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AULA 2 – ANAMNESE NEUROLÓGICA É uma abordagem anatômica fisiológica etiológica. Qual a primeira pergunta a ser respondida em todo paciente com doença neurológica? ONDE ESTÁ A LESÃO? 80% do diagnóstico na neurologia é dada só com a anamnese e o exame físico. · IDENTIFICAÇÃO · Nome · Idade · Sexo (existem doenças neurológicas que tem prevalências no sexo feminino e outras com prevalência no sexo masculino. Ex: Uma paciente chega se queixando de cefaleia com perda visual, é gordinha e de baixa estatura penso em pseudo tumor) · Cor (existem doenças neurológicas que tem prevalências em negros e existem doenças neurológicas que tem prevalências em brancos) · Procedência (um paciente que veio do Nordeste com uma diminuição de força nos membros superiores, a primeira coisa que se observa é que ele tem pescoço curto lesão cervical) · Profissão (pedreiro dor lombar hérnia) · Grau de escolaridade · Mão preferencial Saber a dominância hemisférica do paciente: se ele é destro 100% hemisfério dominante do lado esquerdo. Se ele é sinistro/canhoto 70% do hemisfério dominante é o esquerdo e 30% é o direito. EXEMPLO: Paciente chega plégico do lado esquerdo, ele vai estar falando ou não? DEPENDE se o paciente for destro ou sinistro. Se ele for destro, o hemisfério dominante junto com a área de broca é o esquerdo. Se está plegico do lado esquerdo em que lado do cérebro que afetou? O direito se ele é destro não irá afetar a área da fala. Se ele é canhoto/sinistro e está plégico do lado esquerdo ele te, 30% de chances de estar falando e 70% de chances de não estar falando. Como começou a doença? (progressiva? pensar em tumor, algo genético. Aguda? pensar em algo vascular) / época / modo de início / evolução / cronológica Relação causa e efeito Aguda / subaguda / crônico e gradual Em surtos x Períodos de remissão as doenças cerebrais, principalmente as dismielinizantes vem as vezes com um surto (paciente abre o quadro, de repente melhora, depois de alguns meses volta de novo) Fatores agravantes / desencadeantes Localização principalmente o lado do corpo · Local do corpo do qual paciente sente a anormalidade Estado mental Nível de consciência: alerta, confuso, sonolento, torporoso, comatoso Orientação: tempo, pessoa e espaçoAvalia um caso demencial Memoria Linguagem e fala: dislalia, disartria, afasia Existem vários testes demenciais, mas o mais utilizado é o Mini Mental: · Mini exame mental: 0 a 30 nível universitário: 26 normal; Analfabeto: 16 normal. Nervos cranianos I – Olfatório é o mais difícil de avaliar no consultório II – Óptico analisar a pupila/reação a luz, colocar a lanterna no olho pra ver se faz miose ou midríase III – Oculomotor / IV – Troclear / VI – Abducente pedir para o paciente olhar reto, segurar a cabeça do paciente (principalmente idoso e criança) e então pede para o paciente acompanhar com o olho o seu dedo. Fazer um “H”, um “X” V – Trigêmio sensibilidade e mastigação VII – Facial pedir para o paciente fazer careta: franzir a testa VIII – Vestíbulococlear observar o equilíbrio do paciente quando o mesmo entrar no consultório. Alguns testes: Romberg (paciente parado: ver se ele consegue se equilibrar, depois pede pra ele fechar o olho e dá um leve empurrão – se ele ir pra trás e voltar OK se houver um grande desequilíbrio PESQUISAR) IX – Glossofaríngeo X – Vago espátula para avaliar a úvula do paciente (já analisando o glossofaríngeo e o hipoglosso) se ele quiser vomitar quer dizer que o nervo vago está funcionando perfeitamente XI – Acessório movimentação do pescoço XII – Hipoglosso · Sistema motor Força muscular flexão e extensão no nível das principais articulações ESCALA DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR · A melhor nota é sempre 5 · Tônus muscular Movimentação passiva ao nível das articulações Mexer no paciente e ver se ele tem resistência. Quando o paciente tem um Parkinson ele é tão rígido que você tem o sinal da roda dentada, pode ocorrer o sinal do canivete (paciente começa rígido e de repente solta) ESCALA DE ASHWORTH grau de tônus muscular · Reflexos Não é necessário ver todos os reflexos do paciente, a não ser que o mesmo tenha uma queixa específica. Exemplo trauma raquimedular: ver todos os reflexos Reflexos tendinosos profundos Bicipital (C5 – C6) – nervo músculo cutâneo – flexão e supinação do antebraço Braquiorradial ou estiloradial (C5 – C6) – nervo radial – contração do músculo flexor dos dedos Tricipital (C6 – C8) – nervo radial – extensão do braço Patelar (L3 – L4) – nervo femoral – extensão da perna Aquileu (S1 – S2) – nervo tibial – flexão plantar do pé · REFLEXOS OSTEOTENDINOSOS O que é Clônus? Quando o paciente tem uma lesão medular severa, nós temos o que chamamos de Clônus. Posso ver o Clônus tanto na parte de cima quanto na parte de baixo pé do paciente reto: dar um leve puxão para trás OU empurrar o joelho do paciente para cima se após essas “manobras” o paciente demonstrar tremor/contração e logo parar, chamamos de Clônus esgotável. O Clônus inesgotável é quando você realiza as “manobras” no paciente e ele demonstra as contrações, mas não consegue pará-las sozinho. · CUIDADO: CONFUNDE-SE MUITO COM AS CONVULSÕES!! Alguns reflexos patológicos · Reflexo de Babinski (cutâneo – plantar) – resposta plantar extensora (lesão 1 neurônio motor) · Reflexo de Hoffmann – percussão do dedo mediano e observação de indicador e polegar (lesão 1 neurônio motor) · Clônus – contrações musculares repetidas após estiramento do tendão · Fasciculação – contrações musculares finas, rápidas e espontâneas das fibras musculares (lesão 2 neurônio motor) OBS: NÃO EXISTE BABINSKI POSITIVO OU A PESSOA APRESENTA BABINSKI OU NÃO – LEMBRANDO QUE EM CRIANÇA SE ESPERA A PRESENÇA DE BABINSKI · Sensibilidade Paciente que tem queixa de sensibilidade principal patologia que paciente tem queixa de sensibilidade: DIABETES (perda da sensibilidade em bota e luva) · Dolorosa e térmica · Tátil (algodão) · Proprioceptivas – artrestesia, cinestesia, sensibilidade vibratória paciente entra no consultório batendo os pés pois não sente onde está pisando (perdeu a noção proprioceptiva) · Sinais de irritação meníngea · Rigidez de nuca Paciente não consegue mover o pescoço. · Sinal de Kernig Ao fletir a cabeça do paciente, o mesmo faz a flexão das pernas e isso ocorre porque ao fletir a cabeça do paciente acontece um esticamento da meninge que, nesse caso, estará inflamada/machucada e então como uma forma de proteção a essa dor ocorre a flexão das pernas. · Sinal de Brudzinski Ao contrário. Examinador sobe a perna e o paciente flete a cabeça. · Sinal de Lasegue (problema de raiz) Paciente que tem hérnia de disco tem Lasegue positivo (dor com a perna estendida abaixo de 30 graus) EXAME NEUROLÓGICO (COMA) · ESCALA DE COMA DE GLASGOW Vai avaliar a melhor resposta motora, verbal e ocular. No caso do paciente intubado não é possível avaliar a parte verbal, então essa resposta verbal é T – colocar a pontuação e a letra T Paciente plegico avaliar o lado que está mexendo Paciente afásico avisar o outro medico que o paciente está afásico e você não conseguiu avaliar direito essa outra parte · A maior nota é 15 e a menor nota é 3 Melhor resposta motora paciente está mexendo: Glasgow 6; paciente está localizando estímulos a dor: Glasgow 4; você estimula a dor no paciente e ele faz uma extensão: Glasgow 2; você estimula a dor no paciente e ele faz uma flexão: Glasgow 3 Melhor resposta verbal paciente está conversando espontaneamente: Glasgow 5; paciente está confuso (falando palavras desconectas, mas está falando): Glasgow 4; paciente está falando palavras inapropriadas: Glasgow 3; paciente não fala, mas faz sons incompreensíveis: Glasgow 2; não existe resposta verbal: Glasgow 1 Melhor resposta ocular paciente está com os olhos abertos de maneira espontânea: Glasgow 4; paciente está com os olhos abertos porque houve um comando verbal: Glasgow 3; paciente está com os olhos abertos porque você causou dor a ele: Glasgow 2; paciente não abre os olhos: Glasgow 1
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