do contato com família, escola, amigos, trabalho, cultura, sociedade e vai favorecendo o desenvolvimento de alguns talentos e características de personalidade e bloqueando ou enfraquecendo outros. Isso acontece ao longo da vida, muitas vezes ao acaso, pelas diversas circunstâncias enfrentadas.
O empreendedor é um ser social, e assim sendo é fruto da relação constante entre os talentos e características individuais e o meio em que vive. Ser empreendedor não é fruto do nascimento ou de herança genética, mas resultado de trabalho, talento e reserva econômica.
O ensino do empreendedorismo constrói o aprendizado num longo prazo, aprendendo com o ambiente, com o ser humano e com os erros e dessa forma, favorecendo a organização.
As metodologias tradicionais de ensino não enfocam o
desenvolvimento da cultura empreendedora e possuem suas diferenças, como por exemplo, a cultura empreendedora foca em: ênfase no processo ao invés de ênfase no conteúdo; instrutor e parcipantes facilitadores ao invés do repasse apenas de conhecimento; sessões flexíveis e voltadas às necessidades ao invés de currículos e sessões programadas;
prioridade para a auto-imagem que gera desempenho ao invés da prioridade no desempenho; encorajamento à influência da comunidade ao invés da resistência a mesma; erros como fonte de conhecimento ao invés de erros não aceitos; etc.
Com a Pedagogia Empreendedora, segundo Dolabela, os professores e alunos das séries inicias adquirem conhecimentos relativos aos sonhos, necessidade de estimular o sonho, de expressar nossas idéias, de ser feliz, semeando o empreendedorismo com o espírito de apreender a empreender, dando destino à vida, conquistando a liderança com qualidades de líder, sendo este necessário para ajudar grupos de pessoas a buscarem seus sonhos.
Com a Oficina do Empreendedor, segundo Dolabela, faz com que as pessoas que não estão relacionadas à area do empreendedorismo mas que desejam mudar de carreira ou professores que querem estimular seus alunos, possam expandir seus horizontes e a verem o empreendedorismo como ele realmente é. Os professores podem seguir algumas estratégias, como, por exemplo: focar na realidade, em filmes, livros, sites que permitem gerar oportunidades de aprendizagem empreendedoras; estabelecer conexões com outros empreendedores; convidar pessoas a falarem sobres seus sonhos; estimular auto-avaliação; tomar os sonhos como central na aprendizagem; etc.
Tanto a Oficina do Empreendedor como a Pedagogia Empreendedora, ajudam o empreendedor acrescentar valor na sociedade. Empreendedor não se dedica ao enriquecimento individual, mas sim na consciência social. Questiona qual é a causa que apoia, com enfoque nos seus sonhos, na auto-avaliação, estimulando-os. Quanto mais próximos das situações do dia-a-dia, maior é o assimilamento. As escolas devem adotar esses métodos de forma espontânea, como fonte de mudança e transformação e não devem ser impostas às mesmas.
A Oficina do Empreendedor trabalha com algumas fases e métodos, como: estratégias para identicação de oportunidades (conceito de si, formação de sonho, foco em necessidades não satisfeitas, capacidade de criar algo novo); ideia inicial do plano de negócios (avaliação da ideia da empresa, elaboração do plano de negócios, técnicas de negociação e apresentação); plano de negócios ao início de operações (negociação e liderança).
Logo, torna-se evidente, portanto, que é possível ensinar o empreendedorismo, para discentes de diferentes idades, gêneros, idades e posições sociais.
O Intraempreendedorismo trata-se de uma das categorias que derivam da prática de empreender, porém de maneira interna, como o próprio nome já deixa claro. Ou seja, intraempreender é quando os colaboradores de uma empresa passam a atuar como se fossem os donos do negócio, com atitudes que ajudem a empresa a se desenvolver. A prática é realizada por colaboradores e funcionários que têm perspectiva de fazer o que é preciso para manter a empresa operando em capacidade máxima e, por consequência, crescer em seu nicho de atuação no mercado. Traz aos funcionários ganhos, como a possibilidade de empreender sem investir, colhendo conhecimento e reconhecimento. Os intraempreendedores possuem características como, confiança, possuem habilidades políticas e de negócios, bom relacionamento e são inovadores.
Os líderes podem estimular um ambiente empreendedor
da seguinte forma: através de uma visão empreendedora bem definida do negócio; sistema de recompensas e participação de resultados aos funcionários; melhoria de desempenho assumindo riscos; reduzir níveis hierárquicos; possuir pequenas unidades organizacionais e equipe multifuncionais; encorajamento interno; voz do consumidor dentro da organização; etc.
O Intraempreendedorismo ocorrerá com sucesso se houver comprometimento dos empregados em todos os níveis da organização, principalmente nos cargos maiores, pois a partir dali que ocorrem mudanças culturais nas empresas.
Hoje, o principal motivo de falência das empresas, é por exemplo, falta de capital de giro, o excesso da carga tributária e trabalhista, a burocracia, falta de capacitação, dificuldade de acesso ao crédito, preço de financiamento, ausência de financiamento. Mesmo com todos os procedimentos ditos acima e outros como, por exemplo, o processo de Incubação de Empresas (que é um dos grandes responsáveis pela manutenção de mercado de empresas nascentes. A incubação de empresas é todo um processo de apoio técnico, gerencial e financeiro à pequenos empreendimentos. Então vamos imaginar que você seja um pequeno empreendedor que não visualiza naquele momento recursos para iniciar a sua atividade, você pode submeter o seu projeto à um processo de incubação de empresa, então sendo aprovado o seu projeto, você terá todo um apoio técnico, gerencial e financeiro para dar os primeiros passos no sentido da caminhada empreendedora), a taxa de mortalidade dessas empresas ainda é muito alta.

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