Buscar

Aula 5 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PORTADORES DE DISTÚRBIOS CUTÂNEOS

Prévia do material em texto

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS 
PORTADORES DE DISTÚRBIOS 
CUTÂNEOS
Sistematização do Cuidar II
Profª: Giselle Cristina
INTRODUÇÃO:
 O QUE É UMA FERIDA?
Ferida é uma interrupção na continuidade
de um tecido corpóreo. Tal interrupção pode ser
provocada por algum trauma, ou ainda ser
desencadeada por uma afecção que acione as
defesas do organismo.
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS:
As feridas podem ser classificadas em:
 Quanto à causa:
 Intencional ou cirúrgica: É programada e em condições
assépticas.
 Acidental ou traumática: Imprevista.
 Tempo de reparação tissular:
 Aguda: Quando há ruptura da vascularização com
desencadeamento imediato do processo de hemostasia.
 Crônica: Não cicatrizam através de métodos convencionais
ou são aqueles tipos de feridas que se desenvolveram ao
longo do tempo. Essas feridas são comuns entre pessoas
idosas ou populações com algum tipo de deficiência.
TIPOS DE FERIDAS DE ACORDO COM O AGENTE 
CAUSAL:
• cortantes
• Corto-contusas
TIPOS DE FERIDAS DE ACORDO COM O AGENTE 
CAUSAL:
• Perfurantes
• Pérfuro - contusas
TIPOS DE FERIDAS DE ACORDO COM O AGENTE 
CAUSAL:
• laceração
TIPOS DE FERIDAS DE ACORDO COM O AGENTE 
CAUSAL:
• escoriação
TIPOS DE FERIDAS DE ACORDO COM O AGENTE 
CAUSAL:
• hematoma • equimose
TIPOS DE FERIDAS DE ACORDO COM O AGENTE 
CAUSAL:
• Ferida cirúrgica
• Ferida crônica
 Quanto ao conteúdo microbiano:
 Limpa: Condições assépticas e isenta de microorganismos.
 Limpa contaminada: Ferida feita sob condições
assépticas envolvendo cavidades corpórea
que normalmente abriga microorganismos ou com tempo
inferior à 6 horas entre o trauma e o atendimento sem
contaminação significativa.
 Contaminada: lesão com tempo superior a 6 horas entre o
trauma e o atendimento e com presença de
contaminantes, mas sem processo infeccioso local. Ocorre
durante procedimentos cirúrgicos sob condições nas quais
há provável presença de microorganismo.
 Infectada: Presença de agente infeccioso local e intensa
reação inflamatória e destruição de tecidos.
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS:
 Quanto a profundidade dos planos atingidos:
 Superficial: Atinge apenas a epiderme.
Ex: flictena
 Perda parcial: Atinge a derme. Ex: UPP estágio II.
 Perda total: atinge as camadas mais profundas
como tecido subcutâneo, músculos e ossos.
EX: UPP estágios II e IV.
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS:
Mecanismo de cascata, complexo uma
vez que exige do organismo a ativação,
produção e inibição de um grande
número de componentes celulares e
moleculares que irão participar e efetivar
o processo de cicatrização.
CICATRIZAÇÃO:
 1° fase – Inflamatória ou exsudativa:
A resposta inflamatória é uma reação natural
de qualquer trauma. A inflamação é um pré-
requisito do processo de cicatrização, sendo uma
resposta vascular e celular que elimina bactérias,
corpos estranhos e tecido morto.
Duração: de 24 a 48 horas
Sinais clínicos: calor, rubor, hiperemia, edema e dor.
FASES DO PROCESSO DE REPARAÇÃO:
HEMOSTASIA
VASODILATAÇÃO DOS VASOS ÍNTEGROS
ATRAÇÃO DAS CÉLULAS DE DEFESA
LIMPEZA
ATIVAÇÃO DO PROCESSO CICATRICIAL 
SUBSEQUENTE;
FASES DO PROCESSO DE REPARAÇÃO:
 2ª fase – Fibroblástica, granulação e proliferação:
Acontece depois da limpeza da área 
lesionada.
Duração: 2 semanas
Fases:
ANGIOGÊNESE SÍNTESE DE COLÁGENO
EPITELIZAÇÃO E CONTRAÇÃO DA FERIDA.
FASES DO PROCESSO DE REPARAÇÃO:
 3ª fase – Maturação, reparadora ou
remodeladora:
Ocorre depósito de colágeno, que aumenta a força
tensil da ferida, diminuição da capilarização e a
cicatriz empalidece.
Duração: De 3 semanas a anos
FASES DO PROCESSO DE REPARAÇÃO:
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO:
 Por 1ª intenção:
Ocorre por instrumentos cortantes e tem o
mínimo de perda tecidual. Ex: feridas cirúrgicas
 Por 2ª intenção:
Ocorre quando tem perda acentuada de tecido
(não tem como aproximar as bordas). Ex: feridas
crônicas
 Por 3ªintenção ou primária retardada:
Livre de infecção. Em caso de deiscência,
reesutura ou enxertia. Ocorre o fechamento dos
bordos por sutura após a ferida estar granulada.
 Sistêmicos:
• Condições nutricionais
•Oxigenação e perfusão tissular
•Diabetes Melitus (DM)
•Idade
•Imunossupressão
•Drogas Sistêmicas
FATORES ADVERSOS A CICATRIZAÇÃO DA PELE :
 Fatores Locais
• Infecção
•Tecido desvitalizado (necrose)
•Ambiente seco
•Uso de anti-sépticos
•Maceração
•Pressão, fricção
•Corpos estranhos
•Hematoma, edema, tensão na linha de sutura
•Tamanho da lesão
•Local da úlcera
FATORES ADVERSOS A CICATRIZAÇÃO DA PELE :
SÓ PARA RELAXAR!!!!
LESÃO POR PRESSÃO:
Lesão por pressão é um dano localizado na pele
e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre
uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de
dispositivo médico ou a outro artefato. A lesão pode
se apresentar em pele íntegra ou como úlcera
aberta e pode ser dolorosa (NPUAP; 2016).
LESÃO POR PRESSÃO:
A lesão ocorre como resultado da pressão
intensa e/ou prolongada em combinação com o
cisalhamento. A tolerância do tecido mole à
pressão e ao cisalhamento pode também ser
afetada pelo microclima, nutrição, perfusão,
comorbidades e pela sua condição.
 IMPORTÂNCIA:
 Dor
 Sofrimento
 Alto custo
 Stress Psicossocial
 Frustração
LESÃO POR PRESSÃO:
LESÃO POR PRESSÃO:
ETIOPATOGENIA
FATORES EXTERNOS FATORES INTERNOS
LESÃO POR PRESSÃO:
 Fatores Internos:
Relacionados com as
condições do paciente:
 Condições Nutricionais;
 Nível de Consciência;
 Idade;
 Incontinência urinária e/ou
fecal;
 Mobilidade reduzida ou ausente;
 Peso corporal;
 Doenças crônicas
 Medicamentos;
 Fatores Externos:
 Cisalhamento;
 Pressão;
 Fricção;
 Uso de adesivos;
LESÃO POR PRESSÃO:
 Pressão:
 Intensidade da pressão;
 Duração da pressão;
 Tolerância do tecido à 
 pressão;
 Decúbito dorsal:
 Decúbito Ventral:
PONTOS PREDISPONENTES PARA LESÃO POR 
PRESSÃO:
LESÃO POR PRESSÃO:
 Decúbito Lateral:
 Sentado:
LESÃO POR PRESSÃO:
 Cisalhamento:
“Paciente desliza na cama”
Ação da gravidade e da
fricção. Paciente é mantido
em posição sentada no
leito e o dorso escorrega
para baixo, porém a pele
sobre a região sacra
permanece estática devido
a fricção no leito.
LESÃO POR PRESSÃO:
 Fricção:
“Arrastar o paciente na
cama”
Duas superfícies são
esfregadas uma a outra.
Causa lesões na
epiderme e derme.
Sensação de ardência.
O que devemos procurar?
 ERITEMA:
Vermelhidão não especifica da pele, que pode estar
associada com celulite, infecção, pressão prolongada ou
hiperemia reativa.
 HIPEREMIA REATIVA A DIGITO PRESSÃO:
Eritema local ocasionado por hiperemia reativa, onde
aplica-se a pressão digital e observa-se área
esbranquiçada, microcirculação intacta.
LESÃO POR PRESSÃO:
 HIPEREMIA NÃO REATIVA A DIGITO PRESSÃO:
Eritema local, onde aplica-se digito pressão e não
corre alteração da coloração da pele, indicando
dano a microcirculação local, geralmente associado
a edema e endurecimento local.
LESÃO POR PRESSÃO:
 Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com
eritema que não embranquece
Pele íntegra com área localizada de eritema que
não embranquece e que pode parecer diferente
em pele de cor escura. Presença de eritema que
embranquece ou mudanças na sensibilidade,
temperatura ou consistência (endurecimento)
podem preceder as mudanças visuais.
ESTADIAMENTO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
 Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da pele em
sua espessura parcial com exposição da derme
Perda da pele em sua espessura parcial com
exposição da derme. O leito da ferida é viável, de
coloração rosa ou vermelha, úmido e pode
também apresentar-se como uma bolha intacta
ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos
não são visíveis. Tecido de granulação, esfacelo e
escara não estão presentes. Essas lesões
geralmente resultam de microclima inadequado
e cisalhamento da pele na região da pélvis e no
calcâneo.
ESTADIAMENTO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
 Lesão por Pressão Estágio 3: Perda dapele em
sua espessura total
Perda da pele em sua espessura total na qual a
gordura é visível e, frequentemente, tecido de
granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas)
estão presentes. Esfacelo e /ou escara pode estar
visível. Não há exposição de fáscia, músculo,
tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso. Quando o
esfacelo ou escara prejudica a identificação da
extensão da perda tissular, deve-se classificá-la
como Lesão por Pressão Não Classificável.
ESTADIAMENTO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO:
 Lesão por pressão Estágio 4: Perda da pele em
sua espessura total e perda tissular
Perda da pele em sua espessura total e perda
tissular com exposição ou palpação direta da fáscia,
músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso.
Esfacelo e /ou escara pode estar visível. Epíbole
(lesão com bordas enroladas), descolamento e/ou
túneis ocorrem frequentemente. Quando o esfacelo
ou escara prejudica a identificação da extensão da
perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão por
Pressão Não Classificável.
ESTADIAMENTO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO:
 Lesão por Pressão Não Classificável: Perda da
pele em sua espessura total e perda tissular
não visível.
Perda da pele em sua espessura total e perda
tissular na qual a extensão do dano não pode ser
confirmada porque está encoberta pelo esfacelo
ou escara. Ao ser removido (esfacelo ou escara),
Lesão por Pressão em Estágio 3 ou Estágio 4
ficará aparente. Escara estável (isto é, seca,
aderente, sem eritema ou flutuação) em membro
isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida.
ESTADIAMENTO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
ESTADIAMENTO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
 Lesão por Pressão Tissular Profunda:
descoloração vermelho escura, marrom
ou púrpura, persistente e que não
embranquece.
Pele intacta ou não, com área localizada e
persistente de descoloração vermelha escura,
marrom ou púrpura que não embranquece ou
separação epidérmica que mostra lesão com
leito escurecido ou bolha com exsudato
sanguinolento. Dor e mudança na temperatura
frequentemente precedem as alterações de
coloração da pele.
VAMOS TESTAR?!?
ESTADIAMENTO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
E ai?
• Lesão por Pressão Relacionada a
Dispositivo Médico
Essa terminologia descreve a etiologia da
lesão. A Lesão por Pressão Relacionada a
Dispositivo Médico resulta do uso de
dispositivos criados e aplicados para fins
diagnósticos e lesão por Pressão
Relacionada a dispositivo Médico
terapêuticos. A lesão por pressão resultante
geralmente apresenta o padrão ou forma do
dispositivo.
LESÃO POR PRESSÃO:
LESÃO POR PRESSÃO:
OUTRAS LESÕES:
 ÚLCERA VENOSA:
Perda da epiderme, derme e hipoderme, ocorre
sobre ou próximo ao maléolo em extremidades
inferiores, causada por edema ou dificuldade de
retorno venoso.
 ÚLCERA ARTERIAL:
Causada por redução do fluxo sanguíneo, relaciona-
se com a presença de doenças arteriais obstrutivas,
incluindo dor e perda do tecido.
 ÚLCERA DIABÉTICA:
Causada por trauma ou pressão secundária a
neuropatia ou doença vascular relacionada a DM.
OUTRAS LESÕES:
Úlceras Venosas X Úlceras Arterial:
DERMATITE PERINEAL:
Irritação da pele, em geral, causada 
por incontinência urinária e fecal.
Locais: Períneo, glúteo, perianal, face interna da 
coxa
SKIN TEARS:
É a separação da epiderme e/ou da derme. É
uma ferida traumática, comum nas extremidades
dos idosos, devido fricção ou cisalhamento.
Pode levar a perda parcial ou total da pele.
AVALIAÇÃO DAS ÚLCERAS:
 História do doente
 Exame físico
 Avaliação psicossocial
 Autocuidado
 Localização
 Tempo de existência
 Estado da pele adjacente
 Características do exsudato
Avaliação Integral e criteriosa do doente, levando em
consideração os aspectos biopsicossociais.
AVALIAÇÃO DAS ÚLCERAS:
 Estadiar a lesão (se úlcera por pressão);
 Verificar a etiologia;
 Registrar a localização;
 Avaliar a necessidade de desbridamento;
 Avaliar a presença de infecção;
 Aparência da úlcera:
 Mensurar (tamanho/profundidade);
 Fotografar;
 Acompanhar o processo;
 Evoluir adequadamente de forma clara e precisa.
1X por semana
AVALIAÇÃO DAS ÚLCERAS:
TERAPIA TÓPICA DAS FERIDAS:
TERAPIA TÓPICA DAS FERIDAS:
 PONTOS IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS
NA REALIZAÇÃO DOS CURATIVOS:
Em relação ao ambiente:
• Respeitar a privacidade do doente.
• Manter o local com boa iluminação e condições
adequadas de higiene.
• Manter a área física livre de circulação de
pessoas, durante o curativo.
•Desligar ventiladores
• Oferecer condições para lavagem das mãos.
• Ser confortável para o doente e o profissional.
TERAPIA TÓPICA DAS FERIDAS:
Em relação ao material:
• Providenciar e utilizar o material necessário;
•Desprezar o material descartável utilizado no lixo,
•Providenciar a desinfecção e a esterilização do
material não descartável;
•Providenciar limpeza das salas, móveis e
utensílios, de acordo com as medidas de bio-
segurança.
PLANEJAMENTO
TERAPIA TÓPICA DAS FERIDAS:
Em relação à execução do procedimento:
• Promover o conforto do paciente.
•Avaliar necessidade de analgesia.
• Explicar o procedimento a ser realizado.
•Em ambiente hospitalar a técnica deverá sempre
ser asséptica.
•Após o procedimento evoluir no prontuário.
TERAPIA TÓPICA DAS FERIDAS:
 TÉCNICAS DE CURATIVOS:
A recomendação atual, para realização do
curativo consiste em manter a ferida limpa, úmida e
coberta.
 OBJETIVOS:
•Remover tecidos necróticos e corpos estranhos do
leito da ferida,
•Identificar e eliminar processos infecciosos,
•Absorver o excesso de exsudato,
•Manter o leito da ferida úmido,
•Promover isolamento térmico
•Proteger a ferida de traumas e invasão bacteriana.
TÉCNICA DE REALIZAÇÃO 
DOS CURATIVOS:
PRINCÍPIOS NA REALIZAÇÃO DO 
PROCEDIMENTO:
•Lavar as mãos antes e após o procedimento.
•Utilizar equipamentos de bioproteção;
•Não falar e não tossir sobre a ferida e ao manusear
material estéril;
•Reunir o material e levá-lo próximo ao leito do
paciente.
•Limpar o carrinho de curativos antes e após com
álcool à 70%.
•Comunicar o que vai ser realizado, explicando o
procedimento e as características do curativo a ser
realizado.
•Colocar o paciente em posição que evite desconforto
e exposição excessiva.
• Utilizar luvas não estéril para a retirada do curativo,
• Se as gazes estiverem aderidas na ferida, umedecê-
las antes de retirá-las;
• Utilizar luvas estéril para realizar o procedimento.
• Secar sempre as bordas da ferida, a fim de evitar
maceração.
• Utilizar curativos que mantenham os princípios de
um ambiente favorável à cicatrização.
• Ocluir com adesivos hipoalergênicos.
• Observar as reações do cliente, especialmente
reações alérgicas.
• Registrar o procedimento.
PRINCÍPIOS NA REALIZAÇÃO DO 
PROCEDIMENTO:
 LEMBRETES:
 Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos
contaminada;
 Nunca abrir e trocar curativo de ferida limpa ao
mesmo tempo em que troca de ferida
contaminada;
 Quando uma mesma pessoa for trocar vários
curativos no mesmo paciente, deve iniciar pelos
de incisão limpa e fechada, seguindo-se de ferida
aberta não infectada, drenos e por último as
colostomias e fístulas em geral;
PRINCÍPIOS NA REALIZAÇÃO DO 
PROCEDIMENTO:
PRINCÍPIOS NA REALIZAÇÃO DO 
PROCEDIMENTO:
 LIMPEZA:
A técnica de limpeza ideal para a ferida é
aquela que respeita o tecido de granulação,
preserva o potencial de recuperação, minimiza o
risco de trauma e/ou infecção. A melhor técnica de
limpeza do leito da ferida é a irrigação com jatos de
soro fisiológico a 0,9% morno.
PRINCÍPIOS NA REALIZAÇÃO DO 
PROCEDIMENTO:
 DESBRIDAMENTO:
O desbridamento é a remoção de tecidos mortos,
particulados ou corpos estranhos. Garantindo, a diminuição
da colonização de microorganismos no leito da ferida. Pode
ser realizado cirurgicamente ou com utilização de
instrumental o que garante um procedimento rápido
invadindo minimamente os tecidos vivos.
 Tipos:
Instrumental (conservador e cirúrgico):
Remoção do tecidomorto, sem o risco de dor ou
sangramento sendo realizado por enfermeiro especialista ou
médico.
Desbridamento mecânico: utiliza-se a força física por técnicas
de fricção e irrigação sob pressão, pode ser realizado pelo
enfermeiro a cada curativo.
Desbridamento autolítico: processo seletivo de remoção da
necrose (preserva o tecido vivo) pela ação dos neutrófilos,
eosinófilos e basófilos; e das enzimas digestivas do próprio
organismo do paciente. É promovido pelo uso de produtos
que garantam a umidade adequada na ferida.
Desbridamento químico: processo seletivo de remoção da
necrose (preserva o tecido vivo) por ação enzimática.
Atualmente utilizamos a papaína em solução ou gel, no
mínimo a uma concentração de 2%.
PRINCÍPIOS NA REALIZAÇÃO DO 
PROCEDIMENTO:
COBERTURAS:
 FINALIDADES:
 Promover e manter o meio úmido para a
cicatrização;
 Permitir trocas gasosas de oxigênio;
 Fornecer isolamento térmico;
 Ser impermeável;
 Estar isento de partículas contaminantes;
 Remover o excesso de exsudato;
 Permitir a retirada de curativos sem traumas;
 Ser seguro para uso.
COBERTURAS:
 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE COBERTURAS:
 Avaliar condições gerais do cliente;
 Considerar as características da lesão;
 Necessidades e prioridades para a lesão?
 Fatores socioeconômicos e culturais do cliente;
 Disponibilidade do produto;
 Utilização viável na lesão?
 Custo x Benefício?
 SOLUÇÕES:
 Solução Fisiológica 0,9%;
 PVP-I (polivinilpirrolidona iodo a 10%)
 Clorexidina a 2% ou 4%
COBERTURAS:
COBERTURAS:
 HIDROCOLÓIDES:
 Composição: curativo sintético derivado da celulose natural,
externamente composto de poliuretano.
 Mecanismo de ação: expansão das partículas de celulose ao
absorver líquidos, criando um ambiente úmido, favorecendo
desbridamento autolítico, crescimento de novos vasos, tecido de
granulação, protege as células de traumas, da contaminação
bacteriana, e mantém isolamento térmico.
 Indicação:
Tratamento de feridas limpas, com média e pequena quantidade de
exsudato;
Prevenção de LPP em áreas de atrito;
 CONTRA-INDICAÇÃO:
 Feridas colonizadas ou infectadas;
 Feridas com necrose de coagulação;
 MODO DE USAR:
 Limpar a lesão com SF 0,9%
 Secar a área ao redor;
 Colocar o hidrocolóide posicionado de forma que ultrapasse a
borda da ferida, além de 2cm.
 FREQUÊNCIA DA TROCA:
 Saturação;
 Aspecto de bolha interna;
Nome Comercial: Tegasorb, Duoderm, Camfeel
COBERTURAS:
COBERTURAS:
HIDROPOLÍMEROS:
São almofadas geralmente compostas por três
camadas sobrepostas, sendo uma central de
hidropolímero, que se expande delicadamente à
medida que absorve o exsudato.
É indicado para;
 Feridas exsudativas (c/ drenos);
 Feridas superficiais;
COBERTURAS:
COBERTURAS:
 FILME TRANSPARENTE:
Composição: membrana de poliuretano, coberto com adesivo
hipoalergênico. São coberturas finas, transparentes, semipermeáveis e não
absorventes.
 Indicações:
 Pode ser usado em úlceras de pressão estágio 1 e 2;
 Lacerações de feridas superficiais, ou para cobrir ferimentos suturados;
 Para proteger o cateter sites e sites de dador
 Pode ser usado para proteger contra a fricção
 Contra-indicações:
 Deve ser aplicado a pele saúdavel, e não em pele envelhecida ou frágeis;
 Não usar em feridas exsudativas;
 Não use para feridas infectadas;
 Desvantagens:
 Maceração da pele ao redor da ferida;
 Ao remover o curativo, o cuidado deve ser tomado para
garantir que você não rasgue ou danifique a pele. Para
remover, levante o canto do curativo e puxe o filme para
fora, em direção as bordas da ferida para quebrar a
barreira. É importante apoiar a pele ao redor durante a
remoção do curativo.
COBERTURAS:
 ALGINATO DE CÁLCIO:
 Composição: um polissacarídeo composto de
cálcio. Realiza a hemostasia, a absorção de
líquidos, a imobilização e retenção das bactérias
na trama das fibras.
 Mecanismo de ação: este tipo de curativo tem
propriedade desbridante, hemostática e
absorvente.
 Indicação: pode ser usado em úlceras infectadas
e exsudativas com cavidades ou fístulas.
COBERTURAS:
COBERTURAS:
COBERTURAS:
 CARVÃO ATIVADO:
 Composição: cobertura composta de uma
almofada contendo um tecido de carvão ativado
cuja superfície é impregnada com prata.
 Mecanismo de ação: alto grau de absorção e
eliminação de odor das úlceras. A prata exerce
função bactericida, pode permanecer de 3 a 7
dias, quando a úlcera não estiver mais infectada.
No início, a troca deverá ser a cada 24 ou 48
horas.
COBERTURAS:
 SULFADIAZINA DE PRATA:
 Composição: Sulfadiazina de prata a 1%,hidrofílico.
 Mecanismos de ação: íon prata causa precipitação de
proteínas e age diretamente na membrana
citoplasmática da célula bacteriana, tem ação
bacteriostática residual.
COBERTURAS:
 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGE):
 Composição: óleos vegetais polissaturados, composto de
ácidos graxos essenciais que não são produzidos pelo
organismo, como: ácido linoléico, ácido caprílico, ácido
cáprico, vitamina A, E, e a lecitina de soja.
 Mecanismo de ação: promovem quimiotaxia (atração de
leucócitos) e angiogênese (formação de novos vasos
sanguíneos), mantêm o meio úmido e aceleram o
processo de granulação tecidual.
COBERTURAS:
 PAPAÍNA:
 Composição: enzima proteolítica retirada do látex do
vegetal mamão papaia. Pode ser utilizada em forma
de pó ou em forma de gel.
 Mecanismo de ação: provoca dissociação das
moléculas de proteínas, resultando em
desbridamento químico. Tem ação bactericida e
bacteriostática, estimula a força tênsil da cicatriz e
acelera a cicatrização.
Concentrações: 10% - desbridamento
4a 6%-Presença de exsudato purulento
2% -Tecido de granulação
 COLAGENASE:
É uma das enzimas utilizadas no desbridamento
químico. Ela decompõe as fibras de colágeno natural que
constituem o fundo da lesão, por meio das quais os detritos
permanecem aderidos aos tecidos. Demonstra uma ação
excitadora para o tecido de granulação, com aceleração do
seu crescimento e enchimento do vazio da lesão, bem
como sua epitelização.
COBERTURAS:
COBERTURAS:
 HIDROGEL:
 Composição:
É um gel transparente, formado por polímeros e
copolímeros hidrofílicos compostos de água (78 a
96%), uretanos, polivinilpirrolidona (PVP) e
polietilenoglicol.
Está disponível em forma de placa e gel.
 Mecanismo de ação:
Favorece a autólise e hidrata tecidos desvitalizados,
facilitando sua remoção. Em feridas livres de tecidos
desvitalizados, propicia o meio ideal para a reparação
tecidual. Reduz a dor, dando uma sensação
refrescante.
COBERTURAS:
PREVENÇÃO DAS LESÕES 
POR PRESSÃO:
Avaliar os fatores de risco e identificar pacientes 
suscetíveis e traçar medidas de prevenção.
PREVENÇAO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO:
 Avaliação clínica global (estado nutricional, distúrbios
hemodinâmicos, edema, hipóxia);
 Corrigir distúrbios nutricionais com suplementos, terapia
nutricional enteral ou parenteral.
 Corrigir distúrbios hemodinâmicos;
 Manter e melhorar a tolerância tecidual a pressão para
evitar dano;
 Proteger proeminências ósseas;
 Melhorar estado de hidratação;
 Corrigir excesso de umidade (incontinência,sudorese);
 Manter mobilização:
 Estimular mobilização ativa;
 Promover medidas de reabilitação;
 Mobilização passiva no leito pelo menos a cada 2
horas;
 Proteger contra forças mecânicas externas:
 Descomprimir;
 Utilizar dispositivos de transferência;
 Manter roupas de cama esticadas;
 Colchão redutor de pressão;
 Desenvolver programas educacionais para
profissionais de saúde, familiares, cuidadores e
pacientes;
PREVENÇAO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO:
AVALIAR FATORES DE RISCO:
•Escala de Braden
• Escala de Norton
•Escala de Gosnell
•Escala de Waterlow
PREVENÇAO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO:
PREVENÇAO DAS LESÕES POR PRESSÃO:
RELÓGIO PARA A MUDANÇA DE DECÚBITO
TODO CURATIVO É FEITO COM AMOR!!!

Continue navegando