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Orelha Externa e Média (ou cavidade timpânica) e Nervo Facial (VII) - Anatomia de Cabeça e Pescoço

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Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
1 
 
Orelha Externa e Média 
(ou cavidade timpânica) e 
Nervo Facial (VII) 
INTRODUÇÃO 
• A parte da orelha interna é visto na histologia 
• AURÍCULA = diminutivo feminino que significa 
orelha pequena 
• Verbo audir é ouvir e audicus é ouvido 
• É errado chamar de ouvido, pois é um verbo do 
passado, o certo é orelha 
• Otite: inflamação de alguma das orelhas 
• Otoplastia: cirurgia plástica de correção da 
orelha 
• A membrana timpânica era chamada de mirinx 
timpânica 
• Miringite: inflamação da membrana timpânica 
• Miringotomia: corte da membrana timpânica 
PROCESSO DE AUDIÇÃO (receptores) 
• A audição é uma sensibilidade, uma sensação, 
onde temos que ter um receptor específico para 
captar essa sensibilidade 
• A AUDIÇÃO É UMA ASE (Aferência Somática 
Especial) onde só se tem em um local específico 
do corpo esses receptores altamente 
especializados em receber as ondas sonoras 
• RECEPTOR: célula que recebe o estímulo 
• Os RECEPTORES estão localizados na ORELHA 
INTERNA (dentro da cóclea, parece um caracol) 
• Os receptores são para audição e para o 
equilíbrio (canas semicirculares) 
• O RECEPTOR É O INÍCIO DA VIA 
• O que deve acontecer com o estímulo sonoro 
para ele chegar na orelha interna? Passa pela 
ORELHA EXTERNA, depois pela ORELHA MÉDIA 
e depois chega na ORELHA INTERNA para 
chegar no RECEPTOR, que está ligado a um 
neurônio pseudounipolar (neurônio sensitivo) 
que levará esse estímulo ao SNC (tronco 
encefálico), o nervo em questão é o 
VESTIBULOCOCLEAR (VIII) 
ESTÍMULO SONORO > ORELHA EXTERNA > 
ORELHA MÉDIA > ORELHA INTERNA > RECEPTOR 
> NERVO VESTIBULOCOCLEAR > TRONCO 
ENCEFÁLICO 
ORELHA EXTERNA 
• FUNÇÃO: captar essas ondas sonoras e 
conduzi-las para estimular estruturas que se 
encontram dentro da orelha média, e essas 
estruturas, por sua vez, repassam esses 
estímulos sonoros para orelha interna, que é 
estimulada por estímulos receptores, e aí temos 
o impulso elétrico sendo conduzido pelo nervo 
vestibulococlear em direção ao tronco encefálico 
que faz parte do SNC 
 
• OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO 
➢ Iculos: diminutivo 
➢ Ossos extremamente pequenos 
➢ MARTELO, BIGORNA E ESTRIBO 
➢ Esses ossos vão vibrar para retransmitir 
as ondas sonoras para a orelha interna 
 
 
 
 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
2 
 
A orelha externa é subdividida em duas partes: 
PAVILHÃO AUDITIVO OU PAVILHÃO DA ORELHA 
 
• A maior parte é de cartilagem elástica 
(característica: depois que você a deforma, ela 
retorna para seu formato inicial) 
• Com exceção do TRAGO (projeção que recobre 
parcialmente a entrada do meato acústico 
externo) e do LÓBULO 
• LÓBULO: tela subcutânea (tecido adiposo + 
conjuntivo) 
• TRAGO: conjuntivo fibroso 
• CC.: brinco no trago, por ser fibroso, pode 
fibrosar ainda mais 
• CONCHA: se conecta\dá continuidade em 
direção ao meato acústico externo 
• Os humanos não conseguem movimentar o 
pavilhão 
• FUNÇÃO: captar o som 
MEATO ACÚSTICO EXTERNO 
• Recebe a onda sonora vinda do pavilhão e vai 
conduzir as ondas sonoras em direção a 
membrana timpânica que fica colocada no fundo 
do meato 
• É um canal 
• PARTES: 
TERÇO LATERAL: parte cartilagínea, envolvido 
por tela subcutânea (adiposo + conjuntivo) é 
móvel 
DOIS TERÇOS MEDIAIS: parte óssea 
• O poro acústico, no crânio seco, fica no meio do 
meato 
 
 
REVESTIMENTO 
• A orelha externa (pavilhão): revestido por pele 
normal que se continua revestindo o meato 
acústico externo e a membrana timpânica 
externamente 
• Início do meato: pele e tela subcutânea (onde 
tem glândulas sebáceas e ceruminosas) 
• GLÂNDULAS CERUMINOSAS: produzem uma 
secreção chamada de SERUMEN que é a popular 
CERA DE OUVIDO 
• Na composição do cerúmen, tem alguns agentes 
bactericidas para combater bactérias e possíveis 
invasores que podem penetrar pelo meato 
acústico externo 
• Na parte cartilagínea, tem pelos, na tela 
subcutânea, que ficam expostos na luz do meato, 
o que não acontece na parte óssea, onde se tem 
apenas a pele em contato direto com o osso, não 
tem cerúmen, nem pelo, nem tela subcutânea 
ORIENTAÇÃO 
Corte transversal na altura do trago 
• O meato não é uma estrutura retilínea, na parte 
óssea é, mas na parte cartilagínea é bem 
tortuoso 
• O meato é ântero-medial, depois é póstero-
medial e só depois, quando está na parte óssea, 
ele é retilíneo em direção a membrana timpânica 
• A extensão da concha até o tímpano é o 
tamanho do meato (2,5 cm) 
• A tortuosidade inicial do meato é interessante 
Corte coronal 
• Além da tortuosidade inicial, o meato tem uma 
orientação ascendente 
• A parte cartilagínea é um pouco mais baixa que 
a parte óssea 
 
• Essas 
relações são importantes na clínica para o uso 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
3 
 
do otoscópio, que é um feixe da luz para 
enxergar a membrana timpânica e verificar a sua 
integridade, no posicionamento da orelha do 
paciente na tentativa de tornar o meato o mais 
retilíneo possível para a luz chegar na membrana 
• Como a orelha deve ser posicionada nesse 
exame? Para cima e para posterior, a resultante 
disso é na diagonal 
 
VASCULARIZAÇÃO 
• ARTÉRIA TEMPORAL SUPERFICIAL (continuação 
da artéria carótida externa) 
• ramo da artéria carótida externa que passa atrás 
da orelha: ARTÉRIA AURICULAR POSTERIOR 
• Esses ramos vão suprir toda a orelha externa, 
tanto o pavilhão quanto o meato 
 
INERVAÇÃO 
• NERVO AURICULOTEMPORAL (ramo do 
trigêmeo) é sensitivo! Traz a sensibilidade da 
pele da região temporal e da parte mais anterior 
da orelha junto com o meato 
• NERVO AURICULAR MAGNO (plexo cervical que 
vem do pescoço, é somático da união da 
primeira, segunda, terceira e quarta raiz de 
nervo espinal): supre a maior parte da 
sensibilidade da pele da orelha 
• RAMOS AURICULARES DO FACIAL E DO VAGO: 
contribuem pouco e suprem a pele da concha 
 
MEMBRANA TIMPÂNICA 
• O tímpano marca a transição entre a orelha 
externa e a média 
• Está disposta em toda a circunferência do meato 
• FORMATO: oval e côncava voltada para 
lateral\meato, devido essa concavidade, as 
ondas sonoras vão convergir em direção ao 
martelo 
• Essa concavidade é importante para receber 
essas ondas e convergir para um único ponto 
que vai ser o CABO DO MARTELO 
• O cabo do martelo tem uma relação íntima com 
a face interna da membrana timpânica 
 
• ORIENTAÇÃO: oblíqua 
 
• COMPOSIÇÃO 
✓ conjuntivo fibroso, mas é revestida por uma 
pele fina no lado externo e por uma mucosa 
fina no seu lado interno 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
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PELE > CONJUNTIVO > MUCOSA: constituição real 
da membrana timpânica 
✓ circunferência espessada 
✓ anel fibrocartilagíneo 
 
• PARTES ANATÔMICAS (NÃO CAI!) 
✓ São derivadas do martelo que fica 
internamente a membrana 
✓ Ele disse que não vai cobrar essas partes em 
prova, exceto a PARTE TENSA 
✓ PARTE TENSA: é a maior parte do tímpano, 
deixa o tímpano esticado, pois tensionado 
ele funciona bem para poder receber as 
ondas sonoras e vibrar na hora que elas 
incidem sobre o tímpano (a ideia aqui é tipo 
de um tambor, onde a pele que fica por cima 
dele tem que ficar bem esticada para 
produzir o som) 
Atravessando a membrana timpânica, chegamos 
dentro da cavidade timpânica 
ORELHA MÉDIA – CAVIDADE TIMPÂNICA 
• É uma cavidade extremamente pequena 
• É a menor cavidade que se tem no crânio 
• Se localiza dentro da parte petrosa do osso 
temporal 
 
 
A imagem acima mostra a cavidade timpânica 
(orelha média) 
DIMENSÕES 
Corte coronal sem a parede anterior da cavidade 
DIVISÃO 
• A subdivisão da cavidade timpânica é feita por 
uma linha imaginária que passa tangenciando a 
borda superior do tímpano, da linha para baixo 
é a cavidade timpânica propriamente dita e 
acima dalinha temos o recesso epitimpânico 
(acima da cavidade timpânica) 
CAVIDADE TIMPÂNICA PROPRIAMENTE DITA 
• Relativamente livre, o que facilita o corte na 
membrana timpânica 
RECESSO EPITIMPÂNICO 
• Onde encontra-se a maior parte dos ossículos 
 
PAREDES 
❖ LATERAL: PAREDE MEMBRANÁCEA (tímpano) 
❖ MEDIAL: PAREDE LABIRÍNTICA (separação com a 
orelha interna, a qual é composta pelos 
labirintos – labirintite) 
❖ TETO: PAREDE TEGMENTAL (no crânio tem o 
tegmo timpânico, daí vem o nome da parede) 
❖ ASSOALHO: PAREDE JUGULAR (pois ao 
atravessar essa parede caímos na fossa jugular, 
uma fina camada de osso que separa a fossa da 
cavidade, início da jugular interna) 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
5 
 
❖ POSTERIOR: PAREDE MASTÓIDEA (faz conexão 
com o processo mastóide) 
❖ ANTERIOR: PAREDE CARÓTICA (carótida interna 
faz essa curva dentro do canal carótido, que fica 
dentro do osso temporal, e o que separa a 
carótida interna da cavidade timpânica é uma 
fina lâmina de osso. Comunica-se com a tuba 
auditiva) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAREDE MASTÓIDEA (POSTERIOR) 
• Parede posterior que faz conexão com o 
processo mastoide 
 
• ÁDITO DO ANTRO MASTÓIDEO: 
abertura\entrada. Ao atravessar o ádito, caímos 
em uma antessala chamada de antro mastoideo, 
do antro temos acesso a inúmeras pequenas 
cavidades cheias de ar chamadas de células 
mastóideas 
ÁDITO > ANTRO > CÉLULAS MASTÓIDEAS 
 
• EMINÊNCIA PIRAMIDAL: óssea, mas tem uma 
abertura no seu ápice e oca por dentro. Dentro 
dela ela vai acomodar um músculo que ira se 
fixar no estribo, que o músculo estapédio 
• PROEMINÊNCIA DO CANAL DO NERVO FACIAL: 
(VAI CAIR KIRIDO!): o nervo facial tem uma íntima 
relação de trajeto com a cavidade timpânica, ele 
até forma um relevo na parede posterior. SABER 
QUE O NERVO FACIAL PASSA DENTRO DESSA 
CAVIDADE! Ele começa na parede medial, vem 
para a parede posterior e desce para se abrir no 
forame estilomastóideo, entre o processo 
estiloide e mastoide 
 
• PROEMINÊNCIA DO CANAL SEMICIRCULAR 
LATERAL (não precisa saber agora) 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
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PAREDE LABIRÍNTICA (MEDIAL) 
Duas aberturas com uma 
elevação\abaulamento\convexidade entre elas 
• JANELA DO VESTÍBULO (OVAL) [VAI CAIR!] 
➢ Abertura maior 
➢ Quando atravessamos essa estrutura caímos em 
uma região da orelha interna que se chama 
vestíbulo 
 
• PROMONTÓRIO 
➢ Parte mais elevada! 
➢ Projeção\abaulamento para o interior da 
cavidade 
➢ No dicionário: parte mais alta\saliência\elevação 
 
• JANELA DA CÓCLEA (REDONDA) 
➢ Se atravessar essa janela chegamos em uma 
estrutura da orelha interna chamada cóclea 
 
PAREDE CARÓTICA (ANTERIOR) 
• SEMICANAL PARA O M. TENSOR DO TÍMPANO 
➢ Estrutura óssea oca que abriga o músculo tensor 
do tímpano. Ela é comprida e depois forma um 
gancho\anzol em direção lateral 
➢ Dentro desse semicanal vamos ter um músculo 
com ventre muscular comprido e seu tendão vai 
emergir pela abertura 
 
• ÓSTIO TIMPÂNICO DA TUBA AUDITIVA 
➢ A tuba é tipo uma mangueira, vai ter o óstio 
faríngeo da tuba auditiva e o óstio timpânico da 
tuba auditiva 
 
 
TUBA AUDITIVA 
• Acompanha alguns músculos 
• Toro tubário: elevação recorrente da tuba 
auditiva 
ORIENTAÇÃO E RELAÇÕES 
• Vai de superior para inferior 
• De lateral para medial 
• Vai da cavidade timpânica em direção a faringe 
• Ela chega pelas duas laterais na parede da 
nasofaringe 
PARTES 
• Possui um óstio faríngeo e um óstio timpânico 
• Apresenta uma parte óssea pequena e a maior 
parte dela é de cartilagem que é a parte que se 
conecta com a faringe 
• Acompanha o músculo levantador do véu 
palatino que passa exatamente abaixo dela 
• Lateralmente a ela passa o tensor do véu 
palatino 
• O LEVANTADOR e o TENSOR vão atuar na 
abertura do óstio faríngeo, como estão 
relacionados a tuba, ao contraírem eles abrem o 
óstio faríngeo 
• Para que abrir o óstio faríngeo? 
• Qual a função da tuba auditiva? 
• Qual a função da conexão da faringe com a 
cavidade timpânica? 
• RESPOSTA: IGUALAR A PRESSÃO DA ORELHA 
EXTERNA COM A CAVIDADE TIMPÂNICA [VAI 
CAIR!] 
• Para que igualar a pressão? 
• RESPOSTA: PARA A MEMBRANA TIMPÂNICA 
FICAR LIVRE, POIS ASSIM O PROCESSO DE 
AUDIÇÃO SERÁ EFICÁZ. 
 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
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• Resumo do processo de audição: 
ONDAS SONORAS > CAVIDADE TIMPÂNICA > 
MEMBRANA TIMPÂNICA TENSIONADA E LIVRE 
PARA ELA PODER VIBRAR CONFORME AS ONDAS 
BATEM NELA > UMA VEZ QUE A MEMBRANA 
TIMPÂNICA ESTÁ ADERIDA NO MARTELO, A 
VIBRAÇÃO DA MEMBRANA VIBRA O MARTELO > 
DESENCADEAR UMA REAÇÃO DE VIBRAÇÃO EM 
CADEIA 
 
SENSAÇÃO DE OUVIDO TAMPADO 
Se você pega uma situação aonde a pressão externa 
é muito maior que a cavidade timpânica é como se 
tivesse alguém empurrando o tímpano para dentro 
e segurando-o, e com isso ele não está livre para 
vibrar. Na hora que a pressão externa é muito alta e 
empurra o tímpano para dentro, o som não 
consegue gerar uma vibração na membrana 
timpânica, por isso você tem dificuldade de ouvir 
quando se está em uma situação de maior altitude e 
você desce para o nível do mar. O tímpano vibra, 
mas menos, ele não está livre para vibrar, tem 
alguém empurrando-o e limitando sua vibração. O 
que você faz? Mastiga e engole a saliva ou boceja. 
Ao engolir a saliva, ou seja, realizar a deglutição, o 
tensor e o levantador abrem o óstio faríngeo, 
fazendo com que o ar vá lá para dentro, e, com isso, 
aquela sensação de que algo estava empurrando de 
fora para dentro vai ser contrabalanceada com ar 
que entrou e vai empurrar agora no sentido oposto, 
de dentro para fora, igualando as pressões. 
Ao igualar a pressão, o tímpano está novamente 
livre para poder vibrar, ele não está nem muito para 
dentro e nem muito para fora. 
O epitélio ciliado da cavidade nasal se continua e os 
cílios batem em direção a faringe para impedir a 
propagação de bactérias (e ainda assim acontece). 
• IMPORTÂNCIA DA TUBA: para o processo de 
audição (um entupimento não gera surdez!), 
para igualar pressão (isso mantem o tímpano 
livre) 
• A TUBA AUDITIVA DA CRIANÇA é mais 
horizontal em comparação com a tuba do adulto 
que é mais oblíqua, com isso é mais fácil inflamar 
(otite média) e disseminar infecção. Essa 
característica horizontal é devido ao não 
desenvolvimento do viscerocrânio na criança 
• OTITE (dor de ouvido): mais comum em crianças 
devido a tuba horizontal e a ação da gravidade 
nessa tuba, o que favorece a disseminação de 
infecções. Essa otite costuma ser na orelha 
média, por isso também é chamada de otite 
média. 
• MASTOIDITE: inflamação das células mastóideas, 
do ádito ao antro mastóideo [VAI CAIR!] 
1. Alguma coisa entra, segue pela tuba auditiva, 
chega na cavidade timpânica e isso pode 
desenvolver uma otite 
2. Se a otite não for tratada, ela pode progredir 
para a parede posterior, atravessa o ádito do 
antro mastóideo, chega no antro mastóideo e se 
instala nas células mastóideas 
3. Isso gera uma infecção que vai se transformar 
em uma inflamação, vai estar cheio de pus e 
gera-se um quadro chamado de MASTOIDITE 
Portanto, mastoidite é uma inflamação das células 
mastóideas. Então, essas células mastóideas ficam 
inflamadas cheias de secreção purulenta no seu 
interior. Aumenta de tamanho, vermelhidão, sinais 
clássicos da inflamação. 
É mais frequente em crianças por conta da tuba 
auditiva. 
MASTOIDITE 
AGENTE INFECCIOSO > TUBA AUDITIVA > 
CAVIDADE TIMPÂNICA > OTITE > PAREDE 
POSTERIOR > ÁDITO DO ANTRO MASTÓIDEO > 
ANTRO MASTÓIDEO > CÉLULAS MASTÓIDEAS > 
INFECÇÃO > INFLAMAÇÃO > MASTOIDITE 
CONTEÚDO DA CAVIDADE TIMPÂNICA 
❖ Ossículos da audição 
❖ Músculos 
OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO 
• Martelo (colo e cabo) 
✓ O NERVO CORDA DO TÍMPANO passa posterior 
ao colo do martelo 
• Bigorna 
• Estribo (base) 
MÚSCULOSDA CAVIDADE TIMPÂNICA 
• TENSOR DO TÍMPANO 
✓ Seu tendão está fixado no cabo do martelo 
✓ Vem da parede anterior e muda sua direção e 
vai para a parede lateral para se inserir no cabo 
do martelo 
✓ Quando ele contrai, ele puxa o cabo do martelo 
e, consequentemente, puxa o tímpano para 
dentro (medial), deixando-o mais tensionado 
ainda 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
8 
 
✓ O músculo passa por dentro de um canal 
chamado de semicanal do músculo tensor do 
tímpano 
 
• ESTAPÉDIO 
✓ Seu tendão se fixa no estribo 
✓ Seu ventre muscular está dentro da eminência 
piramidal 
✓ Atrás do estapédio passa o canal do nervo facial 
 
• Esses dois músculos estão diretamente 
associados a cadeia de ossículos 
• O TENSOR DO TÍMPANO: seu tendão se insere 
no CABO DO MARTELO 
• O ESTAPÉDIO: seu tendão se insere no ESTRIBO 
• A base do estribo é a parte do osso que vai 
vedar a janela oval 
 
INERVAÇÃO 
• Temos a INERVAÇÃO DA MUCOSA que reveste 
internamente a cavidade e é isso que faz sentir 
a dor quando está inflamado (otite) 
• O NERVO CORDA DO TÍMPANO passa POR 
DENTRO DA CAVIDADE, mas NÃO FAZ NADA 
NA CAVIDADE TIMPÂNICA, só passa lá dá um 
salve para todo mundo e vaza 
 
1. NERVO TIMPÂNICO (AVG + EVG) 
• Trás a sensibilidade da mucosa da cavidade 
timpânica e da tuba auditiva 
• Ramo do NERVO GLOSSOFARÍNGEO (NC 9) 
• AFERÊNCIA VISCERAL GERAL: pois esse nervo, 
ramo do glossofaríngeo, ele vai levar esses 
estímulos para o tronco encefálico, num núcleo 
específico nas colunas que chamamos de 
aferência visceral geral 
• EFERÊNCIA VISCERAL GERAL: sistema nervoso 
autônomo, que no caso de nervo craniano é 
inervação parassimpática 
• Leva a sensibilidade da mucosa e trás 
fibras\estímulos parassimpáticos para 
ESTÍMULOS PARASSIMPÁTICOS > NERVO 
TIMPÂNICO > RAMO DO GLOSSOFARÍNGEO > 
PENETRA NA CAVIDADE TIMPÂNICA PELO SEU 
ASSOALHO > SE RAMIFICA BASTANTE SOBRE O 
PROMONTÓRIO, SOBRE A MUCOSA > FORMA O 
PLEXO TIMPÂNICO > AS FIBRAS COMEÇAM A 
CONVERGIR E DÃO ORIGEM A UM NERVO QUE SAI 
PELA CAVIDADE TIMPÂNICA PELO SEU TETO COM 
O NOME DE PETROSO MENOR 
2. NERVO PETROSO MENOR (EVG) 
• É a continuação dos estímulos parassimpáticos 
• EFERÊNCIA VISCERAL GERAL: sistema nervoso 
autônomo, no caso estímulos parassimpáticos 
• Emerge da cavidade timpânica, vai margeando o 
assoalho da fossa média do crânio em direção 
ao FORAME OVAL, chega no forame oval e sai 
do crânio 
• Ao sair do crânio pelo forame oval, o nervo 
petroso menor (EVG) encontra o GÂNGLIO 
ÓTICO (parassimpático) 
• Faz SINAPSE no GÂNGLIO ÓTICO e vai para a 
GLÂNDULA PARÓTIDA 
NERVO PETROSO MENOR > EMERGE DO TETO DA 
CAVIDADE TIMPÂNICA PELO HIATO DO N. 
PETROSO MENOR > MARGEIA O ASSOALHO DA 
FOSSA MÉDIA > FORAME OVAL > SAI DO CRÂNIO 
> GÂNGLIO ÓTICO (parassimpático) > FAZ 
SINAPSE > GLÂNDULA PARÓTIDA 
INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA DA PARÓTIDA 
• Do gânglio para frente: AURICULOTEMPORAL 
• Do gânglio para trás: PETROSO MENOR 
• Depois que faz sinapse no gânglio ótico, essas 
fibras pós-ganglionares, pois é uma inervação 
autônoma (na inervação autônoma sempre tem 
neurônio pré e neurônio pós), seguem o caminho 
pelo auriculotemporal que faz um trajeto por 
dentro da parótida e na hora que ele está 
passando por dentro da parótida esses 
estímulos parassimpáticos vão para a glândula 
estimular ela a produzir e secretar saliva 
 
 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
9 
 
NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR > SAI DO TRONCO 
ENCEFÁLICO PELO N. GLOSSOFARÍNGEO > SEGUE 
PELO NERVO TIMPÂNICO > QUE ENTRA NA 
CAVIDADE TIMPÂNICA > ATRAVESSA A CAVIDADE 
TIMPÂNICA > VAI SAIR DA CAVIDADE TIMPÂNICA 
COM O NOME DE PETROSO MENOR (EVG) > 
EMERGE DO TETO DA CAVIDADE TIMPÂNICA PELO 
HIATO DO N. PETROSO MENOR > MARGEIA O 
ASSOALHO DA FOSSA MÉDIA > FORAME OVAL > 
SAI DO CRÂNIO > GÂNGLIO ÓTICO 
(parassimpático) > FAZ SINAPSE > GLÂNDULA 
PARÓTIDA 
• A sinapse é feita de NEURÔNIO PRÉ-
GANGLIONAR com PÓS-GANGLIONAR 
NEURÔNIO PRÉ > SINAPSE > NEURÔNIO PÓS 
 
PARA QUE SERVE OS OSSÍCULOS E OS MÚSCULOS? 
• OSSÍCULOS: vibram para transmitirem essa força 
para a orelha interna. Se o tímpano não vibrar, 
não vibra os ossículos e a coisa não acontece 
• MÚSCULOS: o tensor do tímpano e o estapédio 
possuem a mesma função. São músculos para 
PROTEÇÃO, para proteger nossa orelha interna 
• Como os ossículos retransmitem exatamente na 
mesma intensidade as ondas sonoras que eles 
recebem, isso pode colidir no tímpano de forma 
brutal. Os músculos protegem contra sons muito 
elevados 
• Quando a membrana timpânica recebe o som 
muito elevado, o tensor do tímpano e o 
estapédio já se contraem de maneira reflexa para 
impedir que essa força muito grande seja 
transmitida pela audição, eles freiam os 
ossículos da audição 
• O tensor do tímpano puxa o martelo para o 
interior da cavidade, segurando-o e travando-o, 
limitando sua movimentação 
• A mesma coisa acontece com o estribo, onde o 
estapédio segura o estribo impedindo sua 
movimentação exacerbada 
• São dois músculos que só são ativados quando 
você está em situação de sons extremamente 
elevados com uma intensidade prejudicial para 
os receptores 
NERVO FACIAL (VII) 
• Possui uma série de ramos motores para toda a 
musculatura da expressão facial 
• Maior trajeto intracraniano de todos os nervos! 
• ORIGEM APARENTE: SULCO BULBO-PONTINO 
(entre a ponte e o bulbo), mais na parte lateral 
do sulco bulbo-pontino 
• ORIGEM CRANIANA: FORAME 
ESTILOMASTÓIDEO 
A imagem abaixo mostra a origem aparente 
 
A imagem abaixo mostra a origem craniana 
 
 
• TRAJETO INTRACRANIANO 
➢ Possui o maior trajeto intracraniano 
➢ Nesse trajeto ele emite 3 ramos dentro do crânio 
➢ Sai junto com o vestibulococlear e penetram no 
poro acústico interno, e dentro do poro você vê 
uma área com 4 divisões: área facial, área 
coclear, área vestibular (superior e inferior) 
➢ O facial entra e vai seguir o CANAL DO NERVO 
FACIAL 
➢ Segue por dentro da parte petrosa do osso 
temporal 
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➢ Chega um momento que ele vai mudar de 
direção 
➢ Vem, muda de direção, passa pela parede 
labiríntica e depois desce na parede mastóidea 
em direção ao forame estilomastóideo 
➢ Essa mudança de direção chamamos de JOELHO 
DO NERVO FACIAL 
➢ Lembrar que a região do joelho chamamos de 
genicular, pois geno em latim significa joelho, e 
nessa região tem-se uma dilatação devido ao 
acúmulo de corpos de neurônios 
pseudounipolares, acúmulo de corpos de 
neurônios a gente chama de GÂNGLIO, é um 
gânglio localizado no joelho, logo chama-se 
GÂNGLIO GENICULADO 
TRAJETO DO NERVO FACIAL 
NERVO FACIAL > SULCO BULBO-PONTINO > PORO 
ACÚSTICO INTERNO > CANAL DO NERVO FACIAL 
> MUDA DE DIREÇÃO (JOELHO DO NERVO FACIAL) 
> GÂNGLIO GENICULADO > PASSA PELA PAREDE 
LABIRÍNTICA > DESCE NA PAREDE MASTÓIDEA > 
FORAME ESTILOMASTÓIDEO 
Abaixo temos uma belíssima imagem do gânglio 
geniculado 
 
• O nervo facial vai ter uma série de componentes 
funcionais, um deles vai ser o sensitivo 
• O corpo dos neurônios sensitivos está no 
gânglio geniculado 
 
 
 
• RAMOS NO CANAL DO NERVO FACIAL 
1. NERVO PETROSO MAIOR 
• Ramo do facial, emerge no hiato do nervo 
petroso maior, desce e passa no assoalho da 
fossa média do crânio, vem em direção ao 
FORAME LACERADO que dá passagem ao nervo, 
ele, então, atravessa esse forame e se encontra 
com outro nervo que está vindo da carótida 
interna trazendo fibras simpáticas, que é o 
NERVO PETROSO PROFUNDO. Petroso Maior + 
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Petroso Profundo = NERVO DO CANAL 
PTERIGÓIDEO. O nervo do canal pterigóideo 
atravessa o canal pterigóideo, chega na fossa 
pterigopalatina, FAZ SINAPSE NO GÂNGLIO 
PTERIGOPALATINO e segue um trajeto para a 
glândula lacrimal. Quem inerva a glândula 
lacrimalé o facial. Do gânglio tem-se ramos para 
o gânglio pterigopalatino do nervo maxilar, ia 
para o zigomático, ramo comunicante, nervo 
lacrimal e chegava na glândula 
• O nervo petroso maior possui dois componentes 
funcionais: 
• PARASSIMPÁTICO (EVG) 
✓ Para GLÂNDULA LACRIMAL, para GLÂNDULAS 
DA MUCOSA NASAL e para as GLÂNDULAS 
SALIVARES PALATINAS MENORES 
 
• SENSIBILIDADE (AVG) 
✓ Da mucosa do palato mole e dos cóanos 
 
• PARALISIA DO NERVO FACIAL: 
✓ Ele mostrou um vídeo de uma moça com 
paralisia facial que reclamou que o olho ficava 
seco. Por que o olho fica seco? Pois quem inerva 
a glândula lacrimal é o nervo facial, e o problema 
dela era no nervo facial antes de emergir o ramo 
petroso maior 
✓ Além disso, as pálpebras espalham a lágrima na 
superfície da córnea. Para as pálpebras se 
movimentarem precisam de músculos, e o 
músculo que movimenta a pálpebra é o 
ORBICULAR DO OLHO, principalmente para 
fechar o olho. O orbicular do olho faz parte da 
expressão facial e se origina do 2º arco faríngeo, 
logo é inervado pelo facial. No vídeo, ela disse 
que não conseguia fechar o olho, pois o músculo 
depende da inervação que está comprometida 
✓ Logo, ela estava com dois problemas, a lágrima 
não era produzida nem espalhada, por isso ela 
estava usando um tapa olho 
2. NERVO ESTAPÉDIO 
• Seguindo o trajeto dentro do canal do nervo 
facial, lembrar que o canal do facial passava 
imediatamente atrás da eminência piramidal, e 
dentro dela tem o músculo estapédio 
• RAMO MOTOR (EVE) 
✓ Inerva o músculo estapédio que serve de 
proteção e segura o estribo 
✓ É EFERÊNCIA VISCERAL ESPECIAL pois é 
originado do 2º Arco Faríngeo 
✓ QUEM INERVA O ESTAPÉDIO É O FACIAL 
✓ Se o nervo for comprometido o músculo não 
funciona, então se o músculo não se contrai, o 
estapédio perde a proteção, e ao invés dele 
segurar e bater devagarzinho para proteger a 
orelha interna, ele BATE COM MUITA FORÇA 
• PARALISIA DO NERVO FACIAL 
✓ No vídeo, a moça disse que ás vezes ouvia um 
barulhinho que me incomoda muito, parece um 
barulhão, tanto que ela estava tendo que usar 
um protetor auricular, pois a proteção natural 
dela está comprometida, ELE DISSE QUE NA 
PROVA A GENTE VAI DESCOBRIR O NOME 
DISSO, OU SEJA, [VAI CAIR, KIRIDO!] 
✓ ATENÇÃO SEMPRE CAI UMA QUESTÃO DE 
PARALISIA DO NERVO FACIAL NA PROVA, 
ENTÃO, REVEJA O VÍDEO E FOQUE NISSO 
 
3. NERVO CORDA DO TÍMPANO 
• Seguindo o seu trajeto, quase no forame 
estilomastóideo, ela dá o seu 3º ramo dentro do 
canal do nervo facial que é o ramo do nervo 
facial chamado corda do tímpano 
• Emerge da parede posterior 
• Atravessa a cavidade timpânica 
• Dá um salve para todo mundo 
• Passa atrás do colo do martelo 
• E sai da cavidade timpânica pela FISSURA 
PETROTIMPÂNICA 
• Emerge na FOSSA INFRATEMPORAL, onde se 
encontra com o NERVO LINGUAL 
• CORDA DO TÍMPANO + NERVO LINGUAL e 
segue o trajeto do nervo lingual 
• PARASSIMPÁTICO (EVG) 
✓ Para a GLÂNDULA SUBMANDIBULAR e 
GLÂNDULA SUBLINGUAL 
✓ Fibras parassimpáticas vão ter que fazer sinapse 
em algum gânglio, que nesse caso é o GÂNGLIO 
SUBMANDIBULAR 
• SENSITIVO ESPECIAL (AVE) 
✓ Gustação dos 2\3 anteriores da língua 
✓ Fibras sensitivas, neurônio pseudounipolar 
FACIAL > CORDA DO TÍMPANO > ATRAVESSA A 
CAVIDADE TIMPÂNICA > SE JUNTA COM O NERVO 
LINGUAL > SEGUE O TRAJETO DO NERVO LINGUAL 
> QUE VAI PARA A LÍNGUA TRAZER A 
SENSIBILIDADE GERAL DA LÍNGUA > FIBRAS 
PARASSIMPÁTICAS FAZEM SINAPSE NO GÂNGLIO 
SUBMANDIBULAR > FIBRAS PÓS-GANGLIONARES 
VÃO PARA AS GLÂNDULAS SALIVARES 
(SUBMANDIBULAR E SUBLINGUAL) 
OBS.: Na cabeça temos quatro GÂNGLIOS 
PARASSIMPÁTICOS: 
1) GÂNGLIO ÓTICO 
2) GÂNGLIO PTERIGOPALATINO 
3) GÂNGLIO SUBMANDIBULAR 
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4) GÂNGLIO CILIAR 
Emergiu no forame estilomastóideo, o nervo facial 
começa a dar ramos motor para toda a musculatura 
que se origina do 2º Arco Faríngeo 
1. RAMO AURICULAR POSTERIOR 
• Acompanha a artéria auricular posterior 
• MOTOR (EVE) 
✓ Se destina para o ventre occipital do 
occipitofrontal 
✓ E para alguma coisa dos músculos auriculares 
post. e sup. que não servem para nada 
✓ Vai contrair essa musculatura 
• SENSITIVO SOMÁTICO (ASG) 
✓ É através dele que chega ao raminho sensitivo 
para a pele da concha 
 
2. RAMO PARA O M. DIGÁSTRICO 
• Para o ventre posterior do digástrico 
 
3. RAMO PARA O M. ESTILO-HIÓIDEO 
Depois, o nervo facial PENETRA NA PARÓTIDA e fica 
MERGULHADO NO PARÊNQUIMA (tecido) DA 
GLÂNDULA (junto com artéria carótida externa e veia 
retromandibular) e se divide em 2 TRONCOS: 
TRONCO SUPERIOR (TEMPOROFACIAL 
TRONCO INFERIOR (CERVICOFACIAL) 
Desses dois troncos partem os ramos terminais do 
nervo facial que fazem uma série de anastomoses 
dentro da própria glândula chamado de PLEXO 
INTRAPAROTÍDEO. Só vemos emergindo da glândula 
seus 5 RAMOS TERMINAIS: 
1. RAMOS TEMPORAIS 
• Região do ptério (temporal) 
2. RAMOS ZIGOMÁTICOS 
• Região zigomática 
3. RAMOS BUCAIS 
• Região da bochecha 
4. RAMO MARGINAL DA MANDÍBULA 
• Na margem da mandíbula 
5. RAMO CERVICAL 
• Vem para o único músculo do pescoço que se 
origina do 2º Arco Faríngeo que é PLATISMA 
Todos esses ramos terminais são ramos motores 
para toda a musculatura da hemiface, pois temos 
pares de nervos, que é o que aconteceu com a moça 
do vídeo. 
 
PARALISIA DO NERVO FACIAL 
✓ Ele mostrou um vídeo de uma moça com 
paralisia facial que reclamou que o olho ficava 
seco. Por que o olho fica seco? Pois quem inerva 
a glândula lacrimal é o nervo facial, e o problema 
dela era no nervo facial antes de emergir o ramo 
petroso maior 
✓ Além disso, as pálpebras espalham a lágrima na 
superfície da córnea. Para as pálpebras se 
movimentarem precisam de músculos, e o 
músculo que movimenta a pálpebra é o 
ORBICULAR DO OLHO, principalmente para 
fechar o olho. O orbicular do olho faz parte da 
expressão facial e se origina do 2º arco faríngeo, 
logo é inervado pelo facial. No vídeo, ela disse 
que não conseguia fechar o olho, pois o músculo 
depende da inervação que está comprometida 
✓ Logo, ela estava com dois problemas, a lágrima 
não era produzida nem espalhada, por isso ela 
estava usando um tapa olho 
✓ No vídeo, a moça disse que ás vezes ouvia um 
barulhinho que me incomoda muito, parece um 
barulhão, tanto que ela estava tendo que usar 
um protetor auricular, pois a proteção natural 
dela está comprometida, ELE DISSE QUE NA 
PROVA A GENTE VAI DESCOBRIR O NOME 
DISSO, OU SEJA, [VAI CAIR, KIRIDO!] 
✓ ATENÇÃO SEMPRE CAI UMA QUESTÃO DE 
PARALISIA DO NERVO FACIAL NA PROVA, 
ENTÃO, REVEJA O VÍDEO E FOQUE NISSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
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EXERCÍCIOS 
1. Paciente chega para você com 
LACRIMEJAMENTO REDUZIDO, não está 
produzindo lágrima e o olho está seco 
❖ Lesão: PETROSO MAIOR 
 
2. Paciente com SENSIBILIDADE EXAGERADA e 
DOLOROSA A SONS, qualquer barulhinho me 
incomoda muito 
❖ Lesão: ESTAPÉDIO 
 
3. Paciente chega reclamando que PERDEU A 
GUSTAÇÃO NOS DOIS TERÇOS ANTERIORES DA 
LÍNGUA 
❖ Lesão: CORDA DO TÍMPANO 
 
4. Além de ter perdido a gustação, o paciente 
também reclama de BOCA SECA DE UM LADO E 
SALIVAÇÃO REDUZIDA ABAIXO DA LÍNGUA 
(porque a parótida é outra inervação) 
❖ Lesão: CORDA DO TÍMPANO, pois tem esses 
dois componentes funcionais, ele é 
importante 
 
5. Paciente abre a boca, DESVIO DA MANDÍBULA 
PARA O LADO SADIO DURANTE A ABERTURA 
MÁXIMA DA BOCA 
❖ Lesão: RAMO DIGÁSTRICO 
❖ Deixa de ter a inervação de um lado 
❖ Desloca para o lado sadio pois o outro lado 
está funcionando, então ele vai contrair de 
um lado e a mandíbula vai tracionar para o 
lado que está bom, para o que está flácido 
ela não vai puxar 
 
6. Paciente SEM EXPRESSÃO FACIAL, PARALISIA 
DA MUSCULATURA FACIAL 
❖ Lesão: PLEXO INFRAPAROTIDEO OU OS 
SEUS RAMOS 
RESUMINDO• LACRIMEJAMENTO REDUZIDO > PETROSO 
MAIOR 
 
• SENSIBILIDADE EXAGERADA E DOLOROSA A 
SONS > ESTAPÉDIO 
 
 
• PERDEU A GUSTAÇÃO NOS DOIS TERÇOS 
ANTERIORES DA LÍNGUA > CORDA DO 
TÍMPANO 
• BOCA SECA DE UM LADO E SALIVAÇÃO 
REDUZIDA ABAIXO DA LÍNGUA > CORDA DO 
TÍMPANO 
 
• DESVIO DA MANDÍBULA PARA O LADO SADIO 
DURANTE A ABERTURA MÁXIMA DA BOCA > 
RAMO DIGÁSTRICO 
 
 
• PARALISIA DA MUSCULATURA FACIAL > PLEXO 
INFRAPAROTÍDEO OU OS SEUS RAMOS