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GESSOS ODONTOLÓGICOS Gesso é um mineral chamado gipsita, o qual passa por diversos processos para se tornar esse gesso de uso odontológico, ele possui várias utilizações na odontologia. Na odontologia ele é chamado de sulfato de cálcio hemi-hidratado, ou seja, ele perde uma molécula e precisa que adicionemos um pouco de água para poder manipulá-lo. PRINCIPAIS PROPRIEDADES: Resistência: Qualquer material nós temos que conhecer sua resistência, com o gesso é a mesma coisa. Por ele ter variados tipos, precisamos conhecer as especificidades de resistência bem como a indicação de uso para cada tipo de gesso Expansão o Higroscópica: é a expansão que ocorre quando misturamos o pó + líquido, durante a manipulação o material já vai sofrendo essa expansão o Presa: quando o material “endurece”, nesse momento dizemos que o material tomou presa o Tardia: em alguns tipos de gesso ocorre uma expansão tardia que é aquela que ocorre em até 48 horas ou até mais Importante termos em mente as características de cada gesso, pois se ele expandir mais do que o normal ele não representará com fidelidade as características do que tivermos moldado, portanto nosso tratamento será afetado Consistência e Escoamento: Após a manipulação e homogeneização o gesso terá uma consistência equivalente ao escoamento pois essas propriedades andam juntas, dessa forma um gesso com bom escoamento, deverá ficar circunscrito pela cavidade do molde, tendo uma bom consistência para permanecer ali; se esse material não ficar dentro da cavidade do molde perderemos material, normalmente isso ocorre durante o proporcionamento de pó e água TIPOS DE GESSO: • Tipo I – para moldagem – em desuso: Está em desuso porque antigamente não existiam materiais como o alginato, então moldavam com o gesso tipo 1, só que ele tem uma resistência muito baixa. Colocava-se o gesso numa “moldeira”, colocava na boca do paciente e depois precisava bater com um martelinho pequeno pra quebrar o gesso, removê-lo e depois colocar as partes quebradas. Atualmente utiliza-se para prender grampo, fixar prótese... Situações secundárias; • Tipo II – Gesso comum : Utiliza-se para prender grampo, fixar prótese... Situações secundárias; • Tipo III – Gesso pedra : o mais utilizado na odontologia, é com ele que vazamos os moldes; • Tipo IV: utilizado quando se necessita de maior resistência, possui custo um pouco maior que o tipo III OBS: Na confecção de modelos usamos um produto para que o molde fique impermeável pois ao contato com água ele irá solubilizando USOS DO GESSO Modelos de estudo Totais, parciais ou unitários (troqueis) – Usados pra estudar o caso, montar o planejamento (gessos de menor resistência) Modelos de trabalho Totais, parciais ou unitários (troqueis) – Trabalha-se sobre o modelo de gesso (Tipo IV ou V) Fixação modelo articulador – Coloca o modelo de gesso (tipo III, IV ou V) no articulador, os mantém em oclusão e testa-se a movimentação Preenchimento de mufla – confecção de próteses geralmente através do processo de acrilização (geralmente tipo III) Aglutinante em revestimento de gesso Além da confecção em gesso os modelos também podem ser confeccionados em acrílico, metal e outros materiais. Podem ser feitas arcadas completas, hemi-arcadas ou troqueis. No caso dos troqueis vaza o gesso, coloca logo um pino e deixa tomar presa, depois faz os cortes. VAZAMENTO DE GESSO Realiza-se o proporcionamento do pó e líquido, manipula-se com espátula de metal (devido à sua rigidez) visando a homogeneização do material (também pode ser realizado por máquinas, com isso haverá uma redução na formação de bolhas). Após a homogeneização o material terá consistência fluida, mas tomará presa rapidamente, após o vazamento no molde nós iremos coloca-lo em cima de uma base vibratória que irá reduzir a formação de bolhas. Para uma boa homogeneização coloca-se no recipiente primeiro a água e depois o pó vai sendo adicionado aos poucos ZOCALADOR Quando no modelo de gesso está pronto, nós iremos montar o modelo de estudo ou de trabalho. Para isso usaremos um zocalador: primeiramente coloca-se o modelo de gesso no centro do zocalador e vamos colocando bastante gesso no espaço disponível, existem zocaladores com formatos que imitam mandíbula e maxila, redondos ou quadrados; para facilitar alguns deles são feitos em metal de forma a já realizar o próprio corte. Na UFAL os zocaladores que usamos são os de plástico e realizamos o corte com os cortadores de gesso disponíveis SISTEMA CAD/CAM O CAD/CAM não é apenas uma, e sim a união de duas tecnologias: • CAD, que significa computer-aided design ou desenho assistido por computador. • CAM, computer-aided manufacturing ou manufatura assistida por computador. Embora muito utilizadas em conjunto, tanto o CAD quanto o CAM são tecnologias independentes, ou seja, o odontologista pode optar por usar apenas o scanner (CAD) ou a fresadora (CAM). Na Odontologia, o CAD/CAM é muito utilizado para a manufatura de próteses de até 10 elementos, próteses longas e curvas, coroas unitárias, coroas mais longas, coroas esplintadas de até 4 elementos, lentes de contato e moldes de fundição. No entanto, é também muito utilizado em outras áreas para confecção de calçados, distribuição de plantas, ferramentas e lâminas estampadas. Resumidamente, essa tecnologia permite escanear a arcada do paciente, criar o projeto da prótese e confeccioná-la em questão de minutos. Isso tudo porque os aparelhos estão interligados: assim que uma etapa está pronta, um aparelho envia o comando para o outro. Com essa tecnologia, o odontologista pode: • Fotografar a arcada dentária do paciente com imagens de altíssima qualidade, que podem ser ampliadas em até 60 vezes; • Projetar a arcada dentária em um modelo virtual, substituindo os antigos moldes de gesso; • Mostrar ao paciente um provável resultado do tratamento, já que o grau de previsibilidade garantido pela união das tecnologias é alto; • Moldar a prótese em tempo recorde. COMO O CAD/CAM NA ODONTOLOGIA FUNCIONA? A fase CAD começa com o escaneamento intraoral, ou seja, uma pequena câmera captura imagens coloridas (em fotos ou vídeos) que servirão de base para a criação do molde. Não há necessidade do uso de moldeiras ou de quaisquer outros objetos; apenas do scanner — um fino tubo rotacional com luz constante, capaz de obter imagens até dos locais mais difíceis da arcada dentária. Porém, o escaneamento também pode ser feito extraoral (da face do paciente) e na tomografia computadorizada. Depois, essas imagens servirão de base para a criação do molde digital. Para isso, seguirão para o Digital Smile Design (DSD), software específico para planejamento e modelagem de tratamentos odontológicos. Nele, serão criados o molde e a peça final. Por fim, as informações do projeto são enviadas para a fresadora (CAM), que vai produzir a peça em cerâmica feldspática, resina, zircônia, dissilicato de lítio, metal pré-sintetizado, cerâmicas híbridas ou em qualquer outro material desejado. O resultado é como o de uma impressão 3D.
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