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Rinite Alérgica

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Laís Kemelly – M14 FEBRE 
P5 Intermediária 
 
 
Introdução 
A rinite é bastante prevalente em todo o mundo e 
se caracteriza por intenso processo inflamatório 
da mucosa nasal. 
• Cerca de 19% - 38% dos pacientes com 
rinite alérgica podem ter asma 
A doença é mais prevalente em grandes centros 
urbanos e tem aumento de prevalência nos meses 
mais frios do ano. 
Fisiopatologia 
A rinite alérgica é uma reação de 
hipersensibilidade do tipo I e o mecanismo 
imunológico envolvido é mediado por anticorpos 
da classe IgE. 
O indivíduo geneticamente predisposto inspira o ar 
do ambiente, contendo alérgenos, levando a 
formação de anticorpos IgE. 
• Alérgenos mais comuns: ácaros, fungos, 
epitélio, saliva, urina de animais, barata e 
pólens 
Nos indivíduos sensibilizados, os sintomas 
aparecem logo após a exposição (15 a 30 minutos), 
sendo uma reação de hipersensibilidade imediata. 
Essa resposta envolve as seguintes fases: 
• Fase de sensibilização: reconhecimento 
antigênico e produção de IgE específica, 
que se liga a receptores de mastócitos 
• Fase efetora: o contato com o alérgeno 
leva à desgranulação de mastócitos, com 
liberação de vários mediadores 
responsáveis pelos sintomas e, também, por 
amplificar a resposta alérgica. 
As consequências dessas respostas são: 
• Intenso infiltrado inflamatório na mucosa 
nasal 
 
 
 
• Liberação de citocinas 
• Recrutamento, ativação e diferenciação de 
eosinófilos, linfócitos e mastócitos 
• A ativação dessas células repercute na 
liberação de mediadores inflamatórios 
o Histamina 
o Leucotrienos cisteínicos 
Quando esse processo inflamatório se estende e 
compromete a mucosa dos seios paranasais, temos 
a rinosinusite, que compromete: 
• Qualidade das secreções nasais 
• Função ciliar 
• Patência dos óstios de drenagem 
Durante o processo inflamatório, o clearence 
mucociliar fica comprometido. Isso acontece 
porque a secreção nasal fica mais espessa e os 
batimentos mucociliares reduzem para menos 
de 300/minuto (o normal é 700). 
Quadro Clínico 
• Prurido nasal intenso 
• Espirros em salva 
• Obstrução e coriza nasal 
• Lacrimejamento 
• Prurido ocular, no conduto auditivo, palato 
e faringe 
O paciente também pode apresentar os estigmas de 
doenças atópicas: 
• Prega transversa sobre o nariz 
• Cianose da região periorbital 
• Linhas de Dennie-Morgan 
• Fácies alongada 
• Respiração bucal 
 
Rinite Alérgica 
Laís Kemelly – M14 FEBRE 
P5 Intermediária 
Classificação 
 
Diagnóstico 
 
Tratamento 
 
Controle ambiental 
Consiste na identificação dos alérgenos 
responsáveis pelo quadro clínico. Geralmente 
envolve: 
• Redução da exposição aos ácaros da poeira, 
fungos, antígenos de animais e insetos 
• Revestimentos de colchões e travesseiros 
com material impermeável aos ácaros 
 
 
Corticoesteróides 
É a medicação de escolha para o tratamento de 
manutenção da rinite alérgica. 
Eficaz para: redução da coriza, espirros e prurido, 
com melhora dos sintomas após seis a oito horas da 
administração inicial. 
Efeitos colaterais: 
• Ressecamento de mucosa 
• Sensação de queimação 
• Sangramento discreto 
Os corticoesteróides tópicos de uso nasal 
disponíveis no Brasil são: 
• Dipropionato de beclometasona 
• Budesonida 
• Acetonido de triancinolona 
• Propionato de fluticasona 
• Furoato de mometasona 
Anti-histamínicos 
Opção de escolha para alívio das exacerbações ou 
para o tratamento dos pacientes com sintomas 
leves ou intermitentes. Como dito antes, a 
histamina é o principal mediador da resposta 
imediata da reação alérgica, desencadeando os 
sintomas. Portanto, o bloqueio de seu receptor 
alivia essa sintomatologia. 
Quanto aos efeitos colaterais, a sonolência é 
comum nos anti-histamínicos de 1ª geração devido 
a sua lipossolubilidade (atravessam barreira 
hematoencefálica e aí soninho). 
Descongestionantes 
São disponíveis para uso oral e intranasal (famoso 
neosoro). São agonistas alfa-adrenérgicos e 
causam vasoconstrição, levando a diminuição na 
congestão nasal mas sem atuar no prurido, espirros 
e rinorreia. Sua utilização não deve se estender por 
mais de três a cinco dias. 
• Seu uso regular ou prolongado pode levar a 
uma rinite medicamentosa, causada pela 
congestão rebote. 
Não é indicado como tratamento de longo prazo, 
mas pode ser associado aos anti-histamínicos nos 
pacientes com congestão nasal pronunciada.

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