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3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 LEIA COM ATENÇÃO! • O Simulado terá 5h de duração. • Nesta prova constam 90 questões objetivas e uma redação. • Não é permitido qualquer comunicação entre os alunos, nem consulta a livros ou apontamentos, nem o uso de calculadora, ou qualquer tipo de equipamento eletrônico. • Ao receber seu cartão-resposta, preencha-o completamente. • Estando todas as questões respondidas no caderno de questões, passe as alternativas escolhidas para o cartão-resposta. Faça-o cuidadosamente. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 2 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 3 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS INGLÊS Questões de 1 a 5 - Opção Inglês. Pela leitura da tirinha cômica percebe-se que: Garfield assustou o fanstasma ao invés de o fantasma assutar o Garfield. O fantasma se frustra porque Garfield não acredita que ele tenha potencial para assustar. O fantasma não sabe que está morto. Garfield até não se assusta, mas se incomoda com o fantasma. Garfield não sabe que o fantasma está morto. ________________________________________________________________________________________________________ Will we ever… understand why music makes us feel good? Philip Ball No one knows why music has such a potent effect on our emotions. But thanks to some recent studies we have a few intriguing clues. Why do we like music? Like most good questions, this one works on many levels. We have answers on some levels, but not all. We like music because it makes us feel good. Why does it make us feel good? In 2001, neuroscientists Anne Blood and Robert Zatorre at McGill University in Montreal pro- vided an answer. Using magnetic resonance imaging they showed that people listening to pleasurable music had acti- vated brain regions called the limbic and paralimbic areas, which are connected to euphoric reward responses, like those we experience from sex, good food and addictive drugs. Those rewards come from a gush of a neurotransmitter called dopamine. As DJ Lee Haslam told us, music is the drug. But why? It’s easy enough to understand why sex and food are rewarded with a dopamine rush: this makes us want more, and so contributes to our survival and propagation. (Some drugs subvert that survival instinct by stimulating do- pamine release on false pretences.) But why would a se- quence of sounds with no obvious survival value do the same thing? The truth is no one knows. However, we now have many clues to why music provokes intense emotions. The cur- rent favourite theory among scientists who study the cognition of music – how we process it mentally – dates back to 1956, when the philosopher and composer Leonard Meyer sug- gested that emotion in music is all about what we expect, and whether or not we get it. Meyer drew on earlier psychological theories of emotion, which proposed that it arises when we’re unable to satisfy some desire. That, as you might imagine, creates frustration or anger – but if we then find what we’re looking for, be it love or a cigarette, the payoff is all the sweeter. This, Meyer argued, is what music does too. It sets up sonic patterns and regularities that tempt us to make un- conscious predictions about what’s coming next. If we’re right, the brain gives itself a little reward – as we’d now see it, a surge of dopamine. The constant dance between expectation and outcome thus enlivens the brain with a pleasurable play of emotions. (www.bbc.com. Adaptado.) Segundo as informações apresentadas no terceiro e quarto parágrafos, é possível concluir que a sobrevivência do ser humano está vinculada à sensa- ção de recompensa provocada pela dopamina. a dopamina contida nos alimentos faz com que tenhamos prazer em comer certos pratos. a música, ao contrário das drogas, não mimetiza o ins- tinto de sobrevivência. ninguém sabe por que a preferência por determinados ti- pos de drogas e de música ocorre em certos grupos. mesmo uma música agradável pode provocar emoções contraditórias, como ansiedade e relaxamento. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 4 What type of pronoun is used in the following extract from the text? “If we’re right, the brain gives itself a little reward – as we’d now see it, a surge of dopamine..” Subject Pronoun Object Pronoun Possessive Pronoun Reflexive Pronoun Emphatic Pronoun Observe os seguintes trechos extraídos do texto. Qual deles apresenta um exemplo de “Past Perfect”? This, Meyer argued, is what music does too. It sets up sonic patterns and regularities that tempt us… … when the philosopher and composer Leonard Meyer suggested that emotion in music is all about what we expect, and whether or not we get it. ? It’s easy enough to understand why sex and food are rewarded with a dopamine rush… …people listening to pleasurable music had activated brain regions called the limbic and paralimbic areas… But thanks to some recent studies we have a few intriguing clues. Implementar políticas adequadas de alimentação e nutrição é uma meta prioritária em vários países do mundo. A partir da campanha If you can’t read it, why eat it?, os leitores são alertados para o perigo de acessarem informações equivocadas sobre a formulação química de alimentos empacotados. consumirem alimentos industrializados sem o interesse em conhecer a sua composição. desenvolverem problemas de saúde pela falta de conhecimento a respeito do teor dos alimentos. incentivarem crianças a ingerirem grande quantidade de alimentos processados e com conservantes. ignorarem o aumento constante da obesidade causada pela má alimentação na fase de desenvolvimento da criança. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 5 ESPANHOL Questões de 1 a 5 - Opção Espanhol. En la Ópera de esta capital, nuestro tenor de fama mundial, Plácido Domingo, recibió hoy, martes, por la tarde, de manos del Rey Carlos XVI Gustavo de Suecia, el Premio Birgit Nilsson dotado con un millón de dólares. Muchos amantes de la música y lo más granado de la sociedad se habían reunido en la «Operahuset» para asistir a la ceremonia de entrega. La velada comenzó con un aria de Isolda de Wagner interpretada por Nina Stemme, uno de los números más celebrados de la Nilsson, seguida del discurso de entrega. Plácido Domingo, muy conmovido por la solemnidad del momento, tras recordar a su querida amiga, la extraordinaria soprano sueca, con la que había trabajado en casi todas las escenas del mundo, dijo que había recibido muchos premios durante su vida, pero que éste era uno de los más grandes y suponía el mejor momento de su carrera: «No tengo palabras para expresar mi gratitud». La noche terminó con una cena de gala, presidida por los Reyes, en la «Stadshuset» o Ayuntamiento de la ciudad. Esta es la primera vez que se entrega el «Premio Birgit Nilsson», una especie de Nobel de la música clásica. Fue la misma soprano sueca, quien estipuló en su testamento que con una parte de su fortuna se concediera cada tres años un galardón en su memoria. Puso la condición de que el primer galardonado fuera Plácido Domingo, director y cantante de ópera, persona a la que quería y admiraba. Disponível em: <http://www.abc.es/20091013/culturamúsica/ plácidodomingorecibepremio200910132227.html > Acesso em: 14 de noviembre de 2009 De acordo com o texto, podemos afirmar que a fortuna mencionada foi concebida aos músicos do país da soprano sueca. foi direcionada ao cantor lírico Plácido Domingo. se destinaria a uma premiação a cada três anos em memória de Birgit Nilsson. não serviu para nada. ficou a cargo da família de Plácido Domingo. Os conteúdos verbal e não verbal da imagem anterior foram produzidos com o intuito de apresentar as novas cédulas argentinasde 20, 50 e 100 pesos. debochar da imagem escolhida para a cédula argentina de 20 pesos. criticar a escolha das estampas das cédulas argentinas. cobrar providências econômicas urgentes ao Banco Argentino. ridicularizar as decisões econômicas tomadas pelo governo argentino. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 6 La casa de las palabras A la casa de las palabras, soñó Helena Villagra, acudían los poetas. Las palabras, guardadas en viejos frascos de cristal, esperaban a los poetas y se les ofrecían, locas de ganas de ser elegidas: ellas rogaban a los poetas que las miraran, que las olieran, que las tocaran, quelas lamieran. Los poetas abrían los frascos, probaban palabras con el dedo y entonces se relamían o fruncían la nariz. Los poetas andaban en busca de palabras que no conocían, y también buscaban palabras que conocían y habían perdido. En la casa de las palabras había una mesa de los colores. En las grandes fuentes se ofrecían los colores y cada poeta se servía del color que le hacía falta: amarillo limón o amarillo sol, azul de mar o de humo, rojo lacre, rojo sangre, rojo vino... GALEANO, Eduardo. La casa de las palabras. In: ______. El libro de los abrazos. México: Siglo XXI, 2003. No texto, os poetas buscavam palavras que não conheciam ou que conheciam e haviam perdido. As palavras são retratadas como podendo ser olhadas, tocadas, cheiradas etc. Com isso, o eu lírico banaliza as palavras, igualando-as a outros objetos. influencia o leitor a se tornar também poeta como ele. mostra que tudo não passa de um sonho seu. expõe que os poetas já não leem o suficiente. idealiza as palavras como se fossem matéria. Ingredientes – Rice and beans 1 taza de arroz precocido 1 taza de frijoles cocidos 1 lata de leche de coco Sopa de frijoles 1 taza de cuadritos de carne de cerdo con lonja 1/2 cucharada de aceite 4 ajos Orégano 1 chile dulce picadito COMIDAS de Honduras: los rice and beans de Liz. Honduras Tips. Disponível em: <http://www.hondurastips.hn>. Acesso em: 19 mar. 2015. O rice and beans é um prato importante da gastronomia hondurenha, um acompanhamento que não pode faltar nos pratos da costa. O que o distingue de receitas similares é o uso de um ingrediente em particular: o coco. Outros ingredientes que, conforme a receita, fazem parte do rice and beans de Honduras são arroz, sal e leite. pimenta, frango e coco. coco, arroz e cebola. porco, feijão e pimenta. arroz, coelho e manteiga. Bienvenido a Brasília El Gobierno de Brasil, por medio del Ministerio de la Cultura y del Instituto del Patrimonio Histórico y Artístico Nacional (IPHAN), da la bienvenida a los participantes de la 34º Sesión del Comitê del Patrimonio Mundial, encuentro realizado por la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO). Respaldado por la Convención del Patrimonio Mundial, de 1972, el Comitê reuni en su 34º sesión más de 180 delegaciones nacionales para deliberar sobre las nuevas candidaturas y el estado de conservaciôn y de riesgo de los bienes ya declarados Patrimonio Mundial, con base en los análisis del Consejo Internacional de Monumentos y Sitios (Icomos), del Centro Internacional para el Estudio de la Preservación y la Restauración del Patrimonio Cultural (ICCROM) y de la Unión Internacional para la Conse- vación de la Naturaleza (IUCN). Disponível em: http://www.34whc.brasilia2010.org.br. Acesso em: 28 jul. 2010. O Comitê do Patrimônio Mundial reúne-se regularmente para deliberar sobre ações que visem à conservação e à preservação do patrimônio mundial. Entre as tarefas atribuídas às delegações nacionais que participaram da 34º Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, destaca-se a participação em reuniões do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios. realização da cerimônia de recepção da Convenção do Patrimônio Mundial. organização das análises feitas pelo Ministério da Cultura brasileiro. discussão sobre o estado de conservação dos bens já declarados patrimônios mundiais. estruturação da próxima reunião do Comitê do Patrimônio Mundial. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 7 Texto 1 RAP DO ÔNIBUS / RAP DO BUZÃO As pernas doem e o suor escorre / E veem no rosto pálido de um homem que não é ninguém / Vai trabalhar, guerreiro, vai trabalhar, bem! Mais um dia comum na nossa vida comum, com fé / Senhor, nos leve pra onde quiser / Proteja nossos corpos e nos mantenha de pé / Que eu possa entrar e sair vivo de um metrô na Sé./ Seria engraçado se não fosse desesperador / Aos olhos de quem me governa, é esse o meu valor / Sardinhas enlatadas são jogadas ao relento / Folhas secas sem vida vão levadas pelo vento. / [...] / Mais tarde, quando você ver o pivete roubar / É porque o pai dele tava no buzão em vez de tá lá pra educar / Meu povo tá cansado, já nem se queixa mais / Se vê acostumado e vive essa guerra em paz. [...] (PROJOTA, Rap do ônibus, Rap do buzão. Fragmento ,Produção Dj Caique) http://www.vagalume.com.br/projota/rap-do-onibus.html Texto 2 NAVIO NEGREIRO [...] Ontem a Serra Leoa, / A guerra, a caça ao leão, / O sono dormido à toa Sob as tendas da amplidão! / Hoje... o porão negro, fundo,/ Infecto, apertado, imundo,/ Tendo a peste por jaguar.../ E o sono sempre cortado/ Pelo arranco de um finado,/ E o baque de um corpo ao mar... Ontem plena liberdade,/ A vontade por poder.../ Hoje... c’mulo de maldade/ Nem são livres para morrer./ Prende-os a mesma corrente/ Férrea, lúgubre serpente / Nas roscas da escravidão./ E assim zombando da morte,/ Dança a lúgubre corte/ Ao som do açoite... Irrisão!... Senhor Deus dos desgraçados! / Dizei-me vós, Senhor Deus,/ Se eu deliro... ou se é verdade/ Tanto horror perante os céus?!.../ Ó mar, por que não apagas Com a esponja de tuas vagas/ Do teu manto este borrão? / Astros! noites! tempestades!/ Rolai das imensidades!/ Varrei os mares, tufão! ...[...] (ALVES, Castro. Navio Negreiro. fragmento In: Castro Alves, Obra Completa, 1960) Os textos acima são um exemplo de composição musical contemporânea, o rap, e fragmentos de um clássico da literatura da língua portuguesa. A comparação do poema com o rap sugere que os problemas de opressão e miséria social vividos pelos negros e demais excluídos no século XIX, com algumas diferenças, continuam os mesmos. E, apesar das grandes distâncias, de tempo e forma, os textos se aproximam e permitem a apreensão de oposições interdiscursivas. A respeito do excerto do poema de Castro Alves e do rap de Projota, considere as seguintes afirmações. I. A poesia de Castro Alves pode ser considerada, entre vá- rios aspectos, instrumento linguístico literário de uma causa social: o fim da escravidão; a de Projota também é denúncia social. II. Os dois textos aproximam-se no campo discursivo polí- tico-social, pois abordam temas como exclusão, trabalho, condições de vida, poder e violência, fazendo uso do mesmo nível de linguagem. III. A linguagem do poema de Castro Alves é grandiloquente, carregada de dramaticidade, própria de um poeta condo- reiro; a de Projota usa o coloquailismo. IV. O tom geral assumido no discurso poético e no discurso rítmico do poeta Castro Alves e do rapper Projota revela, em ambos, vigor, porém resignação diante da escravidão e da situação de exclusão. Pode-se afirmar que está (ão) correta(s) I, II, III e IV. I, II e IV, apenas. I e III, apenas. II e IV, apenas. III apenas. Releia este trecho do rap: “[...]Mais tarde, quando você ver o pivete roubar / É porque o pai dele tava no buzão em vez de tá lá pra educar / Meu povo tá cansado, já nem se queixa mais / Se vê acostumado e vive essa guerra em paz. [...]” As diferentes esferas sociais de uso da língua levam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação.No trecho da composição feita pelo rapper, acima, as marcas linguísticas que configuram a linguagem oral e aproximam os versos contidos no “Rap do ônibus do contexto social do subúrbio é o I. uso da forma verbal “ver” em lugar de “vir”. II. emprego da redução “tava” e “tá” em lugar das formas verbais “estava” e “estar”. III. emprego da redução “pra” em lugar da preposição “para”. IV. uso do singular na concordância feita com o substantivo “povo” em “Meu povo tá cansado”. Pode-se afirmar que está correto o que se afirma em I, II e III, apenas. I e IV, apenas. II e III, apenas. I, II, III e IV. II apenas. Leia a estrofe a seguir, extraída de uma canção de Diogo Nogueira, antes de resolver a questão. Aquilo que não mata só nos faz fortalecer Vivendo aprendi que é só fazer por merecer Que passo a passo um dia a gente chega lá Pois não existe mal que não possa acabar Não perca a fé em Deus, fé em Deus Que tudo irá se acertar NOGUEIRA, DIOGO. Fé em Deus. Disponível em: <http:// letras.mus.br/diogo- nogueira/1062615/> O vocábulo que foi empregado, pelo compositor da canção, como pronome relativo em apenas três ocorrências. em apenas duas ocorrências. em apenas uma ocorrência. em apenas quatro ocorrências. nas cinco ocorrências. A lembrança da vida da gente se guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e sentimento, uns com os outros acho que nem não misturam. Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo as coisas de rasa importância. De cada vivi- mento que eu real tive, de alegria forte ou pesar, cada vez daquela hoje vejo que eu era como se fosse diferente pessoa. Sucedido, desgovernado. Assim eu acho, assim eu conto (...). Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras, de recente data. O trecho acima, de Grande Sertão: veredas, de Guimarães Rosa, esclarece um dos aspectos do tratamento dado ao tempo nessa obra. Sobre o texto podemos dizer que narrador alterna o relato de fatos importantes do passado com a narração de pequenos episódios mais recentes. A ordem cronológica da narrativa vai conferindo aos fatos relatados a importância real que tiveram no passado. tempo da narrativa confunde na memória os aconteci- mentos significativos com aqueles que têm importância menor. A narrativa constrói-se a partir de um tempo reestrutu- rado pela memória, em que os acontecimentos se classi- ficam segundo uma ordem de importância subjetiva. relato dos acontecimentos não é feito em ordem cronoló- gica, porque, se o fosse, ficaria falseada a importância dos fatos narrados, visto que a memória é mentirosa. http://www.vagalume.com.br/projota/rap-do-onibus.html 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 8 TEXTO 1 Fake News” é um termo em inglês e é usado para referir- se a falsas informações divulgadas, principalmente, em redes sociais. Os motivos para que sejam criadas notícias falsas são diversos. Em alguns casos, os autores criam manchetes absurdas com o claro intuito de atrair acessos aos sites e, assim, faturar com a publicidade digital. No entanto, além da finalidade puramente comercial, as “fake news” podem ser usadas apenas para criar boatos e reforçar um pensamento, por meio de mentiras e da disseminação de ódio. Dessa maneira, prejudicam-se pessoas comuns, celebridades, políticos e empresas. Existem grupos específicos que trabalham espalhando boatos. No entanto, não é fácil encontrar as empresas que atuam nesse segmento, pois elas operam na chamada “deep web”, isto é, uma parte da rede que não é indexada pelos mecanismos de buscas, ficando oculta ao grande público. Qualquer tipo de informação falsa, da mais simples à mais descabida, induz as pessoas ao erro. Em vários casos, a notícia contém uma informação falsa cercada de outras verdadeiras. É principalmente nessas situações que estão escondidos os perigos das “fake News”, e suas consequências podem ser desastrosas. Um dado grave que foi constatado pelos pesquisadores do Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), nos Estados Unidos, é que a chance de uma notícia falsa ser repassada é consideravelmente maior que a de uma verdadeira. Foram analisadas 126 mil notícias, e percebeu-se que a probabilidade de republicar uma informação falsa é 70% maior do que a de republicar uma notícia verdadeira. No Brasil, existem agências especializadas em checar a veracidade de notícias suspeitas e de boatos, as chamadas fact-checking. Alguns grandes portais de notícias também criaram setores para checagem de informações. Veja algumas páginas de fact-checking no Brasil: Agência Lupa, Aos Fatos, Truco, UOL Confere, Boatos.org, E-farsas. (Rafael Batista- Mundo Educação- Acesso: 18/6/2020) TEXTO 2 Em relação aos textos 1 e 2 acima, é correto afirmar que os dois defendem a parceria entre mídia impressa e digi- tal. descrevem as vantagens da Internet na atualidade. narram a história do surgimento das “fake news”. posicionam-se contrários a falseamento de informações. discutem as implicações do uso das tecnologias atuais. Guimarães Rosa – numa linguagem em que a palavra é valo- rizada não só pelo seu significado, como também pelos seus sons e formas – tomou um tipo humano tradicional em nossa ficção, o jagunço, e transportou-o, além do documento, até a esfera onde os tipos literários passam a representar os pro- blemas comuns da nossa humanidade. Exemplifica as palavras acima o trecho de Guimarães Rosa: "O chefe disse: me traga esse homem vivo, seu Getúlio. Quero o bicho vivão aqui e, pulando. O homem era va- lente, quis combate, mas a subaqueira dele anganchou a arma, de sorte que foi o fim dele. Uma parabelada no fo- cinho, passarinhou aqui e ali e parou." "À sua audácia e atrocidade deve seu renome este herói legendário para o qual não achamos par nas crônicas provinciais. Durante muitos anos, ouvindo suas mães ou suas aias cantarem as trovas comemorativas da vida e morte desse como Cid, ou Robin Hood pernambucano, os meninos tomados de pavor adormeceram mais de- pressa do que se lhes contassem as proezas do lobiso- mem ou a história do negro do surrão muito em voga en- tre o povo naqueles tempos." "João Miguel sentiu na mão que empunhava a faca a sen- sação fofa de quem fura um embrulho. O homem, ferido no ventre, caiu de borco, e de sob ele um sangue grosso começou a escorrer sem parar, num riacho vermelho e morno, formando poças encarnadas nas anfractuosida- des do ladrilho." "Qu'é que me acuava? Agora, eu velho, vejo: quando co- gito, quando relembro, conheço que naquele tempo eu girava leve demais, e assoprado. Deus deixou. Deus é urgente sem pressa. O sertão é dele. Eh! – o que o se- nhor quer indagar, eu sei. Porque o senhor está pen- sando alto, em quantidades. Eh. Do demo?" "O tiroteio começou. A princípio ralo, depois mais cer- rado. O padre olhava para seu velho relógio: uma da ma- drugada. Apagou a vela e ficou escutando. Havia mo- mentos de trégua, depois de novo recomeçavam os tiros. E assim o combate continuou madrugada adentro. O dia raiava quando lhe vieram bater à porta. Foi abrir. Era um oficial dos farrapos cuja barba negra contrastava com a palidez esverdinhada do rosto." Observe o texto a seguir. No texto acima, a construção do humor resulta de uma polissemia ocasionada pela palavra sair que, de acordo com o contexto, assume dois sentidos distintos. uma homonímia ocasionada pela semelhança fônica e gráfica entre sair – retirar-se - e o sentido entendido pela moça. uma sinonímia perfeita entre as duas ocorrências da forma sair: a falada pelo rapaz e a entendida pela moça. uma sinonímia de duas palavras com igual acepção nos dicionários da Língua portuguesa. um caso de má interpretação da frase pronunciada pela moça, já que ela se sente ofendida pela tentativa do ra- paz. https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/https://aosfatos.org/ https://apublica.org/checagem/ https://noticias.uol.com.br/confere/ https://www.boatos.org/ http://www.e-farsas.com/ 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 9 Considerando os procedimentos usados na fotomontagem acima, pode-se afirmar que faz uma interpretação objetiva da persistência do racismo na sociedade americana, faz uma associação entre a sociedade americana quanto à miscigenação na América. apresenta a sociedade americana como racista e a bra- sileira como miscigenada. evoca as lutas pela liberdade e contra o Aparthaid no Bra- sil e nos Estados Unidos. de modo inovador e provocador, associa o racismo pre- sente no Brasil e nos USA. Leia a seguinte notícia veiculada pela Agência Brasil. Estudo relaciona uso de redes sociais a desordens comportamentais Segundo os autores, a lógica de oferta de “recompensas” por esses sites e aplicativos dificulta a tomada de decisões e estimula atitudes de retorno contínuo ao uso do sistema, assim como no caso de outras desordens ou de consumo de substâncias tóxicas. De acordo com os pesquisadores, os estudos sustentam um paralelo entre usuários com grande tempo dispendido em redes sociais “e indivíduos com uso de substâncias [drogas] e desordens decorrentes do vício”. O excesso de redes sociais afetaria a capacidade de julgamento das pessoas no momento de escolhas mais benéficas. “Nossos resultados demonstram que um uso mais severo de sites de redes sociais é associado com maior deficiência na tomada de decisões. Em particular, nossos resultados indicam que usuários em excesso de sites de redes sociais podem tomar decisões mais arriscadas”, dizem os autores. {...} Disponível em: agenciabrasil.ebc.com.br. As formas verbais podem indicar, além do tempo, diversas atitudes do falante perante seu enunciado. Por exemplo, quando se diz “Deus te abençoe!”, a forma verbal, presente do subjuntivo, nesse contexto, indica desejo. Com base nisso e na leitura da notícia acima, diga qual a atitude do falante, expressa pelo termo grifado na seguinte frase: “O excesso de redes sociais afetaria a capacidade de julgamento das pessoas no momento de escolhas mais benéficas.” A forma verbal, que está no futuro do pretérito, exprime certeza sobre um fato. O falante, na pesquisa, repor- tando-se a um período anterior, fala de um fato que, na época, ainda iria acontecer. A forma verbal expressa impossibilidade. Ao usar o futuro do presente, o falante indica que a ação não ocorrerá. Além disso, esse tempo e modo verbal referem-se a fatos de realização improvável. Indica que o fato está ligado a afirmações condicionadas. Nesse caso, o uso do futuro do presente é usado pelo falante em situações que não se realizaram e que, pro- vavelmente, não se realizarão. Reconhece que se trata de uma ideia de continuidade, de processo que no passado era constante ou frequente, como também para exprimir o processo que estava em desenvolvimento quando da ocorrência de outro. O falante projeta na fala um universo possível, embora distinto do real, em que uma ação acarretaria outra, es- tabelecendo relação de condicionalidade entre um fato hipotético anterior e um posterior. Nuvem de gafanhotos: entenda o fenômeno raro que ameaça lavouras do Sul do Brasil A nuvem conta com, aproximadamente, 40 milhões de gafanhotos que se deslocam em um trajeto de cerca de 150 quilômetros por dia Redação Folha Vitória 25 de junho de 2020 Desde a última terça-feira (23), a nuvem de gafanhotos preocupa produtores agrícolas na região Sul do Brasil. O fenômeno formou-se no Paraguai, atravessou a Argentina e ameaça chegar ao Brasil. A infestação massiva desses insetos pode acabar com a produção de alimentos na região por onde passa. O trajeto dos insetos tem sido monitorado pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Medidas têm sido planejadas para uma eventual infestação no Brasil. De acordo com as previsões, caso a nuvem se direcione para o Brasil, pode trazer prejuízos para produtores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O fenômeno ´incomum’, de acordo com pesquisadores, conta com aproximadamente 40 milhões de gafanhotos que se deslocam em um trajeto de cerce de 150 quilômetros por dia. Nessa notícia, os elementos coesivos produzem a textu- alidade que sustenta o desenvolvimento do texto. Com base nos princípios linguísticos da coesão e da coerência, como estudamos nas aulas 14 e 15 de Interpretação 2, pode-se afir- mar que na passagem “O fenômeno formou-se no Paraguai”, o vocábulo FENÔMENO é catafórico, pois vai indicar infor- mação ainda a ser escrita na notícia. no trecho “A infestação massiva desses insetos”, a palavra INSETOS exemplifica um caso de coesão anafó- rica, porque seu referente textual (gafanhotos) já foi ci- tado na notícia. o articulador condicional CASO, em “caso a nuvem se direcione para o Brasil”, estabelece relação de conclu- são com o parágrafo posterior. no trecho “que se deslocam em um trajeto de cerce de 150 quilômetros por dia.”, o vocábulo QUE no último parágrafo tem como referente PESQUISADORES. os vocábulos NUVEM, INFESTAÇÃO e FENÔMENO po- dem ser substituídos, nas frases em que se encontram, sem alteração do sentido original, por TRAJETO. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 10 Será que eu enriqueceria este relato se usasse alguns difíceis termos técnicos? Mas aí que está: esta história não tem ne- nhuma técnica, nem de estilo, ela é ao deus-dará. Eu que também não mancharia por nada deste mundo com palavras brilhantes e falsas uma vida parca como a da datilógrafa." (Clarice Lispector, A hora da estrela) Em A hora da estrela, o narrador questiona-se quanto ao modo e, até, à possibilidade de narrar a história. De acordo com o trecho acima, isso deriva do fato de ser ele um narra- dor: impessoal, que aspira a um grau de objetividade máxima ao relato. iniciante, que não domina as técnicas necessárias ao re- lato literário. objetivista, que se preocupa apenas com a precisão téc- nica do relato. pós-moderno, para quem as preocupações de estilo são ultrapassadas. autocrítico, que percebe a inadequação de um estilo so- fisticado para narrar a vida popular. Como conteúdo da Aula 17, de Interpretação 1, no livro 4, vimos as Figuras Elípticas, as de ordem Inversa, as de Contraste e as de comparação. Sobre essa aula, veja-se o trecho de uma canção de Chico Buarque. Cotidiano Chico Buarque Todo dia ela faz tudo sempre igual Me sacode às seis horas da manhã Me sorri um sorriso pontual E me beija com a boca de hortelã Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar E essas coisas que diz toda mulher Diz que está me esperando pro jantar E me beija com a boca de café Nota-se que o autor utiliza a omissão do sujeito em muitos versos de sua composição: - Me sacode às seis horas da manhã - Me sorri um sorriso pontual - E me beija com a boca de hortelã - Diz que está me esperando pro jantar - E me beija com a boca de café Pode-se inferir pelo contexto da letra que os sujeitos ocultos são representados pelas pessoas “Ela” e “Eu”. Esse recurso estilístico é uma figura de linguagem que se realiza em nível sintático denominada aliteração, que se caracteriza por repetição de sons consonantais. denominada elipse, pois se pode facilmente deduzir pelo contexto esse termo faltoso. chamada zeugma, pois omite-se um termo já expresso em frase anterior. chamada polissíndeto, a repetição de uma conjunção no início de frase. chamada assíndeto, ou seja, ausência de conectivo entre orações coordenadas. Chama-se coesão toda relação de sentido presente na superfície do texto. Nessas relações de sentido,os conectivos textuais colaboram para a construção de um texto coeso, tendo como principal função estabelecer uma relação semântica entre os elementos do discurso, de modo a torna- los dependentes ao formar uma espécie de elo que permite o encadeamento lógico das ideias de um texto. Observe a seguir um trecho em que foram retirados os elementos coesivos: ---------- o rapaz tenha saído de casa com certa antecedência, chegou atrasado ao tribunal do júri para assistir ao julgamento, ----------- o trânsito estava congestionado; ------- não pôde ver o depoimento do réu. A coerência e a coesão se mantêm no trecho acima se as lacunas forem preenchidas respectivamente por Apesar de que, tanto que, porém. Para que, porque, então. Ainda que, como, e. Mesmo que, pois, entretanto. Embora, uma vez que, portanto. O altar Mor da Matriz de Nossa Senhora do Pilar, acima re- produzido, pode ser apontado como um bom exemplo do Bar- roco brasileiro (século XVIII). Sobre o Barroco Mineiro pode- se dizer que . esse movimento artístico foi importante instrumento didá- tico de propaganda evangelizadora utilizado pela Igreja Católica, nesse contexto. a arte foi uma das prioridades da administração metropo- litana no Brasil, uma vez que permitia o desenvolvimento de nossa identidade nacional. o artista português Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadi- nho, foi enviado ao Brasil para influenciar a arte brasileira a partir de características das matrizes portuguesas. não existiu qualquer influência da arte europeia nas ma- nifestações artísticas coloniais, sendo, essas, considera- das importantes focos de resistência ao domínio metro- politano. não existe relação entre o ciclo do ouro e o movimento artístico em questão, uma vez que a Igreja Católica proi- bia aos fiéis qualquer atividade que gerasse lucro exces- sivo. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 11 O mercado de livros de autoajuda cresce monstruosamente. Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro, foram 710 títulos produzidos em 2002 e 2,5 milhões de exemplares vendidos. No ano seguinte, foram produzidos 855 títulos, que se multiplicaram em 4,6 milhões de exemplares. Autoajuda é a sétima categoria mais comprada. Perde para livros didáticos, religiosos, histórias de amor, romance, dicionários e livros infantis. Preocupado com o efeito que esse tipo de literatura pode provocar nas pessoas, o sociólogo Pedro Demo, professor da Universidade de Brasília (UnB), resolveu pesquisar o tema, com base em publicações de diversos continentes. E chegou a uma conclusão: grande parte desses livros que estão à venda ilude mais que ajuda. Em Autoajuda: uma sociologia da ingenuidade como condição humana, Demo ressalta que esses livros recomendam modelos de felicidade que, na maioria das vezes, são impossíveis de se reproduzirem na vida real. João Rafael Torres, Revista do Correio, Correio Braziliense, 16/4/2006, p. 16 As informações contidas no 1.º parágrafo do texto permitem inferir-se que é eficiente a propaganda realizada pelas editoras que pu- blicam livros de autoajuda. o indivíduo, no século XXI, cada vez mais busca apoio em livros, para conduzir sua vida. os livros didáticos são os mais vendidos porque são mais baratos e exigidos pelas escolas. a religião proporciona mais ajuda aos seres humanos que a psicologia. os indivíduos do século atual são bastante céticos quanto a buscarem ajuda emocional. Em relação ao texto da questão 20, depreende-se da leitura do texto que Pedro Demo considera um problema que a condição humana viva em busca da felicidade. julga que o efeito da literatura de autoajuda é, especial- mente, mais necessário no Brasil. recusa a ideia de que os livros de autoajuda possam ofe- recer qualquer ajuda a alguém. critica as pessoas que adotam modelos de felicidade es- tabelecidos em livros de autoajuda. considera que a felicidade propagada por livros de autoa- juda é difícil de existir realmente. Atalho Atalhos são ícones que podem ser colocados na tela inicial do micro para facilitar o acesso a programas ou a arquivos. Assim, em vez de procurar esses elementos em diretórios e pastas, basta clicar duas vezes em seus respectivos ícones para abri-los. Um atalho não precisa ter o mesmo nome do arquivo correspondente — pode-se dar a ele qualquer apelido e associá-lo ao arquivo em questão. A palavra inglesa para atalho é “shortcut”, que significa cortar caminho. Disponível em http://www.lostdesign.net/glossario/informatica.htm(adaptado). Os pronomes podem ter a função de retomar uma expressão ou o referente de uma expressão anteriormente citada no texto, ou que esteja proeminente no contexto. No texto, isso é feito adequadamente pelo(a) pronome “que” contido em “que podem ser colocados na tela inicial (...)” — retoma “ícones”. expressão “esses elementos” contida em “em vez de procurar esses elementos em diretórios e pastas”,— re- toma “ícones”. pronome “los” contido em “(...) para abri-los”— retoma “atalhos”. pronome “ele” contido em “pode-se dar a ele qualquer apelido (...)”— retoma “arquivo correspondente” . a palavra “que”, pronome relativo contido em “que signi- fica ...”- retoma “inglesa”. Leia com atenção os seguintes excertos de contos do livro Laços de Família, de Clarice Lispector: "Mas ninguém poderia adivinhar o que ela pensava. E para aqueles que junto da porta ainda a olharam uma vez, a ani- versariante era apenas o que parecia ser: sentada à cabe- ceira da mesa imunda, com a mão fechada sobre a toalha como encerrando um cetro, e com aquela mudez que era a sua última palavra." ("Feliz aniversário") "Olhando os imóveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto – ela o abafava com a mesma habilidade que as lides em casa lhe haviam transmi- tido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para con- sertar, cuidando do lar e da família à revelia deles." ("Amor"). Em ambos os excertos destaca-se um dos temas estrutura- dores do livro Laços de Família, já que nele a autora explora o imaginário feminino, cuja natureza idealizante liberta a mulher de qualquer preocupação existencial. denuncia o conformismo burguês da mulher, fazendo- nos ver que seus inúteis devaneios a afastam da reali- dade. satiriza a hipocrisia dos laços familiares, propondo em lu- gar deles a harmonia de um mundo politicamente mais aberto e mais democrático. desvela as tensões entre o universo íntimo e complexo da mulher e as condições objetivas do cotidiano em que ela deve desempenhar seu papel. revela a solidez íntima da mulher, mais preparada para o sucesso das relações familiares do que o homem, obce- cado por valores materiais. DIGA NÃO AO NÃO Quem disse que alguma coisa é impossível? Olhe ao redor. O mundo está cheio de coisas que, segundo os pessimistas, nunca teriam acontecido. “Impossível.” “Impraticável.” “Não”. E ainda assim, sim Sim, Santos Dumont foi o primeiro homem a decolar abordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico. Sim, Visconde de Mauá, um dos maiores empreendedores do Brasil, inaugurou a primeira rodovia pavimentada do país. Sim, a SXY Brasil também inovou no país. Abasteceu o primeiro voo comercial brasileiro. Foi a primeira empresa privada a produzir petróleo na Bacia de Campos. Desenvolveu um óleo combustível mais limpo, o OC Plus. O que é necessário para transformar o não em sim? Curiosidade. Mente aberta. Vontade de arriscar. E quando o problema parece insolúvel, quando o desafio é muito duro, dizer: vamos lá. Soluções de energia para um mundo real. Jornal da ABI, Órgão Oficial da Associação Brasileira de Imprensa, n.º 336. O autor do texto utiliza, como recurso evidente para a progressãotemática, as relações de tempo estabelecidas entre as informações apresentadas. a apresentação de diversos efeitos dos fatos elencados. a repetição do advérbio de afirmação “sim” articulando as informações. as relações de causa estabelecidas entre as informações apresentadas. a utilização de palavras que são antônimas, como “im- possível”, “impraticável”. http://www.lostdesign.net/glossario/informatica.htm(adaptado) 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 12 Leia a tira a seguir, do cartunista Lucas Lima, em Tribuna Impressa. Sobre a interpretação da tirinha, assinale a opção correta. A tira retrata uma situação familiar entre duas matriarcas. A tira retrata uma situação comercial entre consumidor e vendedor. A tira evidencia uma coerência na relação comercial. A tira é iniciada com uma estrutura que denota confirma- ção de algo já ignorado. A tira discute a relação de dependência entre mulher e homem. Texto A A internet revolucionou nossa forma de comunicação e relacionamento social. Transformou profundamente o modo como interagimos, seja em nossas famílias seja nos outros grupos sociais a que pertencemos. Alterou como vivemos, aprendemos, trabalhamos, consumimos e nos divertimos. A internet trouxe benefícios na utilização das tecnologias com fácil acesso ao conhecimento, na colaboração entre as pessoas e organizações, na inclusão social e na criação de valores. Alguns dados nos chamam a atenção: 45% da população brasileira acessa a internet continuamente. Desse grupo, mais de 30% são crianças e adolescentes. São quase 27 milhões de brasileiros abaixo dos 17 anos que acessam a internet constantemente, na grande maioria sem orientação dos pais. O local mais comum de acesso é dentro de nossas casas, seguido de acesso em “lan houses” e centros comunitários de acesso gratuito, como igrejas ou bibliotecas públicas. É importante garantir estratégias apropriadas para minimizar os abusos por pessoas mal-intencionadas ou ilegalidades que podem acontecer nestas novas formas de relação. Tudo que usamos com equilíbrio e responsabilidade nos traz frutos duradouros. Com os riscos iminentes, a prevenção e a sensibilização de pais para uma navegação mais segura e consciente da internet são a melhor forma de evitar grandes problemas. Disponível em: <http://www.websegura.blog.br/>. Texto B CHARGEONLINE.com.br Com referência inicial aos textos A e B e aos aspectos textuais e de inter-relação de sentido entre eles, pode-se afirmar que a alternativa adequada é o Texto A, em relação ao gênero textual, se caracteriza como texto argumentativo, e o Texto B como tirinha ou cartum. o Texto A apresenta posicionamento favorável à internet; já o Texto B aponta um aspecto negativo da rede. os dois textos apresentam linguagem referencial, objetiva e denotativa, pois os dois são do gênero descritivo. os dados do Texto A reforçam a argumentação presente no Texto B, pertencente ao gênero injuntivo. o Texto A, ao mencionar “os abusos por pessoas mal- intencionadas ou ilegalidades que podem acontecer nes- tas novas formas de relação.”, reforça a crítica presente no Texto B. Iracema, tela de José Maria de Medeiros, é uma pintura que reflete o estilo estritamente histórico do academicismo, resgatando fatos ligados a catequização no País. representa o espírito revolucionário do movimento aca- demicista, já que faz uma crítica ao assassinato cultural feito pelos jesuítas. representa a vertente romântica na arte ao retratar de forma exuberante a natureza brasileira e uma heroína da literatura brasileira. Assim como a obra do mestre academicista Debret, José Maria retrata de forma realista a indígena que foi inspira- ção para obra de José de Alencar. apresenta os primeiros traços do que seria o modernismo no Brasil, pela liberdade temática e a representação ide- alizada da nativa adotada pelo pintor. optimemory.com.br Sobre a correta interpretação desse texto, pode-se afirmar que há uma fórmula mirabolante de fazer a memória funcio- nar perfeitamente. há um médico genial que descobriu como a memória se desenvolve. há um método eficiente para ativar os neurônios que es- timulam a memória. há uma fórmula confidencial para ajudar a memória. há um médico descredenciado cuja descoberta pode me- lhorar a memória. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 13 Cantiga de enganar (…) O mundo não tem sentido. O mundo e suas canções de timbre mais comovido estão calados, e a fala que de uma para outra sala ouvimos em certo instante é silêncio que faz eco e que volta a ser silêncio no negrume circundante. Silêncio: que quer dizer? Que diz a boca do mundo? Meu bem, o mundo é fechado, se não for antes vazio. O mundo é talvez: e é só. Talvez nem seja talvez. O mundo não vale a pena, mas a pena não existe. Meu bem, façamos de conta. De sofrer e de olvidar, de lembrar e de fruir, de escolher nossas lembranças e revertê‐las, acaso se lembrem demais em nós. Façamos, meu bem, de conta – mas a conta não existe – que é tudo como se fosse, ou que, se fora, não era. (…) Carlos Drummond de Andrade, Claro Enigma. Em Claro Enigma, a ideia de engano surge sob a perspectiva do sujeito maduro, já afastado das ilusões, como se lê no verso‐síntese “Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.” (“Legado”). O excerto de “Cantiga de enganar” apresenta a relação do eu com o mundo mediada pela música, que ressoa em canções líricas. pela cor, brilhante na claridade solar. pela afirmação de valores sólidos. pela memória, que corre fluida no tempo. pelo despropósito de um faz‐de‐conta. Leia o excerto abaixo, de O Cortiço, e observe os termos em destaque. E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco. Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia. A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas. Considerando os aspectos linguísticos do texto, pode-se afirmar adequadamente que. no trecho “uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo”, o QUE é conjunção. no trecho “e multiplicar-se como larvas no esterco”, esta- belece-se uma comparação. não é possível encontrar justificativa plausível para a con- cordância da forma verbal “Eram”. no trecho “Um acordar alegre e farto”, os termos desta- cados são adjuntos adverbiais de modo. no trecho “A roupa lavada, que ficara de véspera nos co- radouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário”, o pronome LHE tem função de objeto direto. Diferentemente do que ocorre na matemática, na língua portuguesa a ordem dos fatores altera o produto. Na interpretação, é preciso cuidado, pois uma pequena mudança do adjetivo para antes ou depois do substantivo, principalmente com certos adjetivos, causa total alteração da mensagem. Considerando-se os grupos de palavras em destaque, a mudança de posição do adjetivo em relação ao substantivo altera por completo o sentidoem E o que significa o caso desse simples recado sobre a mesa? Ele representa o melhor exemplo de como o empresário deve tratar o consumidor. O fornecedor tem como alvo final de seu negócio o con- sumidor, devendo respeitar seus reais desejos e neces- sidades... O lucro é decorrência do bom relacionamento com o consumidor. É bom lembrar: um consumidor satisfeito é um cliente feliz. Ar-condicionado dá alergia? E frio? Veja mitos e verdades Tosse, espirro, brotoeja ou coceira. Quase metade das pessoas já sofreu com algum tipo de crise alérgica, que pode ser desencadeada pelos mais diversos fatores: mofo, perfume, nozes, pelos, cosméticos, pólen, látex, poeira, gato, leite, abacaxi... Até mesmo o calor e o frio podem provocar algum tipo de reação. Na maioria dos casos, a alergia ataca a peleou as vias respiratórias, caso da rinite, da asma e da dermatite, mas, segundo o presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, José Carlos Perini, um alimento ou medicamento pode provocar uma reação em todo o corpo. Estes costumam ser os casos mais graves. Quem tem alergia desde criança não necessariamente sofrerá com isso para sempre. Também nada garante que outras alergias não se desenvolverão ao longo dos anos. “Ocorre de as alergias passarem com o tempo, por isso elas são mais comuns entre as crianças. Isso acontece porque algumas pessoas, com o tempo, podem ter um processo de dessensibilização, apresentando uma diminuição dos sintomas”, explicou a alergologista Barbara G.Silva. (Disponível em: <http: //noticias.uol.com.br> Acesso em: 4/9/2020) Os tipos textuais são compostos por enunciados estáveis que não sofrem com o dinamismo de nossas interações sociocomunicativas. Com base nessa informação e nas características textuais do texto, é possível identificar que é um texto predominantemente argumentativo, uma vez que apresenta argumentos convincentes sobre alergias. é um texto narrativo, já que descreve situações em se- quência cronológica, contextualiza-as em um tempo e es- paço. é um texto injuntivo, pois busca instruir o interlocutor por meio de verbos no imperativo afim de atingir seu objetivo. é um texto expositivo, já que procura apresentar informa- ções acerca de um tema com linguagem clara e denota- tiva. é um texto descritivo, pois apresenta as características das alergias e do que pode desencadeá-las com a finali- dade de prevenir o leitor. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 14 Leia o texto a seguir. No Brasil, uma das relações entre Arte e Cidade no início do século XX foi o desejo de “modernizar”. Mario Pedrosa dizia que o Brasil é um país “condenado” à modernidade. Antes da ocupação do Teatro Municipal na Semana de Arte Moderna de 1922, ocorreram três importantes antecedentes: a exposição de Lasar Segall em São Paulo e Campinas, por ser considerada uma relevante exposição de arte moderna no país; a exposição de Anita Malfatti, em 1917, que, após a crítica de Monteiro Lobato, estimulou os artistas modernos brasileiros a buscarem uma união; a descoberta do talento escultórico de Victor Brecheret, em 1920, que anoni- mamente fazia seus trabalhos em meio às obras do Palácio das Indústrias, unindo formas modernas com procedimentos tradicionais. (Adaptado de: MICELI, S.; RUBINO, S. Arte e Cidade. A Metrópole e a Arte. São Paulo: Prêmio, 1992. p.20. (Coleção Arte e Cultura, 13).) Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectiva- mente, as obras de Segall, Malfatti e Brecheret que, segundo o texto, representam os antecedentes da Semana de Arte Mo- derna de 1922. O texto, por meio de recursos verbais e não verbais, procura levar o leitor a compreender que os esforços são válidos, mesmo que sejam nefastos. o pouco feito pela natureza é suficiente, já que muitos procrastinam em relação ao meio ambiente. as ações isoladas de nada adiantarão, já que o planeta carece de muita ajuda. as pequenas ações que vão ao encontro da natureza já são válidas. os auxílios ínfimos não farão a natureza se recuperar em poucos anos. O trecho que segue foi extraído do conto “Lâmpadas e Ventiladores”, de Humberto de Campos. Leia esse excerto. “A tarde estava quente, abafada, ameaçando tempestade. Na sala da sorveteria onde tomávamos chá, os ventiladores ronronavam, como gatos, refrescando o ambiente. Lufadas ardentes, fortes, brutais, varreram, lá fora, o asfalto da Avenida. O céu escureceu, de repente, e um trovão estalou, rolando pelo céu. Nesse momento, as lâmpadas do salão, acesas àquela hora, ficaram sem luminosidade todas, ao mesmo tempo em que, dependendo da mesma corrente elétrica, os ventiladores foram, pouco a pouco, diminuindo a marcha, até que silenciados de todo, eram como aves que acabam de chegar de um grande voo.” Sobre a tipologia textual dessa passagem do conto, a organização textual predominante, por seu objetivo, é argumentativa. descritiva. expositiva. narrativa. poética. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 15 Os textos literários são obras de discurso, a que falta a ime- diata referencialidade da linguagem corrente; poéticos, abo- lem, “destroem” o mundo circundante, cotidiano, graças à fun- ção irrealizante da imaginação que os constrói. E prendem‐ nos na teia de sua linguagem, a que devemo poder de apelo estético que nos enleia; seduz‐nos o mundo outro, irreal, ne- les configurado (…). No entanto, da adesão a esse “mundo de papel”, quando retornamos ao real, nossa experiência, am- pliada e renovada pela experiência da obra, à luz do que nos revelou, possibilita redescobri‐lo, sentindo‐o e pensando‐o de maneira diferente e nova. A ilusão, a mentira, o fingimento da ficção, aclara o real ao desligar‐se dele, transfigurando‐o; e aclara‐o já pelo insight que em nós provocou. Benedito Nunes, “Ética e leitura”, de Crivo de Papel. O que eu precisava era ler um romance fantástico, um ro- mance besta, em que os homens e as mulheres fossem cria- ções absurdas, não andassem magoando‐se, traindo‐se. His- tórias fáceis, sem almas complicadas. Infelizmente essas lei- turas já não me comovem. Graciliano Ramos, Angústia. Romance desagradável, abafado, ambiente sujo, povoado de ratos, cheio de podridões, de lixo. Nenhuma concessão ao gosto do público. Solilóquio doido, enervante. Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere, em nota a respeito de seu livro Angústia. O argumento de Benedito Nunes, em torno da natureza artís- tica da literatura, leva a considerar que a obra só assume fun- ção transformadora se estabelece um contraponto entre a fantasia e o mundo. utiliza a linguagem para informar sobre o mundo. instiga no leitor uma atitude reflexiva diante do mundo. oferece ao leitor uma compensação anestesiante do mundo. conduz o leitor a ignorar o mundo real. Na apostila 5 do SAS, você estudou nas aulas 19, 20 e 21 sobre Discurso Direto, Discurso Indireto e Discurso Indireto Livre, tipos de discursos utilizados no gênero narrativo para introduzir as falas e os pensamentos dos personagens. Seu uso varia de acordo com a intenção do narrador. Veja agora, na prática, um trecho narrativo e atente para os tipos de discurso nele presentes. “Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e… O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente umacoisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental!” (Luís Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola) Configura-se como discurso indireto livre, a seguinte passagem: Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Leia este fragmento de texto: – Nem remédio ingeri, a moribunda esclarecia. De acordo com a norma gramatical, a mudança do fragmento para o Discurso Indireto está corretamente feita em Esclarecia a moribunda que nem ingeriria remédio. A moribunda esclareceu que nem remédio iria ingerir. Que nem remédio iria ingerir, a moribunda esclareceria. A moribunda esclarecia que nem remédio tinha ingerido. A moribunda esclareceu: nem remédio ingerirei. Em relação ao gênero textual acima, pode-se afirmar que apresenta uma quebra de expectativa com objetivo de causar o humor. apresenta uma crítica à alteração de comportamentos dos usuários de redes sociais. o campo semântico dos balões aponta o uso político da tecnologia. o balão no primeiro quadro sinaliza o desfecho esperado no segundo. a tira apresenta-se como um potencial uso da tecnologia para engajamento social. Em relação ao nome da tira e ao último balão, pode-se inferir que a garota abandonada pelo namorado sente-se despresti- giada, ao ser trocada por uma bonitona. a tira apresenta uma amiga que sente prazer em comen- tar sobre o namorado da outra, o que é primordial nesse texto. que a bonitona citada desconhece uma regra básica de concordância, para vingança da que foi abandonada. o fato de a bonitona ter falado uma frase com erro de concordância, na frente dos amigos do rapaz citado na tira, é irrelevante no contexto. a garota que foi abandonada pelo rapaz, segundo se de- duz do último balão, deve ter sido trocada por falar de modo incorreto. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 16 Pode- afirmar que, nesse texto, há uma hipérbole. um anacoluto. um eufemismo. uma metonímia. um paradoxo. A certa personagem desvanecida Um soneto começo em vosso gabo: Contemos esta regra por primeira, Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo. Na quinta torce agora a porca o rabo; A sexta vá também desta maneira: Na sétima entro já com grã canseira, E saio dos quartetos muito brabo. Agora nos tercetos que direi? Direi que vós, Senhor, a mim me honrais Gabando‐vos a vós, e eu fico um rei. Nesta vida um soneto já ditei; Se desta agora escapo, nunca mais: Louvado seja Deus, que o acabei. Gregório de Matos GABO= louvor GRÃ= grande Tipo zero Você é um tipo que não tem tipo Com todo tipo você se parece E sendo um tipo que assimila tanto tipo Passou a ser um tipo que ninguém esquece Quando você penetra num salão E se mistura com a multidão Você se torna um tipo destacado Desconfiado todo mundo fica Que o seu tipo não se classifica Você passa a ser um tipo desclassificado Eu até hoje nunca vi nenhum Tipo vulgar tão fora do comum Que fosse um tipo tão observado Você ficou agora convencido Que o seu tipo já está batido Mas o seu tipo é o tipo do tipo esgotado Noel Rosa O soneto de Gregório de Matos e o samba de Noel Rosa, em- bora distantes na forma e no tempo, aproximam‐se por ironi- zarem o processo de composição do texto. a própria inferioridade ante o retratado. a singularidade de um caráter nulo. o sublime que se oculta na vulgaridade. a intolerância para com os gênios. O movimento que ficou conhecido como Fauvismo tinha como maior representante Henri Matisse, autor da tela “A dança”, de 1910. Essa foi uma vanguarda que tinha como características: a arbitrariedade cromática e a simplificação das formas. a influência da arte futurista, valorizando o dinamismo e a velocidade. a busca da representação das cores da forma como se apresentam na natureza. a fragmentação das figuras, buscando um entendimento da realidade em várias dimensões. o abstracionismo, revelando a natureza de formas e co- res, sem a preocupação com a representação. O século XX começou com muitas mudanças no campo das artes, um movimento artístico que caracteriza bem esse perí- odo e suas inovações foi o Futurismo, cujo princípios foram: explorar a expressão, a sensibilidade, distorcer as formas e exaltar a natureza. pintar ao ar livre, captar as mudanças da luz na cor dos objetos, retratar exatamente o que os olhos viam. exaltar as transformações, negar o passado, valorizar a máquina, a velocidade e a guerra. priorizar os sentimentos, retratar de forma naturalista e captar cenas domésticas do cotidiano. valorizar a arte acadêmica, idealizar as figuras humanas perfeitas, retratar cenários bucólicos. Esta imagem é a reprodução de: uma pintura impressionista, marcada por pinceladas sol- tas e pela temática da emigração americana para o con- tinente europeu. um mosaico cubista, caracterizado pelas formas geomé- tricas que procuram salientar a esperança daqueles que se dirigem para terras estrangeiras. uma pintura expressionista, que reforça o sofrimento dos que se deslocavam em um contexto de perseguições e intolerâncias. um painel surrealista, que procurava destacar o subcons- ciente atormentado daqueles que deixavam seus locais de origem. uma pintura futurista, influenciada pelas referências de modernização tecnológica características da primeira metade do século XX. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 17 PROPOSTA DE REDAÇÃO TEXTO 1 Atualmente a má nutrição afeta pelo menos a metade da população global. No mundo, o comprometimento no desenvolvimento infantil afeta em torno de um quarto das crianças, enquanto cerca de um terço dos adultos está com sobrepeso ou, então, sofre de obesidade. A anemia também está afetando cerca de um terço das mulheres na idade fértil e quase a metade das crianças em idade pré-escolar. A subnutrição infantil e a de suas mães constituem, quando consideradas em conjunto, as causas de quase a metade do total dos óbitos de crianças. Já o impacto econômico global provocado pela obesidade tem sido estimado, grosso modo, em dois trilhões de dólares, equivalentes a 2,8% do produto bruto global. [...] No entanto, lidar com o comprometimento do desenvolvimento nos primeiros mil dias de vida não é o bastante, levando-se em conta que, ao longo do curso de vida, é preciso empreender muitos esforços para evitar o desenvolvimento da obesidade antes da idade adulta. Isso também demandará contribuições de diversos setores, mas o de educação deve assumir a liderança, permitindo que educar crianças na escola seja acompanhado de qualificações adequadas para a vida e comportamentos apropriados que as ajudarão a evitar esses riscos de origem nutricional, na idade adulta. A garantia de qualificações adequadas para a vida depois da fase escolar pode ser facilitada mediante ambientes não obesígenos, que também demandam um apoio governamental, seja medi- ante a tributação e regulamentação, seja de subsídios. A garantia de que a atividade física venha a ser facilitada e disponibilizada sem dificuldade, e que o acesso a dietas de qualidade será financeiramenteacessível, com extinção da publicidade que promove hábitos e produtos não saudáveis, vai muito além do domínio da mera ‘força de vontade’. (Adaptado) http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232015000802300&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt TEXTO 2 Veja como montar um prato ideal | Infográfico https://drauziovarella.uol.com.br/infograficos/veja-como-montar-um-prato-ideal-infografico/ Acesso em: 7/9/2020 TEXTO 3 O direito humano à alimentação adequada está contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Sua definição foi ampliada em outros dispositivos do Direito Internacional, como o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Brasil, resultante de amplo processo de mobilização social, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado. http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/artigos/2014/direito-humano-a-alimentacao-adequada-e-soberania-alimentar PROPOSTA Enem A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O desafio de popularizar hábitos saudáveis de alimentação no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. INSTRUÇÕES: 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. 4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 4.1. tiver até 15 (quinze) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232015000802300&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt https://drauziovarella.uol.com.br/infograficos/veja-como-montar-um-prato-ideal-infografico/ 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 18 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS “[...] nos tempos antigos era a filosofia que determinava o curso da ciência, o ideal do conhecimento era filosoficamente estipulado; nos tempos modernos, pelo contrário, o ideal ci- entífico, físico, do conhecimento passa a determinar o conhe- cimento metafísico”. (BORNHEIM, Gerd. Galileo Filósofo. In: Estudos sobre Galileo Galilei. Porto Alegre: UFRGS, Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul e Consulado Geral da Itália de Porto Alegre, 1964. p. 78.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação en- tre filosofia e ciência, é correto afirmar: O conhecimento científico, a partir da modernidade, de- termina o conhecimento filosófico. A ciência antiga obteve maior êxito que a ciência mo- derna pelo fato de ter sido influenciada pela metafísica. A filosofia moderna, por partir da ciência, finalmente atinge a verdade metafísica buscada pelos antigos. A filosofia moderna, quando comparada às suas versões passadas, possui maior aplicabilidade instrumental. A ciência moderna, quando traduzida para o discurso fi- losófico, resume-se a um conhecimento metafísico. Quase toda a Europa Ocidental e Central foi sacudida, em 1848, por uma onda de revoluções que se caracterizaram por misturar motivos e projetos políticos diferenciados-libera- lismo, democracia e socialismo. Elas também foram marca- das por uma atmosfera intelectual e um sentimento ideológico comuns. Trata-se, no caso destes últimos, do: realismo e internacionalismo. romantismo e nacionalismo. romantismo e corporativismo. realismo e nacionalismo. modernismo e internacionalismo. Sobre o tema demografia no Brasil, é correto afirmar que a esperança de vida considera a taxa de mortalidade pro- jetada para cinco décadas posteriores ao período de aná- lise. a esperança de vida ao nascer vem aumentando para mulheres e diminuindo para homens, desde 1940, influ- enciada pelas condições de saúde. o aumento nas taxas de expectativa de vida e a diminui- ção nas taxas de fecundidade influenciam na tendência de envelhecimento da população. as variações nas taxas de natalidade são consideradas no cálculo da expectativa de vida, podendo-se, assim, di- ferenciar as regiões. os valores de expectativa de vida mais altos para homens estão no Nordeste. “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A pri- meira impressão que se tem de um governante e da sua inte- ligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido co- metido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar: As atitudes do príncipe são livres da influência dos minis- tros que ele escolhe para governar. Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo. O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros. A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto po- lítico perfeito. Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros. Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança con- tra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alas- trim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, mor- rera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que ma- tara. Fora o lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, le- vasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham di- nheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. (Jorge Amado. Capitães da areia, 2008.) O texto literário, publicado em 1937, fala da epidemia de be- xiga (varíola) e reconhece a circulação global das doenças bacterianas e a facilidade de combatê-la em meios sociais pobres. identifica a origem africana da varíola e a baixa resistên- cia da população afrodescendente de Salvador à doença. combina percepções médicas, religiosas e sociais sobre a epidemia de varíola na cidade de Salvador. associa cientificidade, preconceito social e política de confinamento no combate à epidemia de varíola em Sal- vador. despreza a dimensão mística e os saberes populares acerca das doenças e seus métodos de prevenção. Após o fim da União Soviética, os Estados Unidos têm im- posto ao mundo uma ordem com base em seus interesses, tomando decisões unilaterais sem considerar resoluções de organismos internacionais,como a ONU. Assinale a alternativa que apresenta um exemplo do que se diz no texto. Ocupação militar do Iraque e deposição do governo de Saddam Hussein. Apoio militar ao governo de Israel e à desocupação pa- lestina da Faixa de Gaza. Fechamento da prisão na base militar de Guantánamo, em Cuba. Bloqueio econômico contra o Irã para impedir a produção de armas nucleares. Ataque aéreo às instalações militares da Coreia do Norte. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 19 Analise os textos. "O que conta é que tenham a certeza de que não existirão mais proprietários fundiários no campo, e que serão eles, camponeses, que decidirão suas coisas, que organizarão a sua própria existência." "O que se produziu é uma insurreição e não uma composição. A insurreição das massas populares não precisa de justifica- ção. Nós demos têmpera à energia revolucionária dos operá- rios e dos soldados. Nós forjamos abertamente a vontade das massas para a insurreição. Nosso levante alcançou a vitória." Esses textos expressam o sentimento de vitória dos comunards, em 1871. dos democratas russos, em 1905. dos espartaquistas, em 1919. dos líderes do Contestado, em 1912. dos líderes da Revolução Russa, em 1917. Leia o trecho abaixo. Muitos dos países com as maiores parcelas de jovens hoje estão entre os mais pobres do mundo, mas também estão à beira da transição demográfica que pode lhes render um bô- nus demográfico. A transição começa quando as taxas de fe- cundidade e de mortalidade começam a cair, deixando menos dependentes. UNFPA. O poder de 1,8 bilhão: adolescentes, jovens e a transformação do futuro. UNFPA, 2014. Nesse contexto, uma política governamental que vise a apro- veitar o “bônus demográfico”, NÃO deve investir na melhoria da qualidade do capital humano. promover espaços democráticos de governança inclu- siva. aplicar modelos econômicos para o incremento de em- pregos. utilizar o excedente financeiro para ampliar a qualidade infraestrutural. incentivar o planejamento familiar para acelerar o declí- nio populacional. Analise os mapas a seguir. No Brasil, entre 1822 e 1889, ocorreram mudanças nas uni- dades administrativas, fruto de uma política de Estado, con- forme a representação gráfica dos mapas. Essas mudanças objetivavam a punição das províncias envolvidas em movimentos se- paratistas, como no caso da Confederação do Equador, em Pernambuco. o alcance de maior equilíbrio político-administrativo entre as províncias, como no caso da criação do Paraná com a divisão de São Paulo. o cumprimento de acordos diplomáticos externos, como no caso da concessão da província da Cisplatina à Ar- gentina. o aumento do controle fiscal nas regiões produtoras de ouro para garantir recursos ao governo, como no caso de Goiás e Minas Gerais. a dinamização econômica dos espaços distantes do lito- ral com a criação de novos territórios, como no caso da divisão da província do Grão-Pará. Entre 2014 e 2017, derrotar o Estado Islâmico (ISIS) foi uma das prioridades da política externa dos Estados Unidos. Ao final de 2017, o ISIS foi considerado militarmente derrotado, perdendo o controle de praticamente todos os territórios que havia conquistado na Síria e no Iraque. A charge aponta a existência de uma incoerência entre os se- guintes aspectos da política externa estadunidense no Ori- ente Médio: alinhamento étnico e liberdade religiosa fundamento ideológico e interesse econômico conservadorismo social e protagonismo ambiental multilateralismo diplomático e unilateralismo bélico ideologia socialista e interesse religioso “O direito natural se embasa [...] em princípios a priori da ra- zão e é, portanto, cognoscível a priori pela razão de todo o homem, enquanto que o direito positivo é estatutário e pro- cede da vontade do legislador. O primeiro há de servir como critério racional do segundo, já que é mister buscar na razão o critério do justo e do injusto, enquanto que o direito positivo diz o que é direito.” (KANT, Immanuel. La metafísica de las Costumbres. 2. ed. Trad. Adela Cortina Orts e Jesús Conill Sancho. Madri: Tecnos, 1994. p. XLIII.) “Para Estados, em relação uns com os outros, não pode ha- ver, segundo a razão, outro meio de sair do estado sem leis, que contém pura guerra, a não ser que eles, exatamente como homens individuais, desistam de sua liberdade selva- gem (sem lei), consintam com leis públicas de coerção e as- sim formem um (certamente sempre crescente) Estado dos Povos (civitas gentium), que por fim viria a compreender todos os povos da terra.” (KANT, Immanuel. A paz perpétua. Trad. Marco Antônio Zingano. Porto Alegre: L&PM, 1989. p. 42.) Sobre a concepção de justiça em Kant, é correto afirmar: É definida pelo direito positivo e nele encontra sua fonte, prescindindo de qualquer outro parâmetro de legitimi- dade. Resulta da definição estatutária do direito, sob a forma da lei estabelecida nos códigos jurídicos e é confirmada pe- las ações dos Estados. Coincide com a vontade do legislador, a partir da qual são definidos os parâmetros racionais de gestão dos Esta- dos. Ampara-se em parâmetros racionais a priori que emba- sam o direito natural e que devem se, converter em leis públicas de coerção. Configura-se com base em valores comuns partilhados tradicionalmente em cada ordenamento jurídico-político. 3º SIMULADO FIBOENEM – 3º ANO/PV - 2020 FIBONACCI 20 “Um povo, portanto, só será livre quando tiver todas as condi- ções de elaborar suas leis num clima de igualdade, de tal modo que a obediência a essas mesmas leis signifique, na verdade, uma submissão à deliberação de si mesmo e de cada cidadão, como partes do poder soberano. Isto é, uma submissão à vontade geral e não à vontade de um indivíduo em particular ou de um grupo de indivíduos.” (NASCIMENTO, Milton Meira. Rousseau: da servidão à liberdade. In: WEFFORT, Fran- cisco. Os clássicos da política. São Paulo: Ática, 2000. p. 196.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a legitimidade do poder do Estado em Rousseau, é correto afirmar: A legislação que rege o Estado deve ser elaborada por um indivíduo escolhido para tal e que se tornará o sobe- rano desse Estado. A liberdade de uma nação é ameaçada quando se con- fere ao povo o direito de discutir a legitimidade das leis às quais está submetido. Devido à ignorância e ao atraso do povo, deve-se atribuir a especialistas competentes o papel de legisladores. A legitimidade das leis depende de que as mesmas se- jam elaboradas pelo conjunto dos cidadãos, expressão da liberdade do povo. A vontade do monarca, cujo poder é assegurado pela he- reditariedade, deve prevalecer na elaboração das leis às quais se submetem os cidadãos. "O socialismo é a abolição das classes ... Para abolir as clas- ses devemos abolir as diferenças entre o operário e o campo- nês, devemos transformá-los todos em operários." (Lênin, 1918) A Revolução Russa caracterizou-se como um importante mo- vimento social, que marcou historicamente o século XX, em virtude das transformações estruturais que empreendeu. So- bre o processo de construção do socialismo na Rússia, assi- nale a afirmativa correta. As anexações territoriais conquistas pelo exército russo na Polônia e na Ucrânia, durante a Primeira Guerra Mun- dial (1914 - 1918), fortaleceram política e economica- mente a monarquia czarista. A revolta armada ocorrida na Guarda Vermelha possibili- tou o lançamento do Manifesto de Outubro, com o qual foi deposto o Czar Nicolau II e instalada a República da Duma (1917), chefiada pelo líder comunista Trótski. A vitória dos extremistas revolucionários mencheviques, liderados por Alexandre Kerenski, foi acompanhada da criação da República Soviética