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METODOLOGIA DO BASQUETEBOL Mariluce Ferreira Romão Organização, controle e avaliação de equipes Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Planejar atividades que favoreçam a assimilação dos elementos fun- damentais do jogo, incluindo as normas da modalidade. � Reconhecer como são feitos o desenvolvimento e a organização das equipes de basquete. � Relacionar os fatores condicionantes ao desempenho esportivo das equipes no contexto específico da modalidade. Introdução O basquete é uma modalidade esportiva de cooperação e oposição que envolve duas equipes, entre ataque e defesa, ocupando um espaço comum. Trata-se de um jogo que ocasiona contato direto entre os alunos/ jogadores e requer habilidades específicas para a execução dos funda- mentos, reunindo ações combinadas e em sequência lógica e objetiva (FERREIRA; ROSE JR., 2010). Para ensinar basquete, o professor/técnico deve ter domínio das suas regras, técnicas e estratégias, que é condição para um planejamento adequado e eficiente de aulas e treinamentos. Neste capítulo, você planejará atividades que favoreçam a assimilação dos elementos fundamentais do jogo, incluindo suas normas, além de reconhecer como são feitos o desenvolvimento e a organização das equi- pes de basquete e, ao final, relacionar os fatores condicionantes ao de- sempenho esportivo das equipes no contexto específico da modalidade. Planejamento de atividades no basquete Considerando diferentes níveis de alunos/jogadores no basquete, serão apre- sentados dois modelos de planejamento (FERREIRA; ROSE JR., 2010), que podem ser referenciais para escolinhas de basquete e times de base, com vistas a serem adequados conforme a realidade do espaço físico e do nível dos praticantes. � O modelo 1 demonstra uma forma geral de planejar, consolidando os aspectos técnicos e táticos da modalidade. � O modelo 2 considera treinos e aulas, detalhadamente, com atividades direcionadas ao nível dos praticantes. Modelo 1 Os objetivos do primeiro modelo envolvem: � oportunizar meios para a formação básica do aluno/jogador de bas- quete, com respeito ao seu nível de treinamento e às especificidades da instituição na qual se aplica; � desenvolver atividades com base em situações reais; � disponibilizar exemplos de aulas e treinos periodizados (mensais, se- manais e diários). A estrutura deste modelo é sugerida em fases, organizada da seguinte forma e descrita no Quadro 1. 1. Fase de aprendizagem esportiva global — de 6 a 8 anos. 2. Fase de desenvolvimento e fixação da técnica e das situações de jogo — de 9 a 11 anos. 3. Fase de aperfeiçoamento da técnica e tática no basquete — a partir de 11 anos. “Nas duas primeiras fases, a participação de meninos e meninas numa mesma turma é perfeitamente possível e deve ser estimulada [...]” (FERREIRA; ROSE JR., 2010, p. 102). Organização, controle e avaliação de equipes2 Aprendizagem esportiva global � Diversificar movimentos e materiais esportivos. � Andar, correr e saltar naturalmente. � Propor atividades com bola, sem preocupação com regras específicas da modalidade. � Incluir atividades de atletismo e/ou ginástica artística, por favorecerem, posteriormente, a execução dos fundamentos do basquete. � Adaptar materiais, se for o caso, e diversificar para promover motivação. � Utilizar bolas de tamanhos e consistências diferentes para estimular a percepção diferencial no quicar, rolar, conduzir, etc. � Trabalhar com jogos reduzidos (2 a 2, 3 a 3 ou 4 a 4), pré-desportivos, bem como brincadeiras em forma de desafios (com testes, revezamentos). � Propor exercícios simples, evitando os realizados em coluna ou fila e com alterações constantes nas formações dos alunos/ jogadores. Observação: � O professor/técnico deve priorizar a participação geral, e não focar em correção de gestos. � As sessões devem durar em torno de 60 a 90 minutos, de duas a três vezes por semana. Desenvolvimento e fixação da técnica e das situações de jogo � Continuar com a proposta de movimentos básicos, introduzindo correções dos fundamentos, em pontos mais relevantes. � Utilizar exercícios combinados com situações simples, de duplas e trios, de ataque e defesa (1×1, 2×2 e 3×3). � Utilizar jogos pré-desportivos (mais simples), que sinalizem situações mais próximas do jogo. � Introduzir noções de defesa e ataque, em sessões três vezes na semana, com duração de 90 minutos. Quadro 1. Fases do modelo 1 de planejamento (Continua) 3Organização, controle e avaliação de equipes Fonte: Adaptado de Ferreira e Rose Jr. (2010). Quadro 1. Fases do modelo 1 de planejamento Aperfeiçoamento da técnica e tática no basquete � Exercitar os fundamentos especificamente, com maior proximidade das situações de jogo. � Propor exercícios mais complexos, envolvendo um conjunto de fundamentos. � Executar sistema de defesa individual e por zona, simultaneamente. � Treinar o sistema de ataque de forma simples, mas propondo ao aluno/jogador uma dinâmica de rotatividade nas posições. Observação: � A frequência dos treinos deve acontecer três vezes por semana, com duração de 90 minutos. (Continuação) Veja, a seguir, um exemplo de planejamento diário. Mês e número total de sessões: abril e 12 (considerando quatro semanas e quatro sessões semanais). � Aquecimento: controle de corpo e manejo de bola (2.3.1 e 2.3.2), estafeta/conteste. � Atividade principal: exercícios combinados (controle de corpo e drible; drible, passes e arremessos). � 1×1 e 2×2. � Jogo dos passes e jogo de passes e arremessos. Fonte: Ferreira e Rose Jr. (2010, p. 103). Veja mais exemplos sobre planejamentos mensais e semanais na obra: FERREIRA, A. E. X.; ROSE JR., L. D. Basquetebol: técnicas e táticas: uma abordagem didático-pedagógica. 2. ed. São Paulo: EPU, 2010. Unidade 4. Organização, controle e avaliação de equipes4 Modelo 2 Os objetivos do segundo modelo envolvem: � ofertar um programa de treino no basquete, que promova a inclusão social, por meio da prática esportiva; � fazer uma seleção dos alunos/jogadores com perfis de atleta, com orien- tações e encaminhamento à carreira esportiva. A estrutura deste modelo é sugerida em divisão de módulos, entre iniciação e treinamento, com duração de três meses, cada um, e duas sessões semanais, com duração de 2 horas, cada uma. A relação de faixa etária e módulo é a seguinte, e os conteúdos específicos são descritos no Quadro 2. 1. Iniciação I e II: de 11 a 12 anos. 2. Treinamento I e II: de 13 a 15 anos. Controle de corpo � Corridas (frente, costas e lateral), parada brusca (técnica de apoio/transferência de peso, saída rápida, corrida em zigue- zague, movimento de braços – defesa); � deslocamentos defensivos (pernas/pernas e braços), salto com impulsão 2 pés; � salto com impulsão 1 pé; � salto com dois tempos rítmicos; � finta (ginga do corpo); � pé de pivô; � movimentos combinados (coordenação braço e pernas); � giros, mudanças de direção, mudanças de ritmo e saltos sucessivos. Manejo de bola Habilidades: � sem deslocamento (manuseio de bola); � sem deslocamento e mudança de plano (cabeça, tronco e pernas); � de segurar a bola (posição de dedos, mãos, dedos e pernas); � para passar e/ou driblar; � com bola em deslocamento; � estática com 2 ou 3 bolas; � em deslocamento com 2 ou 3 bolas. Quadro 2. Conteúdos específicos do modelo 2 (Continua) 5Organização, controle e avaliação de equipes Quadro 2. Conteúdos específicos do modelo 2 Drible � Alto em linha reta; � baixo em linha reta; � com mudança de direção; � com giro; � em zigue-zague; � com mudança de ritmo; � com habilidades diversas. Passe Passes: � com ambas as mãos à altura do peito; � picado; � por cima da cabeça; � com uma das mãos; � por trás do corpo. Arremesso � Bandeja; � jump; � lance livre; � gancho. Rebote � Posicionamento; � bloqueio;� sincronismo do salto; � proteção de bola; � primeiro passe. Funda- mentos individuais de defesa � Posição legal de defesa; � deslocamentos na posição de defesa; � movimentos dos braços; � movimentos de ajuda; � movimentos de cobertura; � dobrar a marcação no jogador com posse de bola. Funda- mentos individuais de ataque � Movimentos de fintas sem bola, corta-luz, corta-luz e giro para a cesta. Situação de jogo � Igualdade: 1x1; 2x2; 3x3; 4x4. � Desigualdade: 2x1; 3x1; 3x2; 4x3 (também usados no trabalho de contra-ataque). (Continua) (Continuação) Organização, controle e avaliação de equipes6 Fonte: Adaptado de Ferreira e Rose Jr. (2010). Quadro 2. Conteúdos específicos do modelo 2 Contra- ataque � Situações de desigualdade; � linha de 2; � linha de 3 com chegada do quarto jogador e quinto jogador; � trailler. Sistema de defesa Individual, zona e pressão. Sistema de ataque Ataque contra a defesa individual, contra a defesa por zona e contra a defesa sob pressão. (Continuação) Desenvolvimento e organização de equipes no basquete O basquete atual apresenta uma grande movimentação mundial de atletas, com aumento da adesão de europeus, asiáticos e sul-americanos na NBA e WNBA, além de vários outros centros (FERREIRA; ROSE JR., 2010). No basquete masculino, o destaque é os Estados Unidos, acompanhado da Rússia, e dos países oriundos da antiga Iugoslávia, como Sérvia e Croácia. No- vas forças surgiram na Espanha, Lituânia e Grécia. Como nações emergentes, são destacadas a França, Alemanha, Turquia e Eslovênia, na Europa, Austrália e Nova Zelândia, na Oceania, e China, na Ásia. Nas Américas, a Argentina foi o país de destaque nos últimos dez anos. O Brasil, neste momento e contexto, teve declínio significativo (FERREIRA; ROSE JR., 2010). No basquete feminino, os Estados Unidos também lideram, bem como Austrália e Rússia mantêm níveis altos, e o Brasil passa por uma fase de transição. Espanha, China, República Tcheca, França, Bielorússia e China estão em desenvolvimento acelerado. A Argentina se destaca, com a melhora do rendimento no basquete masculino na última década. Características do basquete e organização da equipe O basquete é um esporte dinâmico, que requer uma prática com desempenho tanto físico quanto motor, incluindo aspectos cognitivos. É formado por um somatório de habilidades e ações que, por si só, constituem unidades repre- 7Organização, controle e avaliação de equipes sentativas e totais. Os esforços são fortes e curtos, de várias cadências, o que caracteriza uma atividade predominantemente anaeróbia, com maior demanda dos membros inferiores (FERREIRA; ROSE JR., 2010). As capacidades físicas de destaque no basquete são: força (de salto, velo- cidade e resistência), velocidade (de reação, ações acíclicas e específicas no jogo) e resistência (aeróbia, anaeróbia, de velocidade, de salto). Além disso, é essencial ter capacidade de coordenação, como: agilidade, ritmo, junção de coordenação visomotora, óculo-manual e diferenciação de imagem-campo (FERREIRA; ROSE JR., 2010). Especificamente, o jogo apresenta características específicas e regras básicas, resumidas a seguir (FERREIRA; ROSE JR., 2010). � 12 jogadores por equipe, com a obrigatoriedade de iniciar a partida com cinco jogadores. � Número ilimitado de substituições. Nos campeonatos das categorias pré-mini, mini e mirim, realizados pela Federação Paulista de Basquete, é obrigatória a participação de, no mínimo, 10 jogadores. � O jogo é composto de quatro períodos de 10 minutos, com intervalos de dois minutos, entre o 1º e 2º quartos e o 3º e 4º quartos, e de 15 minutos, entre o 2º e 3º quartos. � Nas categorias pré-mini e mini, masculinas, cada atleta pode participar, no máximo, de dois períodos completos de cada jogo, que ficam a critério de escolha do técnico. � Nas categorias mirim masculina, mini e mirim femininas, é obrigatória a participação com o mínimo de 10 atletas em um período completo e, no máximo, três períodos completos de cada jogo. � Uma equipe com posse de bola tem 24 segundos para realizar o ataque, incluídos os 8 segundos para que a equipe ultrapasse a quadra de defesa para a de ataque. � Em caso de empate, ao final do tempo normal, há prorrogações de 5 minutos, até que surja um vencedor. � Uma cesta de campo vale 2 ou 3 pontos, dependendo da região em que for convertida. Na situação de lance livre, a cesta vale 1 ponto. � Violações são infrações às regras técnicas e não são anotadas na súmula, sendo que as principais são: andada, drible ilegal, condução ilegal de bola, três segundos, volta de bola, violações de tempo (oito segundos para ultrapassar a quadra de defesa para o ataque, e 24 segundos para realizar o ataque). Organização, controle e avaliação de equipes8 � Uma falta é uma infração às regras, levando em consideração contato pessoal ilegal, com um adversário e/ou comportamento antidesportivo. As faltas têm punição diferenciada. Um atleta que cometer cinco fal- tas é desclassificado do jogo (com direito à substituição). A partir da quarta falta coletiva, em cada quarto, a equipe que cometeu é punida com lances livres. � Uma partida de basquete é dirigida por dois oficiais de quadra (árbitros) e três oficiais de mesa (apontador, cronometrista e operador de 24 segundos). Em competições internacionais e algumas nacionais são utilizados três árbitros (Quadro 3). Membros de uma partida Função Oficiais, oficiais de mesa e comissário Oficiais: um árbitro principal (crew chief ) e um ou dois fiscais recebem auxílio dos oficiais de mesa, e um comissário, se presente. Oficiais de mesa: um apontador, um assistente de apontador, um cronometrista e um operador de 24 segundos. Comissário: senta entre o apontador e o cronometrista e supervisiona o trabalho dos oficiais de mesa, auxilia o árbitro principal (crew chief ) e o(s) fiscal(is) durante a partida. * Árbitros: responsáveis pelo cumprimento das regras do jogo, sendo que o principal supervisiona, com auxílio de dois árbitros auxiliares. Cada árbitro fica responsável por uma zona da quadra, cabendo a eles tomarem decisões em relação às faltas, violações, dentro e fora da quadra, bem como indicar validade de pontos em tentativas de arremessos (2 ou 3 pontos), com controle de reposição de bola durante. Quando ocorrem divergências em marcações, o árbitro principal avisa a mesa sobre a decisão. No início do jogo, é o árbitro principal que lança a bola ao alto. Apontador e assistente de apontador Apontador: faz o registro de súmulas, faltas, substituições, etc. Assistente: auxilia o apontador e opera o placar. Quadro 3. Comissão técnica do basquete e suas respectivas funções (Continua) 9Organização, controle e avaliação de equipes Quadro 3. Comissão técnica do basquete e suas respectivas funções Membros de uma partida Função Principais membros de uma equipe Técnico e assistente Técnico: entrega ao apontador a lista com a identificação dos membros da equipe e indica os cinco jogadores que iniciam o jogo em cada equipe. Somente o técnico ou o assistente podem: permanecer em pé durante partida; ir até a mesa de controle para pedir informações, quando o jogo está parado; dirigir-se aos jogadores verbalmente. Somente técnicos, assistentes técnicos, substitutos, jogadores excluídos e acompanhantes de equipe podem sentar-se no banco da equipe e permanecer dentro dessa área. Quando o capitão deixar a quadra de jogo, o técnico deverá informar a um oficial o número do jogador que atuará como capitão na quadra de jogo. Ele também deverá designar o arremessador de lance livre de sua equipe em todos os casos em que esse não estiver determinado pelas regras (CBB, 2017). Assistente: substitui o técnico, quando necessário, e/ou presta auxílio. Jogadores e substitutos Cada equipe deve contar com 10 jogadores, sendo cinco titulares (iniciam a partida) e cinco substitutos. Os jogadores em quadradesempenham as seguintes funções. � Armador: tem a responsabilidade de fazer a bola chegar a seus companheiros, buscando a melhor posição possível para poderem encestar, pois é quase sempre ele que melhor maneja e passa a bola. � Ala-armador: é responsável por auxiliar o armador nas saídas de bola, podendo substituí-lo nessa função, em caso de marcação avançada da equipe rival, e também tem a função de pontuar. � Ala: é o jogador rápido e habilidoso, que mais se aproxima dos dois extremos das posições do basquete e dos armadores, além de alto e forte, ficando mais perto dos pivôs. � Ala-pivô: além de pegar rebotes constantemente, o ala- pivô dá aquele último passe facilitador, arremessa de fora e até corta em direção à cesta, aumentando sua gama de ataques. (Continua) (Continuação) Organização, controle e avaliação de equipes10 Fonte: Adaptado de CBB (2017) e Dicionário Olímpico (2019). Quadro 3. Comissão técnica do basquete e suas respectivas funções Membros de uma partida Função Principais membros de uma equipe Jogadores e substitutos � Pivô: defensivamente, o pivô tem o papel central na proteção do garrafão de seu time, das investidas dos jogadores do perímetro e marcando, homem a homem, os jogadores de garrafão adversários. No ataque, um bom jogo de pernas e boas armas de finalização, quando de costas para a cesta, fazem um jogador dessa posição ser uma boa opção ofensiva. (Continuação) Leia mais sobre as funções de cada membro da comissão técnica no basquete no link a seguir. https://qrgo.page.link/YHqvw Fatores condicionantes ao desempenho das equipes no basquete Preparação da equipe para o jogo Há uma tendência a se considerar, de senso comum, que a simples execução prática seja uma qualificação suficiente para um bom professor/técnico. Ele deve, sim, ter titulação devidamente reconhecida, além de conhecimento efetivo sobre a execução prática que pretende ensinar ou introduzir. Nesse contexto, o seguinte acróstico é sugerido: 11Organização, controle e avaliação de equipes I — introdução da técnica; D — demonstração da técnica; E — explicação da técnica; A — ajuda aos alunos/jogadores a praticarem a técnica. Introdução da técnica: os alunos/jogadores iniciantes precisam compreender o que estão aprendendo e o porquê. Para isso, o professor/técnico deve seguir os seguintes passos. a) Manter os alunos/jogadores atentos. b) Iniciar destacando o nome da técnica. c) Dar explicação clara sobre a relevância da técnica. Para manter a atenção dos alunos/jogadores, principalmente dos jovens que tem uma facilidade grande de dispersão, é necessário optar por metodo- logias “chamativas”, como notícias que possam interessar, histórias, piadas ou, mesmo, uma fala com entusiasmo. O importante é demonstrar exaltação e olhar nos olhos da assistência no momento da comunicação. É fundamental que os alunos/jogadores estejam posicionados de maneira que favoreça a visualização direta do professor/técnico, que deve perguntar se todos têm a mesma percepção, antes de começar a falar (AMERICAN SPORT EDUCA- TION PROGRAM, 2000). Em relação ao nome da técnica, é importante definir a terminologia que será considerada, tendo em vista outras possibilidades comuns, para que não cause confusão na compreensão dos alunos/jogadores. Demonstração da técnica: é considerada a parte mais representativa do ponto de vista técnico, sobretudo para os jovens, em razão da novidade. Quem nunca praticou uma atividade precisa iniciar a familiarização com imagens, e não somente com a fala. As seguintes sugestões podem tornar mais a compreensão inicial mais eficiente. Organização, controle e avaliação de equipes12 � Demonstrar a técnica corretamente. � Fazer várias demonstrações. � Realizar as demonstrações de forma lenta para melhor visualização de cada fase do movimento. � Executar a técnica em vários ângulos, para permitir uma visão global dos movimentos. � Fazer as demonstrações com ambas as mãos. Veja, no Quadro 4, o grau de aprendizado, tendo em vista os métodos de ensino usados por técnicos esportivos. Fonte: Adaptado de American Sport Education Program (2000). Métodos de ensino usados por técnicos Graus de aprendizado Nada Muito baixo Apenas explicar Baixo Explicar e demonstrar Médio - Explicar e orientar Médio + Explicar, orientar e demonstrar Alto Quadro 4. Métodos de ensino usados por técnicos esportivos Explicação da técnica: direciona os alunos/jogadores a aprenderem de forma efetiva, principalmente associada à demonstração. As palavras utilizadas devem ser o mais simples possível e associadas a outras aprendidas anterior- mente. O professor/técnico deve sempre perguntar sobre a compreensão geral e individual, pedindo que repitam as descrições. As técnicas mais complexas normalmente são mais bem compreendidas, quando as partes menos complexas são explicadas, conforme o exemplo a seguir. 13Organização, controle e avaliação de equipes Um professor que quer ensinar aos seus alunos/jogadores a mudar de direção, quando quicam a bola, pode seguir os passos abaixo (AMERICAN SPORT EDUCATION PROGRAM, 2000). a) Mostre para eles a execução correta de toda a técnica e explique sua função no basquete. b) Divida a técnica e aponte as suas partes componentes aos seus alunos/jogadores. c) Faça com que os alunos/jogadores executem cada componente da técnica que você ensinou, como driblar enquanto correm, trocar as mãos que quicam a bola enquanto mantêm a cabeça erguida, e movimentar os pés para mudar de direção. d) Depois de os alunos/jogadores terem demonstrado suas habilidades executando as partes da técnica em sequência, reexplique a técnica inteira. e) Faça com que os alunos/jogadores pratiquem a técnica. Ajuda aos jogadores a praticar a técnica: envolve uma boa iniciação, desde a introdução, a demonstração, até a explicação, estando os alunos/jogadores preparados para a execução propriamente dita. Nas primeiras tentativas, alguns deles podem precisar de direcionamentos individuais, por insegurança natural inicial. O dever do professor/técnico não finaliza quando todos os alunos/jogadores demonstram a técnica, sendo esse um momento importante para observações e devidas correções. Logo, o professor/técnico deve dar um feedback que sugira as adequações e mantenha a motivação do aluno/jogador. Portanto, um planejamento desde a fase inicial deve anteceder a prática, garantindo a organização de todo o processo e, sobretudo, o alcance das metas preconizadas. O basquete é constituído por fundamentos que devem evoluir para situações de jogo específicas, que passam a requerer, cada vez mais, organização derivada de aspectos táticos: ataque e defesa. Toda essa base depende, essencialmente, do desenvolvimento satisfatório de capacidades motoras condicionantes e coordenativas. Na prática do basquete, há corridas, saltos e lançamentos, ou seja, movimentos básicos do ser humano, que acontecem individualmente e/ ou combinados, em deslocamentos considerando diversas direções, saltos para rebote, arremessos à cesta, etc. Vale destacar a variação de cadências no basquete, bem como a intensidade na execução das ações (ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005). Organização, controle e avaliação de equipes14 A tática no basquete sinaliza situações que acontecem no jogo, que englo- bam os sistemas defensivos e ofensivos, situações em grupo, como marcações por zona 2×2 e 3×3, bem como individuais (FERREIRA; ROSE JR., 2003). A tática individual faz referência à aptidão que um atleta possui de executar os fundamentos do jogo, conforme a sua posição na quadra, a atitude de seu adversário ou o contexto do jogo. Já a tática em grupo reúne jogadores em situações 2×2 ou 3×3, em níveis de maior complexidade e que solicitam maior sincronismo dos movimentos (FERREIRA; ROSE JR., 2003). Assim, a tática coletiva se apoia na individual, porém deve ser abordada pela perspectiva da equipe. A tática individual (execução individual do fun-damento) e a coletiva (execução dos fundamentos que envolvem a equipe) juntas incluem o momento inicial, no qual o jogador mantém a sua atenção na quadra, observando o posicionamento e o perfil dos jogadores em geral (companheiros e adversários). Na sequência, define-se o que fazer de acordo com as observações iniciais e, finalmente, executa-se o gesto técnico, repre- sentando o elemento central da tática: a tomada de decisão (FERREIRA; ROSE JR., 2003). A tática representa a visão particular em relação ao todo, e a estratégia aparece como uma consideração global, que pode ser constituída por um obje- tivo principal e planejamento prévio a curto, médio e longo prazo. Portanto, a estratégia, basicamente, significa saber fazer (FERREIRA; ROSE JR., 2003). Dentre as estratégias que favorecem a marcação de pontos, por exemplo, destacam-se a velocidade, os lançamentos e a diminuição na diferença de pontos. Entretanto, com vistas a bloquear os sistemas defensivos, as táticas defensivas passam a representar os fatores principais do perfil de jogo de uma equipe (REIS, 2009). O basquete é uma modalidade que reúne aptidões físicas, perceptivas e cognitivas, em alta intensidade, com padrão de habilidades motoras finas, sobretudo de membros superiores. Em geral, todos os jogadores percorrem em torno de 5.551 km durante um jogo de alto nível, com pouca variação, dependendo da posição/função de cada jogador dentro da quadra. Normal- mente, os armadores percorrem em torno de 5.162 km; laterais ou alas, em média 5.273 km; e os pivôs chegam a 6.106 km, por se deslocarem de tabela a tabela, considerando os rebotes ofensivos e defensivos que estão sob sua responsabilidade. O número de saltos de armadores acontecem em torno de 25 vezes no jogo, laterais, cerca de 30 vezes, e a média dos pivôs é de 36 vezes, devido à maior demanda de deslocamentos e responsabilidades. 15Organização, controle e avaliação de equipes A maior parte da energia utilizada no basquete tem sua origem nos estoques musculares (ATP/CP – energia em curto prazo: anaeróbias), não menosprezando as atividades aeróbias. A predominância de níveis submáximos de sobrecarga, no basquete, solicita uma recuperação de, no mínimo, 24 horas, sobretudo para o aluno/jogador que participa de forma ativa no jogo. Caso esse tempo de participação seja menor, o período de recuperação diminui proporcionalmente. Assim, para o aluno/jogador estar apto a participar efetivamente de um jogo, deve apresentar um bom condicionamento físico, que transita entre três capacidades básicas motoras condicionantes: força, resistência e velocidade (ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005). A essência da preparação física no basquete é que o jogador consiga executar os fundamentos com o máximo de precisão durante uma partida, destacado o desenvolvimento de resistência, predominantemente anaeróbia. Sob a pers- pectiva psicológica, a prática do basquete reúne as capacidades físicas do jogador e suas percepções próprias em manifestações globais. Trata-se de o jogador ter ciência acerca dos processos fisiológicos que ocorrem na prática, como em situações que envolvem força e velocidade — por exemplo, em im- pulsão vertical no rebote, qual via energética é utilizada. Portanto, a cognição interfere na consciência do jogador, tendo em vista a representação das suas capacidades físicas, bem como na qualidade da sua percepção especializada (RUDIK, 1990). Considerando a força, a velocidade e a resistência como capacidades es- senciais na preparação física do basquete, são apresentadas, no Quadro 5, as associações com os aspectos psicológicos, uma vez que eles se inter-relacionam na prática. Veja um exemplo de resistência associando aspectos psicológicos. Imagine um armador com posse de bola ao chegar ao ataque, a magnitu- de das tensões dos diferentes grupos musculares, a duração dos esforços, que se desenvolvem conservando o trabalho produtivo, a velocidade de alterações, entre tensão e relaxamento em conjunto, tudo isso deve ser transformado em dados de consciência, pela atenção concentrada do atleta (ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005, p. 181). Organização, controle e avaliação de equipes16 Fonte: Adaptado de Rose Júnior e Tricoli (2005). Força Velocidade Resistência A estrutura psicológica de força relaciona esforços musculares máximos, distribuídos e dosados, que se manifestam nas aplicações de força máxima, como ocorre nos saltos. Quanto aos esforços distribuídos, trata-se de exigência parcial dessa capacidade, em treinamentos com 70% da força máxima. No terceiro grupo de esforços, estão os que solicitam diferenciação detalhada dos elementos capazes de garantir o controle exato para a execução de um passe longo, como no contra-ataque. A estrutura psicológica de velocidade é definida pela junção de sinalizadores de tempo (duração e ritmo). No basquete, a estrutura está associada, por exemplo, ao tempo de duração da execução de um arremesso ou ao tempo necessário para a conclusão de uma infiltração, antes que defensor a alcance, envolvendo a velocidade de deslocamento, de execução de movimento, entre outras situações. Em relação à resistência, não é identificada uma expressão nítida, psicológica, entretanto há consenso de que esteja condicionada à complexidade e intensidade da duração dos esforços musculares, os quais normalmente se diferenciam na resistência de força, velocidade e força/ velocidade. Dessa forma, cada uma delas, com suas características específicas interativas, sobretudo no esporte como o basquete, se manifestam em situações complexas. Por isso, a percepção de capacidades predominantes requer alto nível de atenção. Quadro 5. Força, velocidade e resistência, relacionando aspectos psicológicos Em relação às capacidades coordenativas ou psicomotoras, destacam-se: � percepção espaço-temporal; � seleção imagem-campo; � coordenação multimembros; � coordenação óculo-manual; � destreza manual; � estabilidade braço/mão; � precisão. 17Organização, controle e avaliação de equipes Sobre as habilidades psicológicas, destaca-se a necessidade de desen- volvimento, quando a defesa reage de forma rápida e antecipa o ataque, na interceptação de um passe ou em mudanças de atenção, tendo em vista as transições dos atacantes, e vice-versa. Ao final do jogo, com placar adverso, há empenho dos competidores até o último segundo, muitas vezes, conseguindo vencer com um ponto de vantagem. Esse nível de rendimento depende da capacidade de trabalho, tanto físico como psicológico do atleta, que pode melhorar “[...] por um processo de treinamento esportivo, que é desenvolvido buscando equilibrar, acertadamente, as tarefas da preparação física, técnica e tática, considerando as particularidades psicológicas de cada uma delas [...]” (ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005, p. 178). Para exemplificar a utilização e combinação dessas diversas capacida- des será utilizada a situação de lance livre: o executante deve perceber o espaço existente, entre o local do arremesso e a cesta; selecionar a imagem do aro em um campo visual amplo; coordenar as ações dos membros inferiores e superiores; finalizar o arremesso (ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005, p. 6). Formas didático-metodológicas de ensinar e treinar o basquete As seguintes formas didático-metodológicas de ensinar o basquete, conforme descritas no Quadro 6, são destacadas quanto à forma centrada: nas técnicas, no jogo formal e nos jogos condicionados (GARGANTA, 1995). Sobre a metodologia considerada ideal, não há exatamente um consenso que afirme ou confirme o efeito de uma aplicação prática mais eficiente. Acredita-se que deve existir sistematização e organização dos conteúdos, bem como dos métodos, que conduzam a uma prática prazerosa e equilibrada e na aplicação dos conteúdos, visando a evitar a evasão precoce da prática (OLIVEIRA, 2007). Organização, controle e avaliação de equipes18 Fonte: Adaptado de Garganta (1995).Forma centrada nas técnicas Forma centrada no jogo formal Forma centrada nos jogos condicionados Características � Das técnicas analíticas para o jogo formal; � jogo decomposto em elementos técnicos; � hierarquização das técnicas. � Do jogo para as técnicas sem decompor em partes; � a técnica surge para responder a situações globais não orientadas. � Do jogo para as situações particulares; � jogo decomposto em unidades funcionais (de complexidade crescente); � os princípios do jogo regulam a aprendizagem. Consequências � Ações de jogo mecanizadas e pouco criativas; � comporta- mentos este- reotipados; � problemas na compreensão do jogo. � Jogo criativo, com base individualista; � anarquia tática; � descoordena- ção das ações coletivas. � Técnicas surgem em função da tática, de forma orientada e provocada; � inteligência tática; � correta interpretação; � aplicação dos princípios do jogo; � viabilização das técnicas; � criatividade nas ações de jogo. Quadro 6. Formas didático-metodológicas de ensinar e treinar o basquete 19Organização, controle e avaliação de equipes As metodologias no basquete não devem ser estruturadas somente com base nos elementos técnicos, principalmente ao final da fase de iniciação. Devem, sim, estabelecer relações que garantam ao aluno/jogador compreender a logística do jogo. Dessa maneira, conjetura-se que as técnicas emergem pela tática, com orientação partindo do pressuposto de que essa dá sentido à lógica do jogo, e não a técnica (GARGANTA,1995). Estrutura do jogo Assim como outros jogos, o basquete estabelece relações importantes entre aspectos pedagógicos, biomecânicos, táticos, técnicos, psicológicos e sociais. Em geral, todos eles contribuem para uma melhor eficácia no jogo. Trata-se de uma estrutura baseada em aspectos técnicos, situações de jogo e tática, conforme demonstrado na Figura 1, a seguir. Esses aspectos devem ter como base a situação real do jogo, porque é isso que define tanto o trabalho quanto a maneira que as atividades e os exercícios vão sendo propostos, tendo em vista as fases de aprendizagem. Figura 1. Estrutura do jogo. Fonte: Adaptada de Ferreira e Rose Jr. (2010). Estrutura do jogo Fundamentos Situação de jogo Aspectos táticos – Defesa – Ataque – 1×1 – 2×2 – 3×3 Sistemas: – Defesa – Ataque Organização, controle e avaliação de equipes20 Para que o aluno/jogador consiga realizar execuções corretas de um ou mais fundamentos do basquete, individual ou coletivamente, é preciso planejar uma evolução progressiva, passando pelas fases de aprendizagem (1), fixação (2) e aperfeiçoamento (3) (FERREIRA; ROSE JR., 2010). 1. A fase de aprendizagem não determina um único método a ser seguido. Os estudos demonstram uma variedade de métodos e, sobretudo, di- vergências entre eles. Portanto, cada situação de treinamento deve ser considerada em particular. 2. A fase de fixação requer a aprendizagem consolidada do aluno/jogador, com habilidades desenvolvidas para a execução de gestos específicos do basquete. A prioridade está em realizar gestos globais e associar os fundamentos individuais e as situações de jogo. 3. A fase de aperfeiçoamento deve oportunizar ao aluno/jogador o máximo de aplicações práticas dos fundamentos da modalidade, bem como as suas possibilidades em situações de jogo. Na fase de aprendizagem, são considerados fundamentos simples, controle de corpo, manejo de bola, drible, passes e fundamentos individuais de defesa. Além desses, os fundamentos mais complexos, bandeja, arremesso com uma das mãos, jump e rebote. Independentemente do nível de complexidade do fundamento, o foco deve ser mantido na assimilação do gesto motor. Na fase de fixação, é essencial estabelecer relação entre os fundamentos do jogo, propondo situações entre duplas e trios, com a combinação deles. Na fase de aperfeiçoamento, a execução dos fundamentos deve envolver todas as capacidades físicas das fases anteriores, identificando as características gerais e contínuas do aluno/jogador. Fonte: Ferreira e Rose Jr. (2010, p. 18-20). 21Organização, controle e avaliação de equipes AMERICAN SPORT EDUCATION PROGRAM. Ensinando basquetebol para jovens. 2. ed. Barueri: Manole, 2000. CBB. Regras oficiais de basquetebol 2017. [S. l.]: CBB, 2017. Disponível em: http://www. cbb.com.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=MzUx. Acesso em: 16 maio 2019. DICIONÁRIO OLÍMPICO. Basquetebol. [2019]. Disponível em: http://www.dicionarioo- limpico.com.br/basquetebol/cenario/arbitragem-2. Acesso em: 16 maio 2019. FERREIRA, A. E. X.; ROSE JR., L. D. Basquetebol: técnicas e táticas: uma abordagem didático-pedagógica. São Paulo: EPU, 2003. FERREIRA, A. E. X.; ROSE JR., L. D. Basquetebol: técnicas e táticas: uma abordagem didático-pedagógica. 2. ed. São Paulo: EPU, 2010. GARGANTA, J. Para uma teoria dos jogos desportivos coletivos. In: GRAÇA, A.; OLIVEIRA, J. (ed.). O ensino dos jogos desportivos coletivos. Porto: Universidade do Porto, 1995. OLIVEIRA, V. O processo ensino-treinamento da técnica e da tática no basquetebol do Brasil: um estudo sob a ótica de professores do Ensino superior e técnicos de elite. 2007. Tese (Doutorado em Educação Física) — Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007. REIS, C. P. Defesa do basquetebol: uma abordagem técnica, táctica e de ensino-apren- dizagem. EFDeportes.com: Revista Digital, Buenos Aires, ano 14, n. 132, mayo 2009. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd132/defesa-do-basquetebol-tecnica- -tactica.htm. Acesso em: 16 maio 2019. ROSE JUNIOR, D.; TRICOLI, V. (org.). Basquetebol: uma visão integrada entre ciência e prática. Barueri: Manole, 2005. RUDIK, P. A. Fundamentos psicológicos de la enseñanza y el perfeccionamiento en el deporte. In: RUDIK, P. A. (org.). Psicología. Havana: Editorial Planeta, 1990. p. 364-374. Leituras recomendadas BEZERRA, M. Basquetebol: 1000 exercícios. 4. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2009. BIZZOCHI, C. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. 3. ed. São Paulo: Ma- nole, 2008. COUTINHO, N. F. Basquetebol na escola. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2007. Organização, controle e avaliação de equipes22
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