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METODOLOGIA DO 
BASQUETEBOL
Mariluce Ferreira Romão
Organização, controle e 
avaliação de equipes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Planejar atividades que favoreçam a assimilação dos elementos fun-
damentais do jogo, incluindo as normas da modalidade.
 � Reconhecer como são feitos o desenvolvimento e a organização das 
equipes de basquete.
 � Relacionar os fatores condicionantes ao desempenho esportivo das 
equipes no contexto específico da modalidade.
Introdução
O basquete é uma modalidade esportiva de cooperação e oposição 
que envolve duas equipes, entre ataque e defesa, ocupando um espaço 
comum. Trata-se de um jogo que ocasiona contato direto entre os alunos/
jogadores e requer habilidades específicas para a execução dos funda-
mentos, reunindo ações combinadas e em sequência lógica e objetiva 
(FERREIRA; ROSE JR., 2010).
Para ensinar basquete, o professor/técnico deve ter domínio das suas 
regras, técnicas e estratégias, que é condição para um planejamento 
adequado e eficiente de aulas e treinamentos.
Neste capítulo, você planejará atividades que favoreçam a assimilação 
dos elementos fundamentais do jogo, incluindo suas normas, além de 
reconhecer como são feitos o desenvolvimento e a organização das equi-
pes de basquete e, ao final, relacionar os fatores condicionantes ao de-
sempenho esportivo das equipes no contexto específico da modalidade.
Planejamento de atividades no basquete 
Considerando diferentes níveis de alunos/jogadores no basquete, serão apre-
sentados dois modelos de planejamento (FERREIRA; ROSE JR., 2010), que 
podem ser referenciais para escolinhas de basquete e times de base, com 
vistas a serem adequados conforme a realidade do espaço físico e do nível 
dos praticantes.
 � O modelo 1 demonstra uma forma geral de planejar, consolidando os 
aspectos técnicos e táticos da modalidade.
 � O modelo 2 considera treinos e aulas, detalhadamente, com atividades 
direcionadas ao nível dos praticantes.
Modelo 1
Os objetivos do primeiro modelo envolvem:
 � oportunizar meios para a formação básica do aluno/jogador de bas-
quete, com respeito ao seu nível de treinamento e às especificidades 
da instituição na qual se aplica;
 � desenvolver atividades com base em situações reais;
 � disponibilizar exemplos de aulas e treinos periodizados (mensais, se-
manais e diários).
A estrutura deste modelo é sugerida em fases, organizada da seguinte 
forma e descrita no Quadro 1.
1. Fase de aprendizagem esportiva global — de 6 a 8 anos.
2. Fase de desenvolvimento e fixação da técnica e das situações de jogo 
— de 9 a 11 anos.
3. Fase de aperfeiçoamento da técnica e tática no basquete — a partir 
de 11 anos.
“Nas duas primeiras fases, a participação de meninos e meninas numa mesma turma 
é perfeitamente possível e deve ser estimulada [...]” (FERREIRA; ROSE JR., 2010, p. 102).
Organização, controle e avaliação de equipes2
Aprendizagem 
esportiva global
 � Diversificar movimentos e materiais esportivos.
 � Andar, correr e saltar naturalmente.
 � Propor atividades com bola, sem preocupação 
com regras específicas da modalidade.
 � Incluir atividades de atletismo e/ou ginástica 
artística, por favorecerem, posteriormente, a 
execução dos fundamentos do basquete.
 � Adaptar materiais, se for o caso, e diversificar 
para promover motivação.
 � Utilizar bolas de tamanhos e consistências 
diferentes para estimular a percepção 
diferencial no quicar, rolar, conduzir, etc.
 � Trabalhar com jogos reduzidos (2 a 2, 3 a 3 
ou 4 a 4), pré-desportivos, bem como 
brincadeiras em forma de desafios (com testes, 
revezamentos).
 � Propor exercícios simples, evitando os 
realizados em coluna ou fila e com alterações 
constantes nas formações dos alunos/
jogadores.
Observação: 
 � O professor/técnico deve priorizar a 
participação geral, e não focar em correção de 
gestos.
 � As sessões devem durar em torno de 60 a 90 
minutos, de duas a três vezes por semana.
Desenvolvimento e 
fixação da técnica e 
das situações de jogo
 � Continuar com a proposta de movimentos 
básicos, introduzindo correções dos 
fundamentos, em pontos mais relevantes.
 � Utilizar exercícios combinados com situações 
simples, de duplas e trios, de ataque e defesa 
(1×1, 2×2 e 3×3).
 � Utilizar jogos pré-desportivos (mais simples), 
que sinalizem situações mais próximas do jogo.
 � Introduzir noções de defesa e ataque, em 
sessões três vezes na semana, com duração de 
90 minutos.
Quadro 1. Fases do modelo 1 de planejamento
(Continua)
3Organização, controle e avaliação de equipes
Fonte: Adaptado de Ferreira e Rose Jr. (2010).
Quadro 1. Fases do modelo 1 de planejamento
Aperfeiçoamento 
da técnica e tática 
no basquete
 � Exercitar os fundamentos especificamente, com 
maior proximidade das situações de jogo.
 � Propor exercícios mais complexos, envolvendo 
um conjunto de fundamentos.
 � Executar sistema de defesa individual e por 
zona, simultaneamente.
 � Treinar o sistema de ataque de forma simples, 
mas propondo ao aluno/jogador uma dinâmica 
de rotatividade nas posições.
Observação:
 � A frequência dos treinos deve acontecer três 
vezes por semana, com duração de 90 minutos.
(Continuação)
Veja, a seguir, um exemplo de planejamento diário.
Mês e número total de sessões: abril e 12 (considerando quatro semanas e quatro 
sessões semanais).
 � Aquecimento: controle de corpo e manejo de bola (2.3.1 e 2.3.2), estafeta/conteste.
 � Atividade principal: exercícios combinados (controle de corpo e drible; drible, 
passes e arremessos).
 � 1×1 e 2×2.
 � Jogo dos passes e jogo de passes e arremessos.
Fonte: Ferreira e Rose Jr. (2010, p. 103).
Veja mais exemplos sobre planejamentos mensais e semanais na obra: FERREIRA, A. E. 
X.; ROSE JR., L. D. Basquetebol: técnicas e táticas: uma abordagem didático-pedagógica. 
2. ed. São Paulo: EPU, 2010. Unidade 4.
Organização, controle e avaliação de equipes4
Modelo 2
Os objetivos do segundo modelo envolvem:
 � ofertar um programa de treino no basquete, que promova a inclusão 
social, por meio da prática esportiva;
 � fazer uma seleção dos alunos/jogadores com perfis de atleta, com orien-
tações e encaminhamento à carreira esportiva.
A estrutura deste modelo é sugerida em divisão de módulos, entre iniciação 
e treinamento, com duração de três meses, cada um, e duas sessões semanais, 
com duração de 2 horas, cada uma. A relação de faixa etária e módulo é a 
seguinte, e os conteúdos específicos são descritos no Quadro 2.
1. Iniciação I e II: de 11 a 12 anos.
2. Treinamento I e II: de 13 a 15 anos.
Controle 
de corpo
 � Corridas (frente, costas e lateral), parada brusca (técnica de 
apoio/transferência de peso, saída rápida, corrida em zigue-
zague, movimento de braços – defesa); 
 � deslocamentos defensivos (pernas/pernas e braços), salto 
com impulsão 2 pés; 
 � salto com impulsão 1 pé; 
 � salto com dois tempos rítmicos; 
 � finta (ginga do corpo); 
 � pé de pivô; 
 � movimentos combinados (coordenação braço e pernas); 
 � giros, mudanças de direção, mudanças de ritmo e saltos 
sucessivos.
Manejo 
de bola
Habilidades:
 � sem deslocamento (manuseio de bola); 
 � sem deslocamento e mudança de plano (cabeça, tronco e 
pernas); 
 � de segurar a bola (posição de dedos, mãos, dedos e pernas); 
 � para passar e/ou driblar; 
 � com bola em deslocamento; 
 � estática com 2 ou 3 bolas; 
 � em deslocamento com 2 ou 3 bolas.
Quadro 2. Conteúdos específicos do modelo 2
(Continua)
5Organização, controle e avaliação de equipes
Quadro 2. Conteúdos específicos do modelo 2
Drible
 � Alto em linha reta; 
 � baixo em linha reta; 
 � com mudança de direção; 
 � com giro; 
 � em zigue-zague; 
 � com mudança de ritmo; 
 � com habilidades diversas.
Passe
Passes:
 � com ambas as mãos à altura do peito; 
 � picado; 
 � por cima da cabeça; 
 � com uma das mãos; 
 � por trás do corpo.
Arremesso
 � Bandeja; 
 � jump; 
 � lance livre; 
 � gancho.
Rebote
 � Posicionamento; 
 � bloqueio;� sincronismo do salto; 
 � proteção de bola; 
 � primeiro passe.
Funda-
mentos 
individuais 
de defesa
 � Posição legal de defesa; 
 � deslocamentos na posição de defesa; 
 � movimentos dos braços; 
 � movimentos de ajuda; 
 � movimentos de cobertura; 
 � dobrar a marcação no jogador com posse de bola.
Funda-
mentos 
individuais 
de ataque
 � Movimentos de fintas sem bola, corta-luz, corta-luz e giro 
para a cesta.
Situação 
de jogo
 � Igualdade: 1x1; 2x2; 3x3; 4x4.
 � Desigualdade: 2x1; 3x1; 3x2; 4x3 (também usados no 
trabalho de contra-ataque).
(Continua)
(Continuação)
Organização, controle e avaliação de equipes6
Fonte: Adaptado de Ferreira e Rose Jr. (2010).
Quadro 2. Conteúdos específicos do modelo 2
Contra-
ataque
 � Situações de desigualdade; 
 � linha de 2; 
 � linha de 3 com chegada do quarto jogador e quinto 
jogador; 
 � trailler.
Sistema 
de defesa
Individual, zona e pressão.
Sistema de 
ataque
Ataque contra a defesa individual, contra a defesa 
por zona e contra a defesa sob pressão.
(Continuação)
Desenvolvimento e organização de equipes no 
basquete
O basquete atual apresenta uma grande movimentação mundial de atletas, 
com aumento da adesão de europeus, asiáticos e sul-americanos na NBA e 
WNBA, além de vários outros centros (FERREIRA; ROSE JR., 2010).
No basquete masculino, o destaque é os Estados Unidos, acompanhado da 
Rússia, e dos países oriundos da antiga Iugoslávia, como Sérvia e Croácia. No-
vas forças surgiram na Espanha, Lituânia e Grécia. Como nações emergentes, 
são destacadas a França, Alemanha, Turquia e Eslovênia, na Europa, Austrália 
e Nova Zelândia, na Oceania, e China, na Ásia. Nas Américas, a Argentina foi 
o país de destaque nos últimos dez anos. O Brasil, neste momento e contexto, 
teve declínio significativo (FERREIRA; ROSE JR., 2010).
No basquete feminino, os Estados Unidos também lideram, bem como 
Austrália e Rússia mantêm níveis altos, e o Brasil passa por uma fase de 
transição. Espanha, China, República Tcheca, França, Bielorússia e China 
estão em desenvolvimento acelerado. A Argentina se destaca, com a melhora 
do rendimento no basquete masculino na última década.
Características do basquete e organização da equipe
O basquete é um esporte dinâmico, que requer uma prática com desempenho 
tanto físico quanto motor, incluindo aspectos cognitivos. É formado por um 
somatório de habilidades e ações que, por si só, constituem unidades repre-
7Organização, controle e avaliação de equipes
sentativas e totais. Os esforços são fortes e curtos, de várias cadências, o que 
caracteriza uma atividade predominantemente anaeróbia, com maior demanda 
dos membros inferiores (FERREIRA; ROSE JR., 2010).
As capacidades físicas de destaque no basquete são: força (de salto, velo-
cidade e resistência), velocidade (de reação, ações acíclicas e específicas no 
jogo) e resistência (aeróbia, anaeróbia, de velocidade, de salto). Além disso, 
é essencial ter capacidade de coordenação, como: agilidade, ritmo, junção de 
coordenação visomotora, óculo-manual e diferenciação de imagem-campo 
(FERREIRA; ROSE JR., 2010).
Especificamente, o jogo apresenta características específicas e regras 
básicas, resumidas a seguir (FERREIRA; ROSE JR., 2010).
 � 12 jogadores por equipe, com a obrigatoriedade de iniciar a partida 
com cinco jogadores.
 � Número ilimitado de substituições. Nos campeonatos das categorias 
pré-mini, mini e mirim, realizados pela Federação Paulista de Basquete, 
é obrigatória a participação de, no mínimo, 10 jogadores.
 � O jogo é composto de quatro períodos de 10 minutos, com intervalos 
de dois minutos, entre o 1º e 2º quartos e o 3º e 4º quartos, e de 15 
minutos, entre o 2º e 3º quartos.
 � Nas categorias pré-mini e mini, masculinas, cada atleta pode participar, 
no máximo, de dois períodos completos de cada jogo, que ficam a 
critério de escolha do técnico.
 � Nas categorias mirim masculina, mini e mirim femininas, é obrigatória 
a participação com o mínimo de 10 atletas em um período completo e, 
no máximo, três períodos completos de cada jogo.
 � Uma equipe com posse de bola tem 24 segundos para realizar o ataque, 
incluídos os 8 segundos para que a equipe ultrapasse a quadra de defesa 
para a de ataque.
 � Em caso de empate, ao final do tempo normal, há prorrogações de 5 
minutos, até que surja um vencedor.
 � Uma cesta de campo vale 2 ou 3 pontos, dependendo da região em que 
for convertida. Na situação de lance livre, a cesta vale 1 ponto.
 � Violações são infrações às regras técnicas e não são anotadas na súmula, 
sendo que as principais são: andada, drible ilegal, condução ilegal de 
bola, três segundos, volta de bola, violações de tempo (oito segundos 
para ultrapassar a quadra de defesa para o ataque, e 24 segundos para 
realizar o ataque).
Organização, controle e avaliação de equipes8
 � Uma falta é uma infração às regras, levando em consideração contato 
pessoal ilegal, com um adversário e/ou comportamento antidesportivo. 
As faltas têm punição diferenciada. Um atleta que cometer cinco fal-
tas é desclassificado do jogo (com direito à substituição). A partir da 
quarta falta coletiva, em cada quarto, a equipe que cometeu é punida 
com lances livres.
 � Uma partida de basquete é dirigida por dois oficiais de quadra (árbitros) 
e três oficiais de mesa (apontador, cronometrista e operador de 24 
segundos). Em competições internacionais e algumas nacionais são 
utilizados três árbitros (Quadro 3).
Membros de 
uma partida
Função
Oficiais, oficiais 
de mesa e 
comissário
Oficiais: um árbitro principal (crew chief ) e 
um ou dois fiscais recebem auxílio dos oficiais 
de mesa, e um comissário, se presente.
Oficiais de mesa: um apontador, um 
assistente de apontador, um cronometrista 
e um operador de 24 segundos.
Comissário: senta entre o apontador e o cronometrista e 
supervisiona o trabalho dos oficiais de mesa, auxilia o árbitro 
principal (crew chief ) e o(s) fiscal(is) durante a partida.
* Árbitros: responsáveis pelo cumprimento das regras do 
jogo, sendo que o principal supervisiona, com auxílio de 
dois árbitros auxiliares. Cada árbitro fica responsável por 
uma zona da quadra, cabendo a eles tomarem decisões 
em relação às faltas, violações, dentro e fora da quadra, 
bem como indicar validade de pontos em tentativas de 
arremessos (2 ou 3 pontos), com controle de reposição de 
bola durante. Quando ocorrem divergências em marcações, 
o árbitro principal avisa a mesa sobre a decisão. No início 
do jogo, é o árbitro principal que lança a bola ao alto.
Apontador e 
assistente de 
apontador
Apontador: faz o registro de súmulas, 
faltas, substituições, etc.
Assistente: auxilia o apontador e opera o placar.
Quadro 3. Comissão técnica do basquete e suas respectivas funções
(Continua)
9Organização, controle e avaliação de equipes
Quadro 3. Comissão técnica do basquete e suas respectivas funções
Membros de 
uma partida
Função
Principais membros de uma equipe
Técnico e 
assistente
Técnico: entrega ao apontador a lista com a 
identificação dos membros da equipe e indica os cinco 
jogadores que iniciam o jogo em cada equipe.
Somente o técnico ou o assistente podem: 
permanecer em pé durante partida; ir até a mesa de 
controle para pedir informações, quando o jogo está 
parado; dirigir-se aos jogadores verbalmente.
Somente técnicos, assistentes técnicos, substitutos, jogadores 
excluídos e acompanhantes de equipe podem sentar-se 
no banco da equipe e permanecer dentro dessa área.
Quando o capitão deixar a quadra de jogo, o técnico 
deverá informar a um oficial o número do jogador 
que atuará como capitão na quadra de jogo.
Ele também deverá designar o arremessador de lance 
livre de sua equipe em todos os casos em que esse 
não estiver determinado pelas regras (CBB, 2017).
Assistente: substitui o técnico, quando 
necessário, e/ou presta auxílio.
Jogadores e 
substitutos
Cada equipe deve contar com 10 jogadores, sendo cinco 
titulares (iniciam a partida) e cinco substitutos.
Os jogadores em quadradesempenham as seguintes 
funções.
 � Armador: tem a responsabilidade de fazer a bola chegar 
a seus companheiros, buscando a melhor posição 
possível para poderem encestar, pois é quase sempre ele 
que melhor maneja e passa a bola.
 � Ala-armador: é responsável por auxiliar o armador nas 
saídas de bola, podendo substituí-lo nessa função, em 
caso de marcação avançada da equipe rival, e também 
tem a função de pontuar.
 � Ala: é o jogador rápido e habilidoso, que mais se 
aproxima dos dois extremos das posições do basquete e 
dos armadores, além de alto e forte, ficando mais perto 
dos pivôs.
 � Ala-pivô: além de pegar rebotes constantemente, o ala-
pivô dá aquele último passe facilitador, arremessa de fora 
e até corta em direção à cesta, aumentando sua gama de 
ataques.
(Continua)
(Continuação)
Organização, controle e avaliação de equipes10
Fonte: Adaptado de CBB (2017) e Dicionário Olímpico (2019).
Quadro 3. Comissão técnica do basquete e suas respectivas funções
Membros de 
uma partida
Função
Principais membros de uma equipe
Jogadores e 
substitutos
 � Pivô: defensivamente, o pivô tem o papel central na 
proteção do garrafão de seu time, das investidas dos 
jogadores do perímetro e marcando, homem a homem, 
os jogadores de garrafão adversários. No ataque, um bom 
jogo de pernas e boas armas de finalização, quando de 
costas para a cesta, fazem um jogador dessa posição ser 
uma boa opção ofensiva.
(Continuação)
Leia mais sobre as funções de cada membro da comissão técnica no basquete no 
link a seguir.
https://qrgo.page.link/YHqvw
Fatores condicionantes ao desempenho das 
equipes no basquete
Preparação da equipe para o jogo
Há uma tendência a se considerar, de senso comum, que a simples execução 
prática seja uma qualificação suficiente para um bom professor/técnico. Ele 
deve, sim, ter titulação devidamente reconhecida, além de conhecimento 
efetivo sobre a execução prática que pretende ensinar ou introduzir. Nesse 
contexto, o seguinte acróstico é sugerido:
11Organização, controle e avaliação de equipes
I — introdução da técnica;
D — demonstração da técnica;
E — explicação da técnica;
A — ajuda aos alunos/jogadores a praticarem a técnica.
Introdução da técnica: os alunos/jogadores iniciantes precisam compreender 
o que estão aprendendo e o porquê. Para isso, o professor/técnico deve seguir 
os seguintes passos.
a) Manter os alunos/jogadores atentos.
b) Iniciar destacando o nome da técnica.
c) Dar explicação clara sobre a relevância da técnica.
Para manter a atenção dos alunos/jogadores, principalmente dos jovens 
que tem uma facilidade grande de dispersão, é necessário optar por metodo-
logias “chamativas”, como notícias que possam interessar, histórias, piadas 
ou, mesmo, uma fala com entusiasmo. O importante é demonstrar exaltação 
e olhar nos olhos da assistência no momento da comunicação. É fundamental 
que os alunos/jogadores estejam posicionados de maneira que favoreça a 
visualização direta do professor/técnico, que deve perguntar se todos têm a 
mesma percepção, antes de começar a falar (AMERICAN SPORT EDUCA-
TION PROGRAM, 2000).
Em relação ao nome da técnica, é importante definir a terminologia que 
será considerada, tendo em vista outras possibilidades comuns, para que não 
cause confusão na compreensão dos alunos/jogadores.
Demonstração da técnica: é considerada a parte mais representativa do ponto 
de vista técnico, sobretudo para os jovens, em razão da novidade. Quem nunca 
praticou uma atividade precisa iniciar a familiarização com imagens, e não 
somente com a fala. As seguintes sugestões podem tornar mais a compreensão 
inicial mais eficiente.
Organização, controle e avaliação de equipes12
 � Demonstrar a técnica corretamente.
 � Fazer várias demonstrações.
 � Realizar as demonstrações de forma lenta para melhor visualização de 
cada fase do movimento.
 � Executar a técnica em vários ângulos, para permitir uma visão global 
dos movimentos.
 � Fazer as demonstrações com ambas as mãos.
Veja, no Quadro 4, o grau de aprendizado, tendo em vista os métodos de 
ensino usados por técnicos esportivos.
Fonte: Adaptado de American Sport Education Program (2000).
Métodos de ensino 
usados por técnicos
Graus de aprendizado
Nada Muito baixo
Apenas explicar Baixo
Explicar e demonstrar Médio -
Explicar e orientar Médio +
Explicar, orientar e demonstrar Alto
Quadro 4. Métodos de ensino usados por técnicos esportivos
Explicação da técnica: direciona os alunos/jogadores a aprenderem de forma 
efetiva, principalmente associada à demonstração. As palavras utilizadas 
devem ser o mais simples possível e associadas a outras aprendidas anterior-
mente. O professor/técnico deve sempre perguntar sobre a compreensão geral 
e individual, pedindo que repitam as descrições. As técnicas mais complexas 
normalmente são mais bem compreendidas, quando as partes menos complexas 
são explicadas, conforme o exemplo a seguir.
13Organização, controle e avaliação de equipes
Um professor que quer ensinar aos seus alunos/jogadores a mudar de direção, quando 
quicam a bola, pode seguir os passos abaixo (AMERICAN SPORT EDUCATION PROGRAM, 
2000).
a) Mostre para eles a execução correta de toda a técnica e explique sua função no 
basquete.
b) Divida a técnica e aponte as suas partes componentes aos seus alunos/jogadores.
c) Faça com que os alunos/jogadores executem cada componente da técnica que 
você ensinou, como driblar enquanto correm, trocar as mãos que quicam a bola 
enquanto mantêm a cabeça erguida, e movimentar os pés para mudar de direção.
d) Depois de os alunos/jogadores terem demonstrado suas habilidades executando 
as partes da técnica em sequência, reexplique a técnica inteira.
e) Faça com que os alunos/jogadores pratiquem a técnica.
Ajuda aos jogadores a praticar a técnica: envolve uma boa iniciação, desde 
a introdução, a demonstração, até a explicação, estando os alunos/jogadores 
preparados para a execução propriamente dita. Nas primeiras tentativas, 
alguns deles podem precisar de direcionamentos individuais, por insegurança 
natural inicial. 
O dever do professor/técnico não finaliza quando todos os alunos/jogadores 
demonstram a técnica, sendo esse um momento importante para observações e 
devidas correções. Logo, o professor/técnico deve dar um feedback que sugira 
as adequações e mantenha a motivação do aluno/jogador. 
Portanto, um planejamento desde a fase inicial deve anteceder a prática, 
garantindo a organização de todo o processo e, sobretudo, o alcance das metas 
preconizadas. 
O basquete é constituído por fundamentos que devem evoluir para situações 
de jogo específicas, que passam a requerer, cada vez mais, organização derivada 
de aspectos táticos: ataque e defesa. Toda essa base depende, essencialmente, 
do desenvolvimento satisfatório de capacidades motoras condicionantes e 
coordenativas. Na prática do basquete, há corridas, saltos e lançamentos, ou 
seja, movimentos básicos do ser humano, que acontecem individualmente e/
ou combinados, em deslocamentos considerando diversas direções, saltos 
para rebote, arremessos à cesta, etc. Vale destacar a variação de cadências no 
basquete, bem como a intensidade na execução das ações (ROSE JUNIOR; 
TRICOLI, 2005). 
Organização, controle e avaliação de equipes14
A tática no basquete sinaliza situações que acontecem no jogo, que englo-
bam os sistemas defensivos e ofensivos, situações em grupo, como marcações 
por zona 2×2 e 3×3, bem como individuais (FERREIRA; ROSE JR., 2003).
A tática individual faz referência à aptidão que um atleta possui de executar 
os fundamentos do jogo, conforme a sua posição na quadra, a atitude de seu 
adversário ou o contexto do jogo. Já a tática em grupo reúne jogadores em 
situações 2×2 ou 3×3, em níveis de maior complexidade e que solicitam maior 
sincronismo dos movimentos (FERREIRA; ROSE JR., 2003).
Assim, a tática coletiva se apoia na individual, porém deve ser abordada 
pela perspectiva da equipe. A tática individual (execução individual do fun-damento) e a coletiva (execução dos fundamentos que envolvem a equipe) 
juntas incluem o momento inicial, no qual o jogador mantém a sua atenção 
na quadra, observando o posicionamento e o perfil dos jogadores em geral 
(companheiros e adversários). Na sequência, define-se o que fazer de acordo 
com as observações iniciais e, finalmente, executa-se o gesto técnico, repre-
sentando o elemento central da tática: a tomada de decisão (FERREIRA; 
ROSE JR., 2003).
A tática representa a visão particular em relação ao todo, e a estratégia 
aparece como uma consideração global, que pode ser constituída por um obje-
tivo principal e planejamento prévio a curto, médio e longo prazo. Portanto, a 
estratégia, basicamente, significa saber fazer (FERREIRA; ROSE JR., 2003).
Dentre as estratégias que favorecem a marcação de pontos, por exemplo, 
destacam-se a velocidade, os lançamentos e a diminuição na diferença de 
pontos. Entretanto, com vistas a bloquear os sistemas defensivos, as táticas 
defensivas passam a representar os fatores principais do perfil de jogo de uma 
equipe (REIS, 2009).
O basquete é uma modalidade que reúne aptidões físicas, perceptivas e 
cognitivas, em alta intensidade, com padrão de habilidades motoras finas, 
sobretudo de membros superiores. Em geral, todos os jogadores percorrem 
em torno de 5.551 km durante um jogo de alto nível, com pouca variação, 
dependendo da posição/função de cada jogador dentro da quadra. Normal-
mente, os armadores percorrem em torno de 5.162 km; laterais ou alas, em 
média 5.273 km; e os pivôs chegam a 6.106 km, por se deslocarem de tabela 
a tabela, considerando os rebotes ofensivos e defensivos que estão sob sua 
responsabilidade. O número de saltos de armadores acontecem em torno de 25 
vezes no jogo, laterais, cerca de 30 vezes, e a média dos pivôs é de 36 vezes, 
devido à maior demanda de deslocamentos e responsabilidades.
15Organização, controle e avaliação de equipes
A maior parte da energia utilizada no basquete tem sua origem nos estoques 
musculares (ATP/CP – energia em curto prazo: anaeróbias), não menosprezando 
as atividades aeróbias.
A predominância de níveis submáximos de sobrecarga, no basquete, solicita 
uma recuperação de, no mínimo, 24 horas, sobretudo para o aluno/jogador 
que participa de forma ativa no jogo. Caso esse tempo de participação seja 
menor, o período de recuperação diminui proporcionalmente. Assim, para o 
aluno/jogador estar apto a participar efetivamente de um jogo, deve apresentar 
um bom condicionamento físico, que transita entre três capacidades básicas 
motoras condicionantes: força, resistência e velocidade (ROSE JUNIOR; 
TRICOLI, 2005).
A essência da preparação física no basquete é que o jogador consiga executar 
os fundamentos com o máximo de precisão durante uma partida, destacado 
o desenvolvimento de resistência, predominantemente anaeróbia. Sob a pers-
pectiva psicológica, a prática do basquete reúne as capacidades físicas do 
jogador e suas percepções próprias em manifestações globais. Trata-se de o 
jogador ter ciência acerca dos processos fisiológicos que ocorrem na prática, 
como em situações que envolvem força e velocidade — por exemplo, em im-
pulsão vertical no rebote, qual via energética é utilizada. Portanto, a cognição 
interfere na consciência do jogador, tendo em vista a representação das suas 
capacidades físicas, bem como na qualidade da sua percepção especializada 
(RUDIK, 1990). 
Considerando a força, a velocidade e a resistência como capacidades es-
senciais na preparação física do basquete, são apresentadas, no Quadro 5, as 
associações com os aspectos psicológicos, uma vez que eles se inter-relacionam 
na prática.
Veja um exemplo de resistência associando aspectos psicológicos.
Imagine um armador com posse de bola ao chegar ao ataque, a magnitu-
de das tensões dos diferentes grupos musculares, a duração dos esforços, 
que se desenvolvem conservando o trabalho produtivo, a velocidade 
de alterações, entre tensão e relaxamento em conjunto, tudo isso deve 
ser transformado em dados de consciência, pela atenção concentrada 
do atleta (ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005, p. 181).
Organização, controle e avaliação de equipes16
Fonte: Adaptado de Rose Júnior e Tricoli (2005).
Força Velocidade Resistência
A estrutura psicológica 
de força relaciona 
esforços musculares 
máximos, distribuídos 
e dosados, que se 
manifestam nas 
aplicações de força 
máxima, como 
ocorre nos saltos. 
Quanto aos esforços 
distribuídos, trata-se 
de exigência parcial 
dessa capacidade, 
em treinamentos 
com 70% da força 
máxima. No terceiro 
grupo de esforços, 
estão os que solicitam 
diferenciação detalhada 
dos elementos capazes 
de garantir o controle 
exato para a execução 
de um passe longo, 
como no contra-ataque.
A estrutura psicológica 
de velocidade é 
definida pela junção de 
sinalizadores de tempo 
(duração e ritmo). No 
basquete, a estrutura 
está associada, por 
exemplo, ao tempo de 
duração da execução 
de um arremesso ou 
ao tempo necessário 
para a conclusão 
de uma infiltração, 
antes que defensor a 
alcance, envolvendo 
a velocidade de 
deslocamento, 
de execução de 
movimento, entre 
outras situações.
Em relação à resistência, 
não é identificada 
uma expressão nítida, 
psicológica, entretanto 
há consenso de que 
esteja condicionada 
à complexidade e 
intensidade da duração 
dos esforços musculares, 
os quais normalmente 
se diferenciam na 
resistência de força, 
velocidade e força/
velocidade. Dessa 
forma, cada uma delas, 
com suas características 
específicas interativas, 
sobretudo no esporte 
como o basquete, 
se manifestam em 
situações complexas. 
Por isso, a percepção 
de capacidades 
predominantes requer 
alto nível de atenção.
Quadro 5. Força, velocidade e resistência, relacionando aspectos psicológicos
Em relação às capacidades coordenativas ou psicomotoras, destacam-se: 
 � percepção espaço-temporal; 
 � seleção imagem-campo;
 � coordenação multimembros; 
 � coordenação óculo-manual; 
 � destreza manual;
 � estabilidade braço/mão; 
 � precisão.
17Organização, controle e avaliação de equipes
Sobre as habilidades psicológicas, destaca-se a necessidade de desen-
volvimento, quando a defesa reage de forma rápida e antecipa o ataque, na 
interceptação de um passe ou em mudanças de atenção, tendo em vista as 
transições dos atacantes, e vice-versa. Ao final do jogo, com placar adverso, há 
empenho dos competidores até o último segundo, muitas vezes, conseguindo 
vencer com um ponto de vantagem. Esse nível de rendimento depende da 
capacidade de trabalho, tanto físico como psicológico do atleta, que pode 
melhorar “[...] por um processo de treinamento esportivo, que é desenvolvido 
buscando equilibrar, acertadamente, as tarefas da preparação física, técnica e 
tática, considerando as particularidades psicológicas de cada uma delas [...]” 
(ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005, p. 178).
Para exemplificar a utilização e combinação dessas diversas capacida-
des será utilizada a situação de lance livre: o executante deve perceber 
o espaço existente, entre o local do arremesso e a cesta; selecionar a 
imagem do aro em um campo visual amplo; coordenar as ações dos 
membros inferiores e superiores; finalizar o arremesso (ROSE JUNIOR; 
TRICOLI, 2005, p. 6).
Formas didático-metodológicas de ensinar e treinar o 
basquete
As seguintes formas didático-metodológicas de ensinar o basquete, conforme 
descritas no Quadro 6, são destacadas quanto à forma centrada: nas técnicas, 
no jogo formal e nos jogos condicionados (GARGANTA, 1995).
Sobre a metodologia considerada ideal, não há exatamente um consenso 
que afirme ou confirme o efeito de uma aplicação prática mais eficiente. 
Acredita-se que deve existir sistematização e organização dos conteúdos, 
bem como dos métodos, que conduzam a uma prática prazerosa e equilibrada 
e na aplicação dos conteúdos, visando a evitar a evasão precoce da prática 
(OLIVEIRA, 2007).
Organização, controle e avaliação de equipes18
Fonte: Adaptado de Garganta (1995).Forma 
centrada nas 
técnicas
Forma 
centrada no 
jogo formal
Forma 
centrada 
nos jogos 
condicionados
Características
 � Das técnicas 
analíticas para 
o jogo formal; 
 � jogo 
decomposto 
em elementos 
técnicos; 
 � hierarquização 
das técnicas.
 � Do jogo 
para as 
técnicas sem 
decompor em 
partes; 
 � a técnica 
surge para 
responder 
a situações 
globais não 
orientadas.
 � Do jogo para 
as situações 
particulares; 
 � jogo 
decomposto 
em unidades 
funcionais (de 
complexidade 
crescente); 
 � os princípios 
do jogo 
regulam a 
aprendizagem.
Consequências
 � Ações de jogo 
mecanizadas 
e pouco 
criativas;
 � comporta-
mentos este-
reotipados; 
 � problemas na 
compreensão 
do jogo.
 � Jogo criativo, 
com base 
individualista; 
 � anarquia 
tática; 
 � descoordena-
ção das ações 
coletivas.
 � Técnicas 
surgem 
em função 
da tática, 
de forma 
orientada e 
provocada;
 � inteligência 
tática; 
 � correta 
interpretação; 
 � aplicação dos 
princípios do 
jogo; 
 � viabilização 
das técnicas; 
 � criatividade 
nas ações de 
jogo.
Quadro 6. Formas didático-metodológicas de ensinar e treinar o basquete
19Organização, controle e avaliação de equipes
As metodologias no basquete não devem ser estruturadas somente com base nos 
elementos técnicos, principalmente ao final da fase de iniciação. Devem, sim, estabelecer 
relações que garantam ao aluno/jogador compreender a logística do jogo. Dessa 
maneira, conjetura-se que as técnicas emergem pela tática, com orientação partindo do 
pressuposto de que essa dá sentido à lógica do jogo, e não a técnica (GARGANTA,1995).
Estrutura do jogo
Assim como outros jogos, o basquete estabelece relações importantes entre 
aspectos pedagógicos, biomecânicos, táticos, técnicos, psicológicos e sociais. 
Em geral, todos eles contribuem para uma melhor eficácia no jogo. Trata-se 
de uma estrutura baseada em aspectos técnicos, situações de jogo e tática, 
conforme demonstrado na Figura 1, a seguir. Esses aspectos devem ter como 
base a situação real do jogo, porque é isso que define tanto o trabalho quanto 
a maneira que as atividades e os exercícios vão sendo propostos, tendo em 
vista as fases de aprendizagem.
Figura 1. Estrutura do jogo.
Fonte: Adaptada de Ferreira e Rose Jr. (2010).
Estrutura do jogo
Fundamentos
Situação de
jogo
Aspectos
táticos
– Defesa
– Ataque
– 1×1
– 2×2
– 3×3
Sistemas:
– Defesa
– Ataque
Organização, controle e avaliação de equipes20
Para que o aluno/jogador consiga realizar execuções corretas de um ou 
mais fundamentos do basquete, individual ou coletivamente, é preciso planejar 
uma evolução progressiva, passando pelas fases de aprendizagem (1), fixação 
(2) e aperfeiçoamento (3) (FERREIRA; ROSE JR., 2010).
1. A fase de aprendizagem não determina um único método a ser seguido. 
Os estudos demonstram uma variedade de métodos e, sobretudo, di-
vergências entre eles. Portanto, cada situação de treinamento deve ser 
considerada em particular. 
2. A fase de fixação requer a aprendizagem consolidada do aluno/jogador, 
com habilidades desenvolvidas para a execução de gestos específicos 
do basquete. A prioridade está em realizar gestos globais e associar os 
fundamentos individuais e as situações de jogo.
3. A fase de aperfeiçoamento deve oportunizar ao aluno/jogador o máximo 
de aplicações práticas dos fundamentos da modalidade, bem como as 
suas possibilidades em situações de jogo.
Na fase de aprendizagem, são considerados fundamentos simples, controle de corpo, 
manejo de bola, drible, passes e fundamentos individuais de defesa. Além desses, 
os fundamentos mais complexos, bandeja, arremesso com uma das mãos, jump e 
rebote. Independentemente do nível de complexidade do fundamento, o foco deve 
ser mantido na assimilação do gesto motor.
Na fase de fixação, é essencial estabelecer relação entre os fundamentos do jogo, 
propondo situações entre duplas e trios, com a combinação deles.
Na fase de aperfeiçoamento, a execução dos fundamentos deve envolver todas 
as capacidades físicas das fases anteriores, identificando as características gerais e 
contínuas do aluno/jogador.
Fonte: Ferreira e Rose Jr. (2010, p. 18-20).
21Organização, controle e avaliação de equipes
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FERREIRA, A. E. X.; ROSE JR., L. D. Basquetebol: técnicas e táticas: uma abordagem 
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FERREIRA, A. E. X.; ROSE JR., L. D. Basquetebol: técnicas e táticas: uma abordagem 
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OLIVEIRA, V. O processo ensino-treinamento da técnica e da tática no basquetebol do Brasil: 
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Tese (Doutorado em Educação Física) — Faculdade de Educação Física, Universidade 
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Leituras recomendadas
BEZERRA, M. Basquetebol: 1000 exercícios. 4. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2009.
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COUTINHO, N. F. Basquetebol na escola. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2007.
Organização, controle e avaliação de equipes22

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