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Gessos Odontológicos

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● Além da utilização para confecção de modelos, os gessos odontológicos também são encontrados em
materiais para enxerto, para revestimentos e, em pequena quantidade, fazem parte da composição dos
alginatos odontológicos.
● Fabricação: o principal componente dos gessos odontológicos é o sulfato de cálcio hemi-hidratado, que
pode ser obtido do mineral gipsita ou de um processo químico.
● Apresentação: podem ser encontrados em embalagens de 1 ou 5kg, além de embalagens individuais
pré-dosadas.
o CLASSIFICAÇÃO E INDICAÇÕES
✔ Tipo I – gesso para moldagem (Paris): atualmente em desuso;
✔ Tipo II – gesso comum: modelos de estudo e planejamento, preenchimento do muflas, modelos
preliminares em prótese total e fixação de modelo em articulador;
✔ Tipo III – gesso pedra: montagem em articulador de alta precisão, modelos para confecção de
aparelhos ortodônticos, placas de clareamento e placas interoclusais;
✔ Tipo IV – gesso pedra especial (baixa expansão): confecção de troqueis para enceramento e
confecção de trabalhos cerâmicos ou metalocerâmicos, modelos para confecção de provisórios,
placas prensadas, núcleos fundidos, próteses totais, próteses parciais removíveis e próteses sobre
implantes;
✔ Tipo V – gesso pedra especial (alta expansão): fundição de ligas com alta contração de
solidificação.
● Reação química: reação de cristalização de maneira inversa, ou seja, a mistura do sulfato de cálcio
hemi-hidratado com a água leva à formação do sulfato de cálcio di-hidratado com a liberação de calor
(reação exotérmica).
● Relação água/pó: cada gesso tem uma relação diferente, que varia de acordo com o fabricante. O excesso
de água aumenta a fluidez e o escoamento, mas compromete a resistência e prolonga o tempo de presa. Já
a escassez de água pode deixar o gesso mais resistente, mas aumenta a possibilidade de incorporação de
bolhas de ar durante o vazamento.
● Manipulação:
✔ Pode ser manual ou mecânica;
✔ Entre as variáveis da manipulação que podem alterar o tempo de presa, está a temperatura da
água: quanto mais aquecida, maior o tempo de presa. Em 100ºC não há reação.
✔ Tempo de espatulação: tempo desde o início da mistura do pó até o final da espatulação. Utiliza-se
um gral de borracha, espátula plástica, balança e proveta. O gesso é pesado e a medida da água
de acordo com o fabricante. O tempo recomendado é de 1 minuto de espatulação.
✔ Tempo de trabalho: tempo desde o começo da manipulação até o material apresentar fluidez
suficiente para ser vazado no molde. Leva cerca de 3 minutos.
✔ Tempo de perda do brilho: tempo até a água de cristalização começar a ser consumida e formar o
di-hidratado, cerca de 9 minutos.
✔ Tempo de hidratação: quando parte da água de cristalização já foi consumida. Deve-se checar a
reação exotérmica. O tempo oscila em torno de 50 minutos, para que o modelo seja separado do
molde com segurança.
● Propriedades:
✔ Resistência à compressão: está inversamente relacionada à proporção A/P, o gesso com maior
resistência é o que utiliza menor quantidade de água. Resistência úmida é quando há excesso de
água no modelo, após a água ser eliminada, obtém-se a resistência seca (em cerca de 7 dias).
✔ Resistência à abrasão: a dureza superficial dos gessos é baixa.
✔ Resistência à tração: muito baixa. A fratura do gesso cristalizado ocorre tipicamente em tração.
✔ Reprodução de detalhes: está relacionada com a porosidade superficial do gesso e com o tipo de
material de moldagem.
● Gessos modificados:
✔ Sintéticos;
✔Modificados por resina: melhor reprodução dos detalhes e aumento na resistência à abrasão,
apresentam arestas limpas e definidas após o corte do modelo.
✔ Expansão zero: gesso tipo IV que apresenta 0% de expansão;
✔ De fluidez modificada: gesso tipo IV com alta fluidez, tem finalidade de diminuir a possibilidade de
bolhas no modelo.
✔Modificado para montagem: gesso pedra com tempo de presa extrarrápido (3 a 5min), indicado
para a montagem de modelos em articuladores.
● Controle de infecção: os moldes devem ser desinfetados por meio da imersão em soluções químicas
bactericidas, os modelos devem seguir o mesmo protocolo.
julianealvesds@gmail.com
REFERÊNCIAS
LUIZ, Betsy Kilian Martins; CHAIN, Marcelo Carvalho. Gessos Odontológicos. In: CHAIN, Marcelo
Carvalho. Materiais Dentários. S.L.: Artes Médicas, 2013. Cap. 3. p. 55-65. (Série ABENO).

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